DUARTE, Joaquim Nunes - HIDRO-AVIÕES NOS CÉUS DE AVEIRO. Aveiro, Revista «Aveiro e o seu Distrito», 1984. In-8.º (21cm) de 142, [6] p. ; il. ; B.
1ª edição.
Ilustrada com fac-símiles de documentos, desenhos e fotografias dos hidroaviões e suas tripulações, e diversos eventos oficiais.
"Duma feliz reunião, em S. Jacinto, de antigos elementos da Aviação Naval, nasceu a ideia de se escrever algo sobre a existência dos hidro-aviões naquela praia do concelho de Aveiro.
Pouco ou nada se sabia de quase quatro décadas da permanência das asas com a Crus de Cristo, período compreendido entre a guerra de 1914/1918 até fins do ano de 1952. Sobretudo, do convívio com a população de S. Jacinto, escasseavam elementos. E, no entanto, existiam ainda provas documentais, não só dos aviadores e marinheiros portugueses, mas também dos franceses, os seus iniciadores, e até da própria população civil."
(excerto da introdução, Abertura)
"A gestão da Aviação da Marinha deu-se no período que decorreu entre 1916 e 1918, na segunda metade da I Grande Guerra. Portugal declarara guerra à Alemanha e tornava-se urgente pensar na vigilância e defesa da costa atlântica, em especial da barra de Lisboa, tendo em vista a presença de submarinos inimigos, que não deixariam de lançar os seus ataques aos navios aliados. Foram adquiridos pequenos hidro-aviões franceses SCHRECK F.B.A., fuselagem tipo coque, equipado com um motor de 100 H.P. Tratava-se de um biplano, construído em madeira, qua ainda hoje pode ser admirado na secção da Aviação Naval do Museu da Marinha junto ao Mosteiro dos Jerónimos.
Porém, como é natural, a falta de meios não permitia ao nosso País garantir a vigilância da Costa. Não tínhamos pessoal e material para acudir aos três centros criados. Foi então que, ainda por iniciativa de Sacadura Cabral, se estabeleceu um acordo com o Governo Francês para a instalação de uma pequena esquadrilha em S. Jacinto, com a finalidade de combater a acção submarina desde a Mancha ao Mediterrâneo."
(excerto do Cap. I, 1. Nasce a aviação marítima)
Matérias:
Abertura: o primeiro avião de instrução em Portugal.
I - Apontamentos para a História dos Hidro-Aviões
1. Nasce a Aviação Marítima. 2. São franciús; ninguém os entende. 3. Os Franceses retiram-se. 4. S. Jacinto e a Traulitânia. 5. O Centro de Aviação de Aveiro consolida-se. 6. O maior hangar da Península Ibérica. 7. Coutinho e Sacadura em S. Jacinto. 8. Um campo de aterragem. 9. O primeiro curso de pilotagem. 10. Inauguração da Escola de Aviação Naval de Aveiro. 11. A primeira pista iluminada do País. 12. A última escola de hidro-aviões na Torreira.
II - Figuras e Factos
1. Dos Junkers em S. Jacinto. 2. Dois mecânicos; Duas figuras. 3. Dr. Ginja Brandão - Médico e Humanista. 4. Machadão - ás do pedal. 5. O último piloto da aviação naval. 6. Mestre Rocha - o Rocha das Asas. 7. O bombardeamento do Desertas. 8. Recordar é viver. 9. A viagem Madrid - Manila teve ajuda de marinheiro. 10. Anos depois. 11. Surgem os sobreviventes. 12. A história do monumento. 13. Uma iniciativa única no nosso País. 14. A reunião de 1982. 15. Selos a mais... selos a menos. 16. A aviação naval e o pessoal civil. 17. A história de uma legenda. 18. Dr. Mário Duarte ligado à Aviação Naval. 19. Vida sócio-militar em S. Jacinto. 20. Especialistas da Força Aérea.
Joaquim Nunes Duarte (1923-1996). “Foi militar, fomentador da actividade desportiva, jornalista em Aveiro e Angola e historiador da Aviação Naval. Com os livros “Hidro-aviões nos céus de Aveiro” e “A mística de Aveiro na Aviação Naval”, Joaquim Nunes Duarte deixou um valiosíssimo contributo para a história da Aviação Naval em terras aveirenses, muito em especial em S. Jacinto. Para além dessa faceta de divulgador, Joaquim Duarte foi militar, atingindo a patente de capitão, jornalista (da escrita e da rádio), desportista (em diversas modalidades) e dirigente associativo."
(fonte: www.portal.ecclesia.pt)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas e lombada cansadas, com defeitos. No interior, algumas páginas encontram-se sublinhadas a caneta, e outras riscadas por intervenção infantil(?). Na f. rosto o antigo proprietário inscreveu a ocasião em que o livro lhe foi oferecido (50.º aniversário da Escola de Aviação Naval, 1984). Assinatura de posse igualmente na f. anterrosto.
Invulgar.
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31 março, 2016
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*DUARTE (Joaquim Nunes),
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História,
História de Portugal,
Marinha
30 março, 2016
ALVES, José do Nascimento - NOTAS E MEMÓRIAS DE UM ESTIVADOR. Centenário dos Estivadores. [S.l.], Sindicato dos Estivadores do Porto de Lisboa e Centro de Portugal, 1996. In-8.º (22 cm) de [2], 169, [1] p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Capa de Gentil Oliveira.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Memórias de um estivador do Porto de Lisboa. Importante subsídio e pioneiro trabalho sobre a estiva, salvo melhor opinião, o único que sobre o tema se publicou entre nós. Muito ilustrado a p.b. nas páginas do texto com reproduções de gravuras, fotografias, fac-símiles, tabelas e desenhos esquemáticos. Inclui ainda em página inteira, fotografia com respectiva ficha técnica de alguns navios emblemáticos da nossa frota mercante, de transporte de carga e de passageiros: S. Thomé; Saudades; Sofala; Bata Novo (iate); Outão; Amisil (lugre); Anfitrite Primeiro (lugre); Mello; Lima; Pero de Alenquer; Vera Cruz; Santa Maria; Pátria; Império; Moçambique; Angola; Niassa; Uíge; Timor; Índia; Quanza.
"A homenagear a iniciativa promovida por uma Comissão do Sindicato dos Estivadores do Porto de Lisboa e Centro de Portugal do qual sou reformado e com cerca de quarenta anos de serviço a seu pedido, entendi extrair de alguns alfarrábios elementos de boa valia que bem identifica esta cidade de Lisboa, o seu Porto e os Estivadores.
A cidade de Lisboa não era tão linda, não era tão bela e não era tão rica se não tivesse a acompanhar o rio Tejo que lhe serve como porto comercial assim como faz dele um dos portos mais bonitos do Mundo que, por sua vez e para seu desenvolvimento uma das principais alavancas eram os homens da Estiva.
É destas três imponências que devo destacar para melhor recordar e homenagear o seu centenário.
Começo por dizer que em cada passo que se dá na zona ribeirinha lisboeta logo o estudioso atacado pela paixão encontra um motivo de investigação ou uma sombra da vida passada da cidade e do seu Porto.
O Cais da Areia, o Cais dos Soldados, o Cais do Tojo, a Rua dos Remolares, o Terreiro do Trigo, a Travessa da Galé, a Travessa da Praia, a Travessa das Galeotas, a Travessa dos Escaleres, a Travessa do Cais da Alfândega Velha são outras tantas recordações do passado a épocas e usos distantes.
O Cais do Sodré sempre pleno de evocações continua a ser o forum da gente do mar e hoje como dantes lá continuam a reunir-se nos cafés e nos bares, os homens da Estiva, agentes de navegação e os embarcadiços. A moderna Avenida da Ribeira das Naus com o seu nome e sítio, nos evoca a floresta dos mastros dos navios outrora ali construídos para engrandecimento e expansão do nosso país."
(excerto do preâmbulo)
Matérias:
Preâmbulo. - O Centenário dos Estivadores : 1896 a 1996. - Evolução no tempo. - Associação de Classe dos Estivadores do Porto de Lisboa : Organização, Disciplina e Trabalho. - Origens. - Escala de Trabalho. - Direitos dos Sócios. - Deveres dos Sócios. - Penalidades dos Sócios. - Disposições Gerais. - Salários e Horários de Trabalho. - Termos de Greve. - O Chafariz de Dentro. - Resumos retrospectivos (de 1907 a 1981): I - Navios entrados. II - Mercadorias : Carga Marítima. III - Passageiros : Navegação Marítima. - [Navios e respectivas fichas técnicas]. - Da Associação de Classe a Sindicato dos Estivadores. - O Ciclone. - Nevoeiros. - O Cais do Sodré. - [Projecto da Casa dos Trabalhadores do Porto de Lisboa : Casa do Conto, Edifício da União, dos Sindicatos e da Caixa Sindical de Previdência]. - Regulamento Interno. - Regulamentação do Serviço de Colocação "O Conto". - Organização Sindical. - Novas Instalações Locais. - A Coomapor. - A Caveira da Coomapor. - Figueira da Foz. - A Vida dos Estivadores. - 25 de Abril. - Passeios Fluviais (piqueniques). - Convívios em Cascais : Parque Marechal Carmona. - Noites de Fado na Casa do Conto. - Riqueza Maior (poesia). - Recrutamento e Trabalhos ao Largo. - Serviço de Colocação de Trabalhadores Portuários. - O Documento: Políticas Legislativa e Sindical: Onde está a "Luta" Sindical Portuária? - Realidades Ocultas. - As Contas da Caixa Auxiliar dos Estivadores. - Reformas e Licenciamentos : Portarias N.º 614 - B/84 de 20 de Agosto. - "Oh Abreu, dá cá o meu.". - Políticas Legislativa e Sindical: Onde está a "Luta Sindical Portuária?". - Continuação de Novas Estruturas e Obras no Porto de Lisboa. - "Nunca me Convenci" : "Nem me Convenço". - Ingresso no Sector. - A Maior Pedrada de Sempre. - O Estivador mais velho. - O Estivador mais novo. - Os Presidentes.
José do Nascimento Alves. Nasceu em Alfama na antiga Calçada de S. João da Praça, actual Rua Norberto de Araújo, em Lisboa, a 17 de Fevereiro de 1927. Frequentou o 2.º ano na Escola Industrial Afonso Domingos.
