TEIXEIRA, Júlio César de Carvalho - SAPADORES MINEIROS : Tropa de Engenharia. [Por]... Tenente-Coronel de Engenharia. [S.l.], Edição da Corporação de Oficiais do Regimento de Sapadores Mineiros, [1935]. In-8.º (19 cm) de 76, [4] p. ; B.
1.ª edição.
História do Regimento Sapadores Mineiros e a sua intervenção na Grande Guerra. Inclui no final do livro, em Rol de Honra, a "Lista das praças do R. S. M. falecidas na Grande Guerra (Inscrição das lápides do antigo Quartel de Sapadores) - Moçambique 1914/1918 e França 1917/1918".
"O Regimento de Sapadores Mineiro é um corpo de tropas de Engenharia, tão rico em pergaminhos de antiguidade guerreira, como pobre nas galas e pompas que fazem em tempo de paz a admiração das multidões.
E tão pobre e despretenciosa tem sido a sua vida, que não se encontra na sua biblioteca, nem em parte alguma, um daqueles folhetos que contam a história dos regimentos do nosso Exército... [...]
Com o pensamento pôsto no notável «espírito de corpo» das C. S. M. do C. E. P. em França, que teve a honra de comandar já no final da guerra, e no orgulho dos seus oficiais e praças em serem Sapadores Mineiros, resolveu o autor dêste trabalho coligir umas ligeiras e despretenciosas notas para preencher tão lamentável lacuna nas bibliotecas militares... [...]
Ousa o autor dêste trabalho dedica-lo, em primeiro logar, aos seus companheiros, oficiais, sargentos e praças de Sapadores Mineiros da Grande Guerra e, em seguida, aos seus camaradas do R. S. M."
(Excerto do Preâmbulo)
Índice:
Duas palavras. | I - Preâmbulo. Considerações iniciais. II - A organização dos Sapadores de Engenharia. 1.º Período: 1812/1911; 2.º Período: 1911/1932. III - Nas Terras Oscilantes. Ribatejo: 1909; Açores: 1926. IV - Em campanha. Guerra de África: 1891; Guerra de África: 1895; Grande Guerra: 1914/1918 - No C. E. P. em França: 1.ª Companhia de Sapadores Mineiros; 2.ª Companhia de Sapadores Mineiros; 3.ª Companhia de Sapadores Mineiros; 4.ª Companhia de Sapadores Mineiros; 1.ª e 2.ª Companhia de Mineiros; Companhia de Projectores. Na África Portuguesa: 1.ª Expedição a Moçambique - 1916/1917; 2.ª Expedição a Moçambique - 1917/1918. V - Sonhos de Glória. Considerações Finais.
Júlio César de Carvalho Teixeira GCC • GCA • GCMAI (1884-1959). "Foi um político e militar português. Participou na Primeira Guerra Mundial em França, tendo sido condecorado e recebido vários louvores. Também foi professor no Instituto de Altos Estudos Militares, e nas Escolas do Exército e Central de Oficiais. Exerceu outros cargos públicos como o primeiro comissário do desemprego, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, entre 1926 e 1927, e como Ministro do Comércio e Comunicações."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar no seu acervo.
35€
31 dezembro, 2019
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30 dezembro, 2019
GALLIS, Alfredo - FIALHO D'ALMEIDA. Lisboa, Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor, 1903. In-8.º (19cm) de 21, [3] p. ; [1] f. il. ; B. Col. Intellectuaes, III
1.ª edição.
Biografia de Fialho de Almeida, popular crítico e escritor satírico da época, pela pena de Alfredo Gallis, autor mais conhecido pelos romances eróticos que publicou. Trata-se de um "retrato" incisivo de Fialho, escrito com argúcia e graça.
Opúsculo ilustrado com um retrato do biografado em separado.
