03 fevereiro, 2019

FARIA, Eduardo de - HEROIS E SEUS FANTASMAS. [S.l.], [s.n. - impresso na Tipografia da Liga dos Combatentes da Grande Guerra], 1934. In-8.º (19,5cm) de 220, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de crónicas sobre a Grande Guerra e os efeitos produzidos nos combatentes.
Capa de António Antunes.
Obra dedicada pelo autor, respectivamente:
Á sagrada memória dos doze mil mortos que deixámos na França, na África e no mar.
Para que, ao menos, o seu sacrefício crie o horror a uma nova guerra.
Á geração dos «menos de trinta anos».
Para que nos seus corações nasça um sentimento de justiça aos que se bateram, e un hino à Paz.
Ás Mães, às Esposas, a tôdas as Mulheres que não nos desampararam na hora do perigo, e que, ainda hoje, fazem das suas lágrimas um bálsamo que nos mitiga a sêde de justiça.
Á Liga dos Combatentes da Grande Guerra, Cruzada das Mulheres Portuguesas, Comissão dos Padrões da Grande Guerra e F. I. D. A. C. (Fédération Interalliée das Anciens Combatants).
Aos corações puros da gente da minha terra.
"Antes de começar a desembobinar o documento horrível intitulado Herois e seus Fantasmas, acho oportuno explicar os intuitos desta obra isenta de espírito faccioso, seja qual fôr a forma como encarêmos, e destinada, sómente, a erguer nas almas um ardente desejo de Paz.
Inúmeras produções têm aparecido nas montras atulhadas das livrarias, glosando o velho mote da grande guerra e trazendo-nos aspectos quasi sempre individuais da campanha, pois o escritor se limita a circunscrever o "seu caso", porque a grandeza e a extensão do conflito não lhe permite narrar "o todo".
E, perante a vista horrorisada dos espectadores, perpassou o grande drama representado de 1914 a 1918, um drama que, embora viesse mudar, por completo, a face do mundo permitindo-lhe novas directrizes e novíssimas experiências no campo político e social, vinha, também, fazer renascer no espírito da Humanidade sacrificada, o anseio de que nova carnificina não inundasse a terra de sangue. [...]
Esta obra, obra afinal escrita mais com o coração, vem atacar um caso novo.
Não vem fazer a apologia da guerra, mas vem falar na guerra de ontem e na situação de hoje; vem, sobretudo, narrar a odisseia dos «Herois e seus fantasmas», pois de autênticos fantasmas se trata, nada semelhantes aos soldados varonis e fortes que se bateram com denodo."
(Excerto da introdução, Ao leitor)
Índice:
Ao leitor. - Não ha asár, meu alferes. - A bóta do môrto. - O servente do hospital. - A última víctima. - Dôr de mãe. - O regresso. - Uma historia sem comentarios. - No manicomio Miguel Bombarda. - No Telhal. - O soldado de Pêro Pinheiro. - A «sardenta». - A ultima noite. - Novela da triste sorte. - A agonia de Foch. - A «outra verdade». - A morte do nosso Marechal. - Sua Ex.ª o Diabo. - A quda do Idolo. - A volta do desaparecido. - Renuncia. - O que caiu no fim do ano. - O crime do «Zé Soldado». - A marcha dos mórtos.
Encadernação simples em meia de percalina. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Com pequena falha do revestimento na extremidade inferior da lombada.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

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