Com a morte do seu pai em 1939 teve de abandonar a escola indo trabalhar nas oficinas e a bordo dos navios como aprendiz de "Caldeireiro". Em 1941 tira com boas provas prestadas os certificados de natação e remo. Em 1943 é inscrito Marítimo na Capitania do Porto de Lisboa sendo tripulante de Batelões e Rebocadores da Companhia Nacional de Navegação.
Em 1950 tirocinou na A.G.P.L. o curso de Maquinista de Guindaste apesar de inicialmente não ter profundos conhecimentos de Mecânica e Electricidade, a informação dos Monitores foi ter revelado grande vontade e capacidade de aprender, dignas de apreço.
Em 1952 é admitido como Estivador "Suplente".
Sempre teve gosto de escrever, em Maio de 1981 escreveu um Opúsculo "Alfama onde nasce" que distribuiu quando foi convidado pela C. B. - Banda do Cidadão, Estação-Jagudi, como "guia" de uma visita ao Bairro de Alfama.
Encadernação cartonada revestida por sobrecapa policromada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP.
Indisponível
1.ª edição.
Capa de Gentil Oliveira.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Memórias de um estivador do Porto de Lisboa. Importante subsídio e pioneiro trabalho sobre a estiva, salvo melhor opinião, o único que sobre o tema se publicou entre nós. Muito ilustrado a p.b. nas páginas do texto com reproduções de gravuras, fotografias, fac-símiles, tabelas e desenhos esquemáticos. Inclui ainda em página inteira, fotografia com respectiva ficha técnica de alguns navios emblemáticos da nossa frota mercante, de transporte de carga e de passageiros: S. Thomé; Saudades; Sofala; Bata Novo (iate); Outão; Amisil (lugre); Anfitrite Primeiro (lugre); Mello; Lima; Pero de Alenquer; Vera Cruz; Santa Maria; Pátria; Império; Moçambique; Angola; Niassa; Uíge; Timor; Índia; Quanza.
"A homenagear a iniciativa promovida por uma Comissão do Sindicato dos Estivadores do Porto de Lisboa e Centro de Portugal do qual sou reformado e com cerca de quarenta anos de serviço a seu pedido, entendi extrair de alguns alfarrábios elementos de boa valia que bem identifica esta cidade de Lisboa, o seu Porto e os Estivadores.
A cidade de Lisboa não era tão linda, não era tão bela e não era tão rica se não tivesse a acompanhar o rio Tejo que lhe serve como porto comercial assim como faz dele um dos portos mais bonitos do Mundo que, por sua vez e para seu desenvolvimento uma das principais alavancas eram os homens da Estiva.
É destas três imponências que devo destacar para melhor recordar e homenagear o seu centenário.
Começo por dizer que em cada passo que se dá na zona ribeirinha lisboeta logo o estudioso atacado pela paixão encontra um motivo de investigação ou uma sombra da vida passada da cidade e do seu Porto.
O Cais da Areia, o Cais dos Soldados, o Cais do Tojo, a Rua dos Remolares, o Terreiro do Trigo, a Travessa da Galé, a Travessa da Praia, a Travessa das Galeotas, a Travessa dos Escaleres, a Travessa do Cais da Alfândega Velha são outras tantas recordações do passado a épocas e usos distantes.
O Cais do Sodré sempre pleno de evocações continua a ser o forum da gente do mar e hoje como dantes lá continuam a reunir-se nos cafés e nos bares, os homens da Estiva, agentes de navegação e os embarcadiços. A moderna Avenida da Ribeira das Naus com o seu nome e sítio, nos evoca a floresta dos mastros dos navios outrora ali construídos para engrandecimento e expansão do nosso país."
(excerto do preâmbulo)
Matérias:
Preâmbulo. - O Centenário dos Estivadores : 1896 a 1996. - Evolução no tempo. - Associação de Classe dos Estivadores do Porto de Lisboa : Organização, Disciplina e Trabalho. - Origens. - Escala de Trabalho. - Direitos dos Sócios. - Deveres dos Sócios. - Penalidades dos Sócios. - Disposições Gerais. - Salários e Horários de Trabalho. - Termos de Greve. - O Chafariz de Dentro. - Resumos retrospectivos (de 1907 a 1981): I - Navios entrados. II - Mercadorias : Carga Marítima. III - Passageiros : Navegação Marítima. - [Navios e respectivas fichas técnicas]. - Da Associação de Classe a Sindicato dos Estivadores. - O Ciclone. - Nevoeiros. - O Cais do Sodré. - [Projecto da Casa dos Trabalhadores do Porto de Lisboa : Casa do Conto, Edifício da União, dos Sindicatos e da Caixa Sindical de Previdência]. - Regulamento Interno. - Regulamentação do Serviço de Colocação "O Conto". - Organização Sindical. - Novas Instalações Locais. - A Coomapor. - A Caveira da Coomapor. - Figueira da Foz. - A Vida dos Estivadores. - 25 de Abril. - Passeios Fluviais (piqueniques). - Convívios em Cascais : Parque Marechal Carmona. - Noites de Fado na Casa do Conto. - Riqueza Maior (poesia). - Recrutamento e Trabalhos ao Largo. - Serviço de Colocação de Trabalhadores Portuários. - O Documento: Políticas Legislativa e Sindical: Onde está a "Luta" Sindical Portuária? - Realidades Ocultas. - As Contas da Caixa Auxiliar dos Estivadores. - Reformas e Licenciamentos : Portarias N.º 614 - B/84 de 20 de Agosto. - "Oh Abreu, dá cá o meu.". - Políticas Legislativa e Sindical: Onde está a "Luta Sindical Portuária?". - Continuação de Novas Estruturas e Obras no Porto de Lisboa. - "Nunca me Convenci" : "Nem me Convenço". - Ingresso no Sector. - A Maior Pedrada de Sempre. - O Estivador mais velho. - O Estivador mais novo. - Os Presidentes.
José do Nascimento Alves. Nasceu em Alfama na antiga Calçada de S. João da Praça, actual Rua Norberto de Araújo, em Lisboa, a 17 de Fevereiro de 1927. Frequentou o 2.º ano na Escola Industrial Afonso Domingos.
Com a morte do seu pai em 1939 teve de abandonar a escola indo trabalhar nas oficinas e a bordo dos navios como aprendiz de "Caldeireiro". Em 1941 tira com boas provas prestadas os certificados de natação e remo. Em 1943 é inscrito Marítimo na Capitania do Porto de Lisboa sendo tripulante de Batelões e Rebocadores da Companhia Nacional de Navegação.
Em 1950 tirocinou na A.G.P.L. o curso de Maquinista de Guindaste apesar de inicialmente não ter profundos conhecimentos de Mecânica e Electricidade, a informação dos Monitores foi ter revelado grande vontade e capacidade de aprender, dignas de apreço.
Em 1952 é admitido como Estivador "Suplente".
Sempre teve gosto de escrever, em Maio de 1981 escreveu um Opúsculo "Alfama onde nasce" que distribuiu quando foi convidado pela C. B. - Banda do Cidadão, Estação-Jagudi, como "guia" de uma visita ao Bairro de Alfama.
Encadernação cartonada revestida por sobrecapa policromada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP.
Indisponível
Etiquetas:
*ALVES (José do Nascimento),
1ª E D I Ç Ã O,
Autobiog./Memórias,
Comemorações,
Estiva,
História,
Lisboa,
Marinha,
Porto de Lisboa,
Rio Tejo
29 março, 2016
HERCULANO, A. - EURICO O PRESBYTERO. [O MONASTICON. Por... Tomo I.]. Lisboa, [s.n.], 1844. In-8.º (16cm) de [2], VIII, [2], 321, [23] p.
; E.
1.ª edição.
Eurico, o Presbytero é um romance histórico, durante muitos anos considerado o 1.º com estas características a ser publicado em Portugal. Trata-se de uma obra de referência da literatura portuguesa, e do período do romantismo em particular. Monasticon, foi o nome escolhido por Herculano para designar uma série de dois romances que abordam a problemática ético-religiosa do celibato, cuja acção decorre em épocas distintas, não tendo as narrativas ligação entre si. O primeiro, «Eurico, o Presbítero», no primeiro quartel do século VIII, aquando da invasão sarracena da Península que coincide com o final da monarquia goda. O segundo, «O Monge de Cister», no século XIV/XV, durante o reinado de D. João I, em pleno período de convulsões políticas.
................
"Para as almas, não sei se diga demasiadamente positivas, se demasiadamente grosseiras, o celibato do sacerdocio não passa de uma condição, de uma formula social applicada a acerta classe de individuos, cuja existencia ella modifica vantajosamente por um lado, e desfavoravelmente por outro. A philosophia do celibato para os espiritos vulgares acaba aqui. Aos olhos dos que presam considerar o homem em relação á sociedade, o celibato perpetuo do clero é condemnado por uns como contrario aos interesses das nações; como damnoso em moral e em politica, e defendido por outros como util e moral."
(excerto da introdução)
" A raça dos visigodos, conquistadora das Hespanhas, subjugára toda a Peninsula havia mais de um seculo. Nenhuma das tribus germanicas, que, dividindo entre si as provincias do imperio dos cesares, tinham tentado vestir sua barbara nudez com os trajos despedaçados mas esplendidos da civilisação romana, soubera como os godos ajunctar esses fragmentos de purpura e ouro, para se compôr a exemplo de povo civilisado."
(excerto do Cap. I, Os wisigodos)
"No reconcavo da bahia quw se encurva ao oeste do Calpe, Carteia, a filha dos phenicios, mira ao longe as correntes rapidas do estreito que divide a Europa da Africa. Opulenta outrora, os seus estaleiros tinham sido famosos antes da conquista romana; mas apenas restam vestigios d'elles: as suas muralhas haviam sido extensas e solidas; mas jazem desmoronadas: os seus edificios foram magnificientes; mas cairam em ruinas: a sua povoação era numerosa e activa; mas rareou e tornou-se indolente. Passaram por lá as revoluções, as conquistas, todas as vicissitudes da Iberia durante doze seculos, e todas essas vicissitudes deixaram ahi uma pégada de decadencia. Os curtos annos d'esplendor da monarchia wisigotica tinham sido para ella como um dia formoso d'inverno, em que os raios de sol resvalam pela face da terra sem a aquecerem, para depois vir a noite, humida e fria como as que a precederam. Debaixo do governo e Witiza e de Ruderico a antiga Carteia é uma povoação decrepita e mesquinha., á roda da qual estão espalhados os fragmentos da passada opulencia, e que, talvez, na sua miseria, apenas nas recordações que lhe suggerem esses farrapos de louçainhas juvenis, acha algum refrigerio ás amarguras da malfadada velhice.