"Se escrever acerca dos mortos é missão em regra por demais ingrata, escrever a respeito dos vivos torna-se duplamente espinhosa e até revestida d'uma delicadesa extrema. Essas difficuldades desapparecem porém, quando o panygerista accentua de ante-mão as intenções inalteraveis de no seu escripto cultivar excensivamente a rosea flor do elogio.
N'esse caso, se o amor proprio e a vaidade do biographado podem sorrir e sentir-se alegres e mimados, a consciencia do biographo não póde restar muito traquilla, porque o elogio incondiccional, absoluto, cerrado, systematico, ao transe, é quasi que uma desvalorisação dos merecimentos alheios.
A verdadeira biographia e o mais sincero elogio, são os que procuram sempre a verdade, e sabem encontrar os pontos frageis e os culminantes, os defeitos e as virtudes, a justa expressão emfim do valor de cada um, sujeitando-o a uma critica sobria e meditada que em nada altera o merecimento primacial d'aquelle ou d'aquelles sobre quem incide. [...]
Um artigo de Fialho era lido com avidez, commentado, discutido e constituia quasi o acontecimento do dia.
De repente surgiu o pampheletario, e os Gatos apparecerem á luz da publicidade, assanhados, de pupilla dilatada, unhas abertas, cauda irrissada e pêlo hirsuto, arranhando tudo e todos, com uma sanha de verdadeiros gatos bravos!
N'esses seis volumes de critica acerba e pungente, existem paginas maravilhosas de precepção, de espirito, e de castigo sobre todos os ridiculos e desmandos sociaes, politicos e administrativos do nosso paiz. [...]
Estavamos falhos de talentos, e o de Fialho verdadeiro, incontestavel, puro, pairando acima de toda uma geração de plumitivos qe despontara tuberculosa, myope, sodomita e chilra, alçava-se soberano em arrojos inauditos, calando fundo, até na consciencia dos mais ferrenhos conservadores!"
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Biografia de Fialho de Almeida, popular crítico e escritor satírico da época, pela pena de Alfredo Gallis, autor mais conhecido pelos romances eróticos que publicou. Trata-se de um "retrato" incisivo de Fialho, escrito com argúcia e graça.
Opúsculo ilustrado com um retrato do biografado em separado.
"Se escrever acerca dos mortos é missão em regra por demais ingrata, escrever a respeito dos vivos torna-se duplamente espinhosa e até revestida d'uma delicadesa extrema. Essas difficuldades desapparecem porém, quando o panygerista accentua de ante-mão as intenções inalteraveis de no seu escripto cultivar excensivamente a rosea flor do elogio.
N'esse caso, se o amor proprio e a vaidade do biographado podem sorrir e sentir-se alegres e mimados, a consciencia do biographo não póde restar muito traquilla, porque o elogio incondiccional, absoluto, cerrado, systematico, ao transe, é quasi que uma desvalorisação dos merecimentos alheios.
A verdadeira biographia e o mais sincero elogio, são os que procuram sempre a verdade, e sabem encontrar os pontos frageis e os culminantes, os defeitos e as virtudes, a justa expressão emfim do valor de cada um, sujeitando-o a uma critica sobria e meditada que em nada altera o merecimento primacial d'aquelle ou d'aquelles sobre quem incide. [...]
Um artigo de Fialho era lido com avidez, commentado, discutido e constituia quasi o acontecimento do dia.
De repente surgiu o pampheletario, e os Gatos apparecerem á luz da publicidade, assanhados, de pupilla dilatada, unhas abertas, cauda irrissada e pêlo hirsuto, arranhando tudo e todos, com uma sanha de verdadeiros gatos bravos!
N'esses seis volumes de critica acerba e pungente, existem paginas maravilhosas de precepção, de espirito, e de castigo sobre todos os ridiculos e desmandos sociaes, politicos e administrativos do nosso paiz. [...]
Estavamos falhos de talentos, e o de Fialho verdadeiro, incontestavel, puro, pairando acima de toda uma geração de plumitivos qe despontara tuberculosa, myope, sodomita e chilra, alçava-se soberano em arrojos inauditos, calando fundo, até na consciencia dos mais ferrenhos conservadores!"
