31 maio, 2014

GUIMARÃES, Ribeiro - SUMMARIO DE VARIA HISTORIA. Narrativas, lendas, biographias, descripções de templos e monumentos, estatisticas, costumes civis, politicos e religiosos de outras eras. Por... [Lisboa], Rolland & Semiond [distrib.], 1872. In-8.º (20,5cm) de [6], 232, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Colectânea de artigos publicados pelo autor no Jornal do Comercio. Este é o primeiro de cinco tomos publicados.
"Repetidas instancias de muitas pessoas me resolveram a compilar os artigos de varia historia, que durante quinze annos tenho publicado no Jornal do Commercio. Esses artigos, que abrangem narrativas historicas, lendas, biographias, descripções de templos e de monumentos, relações de costumes civis, politicos e religiosos de outras eras, estatisticas, etc., formam um peculio copiosissimo de noticias do passado, colhidas não só nos livros, senão nos manuscriptos, sendo por isso ineditos muitos d'elles."
(excerto do prólogo)
Matérias:
- A Real casa de Santo Antonio. - Santo Antonio. - Santo Antonio Brigão. - Santo Antonio da Mouraria. -  Santo Antonio do Rato. - O Milagre dos santos. - Orgão novo. - Ainda a real casa de Santo Antonio. - A Velha Lisboa e as suas ruas. - O desacato e as obras de Santa Engracia. - A Egreja de Nossa Senhora dos Martyres. - Costumes e modas velhas. - A Batalha naval de Matapan. - Os Annuncios. - Duas commemorações. - A Lenda e casa de Nossa Senhora do Cabo. - O Lagarto da Penha. - O Titulo do duque de Coimbra. - O Imperador do Espirito Santo. - Historia da irmandade e da imagem do Senhor Jesus dos Passos da Graça.
José Ribeiro Guimarães (1818-1877). Jornalista e polemista português.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis, com defeitos.
Invulgar.
Com evidente interesse olisiponenese e antoniano.
Indisponível

30 maio, 2014

COLECTÂNEA LEGISLATIVA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA (1498-1998) - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa : Secretaria Geral. Coordenação Geral e Prefácio: Elvira Brandão. Apresentação: Maria do Carmo Romão. Introdução: Rogério Seabra Cardoso. Lisboa, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa : Centro de Documentação, 1998. In-fólio (30,5cm) de XLV, [1], 220 p. ; [44] p. il. ; E.
Tiragem: 1000 exemplares.
Obra impressa em papel de qualidade superior, ilustrada em extratexto com 44 gravuras a p.b. e a cores impressas sobre papel couché.
"Poucas instituições portuguesas podem orgulhar-se de atravessarem cinco séculos de história e ainda menor será o número dos que, nesse período, produziram actividade tão intensa e meritória.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, fundamentada na palavra escrita do seu Compromisso original, encontrou sempre valioso apoio no normativo jurídico e na regulamentação que, no decurso dos tempos, foi estabelecendo elos de relacionamento entre o poder do Estado, a Instituição e os estratos mais desprotegidos da sociedade. Assim se compreende a importância da actividade legislativa no crescimento e desenvolvimento da Misericórdia de Lisboa.
Passados 500 anos, muitos diplomas jurídicos perderam valor impositivo e probatório, permanecendo, todavia, o seu valor histórico. Mediante o seu estudo poderão ser desvendados aspectos menos conhecidos e traçadas novas linhas de compreensão, contibuindo, de forma continuada, para a história desta nobre Instituição."
(excerto da apresentação)
Encadernação editorial em sintético com ferros gravados a ouro e aplicação manual de uma gravura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

28 maio, 2014

GRAVE, João - OS VIVOS E OS MORTOS. Porto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, Lda, 1925. In-8º (18,5cm) de 312 p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de crónicas (27) sobre os mais variados assuntos e personalidades da actualidade mundial.
João José Grave (1872-1934). “Foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto e dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal. A nível literário, esteve inicialmente próximo dos naturalistas, notando-se influências de Emílio Zola. Depois enveredou pelo romance de costumes.”
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