Não! - Resta-lhe ainda outro: - a religião do Christo.
O presbyterio situado no meio da povoação era um edificio humilde, como todos os que ainda subsistem alevantados pelo godos sobre o sólo da Hespanha. [...]
O presbytero Eurico era o pastor da pobre parochia de Carteia. Descendente de uma antiga familia barbara, gardingo na côrte de Witiza, tiuphado ou millenario do exercito wisigodo, vivêra os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta e risonha Toletum."
(excerto do Cap. II, O Presbytero)
Bonita encadernação francesa em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada; carminado no corte superior das folhas. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Desgaste pelo manuseio junto à lombada.
Raro.
Peça de colecção.
Indisponível
1.ª edição.
Eurico, o Presbytero é um romance histórico, durante muitos anos considerado o 1.º com estas características a ser publicado em Portugal. Trata-se de uma obra de referência da literatura portuguesa, e do período do romantismo em particular. Monasticon, foi o nome escolhido por Herculano para designar uma série de dois romances que abordam a problemática ético-religiosa do celibato, cuja acção decorre em épocas distintas, não tendo as narrativas ligação entre si. O primeiro, «Eurico, o Presbítero», no primeiro quartel do século VIII, aquando da invasão sarracena da Península que coincide com o final da monarquia goda. O segundo, «O Monge de Cister», no século XIV/XV, durante o reinado de D. João I, em pleno período de convulsões políticas.
................
"Para as almas, não sei se diga demasiadamente positivas, se demasiadamente grosseiras, o celibato do sacerdocio não passa de uma condição, de uma formula social applicada a acerta classe de individuos, cuja existencia ella modifica vantajosamente por um lado, e desfavoravelmente por outro. A philosophia do celibato para os espiritos vulgares acaba aqui. Aos olhos dos que presam considerar o homem em relação á sociedade, o celibato perpetuo do clero é condemnado por uns como contrario aos interesses das nações; como damnoso em moral e em politica, e defendido por outros como util e moral."
(excerto da introdução)
" A raça dos visigodos, conquistadora das Hespanhas, subjugára toda a Peninsula havia mais de um seculo. Nenhuma das tribus germanicas, que, dividindo entre si as provincias do imperio dos cesares, tinham tentado vestir sua barbara nudez com os trajos despedaçados mas esplendidos da civilisação romana, soubera como os godos ajunctar esses fragmentos de purpura e ouro, para se compôr a exemplo de povo civilisado."
(excerto do Cap. I, Os wisigodos)
"No reconcavo da bahia quw se encurva ao oeste do Calpe, Carteia, a filha dos phenicios, mira ao longe as correntes rapidas do estreito que divide a Europa da Africa. Opulenta outrora, os seus estaleiros tinham sido famosos antes da conquista romana; mas apenas restam vestigios d'elles: as suas muralhas haviam sido extensas e solidas; mas jazem desmoronadas: os seus edificios foram magnificientes; mas cairam em ruinas: a sua povoação era numerosa e activa; mas rareou e tornou-se indolente. Passaram por lá as revoluções, as conquistas, todas as vicissitudes da Iberia durante doze seculos, e todas essas vicissitudes deixaram ahi uma pégada de decadencia. Os curtos annos d'esplendor da monarchia wisigotica tinham sido para ella como um dia formoso d'inverno, em que os raios de sol resvalam pela face da terra sem a aquecerem, para depois vir a noite, humida e fria como as que a precederam. Debaixo do governo e Witiza e de Ruderico a antiga Carteia é uma povoação decrepita e mesquinha., á roda da qual estão espalhados os fragmentos da passada opulencia, e que, talvez, na sua miseria, apenas nas recordações que lhe suggerem esses farrapos de louçainhas juvenis, acha algum refrigerio ás amarguras da malfadada velhice.
Não! - Resta-lhe ainda outro: - a religião do Christo.
O presbyterio situado no meio da povoação era um edificio humilde, como todos os que ainda subsistem alevantados pelo godos sobre o sólo da Hespanha. [...]
O presbytero Eurico era o pastor da pobre parochia de Carteia. Descendente de uma antiga familia barbara, gardingo na côrte de Witiza, tiuphado ou millenario do exercito wisigodo, vivêra os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta e risonha Toletum."
(excerto do Cap. II, O Presbytero)
Bonita encadernação francesa em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada; carminado no corte superior das folhas. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Desgaste pelo manuseio junto à lombada.
Raro.
Peça de colecção.
Indisponível
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*HERCULANO (Alexandre),
1ª E D I Ç Ã O,
História,
História de Portugal,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Obras de Referência,
Romance Gótico,
Romance Histórico,
Romantismo
28 março, 2016
LUCENA, Vasco de – A GRANDE GUERRA : chronica episodica e
anedoctica da conflagração europea. A lucta no mar e a lucta na terra. Paginas
soltas de uma historia tragica. Lisboa, João Romano Torres & C.ª, [191-]. 5 vols in-8.º (21,5 cm) de 230, [2] p., 190, [2] p., 174, [2] p., 182,
[2] p. e 198, [2] p. ; mto il. ; E. num único tomo.
1.ª edição.
1.ª edição.
Obra em 5 volumes (completa), profusamente ilustrada com fotogravuras e desenhos de belo efeito, muitos em página
inteira.
“A 28 de Junho de 1914, Serajevo, capital da Bosnia,
provincia anexada ao imperio austro-hungaro em 1908, estava em festa.
Pelas
ruas engalanadas circulava a multidão heterogénea dos
habitantes, que se apinhava nos pontos por onde deviam passar o
archiduque
Francisco Fernando e a duquesa de Hohenberg, futuros herdeiros do throno
da
Austria-Hungria, convidados a visitar a cidade balkanica. [...] Tomaram
logar no luxuoso automovel descoberto que os aguardava á porta do
palacio, e, seguidos d'outros que transportavam a luzidia comitiva,
partiram, mal suppondo em tal momento que, a poucas dezenas de metros do
soberbo edificio, os aguardava o primeiro assassino pago pelo oiro
servio para os riscar do numero dos vivos."
(excerto do prólogo, A primeira rajada da tormenta)
(excerto do prólogo, A primeira rajada da tormenta)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Lombada algo desgastada.
Raro.
Com interesse histórico.
A BNP tem registado apenas um exemplar.
Indisponível
Indisponível
27 março, 2016
FREITAS, José de - CHANG KAI CHEK. Lisboa, Parceria A. M. Pereira, 1941. In-8.º (20cm) de 49, [1] p. ; [4] p. il. ; B. Colecção «Os Homens da Guerra», IX
1.ª edição.
Ilustrada com fotogravuras do líder chinês em extratexto.
Biografia política e militar de Chiang Kai-shek, general chinês, sucessor de Sun Yat-sen na unificação da China pós-Dinastia Manchu (1925). Após a guerra civil que o opôs a Mao no final dos anos 40, retirou-se para Taiwan onde, com o apoio dos EUA, procurou reorganizar as suas forças militares.
"A vida singular de Chang Kai Chek e o seu indiscutível talento militar e político estão intimamente ligados à história da China moderna. Pretender, a traços largos, esboçar o perfil do maior general da velha terra de Catai sem estudar, em resumo, os acontecimentos políticos e sociais ocorridos na China desde 1900 até Sun-Yat-Sen (o mais extraordinário estadista que abriu ao seu país as portas da civilização ocidental) constitui, na nossa opinião, trabalho votado a malogro certo. [...]
A república não estava ainda bem consolidada. Senhor do sul, Sun-Yat-Sen organiza a marcha para o Norte rebelde. Da Escola Militar de Uampoa, perto de Cantão, chegam constantemente jovens oficiais a engrossar as fileiras dos exércitos republicanos. Entre êles há um homem, cujos trabalhos sôbre táctica militar haviam já chamado a atenção dos seus mestres. Sun-Yat-Sen recebe-o de braços abertos. As qualidades do rapaz, a maneira clara como encara e resolve os mais complicados problemas, tornam-no já indispensável nos conselhos do seu Estado Maior. Os preparativos para a expedição contra o norte terminaram. Falta um chefe. Sun-Yat-Sen indica Chang-Kai-Chek."
(excerto do Cap. I, No limiar da nova China)
Matérias:
I - No limiar da nova China. II - Da guerra do Ópio aos Tratados Injustos. III - Sun Yat Sen e a República. IV - Nasceu um general. V - A grande Batalha. VI - A nova China. VII - O incidente de Lu-Ku-Chiao.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
1.ª edição.
Ilustrada com fotogravuras do líder chinês em extratexto.
Biografia política e militar de Chiang Kai-shek, general chinês, sucessor de Sun Yat-sen na unificação da China pós-Dinastia Manchu (1925). Após a guerra civil que o opôs a Mao no final dos anos 40, retirou-se para Taiwan onde, com o apoio dos EUA, procurou reorganizar as suas forças militares.
"A vida singular de Chang Kai Chek e o seu indiscutível talento militar e político estão intimamente ligados à história da China moderna. Pretender, a traços largos, esboçar o perfil do maior general da velha terra de Catai sem estudar, em resumo, os acontecimentos políticos e sociais ocorridos na China desde 1900 até Sun-Yat-Sen (o mais extraordinário estadista que abriu ao seu país as portas da civilização ocidental) constitui, na nossa opinião, trabalho votado a malogro certo. [...]
A república não estava ainda bem consolidada. Senhor do sul, Sun-Yat-Sen organiza a marcha para o Norte rebelde. Da Escola Militar de Uampoa, perto de Cantão, chegam constantemente jovens oficiais a engrossar as fileiras dos exércitos republicanos. Entre êles há um homem, cujos trabalhos sôbre táctica militar haviam já chamado a atenção dos seus mestres. Sun-Yat-Sen recebe-o de braços abertos. As qualidades do rapaz, a maneira clara como encara e resolve os mais complicados problemas, tornam-no já indispensável nos conselhos do seu Estado Maior. Os preparativos para a expedição contra o norte terminaram. Falta um chefe. Sun-Yat-Sen indica Chang-Kai-Chek."