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
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Crítica Social,
História
28 dezembro, 2019
1.ª edição independente.
Curioso estudo etnográfico, centrando-se sobretudo no Alentejo, onde nalgumas localidades o costume feminino de fumar ultrapassou convenções sociais.
Ilustrado no texto com 3 imagens: reprodução de uma conhecida aguarela de Alberto de Souza - Tia Teodósia; foto de mulher fumando cachimbo; desenho de cachimbo traçado sob diversas perspectivas.
Opúsculo valorizado pela dedicatória autógrafa da autora.
"Em 1918, Alberto Souza fixou numa das suas aguarelas uma figura feminina da cidade de Évora, popularmente conhecida por «Tia Teodósia».
A atitude, o vestuário e todo o característico desta figura nos prendeu a atenção. Nela se encontram sintetizados ideais femininos que transcenderam os horizontes sociais da sua condição e época, mostrando, bem definidos, traços psicológicos que caracterizaram a humilde mulher do povo que, embora vítima do falar jocoso, enfrentou com indiferença e coragem consciente os preconceitos do seu meio e dos seus contemporâneos."
(Excerto do estudo)
Margarida Rosa Cassola Ribeiro (1911-2001). "Natural de Portalegre. Docente e investigadora multifacetada. Na sua obra perpassa um grande humanismo. Percorreu o país de lés a lés: da costa algarvia à raia mirandesa, do Alentejo à região saloia, passando pelo Ribatejo, Beiras, Açores. Deslocava-se das mais diversas formas: a pé, de bicicleta, de camioneta, de burro e às vezes, quando tinha dinheiro, alugava um táxi. Publicou alguns contos, crónicas, novelas, notas de viagem, biografias, crítica literária, participou em jogos florais e do seu punho saíram também belos poemas. Escreveu igualmente numerosos estudos de carácter científico que publicou em revistas de grande prestígio: Revista Lusitana, Revista de Portugal, Revista de Etnografia, O Arqueólogo Português, Ethnos, Ocidente, Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Foram imensas, portanto, as suas áreas de interesse e múltiplos os seus campos de investigação."
(Fonte: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-68852016000200016)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Ex-libris de João Affonso Côrte-Real.
Raro.
Com interesse antropológico.
15€
27 dezembro, 2019
CAMPOS, Tenente coronel Mário de - A LIÇÃO DOS MORTOS. Oração proferida na Escola Militar, no dia 9 de Março de 1921, em comemoração dos antigos alunos mortos pela Pátria na Grande Guerra (1914-1918). [Pelo]... Professor da Escola Militar. Lisboa, Imprensa Nacional, 1921. In-8.º (22,5 cm) de 12 p. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"O recontro sangrento de La Lys, com o episódio épico de La Couture, representa na história da Grande Guerra o ponto culminante, aquele em que mais fulgiu a velha intrepidez do nosso sangue.
Êste, perece numa luta quási corpo a corpo na defesa da Red-House; aquele, perdido na extrema direita da segunda linha, resiste até à morte ao terrível envolvimento do inimigo; outro, procurando reùnir os seus homens num último esforço, é quási pulverizado por uma granada; outros, na esquerda da segunda linha do sector, quando a peleja atingia o máximo da intensidade, faz frente à morte, que o não poupa, com a serenidade e elevação dum herói antigo; outro, exemplo vivo de abnegação e de estoicismo, sempre presente onde o perigo era maior, em Laventie, no sector de Fauquissard, é fulminado, por fim, na jornada trágica de 9 de Abril; outro, aviador de raça, pairando audaciosamente em frente das linhas alemãs, despenha-se, ferido de morte, nas cercanias de Laon, onde o inimigo lhe não recusou sepultura condigna."
(Excerto da Oração)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e bibliográfico.
A BNP possui apenas um exemplar no seu acervo.
Indisponível
1.ª edição.
