31 janeiro, 2014

SILVA, Luis Augusto Rebello da – BOSQUEJOS HISTORICO-LITTERARIOS. Volume Unico [e Volume II e Volume III]. Lisboa, Empreza da Historia de Portugal :  Sociedade editora - Livraria Moderna : Typographia, 1909. 3 vols in-8º (19cm) de  166, [2] p. (I), 175, [1] p. (II) e 135, [1] p. (III) ; E. num único tomo. Obras Completas de Luiz Augusto Rebello da Silva, revistas e methodicamente coordenadas, XXIII, XXIV. XXV. Estudos Criticos - I
1.ª (e única) edição.
Obra em 3 volumes - completa. Resumo do trabalho literário de Rebelo da Silva publicado em revistas culturais de referência no século XIX.
“Centenas de artigos de indoles diversas, mas revelando todas as superiores faculdades de Rebello da Silva, andam disseminados por uma dezena de publicações notaveis do seu tempo, como são a Revista Universal Lisbonense, a Epoca, o Panorama, os Annaes das Sciencias e Lettras, etc. É já muito difficil alcançar todas estas publicações, onde, a par de muita coisa boa, se encontra muita futilidade; e só os apaixonados de um determinado escriptor se abalançam a colleccionar essas publicações, só porque ellas trazem um ou outro artigo do seu auctor predilecto. Com o trabalho que estâmos fazendo, de englobar em pequenos volumes esses multiplos artigos, evitâmos ao colleccionador as fadigas da procura e as despezas da acquisição d’aquellas revistas, em geral em numerosos volumes e occupando, portanto, um grande espaço, e prestâmos, nos parece, um serviço ás boas lettras patrias.”
(excerto da nota dos editores)
Luís Augusto Rebelo da Silva (Lisboa, 1822-1871). Foi um prolífico escritor, professor do Curso Superior de Letras (por recusa de Herculano) e homem público (sócio da Academia Real das Ciências desde 1854). Publicou abundantemente sobre Literatura, e fê-lo de acordo com os padrões da sua época: desde a diferença primacial entre Poesia e Prosa até aos géneros dominantes entre o público seu coetâneo (Romance e Teatro), não hesitou em escrever História literária e política enquanto se ocupava dos acontecimentos do quotidiano (estreias, óbitos), sempre atento às adjacências ainda hoje usuais (Jornalismo e Politica).”
“Rebello da Silva, na sua actividade febril de escriptor, encheu columnas e columnas de Revistas, e outras publicações congéneres do seu tempo, da sua scintillante e malleavel  prosa, tocando todos os pontos do saber humano, mas muito especialmente os assumptos literários, que lhe mereciam muito particular predilecção.”
Belíssima encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas.
Exemplar em bom estado de conservação. Pequenas esfoladelas junto à lombada.
Muito invulgar.
Indisponível

30 janeiro, 2014

PERESTRELLO, João – RAÇAS NACIONAIS E A RAÇA PORTUGUESA. Lisboa, [s.n. – impresso nas Oficinas de São José, Lisboa, e nas Oficinas Bertrand, Lisboa], 1934. In-8º (18,5cm) de VII, [1], 80, [4] p. ; B. Col. A Nacionalidade Portuguesa, I
Opúsculo de teor nacionalista onde o autor defende a pureza e superioridade da Raça portuguesa.
Valorizado pela dedicatória manuscrita de João Perestrelo.
Contém nas páginas do texto quadro com as “Características raciais e políticas de algumas Nações”.
“No caso presente temos a prevenir que o assunto adiante tratado se limita a auxiliar aqueles que, honrando-nos com a sua leitura, possam desejar adquirir aumento de conhecimentos sobre a essência das raças nacionais e sobre a consciência da própria Taça Portuguesa, extensa ao seu maeio geográfico ou físico, às suas raízes antropológicas e à sua notável expansão mundial.”
(excerto do prólogo)
Índice:
- Prólogo. – Introdução. – Capítulo I. Doutrina geral. – Capítulo II. Dados e comprovações. – III. O País e a Raça. – Capítulo IV. A Raça do País. – Conclusões gerais. – Epílogo. – Notas. – Fronteiras. – Agregação e segregação. – Definições de Raça. – Povos que não constituem Raças. – Antropologia somática portuguesa. – Recortes da história política. Princípio das nacionalidades. – Características raciais e políticas de algumas nações. – Contrastes. – Conclusão. – Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Sublinhados a caneta em diversas passagens ao longo de 2 folhas.
Muito invulgar.
15€