(excerto do Cap. I, No limiar da nova China)
Matérias:
I - No limiar da nova China. II - Da guerra do Ópio aos Tratados Injustos. III - Sun Yat Sen e a República. IV - Nasceu um general. V - A grande Batalha. VI - A nova China. VII - O incidente de Lu-Ku-Chiao.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
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*FREITAS (José de),
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Chiang Kai-shek,
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Política
26 março, 2016
FERREIRA, Agro - TURISMO E O TEJO. A Avenida da Margem Sul. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso na Imprensa Lucas & C.ª, Lisboa], 1933. In-8.º (20,5cm) de 53, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela extensa dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Miguel Homem de Sampaio e Melo.
Conferência proferida por Agro Ferreira, a convite da Comissão de Iniciativa da Costa da Caparica - «Praia do Sol», na Sociedade Propaganda de Portugal na noite de 15 de Maio de 1933.
"Em 1933, aproveitando a "política de realizações" do Estado Novo e o investimento então feito na construção rodoviária, Agro Ferreira propôs a construção de uma estrada marginal ao Tejo, que ligasse Cacilhas à Costa da Caparica, à semelhança da Marginal entre Lisboa e Cascais que seria inaugurada no contexto dos centenários.
Agro Ferreira defendia que Lisboa deveria ter acompanhado o Tejo no seu desenvolvimento urbanístico, ao invés de se ter desenvolvido para o interior, pois a sua vocação natural e histórica era desenvolver-se em duas margens.
Para isso, era necessário tornar a margem sul um núcleo importante de actividades industriais, comerciais e turísticas, criando uma avenida marginal que impulsionasse este desenvolvimento.
Esta proposta suscitou o interesse do Ministério das Obras Públicas e Comunicações, presidido por Duarte Pacheco, que na mesma altura lançava um concurso público para a concessão da ponte sobre o Tejo, que viria depois a ser cancelado, mas que serviria de mote para os anos 50-60."
(GRANADEIRO, Rui (2015), "Indevidamente chamada de Caparica", in almada-virtual-museum.blogspot.pt)
Matérias:
- «Prólogo desnecessário» do Ex.mo Sr. Eng.º Fernando de Sousa.
- Turismo e o Tejo:
- Introito. - Lisbôa e o Tejo. - O Pôrto de Lisbôa. - A Avenida da Margem Sul. - Os Distritos de Lisbôa e Setúbal. - Transportes do Tejo. - Ilações. - Organização Oficial de Turismo. - Moção Aclamada.
- Almada - Bairro de Lisbôa.
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
1.ª edição.
Valorizada pela extensa dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Miguel Homem de Sampaio e Melo.
Conferência proferida por Agro Ferreira, a convite da Comissão de Iniciativa da Costa da Caparica - «Praia do Sol», na Sociedade Propaganda de Portugal na noite de 15 de Maio de 1933.
"Em 1933, aproveitando a "política de realizações" do Estado Novo e o investimento então feito na construção rodoviária, Agro Ferreira propôs a construção de uma estrada marginal ao Tejo, que ligasse Cacilhas à Costa da Caparica, à semelhança da Marginal entre Lisboa e Cascais que seria inaugurada no contexto dos centenários.
Agro Ferreira defendia que Lisboa deveria ter acompanhado o Tejo no seu desenvolvimento urbanístico, ao invés de se ter desenvolvido para o interior, pois a sua vocação natural e histórica era desenvolver-se em duas margens.
Para isso, era necessário tornar a margem sul um núcleo importante de actividades industriais, comerciais e turísticas, criando uma avenida marginal que impulsionasse este desenvolvimento.
Esta proposta suscitou o interesse do Ministério das Obras Públicas e Comunicações, presidido por Duarte Pacheco, que na mesma altura lançava um concurso público para a concessão da ponte sobre o Tejo, que viria depois a ser cancelado, mas que serviria de mote para os anos 50-60."
(GRANADEIRO, Rui (2015), "Indevidamente chamada de Caparica", in almada-virtual-museum.blogspot.pt)
Matérias:
- «Prólogo desnecessário» do Ex.mo Sr. Eng.º Fernando de Sousa.
- Turismo e o Tejo:
- Introito. - Lisbôa e o Tejo. - O Pôrto de Lisbôa. - A Avenida da Margem Sul. - Os Distritos de Lisbôa e Setúbal. - Transportes do Tejo. - Ilações. - Organização Oficial de Turismo. - Moção Aclamada.
- Almada - Bairro de Lisbôa.
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
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§ AUTÓGRAFOS,
*FERREIRA (Agro),
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História,
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Porto de Lisboa,
Rio Tejo,
Setúbal,
Urbanismo
25 março, 2016
CRUYFF, J. - MUNDIAIS 74. Impressões e experiências do Campeonato Mundial de Futebol de 1974. Tradução de Ana Margarida. [S.l.], Liber : Editorial e Publicidade Portugal Brasil, Lda., [1974]. In-8.º (21cm) de 183, [9] p. ; mto. il. ; B.
1.ª edição portuguesa.
Muito ilustrada com fotografias a p.b. nas páginas do texto.
Histórias do mundial de 74, contados na 1.ª pessoa por um dos maiores jogadores de todos os tempos: os jogos, as equipas adversárias, as equipas ausentes, os companheiros de equipa e o ambiente do balneário, etc., etc., enfim, um documento curioso de grande interesse histórico e futebolístico, publicado pouco tempo depois do final daquele que foi considerado um dos melhores mundiais de sempre - o mítico Alemanha-74.
Johann Cruyff (1947-2016). "Nasceu na Holanda, em Amesterdão, a 25 de Abril de 1947, no seio de uma família humilde. Com um simples atravessar de rua, o pequeno Johann e o seu irmão Henry ficavam no campo do Ajax onde passavam o dia aos pontapés na bola. Aos 10 anos entrou para a equipa infantil e a sua capacidade e entusiasmo fizeram dele a estrela da equipa juvenil e, mais tarde, em toda a plenitude das suas fabulosas condições, o primeiro jogador do clube holandês que, com ele, ganhou o Campeonato da Europa durante três épocas. Foi eleito o melhor jogador da Europa em 1971 e 1973. A sua aquisição pelo F. C. de Barcelona foi a mais cara e sensacional da história do futebol. Neste ano de 1974, depois de ganhar o campeonato da Liga de Espanha com o «Barça», a sua figura agigantou-se no Campeonato do Mundo onde foi uma figura de tal evidência que a crítica mundial o apontou como o Número Um do nosso tempo. São as suas impressões e experiências do Campeonato do Mundo-74 que ficam neste livro que Cruyff garante ser o seu primeiro e último livro."
(apresentação)
Sumário:
A) Tudo estava por fazer
- Não tínhamos equipa. - Como se formou a Selecção. - Hiltrup: História de uma grande clausura.
B) Cónica de seis partidas
- 15 de Junho: Holanda, 2 - Uruguai, 0. - 19 de Junho: Holanda, 0 - Suécia, 0. - 23 de Junho: Holanda, 4 - Bulgária, 1. - 26 de Junho: Holanda, 4 - Argentina, 0. - 30 de Junho: Holanda, 2 - Alemanha, R. P., 0. - 3 de Julho: Holanda, 2 - Brasil, 0.
C) A Final
- Concentração em Munique. - A final não me tirou o sono. - Duas escolas de futebol. - A final que não devíamos perder. - 7 de Julho: Alemanha Federal, 2 - Holanda, 1. - Análise dos campeões. - Lamentável fim: Banquete com discriminação.
D) Os favoritos sem sorte
- Argentina: Uma grande equipa. - Itália: Uma máquina envelhecida. - Foi uma sorte não jogarmos contra a Polónia. - O Brasil não errou a táctica. - Os grandes ausentes.
E) Os meus vinte e um companheiros
- O jogador que completa os 22. - Os momentos altos da minha carreira.
F) Nunca voltarei a outro campeonato mundial
- Futebol e vida privada. - Regresso ao lar. - Não voltarei a disputar uma Taça do Mundo.
G) Apêndices
1. O novo rei. 2. O grande duelo. 3. Podium dos goleadores. 4. As idades dos jogadores.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
20€
1.ª edição portuguesa.
Muito ilustrada com fotografias a p.b. nas páginas do texto.
Histórias do mundial de 74, contados na 1.ª pessoa por um dos maiores jogadores de todos os tempos: os jogos, as equipas adversárias, as equipas ausentes, os companheiros de equipa e o ambiente do balneário, etc., etc., enfim, um documento curioso de grande interesse histórico e futebolístico, publicado pouco tempo depois do final daquele que foi considerado um dos melhores mundiais de sempre - o mítico Alemanha-74.
Johann Cruyff (1947-2016). "Nasceu na Holanda, em Amesterdão, a 25 de Abril de 1947, no seio de uma família humilde. Com um simples atravessar de rua, o pequeno Johann e o seu irmão Henry ficavam no campo do Ajax onde passavam o dia aos pontapés na bola. Aos 10 anos entrou para a equipa infantil e a sua capacidade e entusiasmo fizeram dele a estrela da equipa juvenil e, mais tarde, em toda a plenitude das suas fabulosas condições, o primeiro jogador do clube holandês que, com ele, ganhou o Campeonato da Europa durante três épocas. Foi eleito o melhor jogador da Europa em 1971 e 1973. A sua aquisição pelo F. C. de Barcelona foi a mais cara e sensacional da história do futebol. Neste ano de 1974, depois de ganhar o campeonato da Liga de Espanha com o «Barça», a sua figura agigantou-se no Campeonato do Mundo onde foi uma figura de tal evidência que a crítica mundial o apontou como o Número Um do nosso tempo. São as suas impressões e experiências do Campeonato do Mundo-74 que ficam neste livro que Cruyff garante ser o seu primeiro e último livro."
(apresentação)
Sumário:
A) Tudo estava por fazer
- Não tínhamos equipa. - Como se formou a Selecção. - Hiltrup: História de uma grande clausura.
B) Cónica de seis partidas
- 15 de Junho: Holanda, 2 - Uruguai, 0. - 19 de Junho: Holanda, 0 - Suécia, 0. - 23 de Junho: Holanda, 4 - Bulgária, 1. - 26 de Junho: Holanda, 4 - Argentina, 0. - 30 de Junho: Holanda, 2 - Alemanha, R. P., 0. - 3 de Julho: Holanda, 2 - Brasil, 0.
C) A Final
- Concentração em Munique. - A final não me tirou o sono. - Duas escolas de futebol. - A final que não devíamos perder. - 7 de Julho: Alemanha Federal, 2 - Holanda, 1. - Análise dos campeões. - Lamentável fim: Banquete com discriminação.
