30 abril, 2013

CASTRO, Joaquim Pereira Pimenta de – A PEREQUAÇÃO E AS CONDIÇÕES D’ACCESSO. Pelo General de Brigada… Bacharel formado em mathematica pela Universidade de Coimbra, e Engenheiro. Angra do Heroismo, Imprensa Municipal, 1902. In-4.º (23,5 cm) de 46, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo dado à estampa em Angra do Heroísmo. Curioso trabalho de Pimenta de Castro sobre a igualdade e as condições de acesso às promoções no Exército Português.
“Contra a desigualdade de promoções no nosso exercito de ha muito que se clama com o fundamento de que, sendo a antiguidade a base do acesso, não é razoavel que em condições normaes o mais moderno passe para a direita do mais antigo, e de que a disciplina tambem não pode deixar de ser frouxa, quando no mandante e no mandado está a ideia de no proprio seguimento da ordem natural das coisas se acharem d’um para outro momento invertidos os papeis.”
(Excerto do texto)
Joaquim Pereira Pimenta de Castro (1846-1918). “Presidente do Ministério e ministro da Guerra. Nasceu em 5 de Novembro de 1846 e faleceu em 14 de Maio de 1918. Oficial do Exército iniciou a sua carreira em 1867, tendo atingido o generalato em 1900. Quando a República foi implantada, em 5 de Outubro de 1910, comandava a 3.ª Região Militar, sedeada no Porto, tendo se mantido alheado da contenda político-institucional.
No ano seguinte fez a sua primeira incursão na vida política ao aceitar a pasta da Guerra no primeiro ministério constitucional chefiado por João Chagas, função que exerceu entre 3 de Setembro e 7 de Outubro de 1911.
Em Janeiro de 1915 voltou, a pedido do Presidente da República, Manuel de Arriaga, a ocupar um cargo político na sequência da acção que ficou conhecida como o Movimento das Espadas. Desta vez, assumiu a presidência do Ministério e mais uma vez, a pasta da Guerra. Militar e não político, Pimenta de Castro não demonstrou grande capacidade para governar e contrariar a forte oposição que lhe foi movida por diversos partidos políticos e acabou por optar pela via ditatorial, perseguindo os membros do Partido Democrático e mandando fechar o Parlamento, onde este tinha a maioria. A amnistia que concedeu a monárquicos condenados, presos e homiziados só o isolou ainda mais, perdendo grande parte dos apoios republicanos e acabou por conduzir ao deflagrar de uma revolta sangrenta e violenta em 14 de Maio de 1915 na sequência da qual foi demitido pelo Chefe de Estado, preso e forçado a exilar-se nos Açores.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas oxidadas.
Raro.
Indisponível

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