10 janeiro, 2021

MORENO, Mateus - A SINFONIA MACABRA : colectânea de algumas das mais célebres afirmações da mentalidade alemã do ultimo meio seculo. [Máximas da Kultur]. Organizada por... Alferes d'Artilharia na Grande Guerra da Flandres. Lisboa, Ressurgimento, 1920. In-8.º (17 cm) de 48 p. ; B.
1.ª edição.
Edição original de A sinfonia macabra, uma das mais raras e estimadas obras do autor.
Exemplar muitíssimo valorizado pela sua dedicatória manuscrita "Ao amº. e camarada alfs. Pimenta, combatente contra os alemães em Africa".
"Esta colectânea de algumas das mais arrojadas afirmações da mentalidade alemã, principalmente do ultimo meio seculo, e a que dado o caracter de indiscutivel sinceridade com que na grande nação eram colectivamente admitidas, não podemos deixar de classificar de «máximas», é não só uma fotografia, diga-se de passagem, exaltavel, da alma sanguisedenta da velha raça, mas a própria e insofismavel demonstração de que a Alemanha, ao desencadear a recente guerra, que encapotadamente provocou, estava de ha muito moral e materialmente preparada para um grande conflicto de potencias de cuja victoria, que reputava «infalivelmente sua», esperava sair soberana absoluta, não já sómente da Europa, mas de todo o mundo...
... pois senhores, entremos - vai principiar a Sinfonia!"
(Prologo, Non multa, sed multum...)
Mateus Martins Moreno Júnior (1892-1970). Natural de Faro. “A paixão pela cidade que o viu crescer e pelo Algarve revelaram-se logo na mocidade, através da participação na imprensa e no movimento associativo locais. Presidiu à Academia do Liceu de Faro, onde fez estudos preparatórios. Fundou, em Outubro de 1911, o quinzenário académico A Mocidade, sendo da sua lavra a rubrica «Horas líricas», onde publicou muita poesia.
Em finais de 1914, Mateus Moreno veio para Lisboa para frequentar o curso de Matemáticas da Faculdade de Ciências. Terá sido essa a razão da transição da redação, administração e impressão da Alma Nova para a capital.
Nem mesmo a sua mobilização, em 1917, e ordem de marcha para França, incorporado no C.E.P., como alferes miliciano de artilharia de campanha, conseguiram interromper a atividade como escritor e como diretor da Alma Nova. No entanto, não é de excluir que as dificuldades que a revista registou no cumprimento da periodicidade, no final de 1916 e início do ano seguinte, se ficassem a dever, entre outras causas, à ausência de Mateus Moreno.
Redigiu e publicou alguns livros sobre o conflito militar e estudos técnicos sobre a sua arma, que foram apreciados pela hierarquia do exército. No que se refere à Alma Nova aí foram publicadas 5 cartas com as suas impressões da viagem e da chegada a França. Terminada a guerra, Mateus Moreno optou pela carreira militar frequentando a Escola de Guerra. Também fez o Curso Superior Colonial, em resultado do qual obteve algumas missões em Angola e desempenhou diversos cargos. Atingiu o posto de Major em 1942.”
(Fonte: https://research.unl.pt/files/3627477)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel na capa.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
Indisponível

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