FLORES, Antonio – HISTORIA DO MATRIMONIO. Grande collecção
de Quadros vivos matrimoniaes pintados por varios solteiros mallogrados na flôr
da sua innocencia. Por… Lisboa, Officina Typographica de J. A. De Mattos, 1877.
In-8º (17cm) de 207, [1] p. ; E. Bibliotheca Jovial
Apreciada paródia ao casamento.
“Dizer a uma mulher que escolha uma d’entre as duas cousas:
- conservar um homem solteiro ou casal-o, equivale a pôr a chuva á disposição
dos lavradores, o sol ás ordens dos sombreireiros e as calçadas debaixo da
direcção dos sapateiros. Dois dias depois de lhes ser concedido o privilegio de
fazer maridos, será mais difficil encontrar um solteiro de quatorze annos do
que acertar seis numeros a fio na roleta. […] N’este mundo cada qual tem de
realisar um determinado fim, e a mulher nasce para dar-se a si propria em
casamento. […] São mulheres, e de mulheres
não passam nem podem passar; o homem é que tem a faculdade de continuar a ser
homem ou de se fazer marido. A
mulher, quando nasce, é simplesmente mulher; mas quando cresce, é natural que
aspire a ser mulher d’alguem; e esse alguem – quem melhor do que o homem?”
(excerto do prefácio)
Matérias:
- O solteiro e a solteira. – As sympathias. – Primeiros olhares
d’amor. – Os noivos com auctorisação superior. – Primeiro que cases, vê o que
fazes. – Resolução heroica. – A egreja. – O momento horrivel. – Banquete de
noivado. – A lua de mel. – Os parentes por affinidade. – O esposo e a esposa. –
Estado interessante. – Amas, cabras e mamadeiras. – Tanto faz dizer um como
nenhum. – O viuvo e a viuva. – Casos de reincidencia: o defunto e a defunta. – Os
ciumes.
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro
na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro e muito curioso.
Indisponível
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