27 maio, 2014

CHOUZAL, Cónego Bernardo - REGICÍDIO E REGNICÍDIO. O crime do Terreiro do Paço : um anno depois. Com um prefácio de Fialho d'Almeida. Lisboa, Livraria Ferreira, 1909. In-4º (25cm) de XCIV, 34, [2] p. ; B.
Discurso proferido nas solennes exéquias, promovidas pêla câmara municipal de Montemór-o-Nôvo, pâra commemorar o primeiro aniversario da morte de El-Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luis Filippe, no dia 9 de fevereiro de 1909.
Obra valorizada pelo extenso prefácio de Fialho de Almeida (86 pags).
"Como todas as pessôas de raciocinio sereno, as poucas que n'esta terra ainda teem latigo para fustigar a desorientação criminosa dos que mandam, invéctiva V. as alcatéas de politicantes, as da monarchia e as da republica, responsabilizando-as pelas mesmas culpas d'estarem jogando aos dados o futuro d'este povo, e de sobre a sua indolencia sordida fazerem praça, a vêr quem lhe roerá os ossos e virá a lhe cantar o dies irae no sepulchro d'uma absorpção hespanhola ultra-provavel."
(excerto do prefácio)
Bernardo Chousal (1873-1935). O Cónego Chouzal nasceu na Vila de Paredes de Coura em 1873 e faleceu, em Figueiró dos Vinhos, Leiria, em 1935. Para além de uma da carreira eclesiástica, de que se destaca o cargo de Cónego da Sé de Évora, dedicou-se ao jornalismo e à política"
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa com defeitos. Assinatura de posse safada na f. rosto. 
Invulgar.
Indisponível

25 maio, 2014

PORTELA, Artur - MONGES NEGROS : narrativas. Lisboa, Livraria Clássica Editora : A. M. Teixeira & C.ª (Filhos), 1951. In-8º (18,5cm) de 235, [5] p. ; B. Colecção "Orbe", n.º 17
Interessante conjunto de narrativas; inclui 4 com interesse camiliano.
"Em 1852 estalava no Porto, um escândalo romântico. José Augusto Pinto de Magalhães, amigo íntimo de Camilo, raptara uma linda inglesinha, já cruzada de sangue português, que vivia com a mãe e uma irmã em Vilar do Paraíso, recanto edénico de sombra e flores, a boa meia légua para o sul daquela cidade, no caminho de Ovar.
Era Fanny Owen."
(excerto de Camilo amou Fanny Owen)
Índice:
- Monges negros. - Um jantar entre fantasmas. - Vinte e quatro horas num convento. - O génio da floresta. - A canção dos mateiros. - Incêndio na floresta. - Camilo amou Fanny Owen. - Trágicos remorsos. - Dois cadáveres. - O inferno branco. - Os pescadores de atum. - A tourada do mar. - Os grandes romances de amor. - As vinhas da ira. - As vindimas. - Os lagareiros do Douro. - A vida dos faroleiros. - Fala António Nobre.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Camiliano.
Indisponível

24 maio, 2014

CONTRACTO PARA A CONSTRUCÇÃO DO MERCADO DA PRAÇA DA FIGUEIRA - Camara Municipal de Lisboa. Lisboa, Companhia Typographica, 1906. In-4º (23cm) de [8] p. ; B.
Copia do contracto  celebrado pela Camara Municipal de Lisboa com os srs. Joaquim Lucio d'Araujo e Manuel José Ferreira Lima, para a construcção de um mercado de systema moderno no local do actual mercado da Praça da Figueira.
Reprodução do contrato celebrado em 3 de Agosto de 1882 para a substituição do mercado existente na Praça da Figueira por outro mais moderno. Este último, monumento da arquitectura do ferro, viria a ser demolido am 1949, recebendo a estátua equestre de D. João I já em 1971, mantendo desde então o aspecto presente.
"O mercado terá um só pavimento e esse terreo, e será construido com ferros, madeira, cantaria, vidro, ardosia ou telha de barro calcareo ferruginoso, envernisada, corrigindo se a irregularidade existente no actual mercado, na fachada voltada para o nascente, que não está no prolongamento do lado correspondente da rua nova da Princeza (vulgo dos Fanqueiros), devendo portanto a construcção obedecer ao principio do parallelismo entre a referida fachada e o alinhamento das casas fronteiras; dando-se ás ruas das Gallinheiras e do Amparo a largura de dez metros, e devendo haver nos quatro vertices do mercado outras tantas entradas para pedestres."
(cláusula Primeira)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com evidente interesse olisiponense.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP).
15€