Opúsculo valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"O recontro sangrento de La Lys, com o episódio épico de La Couture, representa na história da Grande Guerra o ponto culminante, aquele em que mais fulgiu a velha intrepidez do nosso sangue.
Êste, perece numa luta quási corpo a corpo na defesa da Red-House; aquele, perdido na extrema direita da segunda linha, resiste até à morte ao terrível envolvimento do inimigo; outro, procurando reùnir os seus homens num último esforço, é quási pulverizado por uma granada; outros, na esquerda da segunda linha do sector, quando a peleja atingia o máximo da intensidade, faz frente à morte, que o não poupa, com a serenidade e elevação dum herói antigo; outro, exemplo vivo de abnegação e de estoicismo, sempre presente onde o perigo era maior, em Laventie, no sector de Fauquissard, é fulminado, por fim, na jornada trágica de 9 de Abril; outro, aviador de raça, pairando audaciosamente em frente das linhas alemãs, despenha-se, ferido de morte, nas cercanias de Laon, onde o inimigo lhe não recusou sepultura condigna."
(Excerto da Oração)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e bibliográfico.
A BNP possui apenas um exemplar no seu acervo.
Indisponível
26 dezembro, 2019
NEVES, Dr. Pedro Alexandre Cardoso - LOTARIA NACIONAL. Subsídios para a sua História : 1783-1983. Por:... [Prefácio de António Branquinho de Amaral Pereira]. [Lisboa], Edição da Lotaria Nacional, [1984]. In-8.º (22,5 cm) de 133, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante estudo monográfico sobre a histórica Lotaria Nacional.
Ilustrado ao longo do livro com tabelas, desenhos e fotogravuras - algumas em página inteira.
"Por Decreto de 18 de Novembro de 1783 a rainha D. Maria I outorgou a concessão de uma lotaria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ficou a dever-se tal acto às incansáveis diligências do 2.º Duque de Lafões, D. João Carlos de Bragança, português notável que vivera vários anos em França onde, na corte de Luís XVI, colheu preciosos ensinamentos sobre Lotarias e a forma entusiástica como eram acolhidas pelo povo.
Estava criada, assim, a Lotaria Nacional Portuguesa, pois naquela se unificaram várias pequenas lotarias existentes."
(Excerto do Prefácio)
"O título desta obra - Lotaria Nacional Subsídios para a sua História 1783-1983 - não procura ser modesto. Fazer a história duma Instituição bicentenária, como é a Lotaria Nacional, requer uma interdisciplinariedade de áreas do saber como a economia, a sociologia, a psicologia social que só uma equipe de investigadores especializados pode fornecer.
Apesar do nosso objectivo primordial ser o estudo da Lotaria Nacional, não deixámos de fazer alusões às lotarias estrangeiras e às lotarias reais, sempre que tal se afigurou útil à compreensão geral da presente obra."
(Excerto de Introdução)
Índice: Prefácio. | Introdução. | I - Problemática do jogo e da Lotaria. II - Primórdios da Instituição. III - A crise das Lotarias no primeiro terço do século XIX. IV - Tentativas de reorganização das lotarias. V - A crise das lotarias nas últimas décadas do século XIX. VI - Reforma da Instituição. VII - Período de expansão. VIII - O pitoresco da lotaria. IX - Considerações finais. | Apêndice documental. | Bibliografia e referências documentais.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
1.ª edição.
Importante estudo monográfico sobre a histórica Lotaria Nacional.
Ilustrado ao longo do livro com tabelas, desenhos e fotogravuras - algumas em página inteira.
"Por Decreto de 18 de Novembro de 1783 a rainha D. Maria I outorgou a concessão de uma lotaria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ficou a dever-se tal acto às incansáveis diligências do 2.º Duque de Lafões, D. João Carlos de Bragança, português notável que vivera vários anos em França onde, na corte de Luís XVI, colheu preciosos ensinamentos sobre Lotarias e a forma entusiástica como eram acolhidas pelo povo.