D) Os favoritos sem sorte
- Argentina: Uma grande equipa. - Itália: Uma máquina envelhecida. - Foi uma sorte não jogarmos contra a Polónia. - O Brasil não errou a táctica. - Os grandes ausentes.
E) Os meus vinte e um companheiros
- O jogador que completa os 22. - Os momentos altos da minha carreira.
F) Nunca voltarei a outro campeonato mundial
- Futebol e vida privada. - Regresso ao lar. - Não voltarei a disputar uma Taça do Mundo.
G) Apêndices
1. O novo rei. 2. O grande duelo. 3. Podium dos goleadores. 4. As idades dos jogadores.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
20€
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*CRUYFF (Johann),
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Autobiog./Memórias,
Crónicas,
Desporto,
Futebol,
História
24 março, 2016
RIBEIRO, Aquilino - ROMANCE DA RAPOSA. Ilustrações de Benjamin Rabier. Tomo I [e Tomo II]. Paris-Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand, 1924. 2 vols in-8.º de [2], 90, [4] p. e 95, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada ao longo da obra com belíssimos desenhos a p. b. e a cores de Benjamin Rabier.
O Romance da Raposa conta a vida aventurosa de uma raposa chamada Salta-Pocinhas, e foi dedicada por Aquilino a seu filho Aníbal.
"As aventuras maravilhosas da Salta-Pocinhas - raposeta pintalegreta, senhora de muita treta - contei-tas, sentado tu nos meus joelhos. Contigo nos joelhos, me veio a ideia de as escrever. Além de inspirador, com os teus silêncios, preguntas e interrupções colaboraste na frágil meada. Só por êste título, o livrinho teria de levar o teu nome. [...]
Aí fica, meu homem, no teu sapatinho de Natal esta pequena prenda. Aceita-a com os meus beijos de pai, que ao menino Jesus vou pedir perdão do pecado, pois que a raposa é matreira, embusteira, ratoneira, e êle só costumava brincar com pombas brancas e um branco e inocente cordeirinho."
(excerto da dedicatória)
1.ª edição.
Ilustrada ao longo da obra com belíssimos desenhos a p. b. e a cores de Benjamin Rabier.
O Romance da Raposa conta a vida aventurosa de uma raposa chamada Salta-Pocinhas, e foi dedicada por Aquilino a seu filho Aníbal.
"As aventuras maravilhosas da Salta-Pocinhas - raposeta pintalegreta, senhora de muita treta - contei-tas, sentado tu nos meus joelhos. Contigo nos joelhos, me veio a ideia de as escrever. Além de inspirador, com os teus silêncios, preguntas e interrupções colaboraste na frágil meada. Só por êste título, o livrinho teria de levar o teu nome. [...]
Aí fica, meu homem, no teu sapatinho de Natal esta pequena prenda. Aceita-a com os meus beijos de pai, que ao menino Jesus vou pedir perdão do pecado, pois que a raposa é matreira, embusteira, ratoneira, e êle só costumava brincar com pombas brancas e um branco e inocente cordeirinho."
(excerto da dedicatória)
“Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas –
raposeta matreira, fagueira, lambisqueira – andava por aquelas brenhas, sempre
a correr, sempre a bater, sem conseguir pôr a unha em outra presa além duns
míseros gafanhotos, nem atinar com abrigo em que pudesse dormir um soninho
descansado.Desesperada de tão pouca sorte, vinham-lhe tentações de
tornar para a cova dos pais, onde a cama era mais quente e
segura que no castelo dum rei, e onde nunca faltava galinha, quando não fôsse
fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar.”
(excerto do Cap. I, A raposinha)
Aquilino Ribeiro
(1885-1963). “Nasce a 13 de Setembro de 1885 em Carregal de Tabosa,
concelho de Sernancelhe. Aos dez anos, vai residir com os pais para
Soutosa, onde faz a instrução primária. Transita depois para Lamego e
Viseu, onde chega a frequentar o seminário, abandonando-o por falta de
vocação. Em 1906 muda-se para Lisboa e, em pleno período de agitação
republicana, começa a escrever os primeiros artigos em jornais. Em 1907,
devido à explosão de uma bomba, é preso. Mas consegue evadir-se e,
entre 1908 e 1914, divide a sua residência entre Paris e Berlim. Em
1914, com a eclosão da I Grande Guerra, volta a Portugal. Em 1918
publica o primeiro romance, "A Vida Sinuosa", que dedica à memória do
seu pai, Joaquim Francisco Ribeiro. A convite de Raul Proença, entra em
1919 para a Biblioteca Nacional. A partir desse ano, escreve
incessantemente: "Terras do Demo" (1919), "O Romance da Raposa" (1924),
"Andam Faunos Pelos Bosques" (1926), "A Batalha Sem Fim" (1931) e muitos
outros títulos. Envolvido em revoltas contra a ditadura militar, no
Porto e em Viseu, exila-se por duas vezes em Paris (1927 e 1928), onde
casa pela segunda vez (a primeira mulher falecera). A partir de 1935 o
seu labor literário torna-se mais fecundo: "Volfrâmio" (1944), "O
Arcanjo Negro" (1947), "O Malhadinhas" (1949), "A Casa Grande de
Romarigães" (1957), "Quando os Lobos Uivam" (1958), este último
apreendido pela censura e pretexto para um processo em tribunal.
Entretanto, viaja: Brasil, Londres, Paris. Em 1963, durante as
comemorações do 50° aniversário do seu primeiro livro - promovidas pela
Sociedade Portuguesa de Escritores, então presidida por Ferreira de
Castro - adoece inesperadamente. Morre a 7 de Maio de 1963, no Hospital
da CUF, com 78 anos."
Benjamin Rabier (1864-1939). Foi um ilustrador e teatrólogo francês, mundialmente famoso pelo desenho da marca do queijo A vaca que ri. “Começa a trabalhar em 1890 como contador no Bon Marché, em Paris, e em Les Halles.
Graças ao apoio de Caran d’Ache, que ele conheceu no ano anterior,
várias revistas francesas começam a publicar os seus desenhos (La Chronique Amusante, Gil Blas Illustré), mas também em Inglaterra e nos Estados Unidos, onde ele obteve mais sucesso. Foi finalmente publicado regularmente em Le Rire e Pêle-Mêle, o que possibilitará a publicação de seus primeiros álbuns, nomeadamente Tintin Lutin [que inspiraria o Tintin de
Hergé, anos mais tarde]. No início do século XX, Benjamin Rabier
impõe-se como um autor de sucesso, como evidenciam suas publicações nas
conhecidas L'Assiette au Beurre ou le Chat Noir. Lança-se também na edição para crianças, publicando um jornal: Histoire comique et Naturelle des Animaux (1907-1908). Apesar do sucesso, ele continuará o seu trabalho em Les Halles até 1910.”
(fonte: wikipédia)
Exemplares brochados em bom estado geral de conservação. Capas sujas, com defeitos e pequenas falhas de papel nos cantos e nas lombadas. A capa do vol. I apresenta dois rasgões sem perda de papel e mancha no canto inferior dto.
Obra muito invulgar, quando em edição original.
Indisponível
Indisponível
23 março, 2016
NEVES, Dr. Vítor M. L. Pereira - APELIDOLOGIA POPULAR PORTUGUESA. Lisboa, [s.n. - imp. Gráfica de S. José, Lda., Castelo Branco], 1991. In-8.º (20cm) de 92, [6] p. ; B.
1.ª edição.
Estudo onomástico pioneiro sobre os apelidos dos portugueses.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"A Onomatologia, por ser mais rica e curiosa do que a Antroponímia, desde há muitos anos que, em contacto directo e quotidiano com gentes do campo, despertou a minha curiosidade e comecei a elaborar listas de apelidos em páginas mortas da minha agenda. A breve trecho, resolvi arranjar bloco exclusivo para esse efeito, pois interessei-me cada vez mais pelo caso, quando há cerca de uma década voltei para a Amadora a trabalhar como médico-veterinário municipal da Neo-Cidade. Concelho onde habitam cerca de trezentas mil pessoas, grande parte proveniente das mais diversas terras e regiões de Portugal, encontrei aí uma amostragem propícia para desenvolver mais a minha curiosidade.
A maior parte das vezes, só pelos apelidos, sei logo donde a pessoa é, ou os seus ascendentes são naturais. Mais me entusiasmei quando, procurando em ficheiros, não encontrei quem em Portugal, se tivesse debruçado sobre o assunto de modo a fazer um estudo exaustivo sobre o caso, poder tirar conclusões e até fazer opinações.
Ao mesmo tempo julgo que prestarei algum serviço aos portugueses, à cultura e à posteridade, pois há tendência, felizmente, para maior erudição, para maior instrução e cultura e naturalmente os Pais e Padrinhos terão o bom senso de não dar ao Registo Civil nomes que possam ser utilizados pejorativamente."
Matérias:
- Apelidos ligados à aparência. - Apelidos ligados com o comportamento. - Apelidos relativos a povoações. - Apelidos ligados ao tipo constitucional. - Apelidos que sugerem proveniência. - Apelidos com nomes de utensílios. - Apelidos relativos a profissões. - Apelidos ligados ao mar. - Apelidos ligados à flora. - Apelidos de produtos hortículas. - Apelidos com o nome de ervas. - Apelidos com o nome de arbustos. - Apelidos com o nome de árvores. - Apelidos de florestas. - Apelidos relativos a flores. - Apelidos aristocráticos. - Apelidos relativos à vida militar. - Apelidos relativos às estações e meses do ano. - Apelidos relativos a frutos. - Apelidos com nomes de côres. - Apelidos relativos à habitação ou urbanismo. - Apelidos relacionados com água. - Apelidos relativos à idade. - Apelidos relativos a parentesco. - Apelidos relativos à culinária. - Apelidos relativos à ocupação árabe. - Apelidos mais antigos que Portugal. - Apelidos telúricos. - Apelidos relativos à divisão da propriedade. - Apelidos ligados à ruralidade. - Apelidos relativos à fauna. - Apelidos relativos a animais domésticos. - Apelidos relacionados com a lareira. - Apelidos relativos a metais. - Apelidos relativos à indústria têxtil. - Apelidos relativos a dinheiro. - Apelidos relativos ao amor. - Apelidos que evocam serras. - Apelidos relativos a números. - Apelidos de cereais. - Apelidos relativos à categoria das povoações. - Apelidos bem ligados a Lisboa. - Apelidos ligados à época medieval. - Apelidos relacionados com o trajo. - Apelidos de chefes guerreiros. - Apelidos ligados à vinicultura. - Apelidos relacionados com a infância. - Apelidos de imperadores romanos. - Apelidos bizarros. - Outros apelidos curiosos. - Apelidos ligados ao cristianismo. - Apelidos ligados à saúde. - Apelidos elogiosos. - Apelidos ligados a defeitos físicos. - Apelidos relacionados com prisões. - Apelidos pejorativos. - Apelidos tétricos. - Apelidos que exprimem juízos de valor. - Apelidos compostos. - Apelidos populares quase exclusivos do Norte. - Apelidos populares quase exclusivos do Sul.
