16 novembro, 2013

FUNCIONAMENTO DO PREDITOR “SPERRY” – Grupo de Artilharia contra Aeronaves Nº.1 : Centro de Instrução. Cascais, [s.l.], Abril 1945. In-4º (23,5cm) de [2], 52 p. ; [6] p. ; [9] desdob. ; il. ; B.
Publicação técnica, impressa em stencil, ilustrada com desenhos esquemáticos ao longo do texto e em apêndice.
“Chama-se posição presente (Ap) à posição do aéreo no espaço no momento em que sobre ele é feita a pontaria com o preditor.
Chama-se posição futura (Af) à posição do aéreo no espaço ao fim do tempo T, duração do trajecto.
O preditor tem, portanto, de determinar os elementos de tiro relativos à posição futura do aéreo em função dos elementos topográficos relativos à posição presente.
Para isso, baseia-se este preditor na hipótese restrita do movimento dos aéreos, isto é, supõe que o avião segue uma rota rectilínea, horizontal e a percorre com velocidade constante durante o tempo que medeia entre o início da predição e o rebentamento da granada.
Este problema tem de ser pronta e ininterruptamente resolvido pelo preditor, em função dos elementos presentes, sempre variáveis.
Os elementos a determinar e a transmitir para as peças são a direcção, a elevação e a graduação da espoleta futuras.”
(Cap. I - Generalidades)
Durante a Grande Guerra surgiu a AA, que conheceu um grande desenvolvimento a partir dos anos 20. “Era sabido que para se conseguir bater um alvo aéreo com velocidade de, pelo menos, 50 m/s a 60 m/s, era necessário dotar a Artilharia Antiaérea de um sistema eficaz, que permitisse simplificar ao máximo as funções das guarnições em serviço nas bocas de fogo, reduzindo ao mínimo as operações a executar pelos serventes. Tornava-se, igualmente, primordial, sistematizar os procedimentos relativos à correcção contínua dos elementos de tiro, uma vez que, e dada a grande velocidade da aeronave, era repetidamente necessário calcular e introduzir o chamado ângulo de perdição. Tudo isto foi conseguido com a invenção de um aparelho, o Preditor que ficou mais conhecido por Corrector; que se encontrava no Posto de Comando da Bateria Antiaérea e permitia seguir continuadamente o movimento da aeronave e registar a variação dos elementos indicativos da sua posição futura. Entre este aparelho e cada uma das peças da bateria, haviam cabos de ligação eléctricos que permitiam realizar a operação que ficou conhecida como tele-pontaria.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
20€

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