20 maio, 2014

CELSO, Affonso - PORQUE ME UFANO DO MEU PAIZ : right or wrong, my country. 5ª edição revista. Rio de Janeiro : Paris, Livraria Garnier, [s.d.]. In-8º (18,5cm) de [8], 203, 1[1] p. ; E.
Obra maior de Afonso Celso, dedicada a seus filhos, causou polémica aquando da sua publicação.
"A obra está dividida em 42 pequenos capítulos, os quais procuram demonstrar a superioridade brasileira, a partir de onze argumentos e fatos: grandeza territorial, beleza física, riqueza, variedade e amenidade do clima, ausência de calamidades, excelência dos elementos que entraram na formação do tipo nacional, não ter sido povoado por degradados, os nobres predicados do caráter nacional, nunca sofreu humilhação e nunca foi vencido, procedimento cavalheiresco e digno com os outros, as glórias a colher a sua história."
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao poeta Alberto d'Oliveira, datada de 17-VII-1914.
"As paginas que ahi vão - escrevi-as para vós, meus filhos, ao celebrar a nossa Patria o quarto centenario do seu descobrimento. Sorri-me a esperança de que encontrareisnellas prazer e proveito.
Consiste a minha primordial ambição em vos dar exemplos e conselhos que vos façam uteis á vossa familia, á vossa nação e á vossa especie, tornando-vos fortes, bons, felizes. Si de meus ensinamentos colherdes algum fructo, descançarei satisfeito de haver cumprido a minha missão.
Entre esses ensinamentos, avulta o do patriotismo. Quero que consagreis sempre illimitado amor á região onde nascestes... [...]
Ousa affirmar muita gente que ser brasileiro importa condição de inferioridade. Ignorancia, ou má fé! Ser brazileiro significa distincção e vantagem. Assiste-vos o direito de proclamar, cheios de desvanecimento, a vossa origem, sem receio de confrontar o Brazil com os primeiros paizes do mundo. Varios existem mais prosperos, mais poderosos, mais brilhantes que o nosso. Nenhum mais digno, mais rico de fundadas promessas, mais invejavel."
(excerto da explicação)
Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior (1860-1938). "Político, professor, historiador e escritor brasileiro, nascido em Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras e da sua Cadeira 36, tendo como patrono o poeta Teófilo Dias de Mesquita, sobrinho de Gonçalves Dias. Filho de Afonso Celso de Assis Figueiredo (1836-1912), o 1° Visconde de Ouro Preto e último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de D. Francisca de Paula Martins de Toledo, desde cedo mostrou-se inclinado pela literatura e, aos 15 anos, publicou os Prelúdios, reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico. Com o título papal de conde, colou grau na Faculdade de Direito de São Paulo (1880) defendendo a tese Direito da Revolução. Ingressou na política e foi eleito e aos 21 anos foi eleito deputado federal imperial por Minas Gerais e reeleito mais três vezes. Casou-se (1884) com D. Eugênia da Costa, com quem teria os filhos Maria Eugénia, Maria Elisa, Afonso Celso e Carlos de Ouro Preto. Participou ativamente das campanhas abolicionista e republicana, mas, solidário com o pai, com a proclamação da República (1889), foi exilado como a família imperial para Portugal. Logo depois da implantação do regime republicano, voltou com seus pais para o Brasil e dedicou-se ao magistério e ao jornalismo, tendo colaborado durante mais de 30 anos no Jornal do Brasil e vários outros órgãos da imprensa com seus artigos. Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1892) como sócio efetivo e, com a morte do Barão do Rio Branco (1912), foi eleito presidente perpétuo da instituição (1912-1938). Posteriormente seria sócio honorário (1913) e seu grande benemérito (1917). Professor catedrático, no magistério também manteve atuação destacada, tendo exercido a Cátedra de Economia Política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, da qual foi diretor por alguns anos e reitor da Universidade do Rio de Janeiro. Afastou-se definitivamente da vida política (1903) e, como membro fundador da Academia Brasileira de Letras e seu presidente em duas oportunidades (1925/1935) e também presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, colaborou em inúmeros jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e foi fundador do Jornal do Brasil. Foi de sua autoria o famoso livro Por que me ufano de meu país (1900), editado e traduzido por décadas, que lançou o neologismo ufanismo e uma espécie de culto de amor à pátria, o que provocou grande celeuma. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 78 anos, e além do livro que o tornou famoso como ufanista, publicou e mereceram especial destaque em sua obra os livros Vultos e fatos (1892), O imperador no exílio (1893), a novela Lupe (1894), O assassinato do coronel Gentil de Castro (1897), Oito anos de Parlamento (1898) e O visconde de Ouro Preto (1935)." (http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias)
Encadernação editorial cartonada com as letras e bandeira do brasil gravadas a seco a a cores na pasta frontal.
Exemplar em bom estado de conservação. Carimbo de biblioteca nas folhas de guarda, anterrosto e rosto.
Invulgar.
25€

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