FUNCIONAMENTO DO PREDITOR “SPERRY” – Grupo de Artilharia
contra Aeronaves Nº.1 : Centro de Instrução. Cascais, [s.l.], Abril 1945. In-4º
(23,5cm) de [2], 52 p. ; [6] p. ; [9] desdob. ; il. ; B.
Publicação técnica, impressa em stencil, ilustrada com desenhos esquemáticos
ao longo do texto e em apêndice.
“Chama-se posição presente (Ap) à posição do aéreo no
espaço no momento em que sobre ele é feita a pontaria com o preditor.
Chama-se posição futura (Af) à posição do aéreo no
espaço ao fim do tempo T, duração do trajecto.
O preditor tem, portanto, de determinar os elementos de tiro
relativos à posição futura do aéreo em função dos elementos topográficos
relativos à posição presente.
Para isso, baseia-se este preditor na hipótese restrita do
movimento dos aéreos, isto é, supõe que o avião segue uma rota rectilínea,
horizontal e a percorre com velocidade constante durante o tempo que medeia
entre o início da predição e o rebentamento da granada.
Este problema tem de ser pronta e ininterruptamente
resolvido pelo preditor, em função dos elementos presentes, sempre variáveis.
Os elementos a determinar e a transmitir para as peças são a
direcção, a elevação e a graduação da espoleta futuras.”
(Cap. I - Generalidades)
Durante a Grande Guerra surgiu a AA, que conheceu um grande
desenvolvimento a partir dos anos 20. “Era sabido que para se conseguir bater um
alvo aéreo com velocidade de, pelo menos, 50 m/s a 60 m/s, era necessário dotar
a Artilharia Antiaérea de um sistema eficaz, que permitisse simplificar ao máximo
as funções das guarnições em serviço nas bocas de fogo, reduzindo ao mínimo as
operações a executar pelos serventes. Tornava-se, igualmente, primordial, sistematizar
os procedimentos relativos à correcção contínua dos elementos de tiro, uma vez que,
e dada a grande velocidade da aeronave, era repetidamente necessário calcular e
introduzir o chamado ângulo de perdição. Tudo isto foi conseguido com a
invenção de um aparelho, o Preditor que ficou mais conhecido por Corrector; que
se encontrava no Posto de Comando da Bateria Antiaérea e permitia seguir
continuadamente o movimento da aeronave e registar a variação dos elementos
indicativos da sua posição futura. Entre este aparelho e cada uma das peças da
bateria, haviam cabos de ligação eléctricos que permitiam realizar a operação que
ficou conhecida como tele-pontaria.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
20€
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