29 janeiro, 2014

FLORES, Antonio – HISTORIA DO MATRIMONIO. Grande collecção de Quadros vivos matrimoniaes pintados por varios solteiros mallogrados na flôr da sua innocencia. Por… Lisboa, Officina Typographica de J. A. De Mattos, 1877. In-8º (17cm) de 207, [1] p. ; E. Bibliotheca Jovial
Apreciada paródia ao casamento.
“Dizer a uma mulher que escolha uma d’entre as duas cousas: - conservar um homem solteiro ou casal-o, equivale a pôr a chuva á disposição dos lavradores, o sol ás ordens dos sombreireiros e as calçadas debaixo da direcção dos sapateiros. Dois dias depois de lhes ser concedido o privilegio de fazer maridos, será mais difficil encontrar um solteiro de quatorze annos do que acertar seis numeros a fio na roleta. […] N’este mundo cada qual tem de realisar um determinado fim, e a mulher nasce para dar-se a si propria em casamento. […] São mulheres, e de mulheres não passam nem podem passar; o homem é que tem a faculdade de continuar a ser homem ou de se fazer marido. A mulher, quando nasce, é simplesmente mulher; mas quando cresce, é natural que aspire a ser mulher d’alguem; e esse alguem – quem melhor do que o homem?”
(excerto do prefácio)
Matérias:
- O solteiro e a solteira. – As sympathias. – Primeiros olhares d’amor. – Os noivos com auctorisação superior. – Primeiro que cases, vê o que fazes. – Resolução heroica. – A egreja. – O momento horrivel. – Banquete de noivado. – A lua de mel. – Os parentes por affinidade. – O esposo e a esposa. – Estado interessante. – Amas, cabras e mamadeiras. – Tanto faz dizer um como nenhum. – O viuvo e a viuva. – Casos de reincidencia: o defunto e a defunta. – Os ciumes.
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro e muito curioso.
Indisponível

28 janeiro, 2014

GUIA DE SAÚDE DO SOLDADO PORTUGUÊS NAS COLÓNIAS. Impressa por parecer da Escola de Medicina Tropical de LisboaMinistério das Colónias. Lisboa, Imprensa Nacional, 1913. In-8.º (17cm) de 83, [5] p. ; [1] mapa mundi ; mto il. ; B.
Ilustrado com numerosos desenhos nas páginas de texto.
Contém mapa mundi a cores desdobrável (32x40cm) intitulado A Patria Portuguesa : Metropole e Colonias Portuguesas. Além de assinalar o território continental e as possessões ultramarinas, o mapa inclui informações relevantes, a saber: “Superfície e população das terras portuguesas”, “Superfície de Portugal comparada com as suas colónias” e “População das colónias portuguesas nos países estrangeiros”.
Guia explicativo para o soldado expedicionário e demais colonos, elaborado a partir do diálogo entre um soldado e um médico, forma curiosa e original encontrada para abordar as questões de saúde mais pertinentes que se colocam a um europeu que se prepara para embarcar para terras de África.
De que trata este livro:
Da importância da saúde de quem vai às colónias em serviço da Pátria. Maneira fácil de a conservar.
I – Conversa de um soldado expedicionário com o padrinho, de quem vai despedir-se. Este aconselha-o a que procure um médico amigo para lhe ensinar os cuidados que deve ter com a saúde na terra para onde vai embarcar.
II – Primeiro encontro do soldado com o médico, que explica ao soldado o que são as terras para onde ele vai (climas tropicais) e a diferença que fazem das nossas.
III – Na segunda conversa com o médico o expedicionário aprende a melhor maneira de se viver nas terras quentes: quando devemos tomar banho, o que devemos comer, como vestir, dormir, e os cuidados a ter com o sol e a água.
IV – Terceira conversa: o médico explica ao expedicionário a maneira segura de se livrar das febres palustres ou sezões.
V – Quarta conversa: o soldado aprende a maneira de se livrar, sem custo, da doença do sono, peste, pulguinha, elefancia, cólera, desinteria, febre tifóide, abcesso do fígado e outras doenças tropicais.
VI – Quinta e última conversa: o médico ensina ao expedicionário a maneira de se livrar das doenças venéreas e, dando-lhe alguns bons conselhos mais, incita-o a honrar sempre o nome de Português que tem, não só sendo valente nas ocasiões em que seja preciso, mas brioso e cuidadoso sempre.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Mapa apresenta rasgão sem perda de papel.
Raro.
Com interesse histórico.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