Estava criada, assim, a Lotaria Nacional Portuguesa, pois naquela se unificaram várias pequenas lotarias existentes."
(Excerto do Prefácio)
"O título desta obra - Lotaria Nacional Subsídios para a sua História 1783-1983 - não procura ser modesto. Fazer a história duma Instituição bicentenária, como é a Lotaria Nacional, requer uma interdisciplinariedade de áreas do saber como a economia, a sociologia, a psicologia social que só uma equipe de investigadores especializados pode fornecer.
Apesar do nosso objectivo primordial ser o estudo da Lotaria Nacional, não deixámos de fazer alusões às lotarias estrangeiras e às lotarias reais, sempre que tal se afigurou útil à compreensão geral da presente obra."
(Excerto de Introdução)
Índice: Prefácio. | Introdução. | I - Problemática do jogo e da Lotaria. II - Primórdios da Instituição. III - A crise das Lotarias no primeiro terço do século XIX. IV - Tentativas de reorganização das lotarias. V - A crise das lotarias nas últimas décadas do século XIX. VI - Reforma da Instituição. VII - Período de expansão. VIII - O pitoresco da lotaria. IX - Considerações finais. | Apêndice documental. | Bibliografia e referências documentais.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
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Santa Casa da Misericórdia,
Sociologia
24 dezembro, 2019
CEBOLA, Luiz – HISTORIA DUM LOUCO : analisada sob o aspecto psico-clinico. Lisboa, Livraria Central Editora H. E. Gomes de Carvalho, 1926.
In-8.º (19 cm) de 168 p. ; B.
1.ª edição.
1.ª edição.
Interessante estudo de Luís Cebola, médico alienista, na época, director-clínico do Manicómio do Telhal.
“Não se encontra, ao correr a gama das perturbações
emotivas, nada que se compare á Dôr Moral
que este livro encerra. Jamais se evocou, em côres tão vivas, o terramoto duma
alma que foi abatida pelo desvario e se perdeu através um dédalo de conflitos insoluveis,
mergulhando exausta no silencio, ao cabo de violentos paroxismos de angustia,
desespero e terror.
Caso clinico interessantíssimo, seria imperdoavel deixal-o
oculto num arquivo de manicómio.
O heroi triste dessa larga historia de infinita desolação
por minha instancia a narrou, mal a consciencia, refeita de luz, emergiu da sua
noite de quatro anos. Tudo quanto sentiu adentro do cranio em tumulto,
rememorou com admiravel precisão e riquesa de pormenores.
Ler esse documento é ouvir o grito duma tragedia. Analisa-lo
é dissecar, atingindo as proprias raises ancestrais, o inventario duma
existencia torturada.”
(Excerto do prefácio)
Luís Cebola (1876-1967). Médico alienista,
natural de Alcochete. Estudou no Colégio Almeida Garrett, em Aldeia Galega
(actual Montijo), onde completou os três primeiros anos do curso liceal, sendo
depois transferido para o Liceu Nacional de Évora. De 1895 a 1900, realizou a
preparação para os estudos médico-cirúrgicos na Escola Politécnica de Lisboa.
Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa de 1899 a 1906. Em 1906 defendeu a
sua tese inaugural, A Mentalidade dos
Epilépticos, sob a orientação do Professor Miguel Bombarda no Hospital de
Rilhafoles. Luís Cebola foi nomeado director clínico da Casa de Saúde do Telhal
(pertencente à Ordem Hospitaleira de São João de Deus), a 2 de Janeiro de 1911,
por Afonso Costa, em representação do Governo Provisório da República
Portuguesa, cargo que desempenhou até 1948. Enquanto director clínico parece
ter sido responsável pela introdução e desenvolvimento da ergoterapia ou
laborterapia, que visava a recuperação dos pacientes através do trabalho
dirigido. E ainda, pela prática de uma psiquiatria social ou comunitária, i.e.,
uma terapêutica humanitária que visava incentivar a interacção social entre
pacientes, médicos, enfermeiros, irmãos e familiares, através da prática de
ofícios e de actividades artísticas, lúdicas e desportivas.”
