1.ª (e única) edição.
Narrativa poética dedicada pelo autor a sua amada, Francina. Descrição da tormentosa viagem marítima do Rio de Janeiro para a Baía de Todos-os-Santos numa nau portuguesa capitaneada pelo valoroso Chefe de esquadra da Real Armada, Francisco de Paula Leite de Sousa, Visconde de Veiros. Possivelmente, tal “aventura” refere-se à viagem comboiada pelo almirante português que finalizaria em Lisboa, em Setembro de 1798, e que causou brado na época.
Sobre essa viagem, empresa por si só justificativa da produção da presente obra, reproduzimos excerto da wikipédia:
“[Francisco de Paula Leite] Deu segurança a vasos de comércio e comboios, constando um deles de 122 navios mercantes, além dos de guerra, que conduziu a salvamento debaixo de sua guarda dos portos da América, através de inumeráveis embarcações inimigas, que infestavam os mares, entrando no porto de Lisboa a 10 de Setembro de 1798 com esta mais importante frota, que encheu de ouro os cofres do Real Erário e a praça comercial de Lisboa.”
“[Francisco de Paula Leite] Deu segurança a vasos de comércio e comboios, constando um deles de 122 navios mercantes, além dos de guerra, que conduziu a salvamento debaixo de sua guarda dos portos da América, através de inumeráveis embarcações inimigas, que infestavam os mares, entrando no porto de Lisboa a 10 de Setembro de 1798 com esta mais importante frota, que encheu de ouro os cofres do Real Erário e a praça comercial de Lisboa.”
(wikipédia, in Resenha das famílias titulares do Reino de Portugal
acompanhada das noticias biográficas de alguns indivíduos das mesmas
famílias, Imprensa Nacional, [S.l.], 1838, p. pp. 287-291)
Relativamente ao autor, não foi possível apurar quaisquer dados biográficos, nem a partir do seu pseudónimo árcade. Fica, porém, a ideia que terá feito parte da expedição e que possui vastos conhecimentos náuticos.
Relativamente ao autor, não foi possível apurar quaisquer dados biográficos, nem a partir do seu pseudónimo árcade. Fica, porém, a ideia que terá feito parte da expedição e que possui vastos conhecimentos náuticos.
"Canta Josino proprias aventuras,
Quando da Capital Americana,
Do Téjo demandando as agoas puras,
Por escala portou praia Bahiana:
Do Boreas supportando as travessuras,
Da saudade cruel, mágoa tyranna,
A Francina descreve, e pinta a imagem
Dos males, e dos bens desta Viagem."
(Argumento)
"Soprava, quando a Frota a Deosa investe,
A branda viração do Nonorueste,
Té que Delio s'esconde ao ledo Rio,
A's faldas nos levou de Cabo-frio:
Mas da Esposa de Erébo o sopro escasso,
Nos fez retrogadar hum longo espasso,
E o fluxo de Nereo, que refervia,
A Rasa nos mostrou no outro dia,
Por mais do quinto sol nós demandámos
O novo Adamastor, que não montámos.
E não podendo ver aos ventos freio,
Demos velas ao Sul deis gráos, e meio,,
Movendo contra nós braveza agreste
A sanha do tyrannico Nordeste,
Forão tudo fataes disposições
De mais, e mais tribulações."
(excerto do poema)
Exemplar desencadernado, aparado, em bom estado geral de conservação.
Muito raro.
Peça de colecção.
A BNP dá notícia de um exemplar pertencente à Biblioteca Central da Marinha.
Indisponível
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