GALLIS, Alfredo – AS DOZE MULHERES DE ADÃO. Phantasia biblica
e historica atravez dos seculos. Lisboa, Livraria Central de Gomes de Carvalho, Editor, 1901. In-8.º (19,5 cm) de 449, [3] p. ; [12] f. il. ; E.
1.ª edição.
Ilustrada com sugestivas gravuras extratexto das mulheres de Adão.
“Todos sabem que o amor transfigura o homem, adoça-lhe o
caracter, burne-lhe o porte, alegra-lhe o espirito, rejuvenesce-lhe a alma e
enflora-lhe de galas o coração, por mais duro e frio que elle seja.
O que o amor não consegue conquistar, cousa alguma existe no
mundo que lhe tenha força e poder superiores. […]
E para que esse sentimento ao mundo viesse com os primeiros
seres humanos, Adão apaixonou-se por Eva apenas se viu a sós com ella, e esse
amor crescia dia a dia com a posse material da formosa mãe dos homens. Então o
Paraiso duplicou de encantos á sua vista e a todos os seus sentidos!”
(excerto do texto)
Matérias: Primeira Parte. – No Paraiso:
Eva. A primeira
mulher de Adão. Segunda Parte. – No Mundo Peccador: Phryné. A segunda
mulher de Adão. Messalina. A terceira
mulher de Adão. Luitgarda. A quarta
mulher de Adão. Joanna de Napoles. A
quinta mulher de Adão. Lady Hamilton.
A sexta mulher de Adão. Madame Récamier.
A setima mulher de Adão. Diana Schubert.
A oitava mulher de Adão. Dejanira. A
nona mulher de Adão. Miss Elizabeth
Murphy. A decima mulher de Adão. Cloé
de Mericourt. A decima primeira mulher de Adão. Maria. A decima segunda mulher de Adão.
Joaquim Alfredo Gallis (1859-1910), “Foi um jornalista e romancista muito afamado nos anos finais do século
XIX, que exerceu o cargo de escrivão da Corporação dos Pilotos da Barra e o de
administrador do concelho do Barreiro (1901-1905). Usou múltiplos pseudónimos,
entre os quais Anthony, Rabelais, Condessa do Til e Katisako
Aragwisa. Desde muito jovem redigiu artigos e folhetins em jornais e
revistas, entre os quais a Universal, a Illustração Portugueza, o Jornal
do Comércio, a Ecos da Avenida e o Diário Popular (onde usou
o pseudónimo Anthony). Como romancista conquistou grande popularidade,
especializando-se em textos impregnados de sensualismo exaltado que viviam das
«fraquezas e aberrações de que eram possuídas, eram desenvolvidas entre
costumes libertinos e explorando o escândalo». Escreveu cerca de três
dezenas de romances, por vezes publicados com o pseudónimo Rabelais. Alguns
dos seus romances têm títulos sugestivos da sensualidade que exploram,
nomeadamente Mulheres perdidas, Sáficas, Mulheres honestas,
A amante de Jesus, O marido virgem, As mártires da virgindade,
Devassidão de Pompeia e O abortador. É autor dos dois volumes da História
de Portugal, apensos à História, de Pinheiro Chagas, referentes ao
reinado do rei D. Carlos I de Portugal.”
Belíssima encadernação meia-francesa com ferros gravados a ouro na
lombada. Sem capas de brochura. Encontra-se em falta a gravura respeitante à décima mulher de Adão.
Exemplar em bom estado de conservação.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (apenas a 2.ª edição,
publicada em 1927).
Indisponível
Sem comentários:
Enviar um comentário