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Carimbo na capa.
Raro.
A BNP tem apenas um exemplar cadastrado na sua base da dados.
Indisponível
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*CEBOLA (Luís),
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Estudos médicos,
Filosofia,
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Psiquiatria,
Saúde
23 dezembro, 2019
COSTA, A. Fontoura da Costa – DEAMBULAÇÕES DA GANDA DE MODAFAR, REI DE CAMBAIA, DE 1514 A 1516. Lisboa, Divisão de Publicações e Biblioteca : Agência geral das Colónias, 1937. In-8.º (22,5 cm) de 47, [5] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada em com gravuras em separado, incluindo o famoso rinoceronte asiático.
Reproduz ainda documentos do rei D. Manuel I, Afonso de Albuquerque e do impressor Valentim Fernandes, entre outros.
“O alemão Valentim Fernandes (de Morávia) escreveu de Lisboa, em 1515, uma carta a um seu amigo de Nuremberg, cidade Natal de Albert Dürer, na qual começa por se referir à chegada a Lisboa, em 20 de Maio daquele ano, de um rinoceronte asiático, que o rei de Cambaia enviara a D. Manuel. […] Esta carta, interessantíssima pelos informes que dá, não tem, contudo, para o nosso trabalho, toda a importância que supunha. Mas é notável, por precisar a data, já indicada, bem como a do combate com o elefante a que depois me referirei; e ainda, por ser um documento coevo de quem viu em Lisboa o precioso animal. Ao mesmo animal se referem vários clássicos.”
(Excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação; ligeiramente oxidado junto às margens; assinatura de posse no anterrosto.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€
1.ª edição.
Ilustrada em com gravuras em separado, incluindo o famoso rinoceronte asiático.
Reproduz ainda documentos do rei D. Manuel I, Afonso de Albuquerque e do impressor Valentim Fernandes, entre outros.
“O alemão Valentim Fernandes (de Morávia) escreveu de Lisboa, em 1515, uma carta a um seu amigo de Nuremberg, cidade Natal de Albert Dürer, na qual começa por se referir à chegada a Lisboa, em 20 de Maio daquele ano, de um rinoceronte asiático, que o rei de Cambaia enviara a D. Manuel. […] Esta carta, interessantíssima pelos informes que dá, não tem, contudo, para o nosso trabalho, toda a importância que supunha. Mas é notável, por precisar a data, já indicada, bem como a do combate com o elefante a que depois me referirei; e ainda, por ser um documento coevo de quem viu em Lisboa o precioso animal. Ao mesmo animal se referem vários clássicos.”
(Excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação; ligeiramente oxidado junto às margens; assinatura de posse no anterrosto.
Invulgar.
Com interesse histórico.
15€
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1ª E D I Ç Ã O,
Cartas / Correspondência,
Estudos críticos,
História,
História - Descobrimentos,
História de Portugal,
Valentim Fernandes (Impressor)
22 dezembro, 2019
POETAS DE COIMBRA : recolha de algumas poesias coimbrãs de meio século de vida académica, compiladas por Silvina e Celestino Gomes, que ali também fizeram seus estudos. [S.l.], Edição da Comissão Organizadora do Salão dos Estudantes de Coimbra, em Lisboa, na Casa das Beiras, 1939. In-8.º (20,5 cm) de 66, [6] p. ; B.
1.ª edição.
Antologia poética sobre Coimbra e o seu ambiente estudantil. Versos de Eugénio de Castro, António Feijó, Manuel da Silva Gaio, António Nobre, Alberto de Oliveira, Camilo Pessanha, Teixeira de Pascoaes, D. Tomás de Noronha, Afonso Lopes Vieira, Mário Saa, Cabral do Nascimento, António Pedro, entre outros.
