29 abril, 2013

LOBO, Barros (Francisco) – OS TRISTES. Chronica de Lisboa. Lisboa, Livraria Central de Gomes de Carvalho, 1908. In-8º (19,5cm) de 306 p. ; B.
1ª edição.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Conselheiro José de Alpoim.
Romance de costumes lisboeta, que o autor diz ser verídico.
“- Alto! – gritou uma voz imperiosa no ardor da refrega – Tudo preso!
Era o 109, que acabava de aparecer á porta da taberna.
Os policias de Lisbôa estão longe de ter a educação profissional que os pode fazer acceitar como agentes da ordem. Mais parecem uns rufiões, alguns, que homens de paz e justiça. Abusam do poder, da força que se acham investidos. Não sabem impôr-se pelo respeito, pela cordura: é sempre pela violência. Se bem lhes apraz, e muitas vezes isso lhes apraz, desembainham os terçados e malham com elles no corpo dos infelizes que teem a desdita de lhes cahir no desagrado, com a mesma frescata com que em tempos idos malharam centeio nas eiras das suas terras. São, em regra, uns inconscientes, uns perigosos desordeiros: não comprehendem, exaggeram, as ordens que recebem, os deveres que lhes incumbem, os direitos que lhes assistem.” (excerto do Cap. I)
Francisco Barros Lobo. Escritor e tradutor português. Irmão de Eduardo Barros Lobo, também conhecido por Beldemónio.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente oxidadas.
Invulgar.
Indisponível

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