27 janeiro, 2014

CESAR, Oldemiro – PÃO QUE O DIABO AMASSOU : cronicas e estudos na vida e na arte. Porto, «Renascença Portuguesa», 1918. In-8.º (19cm) de 199, [9] p. ; B.
1.ª edição.
Colecção de 22 crónicas sobre arte e costumes. Entre outras: Sua Magestade o Carnaval; Dança; Livros prohibidos; A literatura policial; Arte de furtar : breves comentarios a proposito do roubo em geral e dos ladrões em particular; Como se transforma uma cidade [Porto]; De noite – Os cafés; Leva de vadios.
“A freguezia é sempre a mesma, consoante a tradição do botequim: toureiros de inverno n’este, estudantes cronicos e ratos do tribunal n’aquele; negociantes, empregados publicos, actores de verão e autores de revistas do ano n’aquel’outro, mulherio de vida dificil nos frequentados por estrangeiros pançudos, vermelhos e abrilhantados… Tipico, caracteristico, verdadeiramente interessante e cheio de imprevisto o café cantante, com camareras e piano tisico, facadas e mixordias terrificas a quererem ousadamente passar por licores, rameiras emborcando calices de agua com café que inglezes bebados, cheios de cio, pagam caro por vinho do Porto, com palavrões tremendos e um policia á porta, nostalgico e bondoso, ouvidos surdos ás obscenidades e olhos fechados ás transgressões constantes das posturas municipaes.”
(Excerto de De noite – Os cafés)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com defeitos. Assinatura de posse na 1ª f. texto.
Invulgar.
Indisponível

24 janeiro, 2014

BELL, A. C. – OS INGLESES E O SEU BLOQUEIO DA FOME DURANTE A GRANDE GUERRA EM 1914/15. Coligido e prefaciado pelo Professor Dr. Viktor Böhmert. [s.l.], [s.n.], [s.d.]. In-8º (20,5cm) de 102, [2] p. ; B.
“Entre os inúmeros documentos que vieram para à mão dos alemães, permitindo-lhes tirar conclusões de suma importância sobre a política inglesa no passado, e no presente, encontra-se uma volumosa obra acerca do bloqueio inglês da fome durante a primeira Guerra Mundial intitulada:
«A History ofe the blockade of Germany and the countries associated with her in the Great War: Austria Hungary, Bulgaria and Turkey 1914-1918 by A. C. Bell, Historical Section Committee of Imperial Defence».
Esta obra, segundo uma Introdução datada de 1 de Março de 1937 e escrita pelo Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros («Foreign Office»), constituía originariamente apenas uma parte da publicação oficial britânica sobre operações navais. […] Os documentos apresentados são oriundos dos arquivos das repartições oficiais inglesas encarregadas da execução do bloqueio, portanto, principalmente dos arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros e, em muito menos escala, dos do Almirantado. […]
Esta obra, que pode, sem restrição, classificar-se de trabalho científico de primeira ordem, não foi publicada até à data. As palavras que precedem o prefácio: «This History is confidential and for official use only, and must be kept under lock and key, it may not be shown to any person not in the service of His Magesty’s Government whitout express permission from the Secretary of State for Foreing Affairs», mostram que não se trata duma publicação official secreta, no sentido mais restrito da palavra, mas sim dum trabalho para uso em serviço official, destinado a doutrinar os oficiais do Estado-Maior, bem como os diplomatas, e a servir-lhes de guia no segundo bloqueio da fome contra a Alemanha, que a Inglaterra já então planeava. […]
Assim, se esta obra não levanta por completo o véu que até agora tem encoberto a maneira de actuar dos ingleses, no que se refere ao bloqueio, constitui ela, porém, a fonte principal onde podemos haurir os conhecimentos das razões, objectivos e meios empregados pelos britânicos no bloqueio da fome. De futuro, ela será indispensável aos estadistas, oficiais da marinha, historiadores, economistas ou juristas que queiram estudar esta interessante fase da política inglesa durante a Grande Guerra…”
(excerto do prefácio)
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
10€

23 janeiro, 2014

BRANDÃO, Raul – A FARÇA. Lisboa, Ferreira & Oliveira – Editores : Livraria Ferreira, [1903]. In-8º (19,5cm) de [2], 222, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Capa de Julião Machado.
Edição original de uma das mais apreciadas obras do autor.
Raúl Germano Brandão (1867-1930). “Prosador, ficcionista, dramaturgo e pintor, oriundo da Foz do Douro, no Porto, nasceu a 12 de março de 1867, mas viveu parte da sua vida em Lisboa, onde veio a falecer a 5 de dezembro de 1930. Descendente de homens do mar, a sua infância foi marcada pela paisagem física e humana da zona piscatória da Foz do Douro. Ainda no Porto, conviveu com os jovens escritores António de Oliveira, António Nobre e Justino de Montalvão com quem, em 1892, subscreveu o manifesto Nefelibatas. Iniciou a sua carreira literária em 1890 com Impressões e Paisagens. Frequentou o curso superior de Letras, mas ingressou na carreira militar. Colocado em Guimarães, retirou-se para a Casa do Alto, quinta próxima de Guimarães, local de produção da maior parte da sua obra literária, alternando o isolamento nortenho com estadias em Lisboa, onde desenvolveu paralelamente uma atividade jornalística, tendo colaborado em publicações como o Imparcial, Correio da Noite, Correio da Manhã e O Dia. Nestes últimos, é constante o seu debruçar sobre o terrível drama da condição humana, perpassado pelo sofrimento, a angústia, o mistério e a morte. São também constantes as referências aos ofendidos e humilhados, face visível da expressão humana que é um dos motivos mais regulares na sua obra.” (in infopedia.pt)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Miolo em bom estado. Capas com defeitos. Sem lombada; cadernos seguros com fita gomada. Carimbo de biblioteca nas páginas iniciais, incluindo as f. rosto, anterrosto, e nas páginas finais. Pelo interesse e raridade a justificar encadernação.
Raro.
Indisponível

