1.ª edição.
Muito ilustrada com desenhos e fotogravuras a p.b. nas folhas do texto.
Compilação de artigos publicados anteriormente nas páginas da revista Serões, informação prestada pelo próprio Wenceslau de Moraes em carta fac-similada, datada de 1925, impressa na página seguinte à folha de rosto.
"Ha um proverbio japonez, de pura essencia buddhista, que diz assim: - «Rokudô wa, mé no máe» (seis caminhos se encontram deante dos teus olhos). - O laconismo requer, evidentemente, explicações, para leitores occidentaes: seis caminhos, seis normas de conducta estão em frente do homem; da sua escolha, do caminho que elle prefere, isto é, das boas ou más acções que pratica n'esta vida, depende o destino da sua vida futura."
(excerto de O Buddhismo e o Amor)
Matérias:
- Momiji. - O Buddhismo e o Amor. - Hatakeyama Yuko. - A Architectura Religiosa no Japão. - Pés Luminosos. - Iróha no Datoé. - Album de Exotismos Japonezes. - Os Brazões Japonezes. - Vestigios da passagem dos portuguezes no Japão. - Yanaghidani Kwannon. - Chrysanthemos. - As Cascatas de Kobe. - A correspondencia epistolar no Japão. - Mankaméro. - Uji - A terra do Chá. - A nora e a sogra. - A paizagem japoneza.
Wenceslau José de Sousa de Moraes (Lisboa, 1854-Tokushima,
1929). “Oficial da Marinha, completou o curso da Escola Naval em 1875, tendo
prestado serviço em Moçambique, Macau, Timor e Japão. Após ter frequentado a Escola Naval, serviu a bordo de
diversos navios da Marinha de Guerra Portuguesa. Em 1885, viaja pela primeira
vez até Macau, onde se estabelece. Foi Imediato da Capitania do Porto de Macau
e professor no liceu da mesma cidade, desde a sua fundação, em 1894. Durante a
sua estada em Macau casou com Vong-Io-Chan (Atchan), mulher chinesa de quem
teve dois filhos, e estabeleceu laços de amizade com Camilo Pessanha. Em 1889 viaja até ao Japão, país que o encanta e onde
regressa várias vezes nos anos que se seguem no exercício das suas funções. Em
1897 visita o Japão na companhia do Governador de Macau, sendo recebido pelo
Imperador Meiji. No ano seguinte, deixa Atchan e os seus dois filhos em Macau e
muda-se definitivamente para o Japão, como Cônsul em Kobe. No Japão, a sua vida é marcada pela atividade literária e
pelo relacionamento com duas japonesas: Ó-Yoné Fukumoto e Ko-Haru.
Durante os trinta anos que se seguiram, Wenceslau de Moraes
tornou-se a grande fonte de informação portuguesa sobre o Oriente, partilhando
com os leitores portugueses experiências íntimas do quotidiano japonês. Em 1913, amargurado com a morte por doença de Ó-Yoné,
Wenceslau de Moraes renunciou ao seu cargo consular, mudando-se para Tokushima,
terra natal daquela. Aí viveu com Ko-Haru, sobrinha de Ó-Yoné, que viria também
a falecer por doença. Em Tokushima, o seu quotidiano tornou-se idêntico ao dos
japoneses. Cada vez mais solitário, e com a saúde minada, Wenceslau de Moraes
viria a falecer em Tokushima, a 1 de julho de 1929, aos 75 anos de idade."
(in http://embaixadadeportugal.jp/pt/cultural/personalidades-historicas/wenceslau-de-moraes/)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Pouco vulgar e muito apreciado.
Indisponível
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