28 fevereiro, 2025

SILVA, Padre Belmiro Coelho da -
A PADROEIRA DE PORTUGAL : na história e devoção de reis e poetas portugueses.
Com autorização eclesiástica. [S.l.], [s.n. - Invulgar - Artes Gráficas, Lda, Penafiel], 1998. In-4.º (24,5x17 cm) de 53, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Bonita monografia sobre a influência de Nossa Senhora na vida, trabalho e pensamento de insignes figuras da história nacional, política e literária, justificada com a menção de lendas e histórias da História dos nossos soberanos e poetas associados à devoção mariana.
Obra belíssima, de grande esmero e apuro gráfico, totalmente impressa sobre papel couché (encorpado), por certo com tiragem reduzida. Rara e muito interessante. Não vem mencionada na base de dados da BNP.
Ilustrada com 9 fotografias a cores, em página inteira, das imagens religiosas existentes na Igreja de Abragão, Penafiel, paróquia administrada pelo autor.
"Num ambiente profundamente religioso e mariano, qual foi o dos séculos X, XI e XII, não é de estranhar que o nosso primeiro monarca tenha sido também religioso e mariano. O que porém nos é lícito frisar é que a sua devoção à Mãe de Deus era deveras extraordinária.
Segundo rezam algumas Crónicas, D. Afonso Henriques fôra miraculosamente curado, na sua infância, por Nossa Senhora. Nascera com pernas encolhidas, "tolheito em guisa que todos diziam que nunca guarneceria nem seria para homem". Fôra entregue aos cuidados de seu aio, Egas Moniz, que "confiava em Deus que lhe poderia dar saúde". Aparecendo-lhe a Virgem Maria, ordenou-lhe que fosse a Cárquere e, num certo lugar, fizesse escavações até encontrar umas ruínas. Ali erigiria um altar em sua honra e nele colocaria o menino infante Afonso Henriques, que estava destinado conforme a própria lenda refere, a "destruir os inimigos da fé". Cumprindo o mandato, "prouve à Virgem Maria e ao seu bento Filho que o moço foi guarido e são". Foi em memória de tal acontecimento que se ergueu o Mosteiro de Cárquere."
(Excerto de III - A Devoção do nosso primeiro rei)
Índice:
Preâmbulo | Introdução | I - A particular eleição da Terra Lusa. II - Maria Santíssima nos primórdios da nacionalidade. III - A Devoção do nosso primeiro rei. IV - Durante a Primeira Dinastia portuguesa: A) D. Sancho I; B) D. Afonso II; C) D. Sancho II; D) D. Afonso III; E) D. Diniz; F) D. Afonso IV; G) D. Pedro I; H) D. Fernando. V - Crise da independência portuguesa. VI - Na época dos Descobrimentos. VII - Uma esplendorosa Era Mariana. VIII - O advento da República. IX - Fátima, Altar do Mundo.
Tempo de Poesia dedicado à Virgem Maria : a voz dos nosso poetas: 1.º - Luís de Camões. 2.º - Frei Agostinho da Cruz. 3.º - Gil Vicente. 4.º - Bocage. 5.º - Almeida Garrett. 6.º - Camilo Castelo Branco. 7.º - Antero de Quental. 8.º - João de Deus. 9.º - António Nobre. 10.º - Teófilo Braga. 11.º - Guerra Junqueiro. 12.º - Teixeira de Pascoaes. 13.º - Vitorino Nemésio. 14.º - Monsenhor Moreira as Neves.
Belmiro Coelho da Silva (1927-2024) ."Ordenado em 27 de setembro de 1953, em Carcavelos (Lisboa), como sacerdote da Congregação dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos), desempenhou sucessivamente as seguintes missões: Entre 1954 e 1958, Professor do Seminário Maior de Cristo Rei (Nova Lisboa, Angola), capelão dos Irmãos do Espírito Santo, em Angola; assistente da Mocidade Portuguesa e Professor de Religião e Moral, no Liceu; Assistente da Liga Intensificadora da Ação Missionária no Huambo (Angola). Em 1962 conclui o Curso de Sociologia em Roma. Em 1970, torna-se Superior da Missão Católica de Huambo. Em 1975 regressa a Portugal e desempenha a missão de professor no Colégio das Irmãs Beneditinas em Baltar. A 26 de maio de 1976 é nomeado pároco de Abragão, em Penafiel e em 1985, pároco de Vila Cova de Vez de Avis, também em Penafiel. Exerceu dois mandatos como membro do Conselho Presbiteral da Diocese. Por motivos de idade deixou a paroquialidade de Vila Cova em 2018 e de Abragão em 2019."
(Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/portal/porto-faleceu-o-padre-belmiro-coelho-da-silva/)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico
Sem registo na Biblioteca Nacional.
75€

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