Discussão. Conclusões. E para terminar.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
Indisponível
1.ª edição.
Estudo onomástico pioneiro sobre os apelidos dos portugueses.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"A Onomatologia, por ser mais rica e curiosa do que a Antroponímia, desde há muitos anos que, em contacto directo e quotidiano com gentes do campo, despertou a minha curiosidade e comecei a elaborar listas de apelidos em páginas mortas da minha agenda. A breve trecho, resolvi arranjar bloco exclusivo para esse efeito, pois interessei-me cada vez mais pelo caso, quando há cerca de uma década voltei para a Amadora a trabalhar como médico-veterinário municipal da Neo-Cidade. Concelho onde habitam cerca de trezentas mil pessoas, grande parte proveniente das mais diversas terras e regiões de Portugal, encontrei aí uma amostragem propícia para desenvolver mais a minha curiosidade.
A maior parte das vezes, só pelos apelidos, sei logo donde a pessoa é, ou os seus ascendentes são naturais. Mais me entusiasmei quando, procurando em ficheiros, não encontrei quem em Portugal, se tivesse debruçado sobre o assunto de modo a fazer um estudo exaustivo sobre o caso, poder tirar conclusões e até fazer opinações.
Ao mesmo tempo julgo que prestarei algum serviço aos portugueses, à cultura e à posteridade, pois há tendência, felizmente, para maior erudição, para maior instrução e cultura e naturalmente os Pais e Padrinhos terão o bom senso de não dar ao Registo Civil nomes que possam ser utilizados pejorativamente."
Matérias:
- Apelidos ligados à aparência. - Apelidos ligados com o comportamento. - Apelidos relativos a povoações. - Apelidos ligados ao tipo constitucional. - Apelidos que sugerem proveniência. - Apelidos com nomes de utensílios. - Apelidos relativos a profissões. - Apelidos ligados ao mar. - Apelidos ligados à flora. - Apelidos de produtos hortículas. - Apelidos com o nome de ervas. - Apelidos com o nome de arbustos. - Apelidos com o nome de árvores. - Apelidos de florestas. - Apelidos relativos a flores. - Apelidos aristocráticos. - Apelidos relativos à vida militar. - Apelidos relativos às estações e meses do ano. - Apelidos relativos a frutos. - Apelidos com nomes de côres. - Apelidos relativos à habitação ou urbanismo. - Apelidos relacionados com água. - Apelidos relativos à idade. - Apelidos relativos a parentesco. - Apelidos relativos à culinária. - Apelidos relativos à ocupação árabe. - Apelidos mais antigos que Portugal. - Apelidos telúricos. - Apelidos relativos à divisão da propriedade. - Apelidos ligados à ruralidade. - Apelidos relativos à fauna. - Apelidos relativos a animais domésticos. - Apelidos relacionados com a lareira. - Apelidos relativos a metais. - Apelidos relativos à indústria têxtil. - Apelidos relativos a dinheiro. - Apelidos relativos ao amor. - Apelidos que evocam serras. - Apelidos relativos a números. - Apelidos de cereais. - Apelidos relativos à categoria das povoações. - Apelidos bem ligados a Lisboa. - Apelidos ligados à época medieval. - Apelidos relacionados com o trajo. - Apelidos de chefes guerreiros. - Apelidos ligados à vinicultura. - Apelidos relacionados com a infância. - Apelidos de imperadores romanos. - Apelidos bizarros. - Outros apelidos curiosos. - Apelidos ligados ao cristianismo. - Apelidos ligados à saúde. - Apelidos elogiosos. - Apelidos ligados a defeitos físicos. - Apelidos relacionados com prisões. - Apelidos pejorativos. - Apelidos tétricos. - Apelidos que exprimem juízos de valor. - Apelidos compostos. - Apelidos populares quase exclusivos do Norte. - Apelidos populares quase exclusivos do Sul.
Discussão. Conclusões. E para terminar.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
Indisponível
22 março, 2016
FIGUEIREDO, A. Cardoso Borges de - INSTITUIÇÕES ELEMENTARES DE RHETORICA PARA USO DAS ESCHOLAS. Por... Cavalleiro da Ordem de Nossa Senhora de Conceição de Villa-Viçosa, Professor jubilado em Oratoria, Poetica e Litteratura classsica no Lyceu Nacional de Coimbra, etc. Undecima edição. Correcta e augmentada. Coimbra, Livraria Central de J. Diogo Pires - Editor e proprietario, 1879. In-8.º (21cm) de 207, [1] p. ; E.
Manual de Retórica. Trata-se de uma obra de referência, das mais importantes que sobre a matéria se publicaram entre nós, e sobejamente utilizada nas escolas portuguesas durante a segunda metade do século XIX. De acordo com os registos da BNP, conheceu pelo menos quinze edições, sendo a 1.ª, de 1849 e a 15.ª, de 1906.
"Nascido para a sociedade, o homem não recebeu da summa bondade do Creador melhor dote que a faculdade de falar; sendo certo que outra não ha que mais prestimo tenha em todo o tracto da vida, publica e particular. E a verdadeira eloquencia ganha para si louvor e estimação; mantém o estado; é o doce amparo da humanidade.
Eloquencia é - a força de dizer dominadora do animo alheio; - isto é, a faculdade de exprimir os pensamentos pela maneira mais propria para produzir a convicção, o deleite e a persuasão. Esta força natural, para que se não se desvie do direito caminho, ha mister de ser guiada pela arte; serve-lhe de guia a rhetorica: i. é, - a disciplina que rege o genio no uso da eloquencia."
(excerto do Cap. I, Natureza, fim e divisão da eloquencia, 1 e 2)
Matérias:
Noções Preliminares : Da eloquencia e da rhetorica em geral
I - Natureza, fim e divisão da eloquencia. II - Meios, officios e requisitos do orador. III - Operações do orador e partes da rhetorica.
Parte Primeira - Invenção. Parte Segunda - Disposição. Parte Terceira - Elocução. Parte Quarta - Memoria. Parte Quinta - Declamação.
Encadernação coeva inteira de carneira com rótulo negro e dourados gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Pastas com pequenos defeitos; lombada algo desgastada. Carimbo de posse nas f. rosto e anterrosto.
Invulgar.
Indisponível
Manual de Retórica. Trata-se de uma obra de referência, das mais importantes que sobre a matéria se publicaram entre nós, e sobejamente utilizada nas escolas portuguesas durante a segunda metade do século XIX. De acordo com os registos da BNP, conheceu pelo menos quinze edições, sendo a 1.ª, de 1849 e a 15.ª, de 1906.
"Nascido para a sociedade, o homem não recebeu da summa bondade do Creador melhor dote que a faculdade de falar; sendo certo que outra não ha que mais prestimo tenha em todo o tracto da vida, publica e particular. E a verdadeira eloquencia ganha para si louvor e estimação; mantém o estado; é o doce amparo da humanidade.
Eloquencia é - a força de dizer dominadora do animo alheio; - isto é, a faculdade de exprimir os pensamentos pela maneira mais propria para produzir a convicção, o deleite e a persuasão. Esta força natural, para que se não se desvie do direito caminho, ha mister de ser guiada pela arte; serve-lhe de guia a rhetorica: i. é, - a disciplina que rege o genio no uso da eloquencia."
(excerto do Cap. I, Natureza, fim e divisão da eloquencia, 1 e 2)
Matérias:
Noções Preliminares : Da eloquencia e da rhetorica em geral
I - Natureza, fim e divisão da eloquencia. II - Meios, officios e requisitos do orador. III - Operações do orador e partes da rhetorica.
Parte Primeira - Invenção. Parte Segunda - Disposição. Parte Terceira - Elocução. Parte Quarta - Memoria. Parte Quinta - Declamação.
Encadernação coeva inteira de carneira com rótulo negro e dourados gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Pastas com pequenos defeitos; lombada algo desgastada. Carimbo de posse nas f. rosto e anterrosto.
Invulgar.
Indisponível
21 março, 2016
ESTUDIOS DO EMISSOR REGIONAL DO NORTE - PLANO DE RADIODIFUSÃO NACIONAL. Inaugurados em Julho de 1943. [Lisboa], [s.n. - imp. Bertrand (Irmãos), Lda., Lisboa], 1943. In-4.º (24cm) de 14, [2] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Brochura publicada por ocasião da inauguração dos Estúdios do Emissor Regional do Norte. Muito ilustrada nas páginas do texto com fotografias das instalações e equipamentos do novo emissor.
Precede a "apresentação" das instalações, uma mensagem de Duarte Pacheco, Ministro das Obras Públicas e Comunicações, lida aos microfones da E. N., e aqui reproduzida, naquela que terá sido uma das suas últimas intervenções impressas, uma vez que viria a falecer poucos meses depois, em Novembro, num acidente de viação.
"A inauguração dos Estúdios do Emissor Regional do Norte corresponde, simultâneamente, a uma justa aspiração das populações nortenhas e a um vivo desejo do Govêrno. Todos nos encontramos agora irmanados da satisfação que proporciona a realização do objectivo comum. A obra inaugurada - embrião da Casa da Rádio do Pôrto - permite assegurar melhores condições de recepção no Norte do País. Marca, portanto, mais um passo em frente no cumprimento do plano de radiodifusão nacional, que visa a que a E. N. seja, na verdade, a voz de todos os portugueses: - a voz de Portugal no Mundo."
Ministro das Obras Públicas e Comunicações
Duarte Pacheco (assinatura fac-sim.)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com sinais de humidade junto ao corte lateral das folhas, ao longo do opúsculo.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Brochura publicada por ocasião da inauguração dos Estúdios do Emissor Regional do Norte. Muito ilustrada nas páginas do texto com fotografias das instalações e equipamentos do novo emissor.
