DOCUMENTOS RELATIVOS AO APRESAMENTO, JULGAMENTO E ENTREGA DA
BARCA FRANCEZA CHARLES ET GEORGES E EM GERAL AO ENGAJAMENTO DE NEGROS, DEBAIXO
DA DENOMINAÇÃO DE TRABALHADORES LIVRES NAS POSSESSÕES DA COROA DE PORTUGAL NA
COSTA ORIENTAL, E OCCIDENTAL DE AFRICA PARA AS COLONIAS FRANCEZAS APRESENTADOS
ÁS CORTES NA SESSÃO LEGISLATIVA DE 1858. Lisboa, Imprensa Nacional, 1858. In-fólio
(30,5cm) de [4], 249, 16, XVIII, [2] p. ; B.
1.ª edição.
1.ª edição.
Charles et Georges
é o nome de uma barca francesa, que ficou para a história por ter
originado um grave incidente diplomático entre Portugal e França
(1857-1858). O navio foi aprisionado pelas autoridades portuguesas por suspeita de tráfico de escravos.
1857, Dezembro
O cônsul britânico em Moçambique alertou as autoridades
portuguesas para a existência de tráfico de escravos entre Moçambique e a ilha
de Reunião, francesa. A barca francesa "Charles et Georges" foi capturada nas
águas moçambicanas com 110 negros a bordo. O comandante foi preso e condenado a
dois anos de trabalhos públicos, tendo recorrido para o tribunal da Relação de
Lisboa.
1858, Agosto
A barca francesa "Charles et Georges", apresada nas águas de
Moçambique, chega ao Tejo.
1858, Outubro
Ultimato francês exigindo a libertação da barca "Charles
et Georges" e o pagamento pelo estado português de uma indemnização.
1859, Janeiro
Portugal pagou a indemnização exigida pela França pelo caso
da barca "Charles et Georges", oito dias depois de ter sido apresentada a conta.
1859, Outubro
Nota
do governo português pondo termo ao assunto respeitante à barca "Charles et
Georges".
Exemplar brochado, impresso em papel encorpado, por abrir,
em bom estado de conservação; apresenta pequena falha de papel no canto
superior dto da capa e da f. de guarda.
Raro.
60€
Obra com interesse histórico, encerra importante documentação para a história da escravatura.
Segundo Inocêncio (II,181) esta obra não foi posta à venda.
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