22 janeiro, 2014

FREIRE, Henrique – O REI E O SOLDADO : facto historico do reinado do senhor D. Pedro V, seguido d’um esboço biographico do mesmo soberano. Por... Cavalleiro da Ordem de Christo, antigo alumno da eschola normal de Lisboa, ex-professor da 2.ª cadeira da eschola central da mesma cidade, socio correspondente do Retiro Litterario do Rio de Janeiro, do Instituto de Coimbra, da sociedade geografica de Lisboa, etc. 3.ª edicção revista e consideravelmente augmentada. Approvado pelo governo para uso das escholas. Funchal, Typographia Funchalense, 1879. In-8.º (18 cm) de 146 p. ; E. Col. Livros para a Eschola Primaria, II
Edição impressa no Funchal, preferível às anteriores (Setúbal, 1862 e Lisboa, 1868) porque muito aumentada. A 1.ª edição, impressa em Setúbal, não contém o esboço biográfico de D. Pedro V.
Exemplar valorizado pela dedicatória manuscrita do autor a Nuno de Freitas Pestana na f. rosto.
Elogio histórico à memória do rei D. Pedro V consubstanciado num momento ilustrativo da sua humanidade. Trata-se de um episódio passado numa enfermaria, entre o rei e um soldado enfermo, vítima da febre-amarela que assolou Lisboa na época. É conhecida a preocupação de D. Pedro para com as vítimas, e as visitas que empreendia pelos hospitais animando-as. O encontro do rei com o soldado dá-se numa dessas visitas, durante o período mais crítico da epidemia; ignorando os seus conselheiros, D. Pedro dirige-se ao enfermo, que ampara e ajuda a tomar o caldo.
A 2.ª parte da obra é preenchida com o esboço biográfico do rei.
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Com defeitos nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Raro.
Indisponível

20 janeiro, 2014

RODRIGUES JÚNIOR - TRANSPORTES DE MOÇAMBIQUE. Lisboa, Editorial Ultramar, [1956]. In-8.º (20,5cm) de 254, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Matérias:
- Camionagem automóvel. - Transportes aéreos. - Caminhos de ferro. - Portos. - As considerações do director dos Portos, Caminhos de ferro e Transportes de Moçambique. - Resgate dos «Machongos» do sul do Save.
José Rodrigues Júnior (1902-1991). “Jornalista, escritor, ensaísta. O escritor mais representativo de Moçambique. O «Patriarca do jornalismo e das letras moçambicanas». Foi para Moçambique com 18 anos. Iniciou-se nas lides jornalísticas, escrevendo para o Brado Africano. Colaborou na revista Seara Nova, de Lisboa; Civilização, do Porto; e outras. Foi chefe de redacção de: O Emancipador, O Jornal, o Notícias, e redactor principal, bem como proprietário, da revista de arte e crítica Miragem. Foi, durante muitos anos, o representante, em Moçambique, do Diário de Luanda. Como jornalista convidado, esteve na Holanda; em Goa, Damão e Diu; na Alemanha Ocidental, e por último, em 1963, em Angola. Foi, também, o presidente do Centro Cultural dos novos. É membro efectivo da Sociedade de Geografia de Lisboa; sócio da Sociedade Portuguesa de Escritores, e vice-presidente do Grupo de Artes, Letras e Actividades Culturais e Jornalismo, da Secção de Estudos Brasileiros da Sociedade de Estudos de Moçambique. Quase toda a sua actividade de escritor e jornalista tem sido dedicada ao estudo dos problemas de Moçambique, para o que realizou, durante mais de 20 anos, viagens de inquérito económico-sociais, através de toda a Província. Na opinião da crítica metropolitana «os seus estudos sobre Moçambique são, a par de notáveis obras literárias, trabalhos de sociólogo, de colonialista, de moralista e, até, de economista, e muitas das melhores páginas da nossa novelística e da nossa reportagem, destes últimos trinta anos, por exemplo, saíram das suas infatigáveis mãos»”.
Encadernação cartonada com dourados na lombada. Sem capas.
Exemplar em bom estado de conservação. Orifício de traça marginal no pé das 10 folhas finais.
Invulgar.
15€