Precede a "apresentação" das instalações, uma mensagem de Duarte Pacheco, Ministro das Obras Públicas e Comunicações, lida aos microfones da E. N., e aqui reproduzida, naquela que terá sido uma das suas últimas intervenções impressas, uma vez que viria a falecer poucos meses depois, em Novembro, num acidente de viação.
"A inauguração dos Estúdios do Emissor Regional do Norte corresponde, simultâneamente, a uma justa aspiração das populações nortenhas e a um vivo desejo do Govêrno. Todos nos encontramos agora irmanados da satisfação que proporciona a realização do objectivo comum. A obra inaugurada - embrião da Casa da Rádio do Pôrto - permite assegurar melhores condições de recepção no Norte do País. Marca, portanto, mais um passo em frente no cumprimento do plano de radiodifusão nacional, que visa a que a E. N. seja, na verdade, a voz de todos os portugueses: - a voz de Portugal no Mundo."
Ministro das Obras Públicas e Comunicações
Duarte Pacheco (assinatura fac-sim.)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com sinais de humidade junto ao corte lateral das folhas, ao longo do opúsculo.
Raro.
Indisponível
Etiquetas:
*PACHECO (Duarte),
1ª E D I Ç Ã O,
Comemorações,
História,
Monografias,
Rádio
20 março, 2016
GONÇALVES, António Jorge - SUBWAY LIFE : VIDA SUBTERRÂNEA. Londres - Lisboa - Berlim - Estocolmo - Nova Iorque - São Paulo - Tóquio - Atenas - Moscovo - Cairo. Lisboa, Assírio & Alvim, 2010. Oblongo (21x30,5 cm) de [250] p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Bilíngue (português/inglês)
Tiragem declarada de 1000 exemplares rubricada pelo autor (314/1000).
"Em 1997 comecei a praticar um exercício no metro de Londres que consistia em desenhar a pessoa que se sentasse à minha frente ou no meu mais imediato ângulo de visão. Era um método que pretendia obrigar-me a desenhar aquilo que não podia escolher.
Decidi estender este jogo a outras 9 cidades: no total foram cerca de 800 horas de trabalho repartidas pelas 3 a 4 semanas que permaneci em cada cidade, numa rotina de 2 sessões por dia, percorrendo linhas diferentes e abrangendo o total do horário de funcionamento.
Nunca pedi autorização a ninguém, mas também não fingi estar a fazer outra coisa: durante os 5 a 8 minutos que cada desenho levou a construir comecei como observador e acabei como observado.
Este livro compila, de forma cronológica, uma seleção desses desenhos elaborados entre 1997 e 2003."
(Introdução)
"Subway Life" reúne uma selecção feita a partir de três mil desenhos feitos em 10 cidades e é a última paragem de um projecto de vários anos. António Jorge Gonçalves quis dar a volta ao mundo assim: sentando-se no metro e desenhando a primeira pessoa que se sentasse à sua frente.
De 1997 a 2003. Cairo, Moscovo, Atenas, Tóquio, São Paulo, Nova Iorque, Estocolmo, Berlim. Eram tudo cidades que não tinha visitado antes. Assim que aterrava no aeroporto, procurava o sinal do metro. "Quando entrava no metro, sentia-me em casa."
Depois de seis anos a desenhar, foram precisos outros seis para chegar a este livro, publicado pela Assírio & Alvim."
(MARQUES, Susana Moreira (2010)," Quando entrava no metro, sentia-me em casa", www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/quando-entrava-no-metro-sentia-me-em-casa-264753)
1.ª edição.
Bilíngue (português/inglês)
Tiragem declarada de 1000 exemplares rubricada pelo autor (314/1000).
"Em 1997 comecei a praticar um exercício no metro de Londres que consistia em desenhar a pessoa que se sentasse à minha frente ou no meu mais imediato ângulo de visão. Era um método que pretendia obrigar-me a desenhar aquilo que não podia escolher.
Decidi estender este jogo a outras 9 cidades: no total foram cerca de 800 horas de trabalho repartidas pelas 3 a 4 semanas que permaneci em cada cidade, numa rotina de 2 sessões por dia, percorrendo linhas diferentes e abrangendo o total do horário de funcionamento.
Nunca pedi autorização a ninguém, mas também não fingi estar a fazer outra coisa: durante os 5 a 8 minutos que cada desenho levou a construir comecei como observador e acabei como observado.
Este livro compila, de forma cronológica, uma seleção desses desenhos elaborados entre 1997 e 2003."
(Introdução)
"Subway Life" reúne uma selecção feita a partir de três mil desenhos feitos em 10 cidades e é a última paragem de um projecto de vários anos. António Jorge Gonçalves quis dar a volta ao mundo assim: sentando-se no metro e desenhando a primeira pessoa que se sentasse à sua frente.
De 1997 a 2003. Cairo, Moscovo, Atenas, Tóquio, São Paulo, Nova Iorque, Estocolmo, Berlim. Eram tudo cidades que não tinha visitado antes. Assim que aterrava no aeroporto, procurava o sinal do metro. "Quando entrava no metro, sentia-me em casa."
Depois de seis anos a desenhar, foram precisos outros seis para chegar a este livro, publicado pela Assírio & Alvim."
(MARQUES, Susana Moreira (2010)," Quando entrava no metro, sentia-me em casa", www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/quando-entrava-no-metro-sentia-me-em-casa-264753)
"Subway Life (Vida Subterrânea) é um projecto que levou António Jorge Gonçalves a desenhar pessoas sentadas em carruagens do Metro em 10 cidades, nos 5 continentes.
Tudo começou em Londres - onde o artista residiu durante três anos - comum exercício que consistia em desenhar a pessoa que se sentasse à sua frente no Metro. Era um método aleatório de escolha de modelos que pretendia obrigá-lo a desenhar aquilo que não podia escolher. Ao regressar a Lisboa, decidiu estender o jogo a outras 9 cidades: Lisboa, Berlim, Estocolmo, Nova Iorque, São Paulo, Tóquio, Atenas, Moscovo, e Cairo.
800 horas de trabalho depois, constatou que entre os mais de 3000 desenhos registados nos seus cadernos era rara a repetição de postura. Apesar dos seus retratados se encontrarem numa mesma situação (sentados num comboio subterrâneo) a individualidade sobressaía sempre numa posição de mão ou no jeito de cruzar a perna. E se, por um lado, podia encontrar estereótipos dos habitantes de cada uma das cidades, por outro, existiam também indivíduos que poderiam encaixar em qualquer uma delas.
Em 2002, numa colaboração com os webdesigners Silikonski, foi criado o site www.subwaylife.com, que conheceu uma atenção muito particular, tendo sido premiado no FLASH FILM FESTIVAL 2002 SAN FRANCISCO e sido recomendado em dezenas de sites entre os quais USA TODAY ou YAHOO PICK OF THE DAY. Este site já recebeu, até hoje, mais de 5 milhões de visitas. O projecto mereceu ainda divulgação e entrevistas na imprensa em Portugal, EUA, México, Brasil, Rússia, França, Ucrânia, Austrália, China ou Japão. O livro reune um conjunto significativo dos desenhos, complementado por apontamentos sobre cada cidade. Juntando no mesmo comboio passageiros de todo o mundo somos convidados a viajar pela mão do desenhador."
(Fonte. www.fnac.pt)
Encadernação cartonada do editor azul com desenhos e letras a negro e branco.
Exemplar em bom estado de conservação.
Esgotado.
25€
18 março, 2016
CHARBONNIER, Jean-Claude - O CASO DA MORTE DO VIZINHO DA PORTA EM FRENTE. Texto revisto por Forte Faria. [S.l.], [s.n. - comp. e imp. Emp. Tip. Casa Portuguesa, Sucrs., Lda., Lisboa], [1966]. In-8.º (18,5cm) de 242, [2] p. ; B. Colecção Boxer, 1
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Curioso romance policial. Jean-Claude Charbonnier é o pseudónimo utilizado por Forte Faria, o 'revisor do texto', e verdadeiro autor da obra. Sobre esta, e de acordo com a apresentação, "tem todos os ingredientes indispensáveis na actual novelística policial e que o grande público aprecia - violência e sexo, mas temperados por um sadio humorismo que resulta do dia a dia da própria vida. Onde a polícia falha... uma cadela boxer, endiabrada... resolve o problema.".
"Uma nesga de claridade infiltrava-se por entre as cortinas mal sobrepostas, pondo um traço vertical na parede. À escassa claridade notavam-se os contornos indecisos de um quarto de dormir. A cama de casal, pelas suas dimensões e pela luz que se reflectia nos lençóis, destacava-se mais nitidamente. Sobre ela, de costas para a janela, e interceptando a claridade, o vulto de um homem a dormir, com a cabeça meia coberta pela almofada; a seu lado, na penumbra criada pelo corpo do homem, mas se distinguia um outro vulto. Ouvia-se a respiração regular do homem.
O homem mexeu-se e com o braço tentou afastá-la do seu lado.
- Deixa-me.
Ela agitou-se de encontro ao homem.
- Não sejas chata. Deixa-me dormir."
(excerto do Cap. 1)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Raro.
15€
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Curioso romance policial. Jean-Claude Charbonnier é o pseudónimo utilizado por Forte Faria, o 'revisor do texto', e verdadeiro autor da obra. Sobre esta, e de acordo com a apresentação, "tem todos os ingredientes indispensáveis na actual novelística policial e que o grande público aprecia - violência e sexo, mas temperados por um sadio humorismo que resulta do dia a dia da própria vida. Onde a polícia falha... uma cadela boxer, endiabrada... resolve o problema.".
"Uma nesga de claridade infiltrava-se por entre as cortinas mal sobrepostas, pondo um traço vertical na parede. À escassa claridade notavam-se os contornos indecisos de um quarto de dormir. A cama de casal, pelas suas dimensões e pela luz que se reflectia nos lençóis, destacava-se mais nitidamente. Sobre ela, de costas para a janela, e interceptando a claridade, o vulto de um homem a dormir, com a cabeça meia coberta pela almofada; a seu lado, na penumbra criada pelo corpo do homem, mas se distinguia um outro vulto. Ouvia-se a respiração regular do homem.
O homem mexeu-se e com o braço tentou afastá-la do seu lado.
- Deixa-me.
Ela agitou-se de encontro ao homem.
- Não sejas chata. Deixa-me dormir."
(excerto do Cap. 1)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Raro.