23 maio, 2014

DANTAS, Júlio - MARCHA TRIUNFAL. Narrativas da epopeia militar portuguesa do século XII ao século XX. Porto, Lello & Irmão, 1954. In-8º (19,5cm) de 307, [5] p. ; B.
1.ª edição.
Colecção de episódios militares históricos, de D. Afonso Henriques, em 1139, ao general Pereira d'Eça à frente das tropas portuguesas, em África, no ano de 1915.
"A personagem principal deste livro - personagem confusa e ululante - é a multidão. A multidão heróica que, no decurso dos séculos e das gerações, criou um Pátria e soube morrer por ela. Vamos vê-la passar nas nove tapeçarias animadas que se desdobram ao longo dos nove capítulos deste livro, - cavalgada refulgente, tropel vertiginoso de préstimos e de combates, marcha triunfal da Nação no tempo e no espaço."
Matérias:
- Homens de ferro (século XII). - O breve do Papa (século XVIII). - As lágrimas da Rainha (século XIV). - Guerra de generais (século XVII). - O cavaleiro negro (século XVI). - O Estandarte (século XV). - O moleiro de Sula (século XIX). - Navas de Tolosa (século XIII). - Marcha da sede (século XX).
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Falha de papel na extremidade inferior da lombada. Assinatura de posse na capa, flhs de rosto e 1ª p. texto.
Invulgar.
10€

22 maio, 2014

GOMES, Dr. Bernardino Antonio - O ESGÔTO, A LIMPEZA E O ABASTECIMENTO DAS AGUAS EM LISBOA : o que foram ou são, e o que devem ser considerando tudo á luz das boas praticas e doutrinas. Pelo... Socio emerito da Academia Real das Sciencias. Lisboa, Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias, 1871. In-4º (22,5cm) de [4], 129, [3] p. ; B.
"Se a sciencia e a arte do medico possuem tantas vezes os meios de vir em auxilio da natureza na marcha das doenças para as combater e curar, teem-os ainda mais seguros para as previnir. Ensina a conhecer e a utilisar estes meios a hygiene, a qual egualmente permitte vêr, como nas grandes aglomerações das cidades por exemplo, as condições no meio das quaes se vive, teem tão immediata influencia na duração de vida dos habitantes, que se póde medir o grau de salubridade pela cifra da mortalidade a que são sujeitos. [...] Um estudo n'este sentido detidamente feito a respeito da cidade que habitamos, Lisboa, não póde senão interessar-nos muito. [...] Tentámos a empresa, passando em revista as questões mais mais fundamentaes da hygiene publica em relação a Lisboa, fazendo por alcançar d'esta fórma a mais exacta avaliação do grau de salubridade da cidade, e indicando quanto possivel seja todas as causas que a possam prejudicar e devam ser debelladas. [...] Dando conta do que effectuámos, historiaremos quanto lhe respeita para Lisboa, e de modo parallelo o faremos com relação a Londres, Paris, e a outras grandes cidades, aonde estas questões teem sido motivo dos maiores cuidados e esforços..."
(excerto do proémio)
Bernardino António Gomes (1806-1877). Médico português. "Com o mesmo nome do seu pai, seguiu-lhe a carreira médica. Doutor em Medicina pela Faculdade de Paris e formado em Matemática pela Universidade de Coimbra, destacou-se por ter sido o primeiro médico português a utilizar o clorofórmio e um aparelho de inalação de éter, revolucionando a técnica da anestesia. Foi autor de uma vasta obra científica e fundador e colaborador da «Gazeta Médica» e do Jornal da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, colaborando ainda, em 1876, na farmacopeia portuguesa. Foi agraciado com a Ordem de Santiago e de Torre e espada, grã-cruz da Ordem de Isabel a Católica e oficial da Legião de Honra de França."
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas algo sujas.
Muito invulgar.
Com interesse olisiponense.
Indisponível