"Com a publicação dêste volume não tiveram os seus organizadores, nem a Comissão das «Festas de Coimbra em Lisboa», que de tal os incumbiu, a pretensão de realizar o justo e completo cancioneiro de Coimbra, a «meiga Dona dos choupos finos e das claras águas», «a da dôce païsagem», a «Coimbra sem par, flôr das cidades» no terno dizer dos Poetas.
Para melhor reacender o ténue fiosinho de lume sagrado que esmorece, propositadamente viemos até hoje, começando tão sòmente na mais antiga geração académica que ainda tem representantes vivos, quási onde termina o amoroso Cancioneiro de Afonso Lopes Vieira."
(Excerto do preâmbulo.)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
1.ª edição.
Antologia poética sobre Coimbra e o seu ambiente estudantil. Versos de Eugénio de Castro, António Feijó, Manuel da Silva Gaio, António Nobre, Alberto de Oliveira, Camilo Pessanha, Teixeira de Pascoaes, D. Tomás de Noronha, Afonso Lopes Vieira, Mário Saa, Cabral do Nascimento, António Pedro, entre outros.
"Com a publicação dêste volume não tiveram os seus organizadores, nem a Comissão das «Festas de Coimbra em Lisboa», que de tal os incumbiu, a pretensão de realizar o justo e completo cancioneiro de Coimbra, a «meiga Dona dos choupos finos e das claras águas», «a da dôce païsagem», a «Coimbra sem par, flôr das cidades» no terno dizer dos Poetas.
Para melhor reacender o ténue fiosinho de lume sagrado que esmorece, propositadamente viemos até hoje, começando tão sòmente na mais antiga geração académica que ainda tem representantes vivos, quási onde termina o amoroso Cancioneiro de Afonso Lopes Vieira."
(Excerto do preâmbulo.)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
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*GOMES (Celestino),
1ª E D I Ç Ã O,
Antologias,
Coimbra,
Compilações,
Poesia,
Universidade de Coimbra
21 dezembro, 2019
FERREIRA, Engenheiro Raul Cesar - ESTALEIROS E ARSENAIS DE CONSTRUÇÃO NAVAL. Com um prefácio do comandante Abel Fontoura da Costa. [Pelo]... Diplomado pela «Regia Scuola Navale Superiore di Genova - Italia», Lente de Arquitectura Naval da Escola Naval de Lisboa. Lisboa, Papelaria, Livraria e Tipografia Fernandes & C.ª, Ld.ª, 1930. In-4.º (24 cm) de [8], 93, [3] p. ; [1] planta desdob. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante trabalho sobre a indústria de construção e reparação naval.
Ilustrado ao longo do texto com desenhos esquemáticos, e em separado, com a planta de um Projecto de Estaleiro de Construção Naval (escala 1.500) assinado pelo autor (23,5x37 cm).
Livro duplamente valorizado pela assinatura do autor que certifica a tiragem, e pele sua dedicatória autógrafa ao "amigo e ilustre poeta Ruy Chianca" (1891-1931), conhecido escritor e dramaturgo português.
"Um navio, desde o seu início nos estaleiros, necessita sempre de beneficiações e, ás vezes, de concertos e e modificações que só nos arsenais podem ser convenientemente executadas. Daqui a necessidade do conhecimento desses estaleiros e arsenais, elemento basilar da cultura geral profissional do oficial de marinha.
O nosso camarada engenheiro Cesar Ferreira, professor da 6.ª cadeira da Escola Naval, condensou neste pequeno volume os elementos para bem se apreciarem todos os diferentes tipos de «Estaleiros e Arsenais de Construção Naval», desde os mais modestos aos mais importantes. [...]
«Estaleiros e Arsenais de Construção Naval» é tambem um optimo livro de consulta, a que o oficial de marinha sempre recorrerá com proveito; e, sob este aspecto, o seu interesse é ainda maior."