19 janeiro, 2014

OSÓRIO, Paulo - QUANDO ESTÁVAMOS EM GUERRA. O que se desconhece ainda sôbre os soldados portugueses em França. Porto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L.da, editores, 1920. In-8º (19cm) de XXII, 180, [2] p. ; il. ; B.
Ilustrado em separado com cenas do quotidiano militar.
Capa: foto de parada militar com a inscrição "Soldados portugueses na festa da Vitória".
“Os artigos que neste volume se reúnem pertencem ao número daqueles que a imprensa de língua francesa consagrou à intervenção de Portugal na grande guerra. Êsses artigos são quáse desconhecidos no nosso país. Quando eles foram publicados, alguns dos meus compatriotas residentes no estrangeiro tomaram a iniciativa de os enviar à maior parte dos jornais portugueses. Raros foram, porêm, entre esses jornais, aqueles que julgaram útil o esfôrço de os traduzir e divulgar. As intrigas que habitualmente ela fomenta e que tanto concorrem para a lamentável desorientação em que na sociedade portuguesa se tem vivido e está vivendo, as discussões estéreis duma política mesquinha, absorviam então, como absorvem sempre, as atenções da quase totalidade da nossa imprensa…”
(excerto do prefácio)
Matérias:
- O exfôrço português. - O soldado português. - Portugal. - Os nossos aliados e nós. - O nosso aliado Portugal. - Portugal e a França. - Portugal. - A lialdade portuguesa. - A intervenção de Portugal. - A Alemanha contra Portugal. - O corpo expedicionario português. - Portugal perante a Europa. - Ao contrário dos gregos. - Um valente pequeno estado. - A legião portuguesa.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas oxidadas.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

17 janeiro, 2014

[PIMENTEL, José Freire de Serpa] - O INFANÇÃO DAS TROVAS. Fragmentos de uma historia. Colligidos por J. F. de S. P. Coimbra, Na Imprensa da Universidade, 1843. In-8.º (16cm) de XI, [1], 40 p. ; B.
Raríssima. Obra projectada para 4 volumes, dos quais apenas 2 foram publicados – o Primeiro Fadario (1843) e o Segundo Fadario, com o sub-título Armonias (1844). A BNP (Biblioteca Nacional) dá-nos notícia apenas do 2.º, mas com o ano de publicação incorrecto.
“Os cavalleiros vão entrando, entrando; e o Infanção das Trovas não apparece. Os olhos, que o viram sair tão prasenteiro, e tão ébrio de amor e venturas, a demandar a liça, estão curiosos de vêr como agora regressa, com que ademans se apresenta, que nova tenção traz no escudo, que recente e namorada trova no alaúde.
Até que alfim um tropear apressado de ginetes faz estremecer a ponte levadiça. – Enderessão-se para lá todos os olhos; e eis no meio de outros campeões o Infanção das Trovas. Vem sem elmo, e sem couraça, traz um chapéo derrubado sobre os olhos, vem rebuçado em largo manto negro, e não traz tenção no escudo, nem trova no alaúde.”
(excerto do texto)
José Freire de Serpa Pimentel (1814-1870). “Autor da segunda geração romântica, segundo Visconde de Gouveia e Par do Reino, nascido a 21 de novembro de 1814, em Coimbra, e falecido a 22 de janeiro de 1870, em Lisboa. Irmão do também poeta António de Serpa Pimentel, destacou-se como poeta medievista e dramaturgo. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, exerceu vários cargos de magistratura, como o de juiz de Direito e governador civil do Porto, e assumiu vários postos literários, como os de sócio do Conservatório Dramático e do Instituto de Coimbra. Em 1838, ano em que publicou o seu primeiro drama, D. Sisnando, Conde de Coimbra, fundou o Teatro Académico de Coimbra, dirigido por uma Academia Dramática que tinha como órgão a Crónica Literária da Nova Academia Dramática, que Serpa Pimentel dirigiu e onde deixaria uma vasta colaboração. Ao longo da sua vida, colaborou em vários outros periódicos, tais como os jornais de poesias O Trovador e O Novo Trovador, a Revista Universal Lisbonense, O Panorama, O Mosaico, O Prisma e A Ilustração. Publicou e/ou fez representar muitos dramas históricos, de entre os quais O Almansor Aben-Afan (1840) e D. Sancho II (1846). Em 1839 e 1840, publicou respetivamente os volumes de poesias Solaus, Cancioneiro e Tradições cavaleirosas da minha pátria, inspirados pelo gosto pelos poemas narrativos de cunho épico e popular introduzido por Almeida Garrett. Juntamente com João de Lemos e Luís Augusto Palmeirim, Serpa Pimentel seria assim o grande responsável pela proliferação das xácaras e dos solaus característica do nosso segundo romantismo. Tanto na sua obra dramática como na sua poesia lírica sobressaem as pinturas históricas, de onde ressaltam as figuras dos grandes heróis nacionais, os motivos fúnebres e fantásticos e a evocação dos lugares simbólicos da pátria e, particularmente, de Coimbra.”
(Fonte: infopédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Sem capa frontal. Julgamos que a numeração das páginas está incorrecta, sugerindo a falta de duas folhas entre o final do preâmbulo (A Historia do Livro), e o início da obra (Primeiro Fadario).
Raro.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível

16 janeiro, 2014

DOYLE, A. Conan – A GUERRA DA AFRICA DO SUL : suas causas e seguimento. Por… (Traducção do Inglez). Lisboa, Imprensa Moderna, 1902. In-8.º (22cm) de 152, [4] p. ; B.
1.ª edição portuguesa (publicada no mesmo ano que a edição original, em inglês).
Visão pessoal do autor sobre a Guerra Anglo-Boer (1899-1902).
“Por motivos que tanto podem derivar da apathia como da arrogancia, a Inglaterra não tem até agora vindo dar razão de si perante o mundo. Que me conste, os fundamentos de nosso proceder e os methodos que temos posto em acção, só têem vindo a lume n’algum Livro Azul, ou em discursos ou em folhetos, mas jamais foram colligidos e publicados em volume. Corre-nos, portanto, o dever, imposto pela honra da nossa patria, de tornar publicos os factos, a fim de resgatar das calumnias que lhes têem sido assacadas, os nossos soldados e os nossos homens publicos.”
(excerto do prefácio)
“Não se póde apreciar o problema sul-africano, nem as causas que originaram a guerra actual entre o imperio britanico e as republicas boers, sem se conhecer, muito embora superficialmente, a historia da Africa do Sul. A exposição d’essa historia exige o regresso ao principio, porque jamais n’ella houve soluções de continuidade e cada periodo dependeu sempre do que o precedeu. Quem não conhecer o passado do boer, não o poderá apreciar devidamente; porque elle é apenas o producto d’esse passado. Foi quando Cromwell estava no apogeu, - em 1652, para usar de exactidão pedantesca, - que os hollandezes vieram estabelecer-se no Cabo da Boa Esperança pela primeira vez. É certo que os portuguezes já lá haviam estado primeiro; mas, corridos pelo mau tempo e levados pelo que ouviam acerca do ouro, largaram-se para o norte e estabeleceram-se ao longo da costa oriental. Os hollandezes, no emtanto, iam prosperando no Cabo e robustecendo-se auxiliados por um clima sadio. Não penetraram muito para o interior, não só por serem poucos, senão que desejavam estar sempre unidos e promptos; mas foram edificando as suas proprias habitações, fornecendo á Companhia hollandeza da India Oriental agua e comida, fazendo gradualmente borbotar pequenas povoações, como Wynberg, Stellenboch e outras; e dilatando-se pelas vertentes que vão até ao grande planalto central que se estende, por cêrca de 1:500 milhas, das margens do Karoo até ao valle do Zambeze.”
(excerto do texto)
Arthur Conan Doyle (1859-1930). Conhecido escritor e médico escocês, mundialmente famoso, sobretudo pela autoria de dezenas de best-sellers da literatura policial e da “paternidade” do personagem de ficção, também mundialmente famoso, o detective Sherlock Holmes. A título de curiosidade, registe-se que o presente estudo histórico foi publicado no mesmo ano que um dos seus grandes best-sellers – O Cão dos Barkervilles.
Matérias:
I – O povo bóer. II – A causa da questão. III – As negociações. IV – Exame d’alguns pontos. V – As negociações para a paz. VI – O incendio dos casaes. VII – Os campos de concentração. VIII – O soldado inglez na Africa do Sul. IX – Mais accusações contra as tropas inglezas. X – O outro lado da questão. XI – Conclusões.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Falha de papel de algum relevo, atinge a capa e a f. anterrosto; ausência da capa posterior.
Raro.
35€