21 maio, 2014

MACHADO, A. Victor - ESTÁ ABERTA A AUDIÊNCIA!!! Colecção de anedotas de vários Juízes, Advogados, Procuradores, Notários, Estudantes de Direito, Chefes, Cabos e Agentes de polícia. Lisboa, Couto Martins, 1933. In-8º (19,5cm) de 789, [1] p. ; il. ; B.
Ilustrado com uma caricatura do autor em página inteira.
"No tribunal da Boa-Hora, o dr. Alexandre Braga, que foi um dos mais distintos homens do fôro, e cuja eloqüência sempre empolgava o auditório, defendia calorosamente um antêntico patife.
Para calar no ânimo dos jurados, o ilustre tribuno fez um discurso, esticando a nota das misérias, privações e desgraças, que o réu passara na infância, tudo polvilhado de figuras de fina e artística retórica.
No final, o réu, chorando a bom chorar, exclamou entre soluços:
- Ai! Nem eu mesmo sabia que tinha sido tão desgraçado!"
(Nem êle sabia!)
Alberto Victor Machado (1892-1939). "Homem de letras, com vasta obra distribuída por um leque vasto de géneros literários, do conto e da novela ao romance, à poesia, às letras para fados e canções, ao teatro declamado e à opereta."
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa ligeiramente oxidada.
Muito invulgar.
Indisponível

20 maio, 2014

CELSO, Affonso - PORQUE ME UFANO DO MEU PAIZ : right or wrong, my country. 5ª edição revista. Rio de Janeiro : Paris, Livraria Garnier, [s.d.]. In-8º (18,5cm) de [8], 203, 1[1] p. ; E.
Obra maior de Afonso Celso, dedicada a seus filhos, causou polémica aquando da sua publicação.
"A obra está dividida em 42 pequenos capítulos, os quais procuram demonstrar a superioridade brasileira, a partir de onze argumentos e fatos: grandeza territorial, beleza física, riqueza, variedade e amenidade do clima, ausência de calamidades, excelência dos elementos que entraram na formação do tipo nacional, não ter sido povoado por degradados, os nobres predicados do caráter nacional, nunca sofreu humilhação e nunca foi vencido, procedimento cavalheiresco e digno com os outros, as glórias a colher a sua história."
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao poeta Alberto d'Oliveira, datada de 17-VII-1914.
"As paginas que ahi vão - escrevi-as para vós, meus filhos, ao celebrar a nossa Patria o quarto centenario do seu descobrimento. Sorri-me a esperança de que encontrareisnellas prazer e proveito.
Consiste a minha primordial ambição em vos dar exemplos e conselhos que vos façam uteis á vossa familia, á vossa nação e á vossa especie, tornando-vos fortes, bons, felizes. Si de meus ensinamentos colherdes algum fructo, descançarei satisfeito de haver cumprido a minha missão.
Entre esses ensinamentos, avulta o do patriotismo. Quero que consagreis sempre illimitado amor á região onde nascestes... [...]
Ousa affirmar muita gente que ser brasileiro importa condição de inferioridade. Ignorancia, ou má fé! Ser brazileiro significa distincção e vantagem. Assiste-vos o direito de proclamar, cheios de desvanecimento, a vossa origem, sem receio de confrontar o Brazil com os primeiros paizes do mundo. Varios existem mais prosperos, mais poderosos, mais brilhantes que o nosso. Nenhum mais digno, mais rico de fundadas promessas, mais invejavel."
(excerto da explicação)
Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior (1860-1938). "Político, professor, historiador e escritor brasileiro, nascido em Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras e da sua Cadeira 36, tendo como patrono o poeta Teófilo Dias de Mesquita, sobrinho de Gonçalves Dias. Filho de Afonso Celso de Assis Figueiredo (1836-1912), o 1° Visconde de Ouro Preto e último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de D. Francisca de Paula Martins de Toledo, desde cedo mostrou-se inclinado pela literatura e, aos 15 anos, publicou os Prelúdios, reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico. Com o título papal de conde, colou grau na Faculdade de Direito de São Paulo (1880) defendendo a tese Direito da Revolução. Ingressou na política e foi eleito e aos 21 anos foi eleito deputado federal imperial por Minas Gerais e reeleito mais três vezes. Casou-se (1884) com D. Eugênia da Costa, com quem teria os filhos Maria Eugénia, Maria Elisa, Afonso Celso e Carlos de Ouro Preto. Participou ativamente das campanhas abolicionista e republicana, mas, solidário com o pai, com a proclamação da República (1889), foi exilado como a família imperial para Portugal. Logo depois da implantação do regime republicano, voltou com seus pais para o Brasil e dedicou-se ao magistério e ao jornalismo, tendo colaborado durante mais de 30 anos no Jornal do Brasil e vários outros órgãos da imprensa com seus artigos. Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1892) como sócio efetivo e, com a morte do Barão do Rio Branco (1912), foi eleito presidente perpétuo da instituição (1912-1938). Posteriormente seria sócio honorário (1913) e seu grande benemérito (1917). Professor catedrático, no magistério também manteve atuação destacada, tendo exercido a Cátedra de Economia Política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, da qual foi diretor por alguns anos e reitor da Universidade do Rio de Janeiro. Afastou-se definitivamente da vida política (1903) e, como membro fundador da Academia Brasileira de Letras e seu presidente em duas oportunidades (1925/1935) e também presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, colaborou em inúmeros jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e foi fundador do Jornal do Brasil. Foi de sua autoria o famoso livro Por que me ufano de meu país (1900), editado e traduzido por décadas, que lançou o neologismo ufanismo e uma espécie de culto de amor à pátria, o que provocou grande celeuma. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 78 anos, e além do livro que o tornou famoso como ufanista, publicou e mereceram especial destaque em sua obra os livros Vultos e fatos (1892), O imperador no exílio (1893), a novela Lupe (1894), O assassinato do coronel Gentil de Castro (1897), Oito anos de Parlamento (1898) e O visconde de Ouro Preto (1935)." (http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias)
Encadernação editorial cartonada com as letras e bandeira do brasil gravadas a seco a a cores na pasta frontal.
Exemplar em bom estado de conservação. Carimbo de biblioteca nas folhas de guarda, anterrosto e rosto.
Invulgar.
25€

