ALMEIDA, Fialho d' - Á ESQUINA (jornal dum vagabundo). Coimbra, F. França Amado, 1903. In-8º (19cm) de XVII, [1], 213, [3] p. ; E.
1ª edição.
Conjunto de crónicas sobre os mais variados assuntos.
Contém a sua "autobiografia", escrita a pedido do editor, aproveitada por Fialho para discorrer sobre a sua vida e o seu percurso literário, e lançar farpas aos seus críticos.
"Na literatura , princezas, não ha nem pode haver palavras sujas. O que ha é assumptos sujos, assumptos pulhas, deleterios assumptos, que os escritores não inventam, e fazem parte do dia a dia da cidade, assumptos enfim de que a linguagem escrita é apenas o impreterivel signal graphico. Consequentemente o pudor feminino tem apenas, como meio d'impedir que os pamphletarios escrevam plebeismos, o evitar que a sociedade seja menos torpe, e os seus maridos e irmãos menos canalhas."
(excerto de Eu (autobiografia))
Matérias:
- Eu (autobiografia). Em Coimbra - Recitas d'estudantes. - A volta dos roupetas. - O problema taurino. - Ceifeiros. - Los de Manganeses. - O monumento a Souza Martins. - Escriptores dramaticos e seu publico. - A exposição do Gremio Artistico. - Na Atalaya [freguesia no concelho do Montijo]. - Raphael Bordallo Pinheiro.
José Valentim Fialho de Almeida (1857-1911). "Foi um médico e escritor português. Formou-se em medicina, mas nunca
exerceu, preferindo a boémia da noite lisboeta. Dedicou-se à literatura e
ao jornalismo até 1893, data em que deixou Lisboa para regressar à sua
terra natal - Vila de Frades. O seu estilo literário foi irregular,
pautado pelo Naturalismo, procurando as sensações fortes da "vida real".
Os seus temas foram principalmente a cidade e o campo. Fialho de
Almeida ficou conhecido como um escritor bilioso e colérico, carregado
de ressentimentos para com a vida."
Encadernação em meia de percalina com rótulo vermelho na lombada. Conserva a capa de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
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