15€
17 março, 2016
NORONHA, Eduardo de - ALMA ANTIGA : «portuguez de lei». Lisboa, Ofic. da Sociedade Nacional de Tipografia, 1922. In-8.º (20cm) de 438, [2] p. ; mto il. ; B
1.ª edição.
Ilustrada com 105 gravuras nas páginas de texto.
Romance histórico cuja acção decorre na década de 50 do século XIX. Manuel Cezimbra, jovem marinheiro português, percorre o mundo tomando parte em vários episódios históricos, privando com figuras de relevo da história mundial.
"Valha-me Deus Nosso Senhor pela sua infinita misericórdia!
- Minha mãe! Minha mãe!
- Cala-te, ou faço-te a ti o mesmo que a ela!
- Meu pae! Meu pae, não faça mal á minha querida mãezinha!
- Ah, sim? Espera!
Ouviu-se o baque de um corpo no chão e dois gritos lancinantes ecoaram pelo arenoso descampado ao Aterro, que, na época em que esta veridica historia decorre, não ia além da atual rampa de Santos. A policia começava então a organizar-se. Não se recomendava pelo numero, nem primava pelo zelo. Os denominados cabos, os unicos guardas da segurança publica, recrutados um pouco ao capricho dos regedores, prestavam já com relutancia os seus serviços durante o dia; de noite, ou se fingiam surdos a quaesquer brados de socorro ou dirigiam-se com afan para o lado contrario d'onde os sentiam.
Na noite luminosa d'esse Ano Bom de 1854 apenas se distinguia o grupo formado por um homem de estatura avantajada, debruçado sôbre uma mulher que se contorcia, e uma creança, uma rapariguita. Esta, ora pretendia deter com as debeis mãos a gesticulação descompassada e frenética do agressor, ora erguia para o ceo os braços franzinos descarnado, n'uma imploração de eloquente mutismo."
(excerto do Cap. I, Na noite do Ano Bom)
(fonte: blx.cm-lisboa.pt)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas sujas, com defeitos. Assinatura possessória na capa frontal.
Muito invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Ilustrada com 105 gravuras nas páginas de texto.
Romance histórico cuja acção decorre na década de 50 do século XIX. Manuel Cezimbra, jovem marinheiro português, percorre o mundo tomando parte em vários episódios históricos, privando com figuras de relevo da história mundial.
"Valha-me Deus Nosso Senhor pela sua infinita misericórdia!
- Minha mãe! Minha mãe!
- Cala-te, ou faço-te a ti o mesmo que a ela!
- Meu pae! Meu pae, não faça mal á minha querida mãezinha!
- Ah, sim? Espera!
Ouviu-se o baque de um corpo no chão e dois gritos lancinantes ecoaram pelo arenoso descampado ao Aterro, que, na época em que esta veridica historia decorre, não ia além da atual rampa de Santos. A policia começava então a organizar-se. Não se recomendava pelo numero, nem primava pelo zelo. Os denominados cabos, os unicos guardas da segurança publica, recrutados um pouco ao capricho dos regedores, prestavam já com relutancia os seus serviços durante o dia; de noite, ou se fingiam surdos a quaesquer brados de socorro ou dirigiam-se com afan para o lado contrario d'onde os sentiam.
Na noite luminosa d'esse Ano Bom de 1854 apenas se distinguia o grupo formado por um homem de estatura avantajada, debruçado sôbre uma mulher que se contorcia, e uma creança, uma rapariguita. Esta, ora pretendia deter com as debeis mãos a gesticulação descompassada e frenética do agressor, ora erguia para o ceo os braços franzinos descarnado, n'uma imploração de eloquente mutismo."
(excerto do Cap. I, Na noite do Ano Bom)
Eduardo de Noronha (1859-1948). “Nasceu em Lisboa, a 26 de
Outubro de 1859, e morreu a 26 de Setembro de 1948, na mesma cidade. Apesar de
ter seguido a carreira militar, participando, por exemplo, nas campanhas de
pacificação em África, teve uma fecundíssima actividade literária, quer como
escritor quer como jornalista.
Como jornalista colaborou nos jornais A Actualidade,
do Porto, A África Oriental, O Quelimane e O Futuro, de Lourenço
Marques, O Economista, de Lisboa, no Diário de Notícias, no
Tiro e Sport, na Mala da Europa, e noutros títulos. Desta colaboração
destaca-se sobretudo a que deu às Novidades, exercendo neste jornal, sob a
direcção de Emídio Navarro, o cargo de secretário da redacção. Dirigiu ainda a
revista Serões e os onze volumes do Dicionário Popular.
Como
escritor destacou-se sobretudo como romancista histórico. Foi autor de
uma vasta obra (mais de uma centena de livros), publicando, entre muitas
outras, O Herói de Chaimite, No Brasil, A Guerra Russo-Japonesa, A Sociedade do Delírio, O Agonizar de uma Dinastia, À Porta da Havanesa, A Inglaterra e as suas Colónias, Filhos de Portugal, Os Marechais de D. Maria II, As Mulheres de Pernambuco,
“obras de intensa vibração que se tornaram popularíssimas”. Traduziu
ainda várias peças para o teatro e obras famosas na época, como Quo Vadis? ou Ben-Hur, de Wallace."(fonte: blx.cm-lisboa.pt)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas sujas, com defeitos. Assinatura possessória na capa frontal.
Muito invulgar.
Indisponível
Etiquetas:
*NORONHA (Eduardo de),
1ª E D I Ç Ã O,
História,
História de Portugal,
Marinha,
Oriente,
Romance Histórico
15 março, 2016
SARDINHA, Luciano Antonio Picão - CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DO SERVIÇO DE SAUDE EM CAMPANHA. Dissertação inaugural apresentada á Escola Medico-Cirurgica de Lisboa. Lisboa, Typographia Santos & Magalhães, 1902. In-8.º (21cm) de 91, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela extensa dedicatória autógrafa do autor.
"Quando um dia a patria fôr o mundo e a familia a humanidade, como li algures, desapparecerá o maior de todos os flagellos - a guerra, e com ella a Medicina Castrense. Porém, como estamos bem distantes d'esse sonhado paraizo, como por ora a idéa de patria é uma realidade, impõe-se o estudo de todas as questões que dizem respeito a este ramo da Medicina. Julgamos mesmo que nem só o medico-militar se deve preoccupar com a Medicina-Castrense. Todos aquelles que possuem um diploma de medico podem e devem interessar-se por estas questões, tão debatidas hoje nas grande potencias, da Medicina alliada á Arte da Guerra."
(excerto da introdução)
Matérias:
I. Formações Sanitarias da Primeira Linha
- Posto de Soccorros. - Penso Individual. - Composição do Penso Individual. - Estação de Carros. - Carro Sanitario Regimental. - Carro Ligeiro de Transporte de Feridos. - Ambulancia Divisionaria. - Hospitaes Moveis: Tenda-Hospital Tollet; Tenda-Hospital Cunha Bellem.
II. Formações Sanitarias da 2.ª Linha
- Hospital d'Evacuação. - Hospitaes de Transito, d'Estação e d'Etapes. - Hospitaes Temporarios. - Hospitaes Fixos. - Hospitaes Especiaes. - Hospitaes temporariamente immobilisados. - Hospitaes de Distribuição. - Deposito Sanitario. - Deposito de Convalescentes e de Extenuados. - Grande Deposito Sanitario da Base d'Etapes.
III. Asepsia e Antisepsia no Campo de Batalha
- Asepsia e Antisepsia desde a Linha de Fogo ao Posto de Soccorros. - Asepsia e Antisepsia no Posto de Socorros: Composição do Penso; Forno de Forgue; Composição do Penso. - Asepsia e Antisepsia na Ambulancia Divisionaria. - Asepsia e Antisepsia no Hospital Movel.
IV. Tratamento primitivo d'algumas lesões produzidas por projectis de guerra
- Tratamento primitivo das fracturas diaphysarias. - Tratamento primitivo nos casos de alojamento dos projectis de guerra no organismo. - Tratamento da anemia aguda consecutiva a hemorrhagias produzidas pelos projectis de guerra.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente manchadas. Contracapa apresenta pequena falha de papel no canto superior dto.
Raro.
20€
1.ª edição.
Valorizada pela extensa dedicatória autógrafa do autor.
"Quando um dia a patria fôr o mundo e a familia a humanidade, como li algures, desapparecerá o maior de todos os flagellos - a guerra, e com ella a Medicina Castrense. Porém, como estamos bem distantes d'esse sonhado paraizo, como por ora a idéa de patria é uma realidade, impõe-se o estudo de todas as questões que dizem respeito a este ramo da Medicina. Julgamos mesmo que nem só o medico-militar se deve preoccupar com a Medicina-Castrense. Todos aquelles que possuem um diploma de medico podem e devem interessar-se por estas questões, tão debatidas hoje nas grande potencias, da Medicina alliada á Arte da Guerra."
(excerto da introdução)
Matérias:
I. Formações Sanitarias da Primeira Linha
- Posto de Soccorros. - Penso Individual. - Composição do Penso Individual. - Estação de Carros. - Carro Sanitario Regimental. - Carro Ligeiro de Transporte de Feridos. - Ambulancia Divisionaria. - Hospitaes Moveis: Tenda-Hospital Tollet; Tenda-Hospital Cunha Bellem.
II. Formações Sanitarias da 2.ª Linha
- Hospital d'Evacuação. - Hospitaes de Transito, d'Estação e d'Etapes. - Hospitaes Temporarios. - Hospitaes Fixos. - Hospitaes Especiaes. - Hospitaes temporariamente immobilisados. - Hospitaes de Distribuição. - Deposito Sanitario. - Deposito de Convalescentes e de Extenuados. - Grande Deposito Sanitario da Base d'Etapes.
III. Asepsia e Antisepsia no Campo de Batalha
- Asepsia e Antisepsia desde a Linha de Fogo ao Posto de Soccorros. - Asepsia e Antisepsia no Posto de Socorros: Composição do Penso; Forno de Forgue; Composição do Penso. - Asepsia e Antisepsia na Ambulancia Divisionaria. - Asepsia e Antisepsia no Hospital Movel.
IV. Tratamento primitivo d'algumas lesões produzidas por projectis de guerra
- Tratamento primitivo das fracturas diaphysarias. - Tratamento primitivo nos casos de alojamento dos projectis de guerra no organismo. - Tratamento da anemia aguda consecutiva a hemorrhagias produzidas pelos projectis de guerra.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente manchadas. Contracapa apresenta pequena falha de papel no canto superior dto.
Raro.
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