19 maio, 2014

SEVERO, Ricardo - A PÁTRIA REPUBLICANA. Conferência proferida na sessão solene do Centro Republicano Português de S. Paulo, para comemorar o 11.º aniversário da proclamação da República em Portugal. S. Paulo, Julio Costa & C., 1921. In-4º (23cm) de [24] p. ; [1] f. il. ; B.
"Este dia é um aniversário da República Portuguêsa; é uma data inicial que marca o triunfo da democracia na sua formula predilecta de governo.
Pertence este dia à história popular republicana; falêmos pois da República Portuguêsa."
(excerto do texto)
Ricardo Severo da Fonseca e Costa (Lisboa, 1869 - S. Paulo, Brasil, 1940). “Engenheiro, arqueólogo, arquitecto, formou-se como engenheiro civil de obras públicas em 1890 e engenheiro civil de minas em 1891, na Academia Politécnica do Porto. Quando, a 31 de Janeiro de 1891, teve inicio a revolução republicana no Porto, Ricardo Severo, de acordo com as suas convicções politicas, desempenhou um papel bastante activo em todo o processo. Fracassado o movimento e, provavelmente, para fugir a eventuais perseguições, Ricardo Severo viajou para o Brasil, fixando-se em São Paulo. Em finais do século XIX regressou a Portugal, onde retomou as actividades como arqueólogo, à frente da Portugália. Em 1908, confrontado com dificuldades financeiras, regressou ao Brasil. Ao contrário do que havia feito em Portugal entre 1884 e 1908, época em que se dedicou quase exclusivamente à arqueologia, a sua actuação no Brasil foi diversificada. Em 1908 tornou-se sócio do Escritório Técnico F. P. Ramos de Azevedo, estendendo o vínculo à Companhia Iniciadora Predial, à Companhia Cerâmica Vila Prudente e ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, do qual foi director entre 1928 e 1940. Existe uma interminável lista dos trabalhos realizados por Severo por todo o Brasil, não sendo menos longa a lista das publicações em revistas e obras científicas da altura, principalmente ligadas à arqueologia."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Ex-libris de Fernando Castelo Branco no verso da capa.
Invulgar.
10€