15 janeiro, 2014

CARVALHO, Ribeiro de – MALDITA SEJA A GUERRA… Lisboa-Porto-Coimbra-Rio de Janeiro, Lvmen : Empreza Internacional Editora, 1925. In-8.º (19,5 cm) de 81, [3] p. ; B.
Conjunto de contos da Grande Guerra.
Com um retrato do autor na contracapa.
Livro muito valorizado pela dedicatória autógrafa de Ribeiro de Carvalho.
"Quando João dos Montes entrou no labyrintho enlameado das trincheiras, eriçadas de metralhadoras, os seus nervos tiveram um arripio trágico de frio e de terror…
Até alli, deixára-se levar sem um protesto, sem um queixume, sem um estremeção de revolta, quasi sem uma lagrima, insconsciente, frio, aturdido, verdadeiro, autómato, de carne adormecida e cataléptica.
Tinham-no ido buscar á sua aldeia tranquilla e distante, perdida entre serranias silenciosas, como se da sua intervenção, da sádia força dos seus braços, dependessem os destinos da humanidade inteira."
(Excerto do texto)
Índice:
- Maldita seja a guerra. - Aguas sangrentas. - Morto pela Patria. - O homem sem nariz. - A revolta. - Um braço a menos. - Voz religiosa e dôce.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas e lombadas com defeitos.
Invulgar.
Indisponível

13 janeiro, 2014

SILVA, Cesar da – A INQUISIÇÃO EM PORTUGAL : romance historico. Vol. I [e Vol. II e Vol. III]. Lisboa, Bibliotheca do Povo, [191-]. 3 vols in-8º (21cm) de 713, [1] p. (I), 789, [1] p. (II) e 741, [1] p. (III) ; il. ; E.
Obra ilustrado com fotogravuras e bonitos desenhos da autoria de Alfredo de Morais em página inteira. De assinalar ainda as vinhetas, capitulares e florões de belo efeito impressas ao longo da obra.
“Estamos em 1530, reinando em Portugal o beato D. João III, de fatidica memoria.
Na praça do Rocio de Lisboa, onde vamos entrar, havia n’esse momento grandissima animação, proveniente de factos que os nossos leitores vão presenciar. Antes d’isso, porém, façamos umas pequenas explicações.
Esse largo, que ocupava o mesmo sitio do actual, era então muito maior e rodeado por uma arcaria, como era uso d’esse tempo, e ainda na actualidade se vê em algumas praças de varias cidades do paiz. […] Falta-nos dizer que estavamos em sabbado de aleluia, que n’esse anno cahiu a 15 de abril. […] Para melhor observarmos o que se passa, e alguma coisa ficarmos sabendo dos costumes do tempo, convem que vamos acercar-nos d’um enorme grupo que se juntára n’um dos angulos da praça, junto do palacio dos Estaus.
Era formado por gente da mais baixa estofa e servia-lhe de chefe um carniceiro arremangado, de aspecto boçal, que mantinha suspenso de uma longa vara um boneco tosco representando um homem.
- Cá está o Judas! gritava elle.
- A queima do Judas! repetiam em côro, uns poucos de salafrarios, de jaez egual ao do magarefe e que com elle tinham entrado na praça, fazendo-lhe cortejo.”
(excerto do prólogo)
Alfredo Augusto César da Silva (1859-1942). “Foi professor, escritor, jornalista e bibliotecário da Casa Pia de Lisboa. Trabalhou como marçano numa papelaria e exerceu funções de compositor gráfico no Diário Ilustrado. Depois de levar a cabo estudos na Escola de S. Julião do Tojal entrou como docente para a Casa Pia de Lisboa, onde se manteve até ao fim da sua vida. Foi director da Colónia Agrícola de S. Bernardino (Peniche)."
Alfredo de Morais (1871-1972). “Aguarelista e ilustrador, nasceu em Lisboa em 1872. Trabalhou em litografia na Imprensa Nacional e foi professor na Sociedade Nacional de Belas Artes. Fez ilustrações para jornais - como Folha do Povo, Diário da Manhã, O Século, Diário de Notícias, O Mundo – e para numerosos livros, sendo disputadíssimo pelas editoras. De entre estas ilustrou uma tradução de D. José Carcomo de D. Quichote da Mancha e uma adaptação para jovens para a Biblioteca Ideal, ambas nos anos 20 do século XX. Morreu em Lisboa em 1972."
Encadernações cartonadas em meia de sintético com ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplares em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
Obra sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível

12 janeiro, 2014

ANDRADE, Gilberto Osório de – OS FUNDAMENTOS DA NEUTRALIDADE PORTUGUESA. Com um prefácio especialmente escrito para esta edição por Manuel Múrias. Lisboa, Livraria Bertrand, [s.d. – 1943]. In-8º (19cm) de XVIII, [2], 317, [2] p. ; B.
Tese com que o bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais Gilberto Osório de Oliveira Andrade, que também se assina Gilberto Osório de Andrade, candidata-se à cadeira de Direito Internacional Público na Faculdade de Direito de Recife.
“Na sequência lógica dos acontecimentos que preludiaram mais de perto o deflagrar do conflito actual, o presidente do Concelho de Ministros de Lisboa, dr. Oliveira Salazar, referindo-se às excitações crescentes da tensão que, dentro de um trimestre, apenas, iria culminar com uma rutura violenta duma precaríssima «paz sobressaltada», pronunciava estas palavras durante a sessão extraordinária, de 22 de Maio, da Assembleia Nacional: - «Longe do seu principal teatro, com fronteiras secularmente estáveis, um só vizinho na metrópole, sem problemas de raça ou de língua, mistura de populações ou dependências económicas destas que arrastam dependências políticas, a um canta da Europa, quási desligado dela e projectado ousadamente sobre o mar, país atlântico por excelência como só a Inglaterra pode pretender sê-lo e como ela com os maiores interesses e a tarefa mais pesada noutros continentes e mares, Portugal tem o dever de não se deixar transviar pelo desassossego geral».
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

10 janeiro, 2014

VERCEL, Roger – CAPITÃO CONAN : romance. Tradução de Agostinho Fortes. Lisboa, Livraria Popular de Francisco Franco, [s.d. - 193-]. In-8º (19 cm) de 293, [3] p. ; B. 
Roger Vercell (1894-1957) foi um escritor francês. O Capitão Conan é inspirado nas suas memórias da Grande Guerra, e foi premiado com o Prémio Goncourt de 1934.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Assinatura de posse nas f. rosto, anterrosto e algumas outras ao longo do livro.
Invulgar.
10€

09 janeiro, 2014

GALLIS, Alfredo – AS DOZE MULHERES DE ADÃO. Phantasia biblica e historica atravez dos seculos. Lisboa, Livraria Central de Gomes de Carvalho, Editor, 1901. In-8.º (19,5 cm) de 449, [3] p. ; [12] f. il. ; E.
1.ª edição.
Ilustrada com sugestivas gravuras extratexto das mulheres de Adão.
“Todos sabem que o amor transfigura o homem, adoça-lhe o caracter, burne-lhe o porte, alegra-lhe o espirito, rejuvenesce-lhe a alma e enflora-lhe de galas o coração, por mais duro e frio que elle seja.
O que o amor não consegue conquistar, cousa alguma existe no mundo que lhe tenha força e poder superiores. […]
E para que esse sentimento ao mundo viesse com os primeiros seres humanos, Adão apaixonou-se por Eva apenas se viu a sós com ella, e esse amor crescia dia a dia com a posse material da formosa mãe dos homens. Então o Paraiso duplicou de encantos á sua vista e a todos os seus sentidos!”
(excerto do texto)
MatériasPrimeira Parte. – No Paraiso:
Eva. A primeira mulher de Adão. Segunda Parte. – No Mundo Peccador: Phryné. A segunda mulher de Adão. Messalina. A terceira mulher de Adão. Luitgarda. A quarta mulher de Adão. Joanna de Napoles. A quinta mulher de Adão. Lady Hamilton. A sexta mulher de Adão. Madame Récamier. A setima mulher de Adão. Diana Schubert. A oitava mulher de Adão. Dejanira. A nona mulher de Adão. Miss Elizabeth Murphy. A decima mulher de Adão. Cloé de Mericourt. A decima primeira mulher de Adão. Maria. A decima segunda mulher de Adão.
Joaquim Alfredo Gallis (1859-1910), “Foi um jornalista e romancista muito afamado nos anos finais do século XIX, que exerceu o cargo de escrivão da Corporação dos Pilotos da Barra e o de administrador do concelho do Barreiro (1901-1905). Usou múltiplos pseudónimos, entre os quais Anthony, Rabelais, Condessa do Til e Katisako Aragwisa. Desde muito jovem redigiu artigos e folhetins em jornais e revistas, entre os quais a Universal, a Illustração Portugueza, o Jornal do Comércio, a Ecos da Avenida e o Diário Popular (onde usou o pseudónimo Anthony). Como romancista conquistou grande popularidade, especializando-se em textos impregnados de sensualismo exaltado que viviam das «fraquezas e aberrações de que eram possuídas, eram desenvolvidas entre costumes libertinos e explorando o escândalo». Escreveu cerca de três dezenas de romances, por vezes publicados com o pseudónimo Rabelais. Alguns dos seus romances têm títulos sugestivos da sensualidade que exploram, nomeadamente Mulheres perdidas, Sáficas, Mulheres honestas, A amante de Jesus, O marido virgem, As mártires da virgindade, Devassidão de Pompeia e O abortador. É autor dos dois volumes da História de Portugal, apensos à História, de Pinheiro Chagas, referentes ao reinado do rei D. Carlos I de Portugal.”
Belíssima encadernação meia-francesa com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura. Encontra-se em falta a gravura respeitante à décima mulher de Adão.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (apenas a 2.ª edição, publicada em 1927).
Indisponível