MESQUITA, Marcellino - O CÃO DO REGIMENTO : 1917. Lisboa, J. Rodrigues & C.ª, Editores, 1917. In-8.º (18,5 cm) de 12, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Conto poético relacionado com a Grande Guerra.
"Um dia appareceu á porta do quartel,
Um pobre cão vadio,
Pêlo eriçado, magro olhar de quem tem fome:
Um miserando ar de andar pela cidade
Ha muito, ao vento, ao frio!
Festejava os soldados, dava ao rabo...
[...]
Valentão destemido, bom, fiel,
Tornara-se o Palhaço
O menino bonito do quartel.
N'isto rompeu a guerra. Eil-o ahi vai
Como um velho sargento
Bravo e alegre,
A acompanhar, ao campo de batalha,
O dono - o regimento.
Quantos serviços fez!... Ora uma noite,
Depois de fero ataque á baioneta,
Um estilhaço de bomba
Atirou o Cincoenta de roldão
Dentro d'uma valêta,
Onde a neve o cobriu.
A ronda da ambulancia
Passou e não o viu!
E d'esta sorte,
O pobre estava condenado á morte!"
(Excerto do poema)
Marcelino António da Silva Mesquita (1856-1919). Foi um escritor e jornalista português. "Frequentou por 4 anos o Seminário de Santarém, a Escola Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, tendo-se formado em Medicina em 1884. Notabilizou-se como poeta, jornalista, escritor, dramaturgo, político e deputado pelo Círculo Eleitoral do Cartaxo. Foi diretor da revista A Comédia Portuguesa (1888-1889), e diretor literário da Parodia: comedia portugueza (1903- 1907). Marcelino Mesquita colaborou ainda em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Ribaltas e gambiarras (1881), Jornal do domingo (1881-1883), Branco e Negro (1885-1891), Serões (1901-1911), e Revista do Conservatório Real de Lisboa (1902)."
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Selo de biblioteca na lombada.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Conto poético relacionado com a Grande Guerra.
"Um dia appareceu á porta do quartel,
Um pobre cão vadio,
Pêlo eriçado, magro olhar de quem tem fome:
Um miserando ar de andar pela cidade
Ha muito, ao vento, ao frio!
Festejava os soldados, dava ao rabo...
[...]
Valentão destemido, bom, fiel,
Tornara-se o Palhaço
O menino bonito do quartel.
N'isto rompeu a guerra. Eil-o ahi vai
Como um velho sargento
Bravo e alegre,
A acompanhar, ao campo de batalha,
O dono - o regimento.
Quantos serviços fez!... Ora uma noite,
Depois de fero ataque á baioneta,
Um estilhaço de bomba
Atirou o Cincoenta de roldão
Dentro d'uma valêta,
Onde a neve o cobriu.
A ronda da ambulancia
Passou e não o viu!
E d'esta sorte,
O pobre estava condenado á morte!"
(Excerto do poema)
Marcelino António da Silva Mesquita (1856-1919). Foi um escritor e jornalista português. "Frequentou por 4 anos o Seminário de Santarém, a Escola Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, tendo-se formado em Medicina em 1884. Notabilizou-se como poeta, jornalista, escritor, dramaturgo, político e deputado pelo Círculo Eleitoral do Cartaxo. Foi diretor da revista A Comédia Portuguesa (1888-1889), e diretor literário da Parodia: comedia portugueza (1903- 1907). Marcelino Mesquita colaborou ainda em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Ribaltas e gambiarras (1881), Jornal do domingo (1881-1883), Branco e Negro (1885-1891), Serões (1901-1911), e Revista do Conservatório Real de Lisboa (1902)."
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Selo de biblioteca na lombada.
Raro.
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