(Excerto do Prefácio)
Indice: Prefácio. | I - Carreiras de construção. II - Lançamento do navio. III - Docas sêcas. IV - Docas flutuantes. V - Planos inclinados. VI - Grades de marés. VII - Dar de carena. VIII - Os arsenais e estaleiros.
Exemplar brochado, maioritariamente por abrir, em bom estado de conservação. Capa apresenta pequena falha de papel no canto superior direito.
A BNP dá notícia desta obra, sem no entanto ter registo de qualquer exemplar no seu acervo.
Raro.
65€
1.ª edição.
Importante trabalho sobre a indústria de construção e reparação naval.
Ilustrado ao longo do texto com desenhos esquemáticos, e em separado, com a planta de um Projecto de Estaleiro de Construção Naval (escala 1.500) assinado pelo autor (23,5x37 cm).
Livro duplamente valorizado pela assinatura do autor que certifica a tiragem, e pele sua dedicatória autógrafa ao "amigo e ilustre poeta Ruy Chianca" (1891-1931), conhecido escritor e dramaturgo português.
"Um navio, desde o seu início nos estaleiros, necessita sempre de beneficiações e, ás vezes, de concertos e e modificações que só nos arsenais podem ser convenientemente executadas. Daqui a necessidade do conhecimento desses estaleiros e arsenais, elemento basilar da cultura geral profissional do oficial de marinha.
O nosso camarada engenheiro Cesar Ferreira, professor da 6.ª cadeira da Escola Naval, condensou neste pequeno volume os elementos para bem se apreciarem todos os diferentes tipos de «Estaleiros e Arsenais de Construção Naval», desde os mais modestos aos mais importantes. [...]
«Estaleiros e Arsenais de Construção Naval» é tambem um optimo livro de consulta, a que o oficial de marinha sempre recorrerá com proveito; e, sob este aspecto, o seu interesse é ainda maior."
(Excerto do Prefácio)
Indice: Prefácio. | I - Carreiras de construção. II - Lançamento do navio. III - Docas sêcas. IV - Docas flutuantes. V - Planos inclinados. VI - Grades de marés. VII - Dar de carena. VIII - Os arsenais e estaleiros.
Exemplar brochado, maioritariamente por abrir, em bom estado de conservação. Capa apresenta pequena falha de papel no canto superior direito.
A BNP dá notícia desta obra, sem no entanto ter registo de qualquer exemplar no seu acervo.
Raro.
65€
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§ AUTÓGRAFOS,
*COSTA (Abel Fontoura da),
*FERREIRA,
1ª E D I Ç Ã O,
Construção naval,
Eng. Raul César),
Engenharia,
Estudos técnicos,
Marinha,
Monografias
20 dezembro, 2019
[EPIFANIA, Fr. Manuel da] - NOVAS, // E // CURIOSAS REFLEXOENS // sobre os terremotos // DE LISBOA, // QUE FEZ // F. M. D. E. // LISBOA. // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES // Impressor do Emin. S. Card. Patriarca. // Anno M. DCC. LVI. // Com as licenças necessarias. In-8.º (16 cm) de 37, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Obra curiosíssima, espécie de tentativa científica para explicar o terramoto de 1755, cuja autoria pertence a Fr. Manuel da Epifania, conhecido pregador franciscano. A BNP não refere esta obra que terá, pelo menos, dois frontispícios diferentes: uma versão com o nome do autor, e uma outra, a presente, parece-nos que não tão usual, mais "rudimentar", sem autor, com as iniciais "F. M. D. E.", ainda que publicada pelo mesmo impressor, no mesmo ano que a outra. Importa ainda salientar que esta última não inclui a Oração, por ter sido publicada assim, ou por se encontrar em falta.
"Observáraõ os Filosofos varios, e portentosos effeitos da natureza ficando ainda occultas muitas das suas causas. Sobre os movimentos da terra houve varias opinioens, que se espalháraõ pela soccessaõ dos seculos; mas ccomo os Filosofos antigos desconheceraõ a força do elaterio, naõ chegáraõ á sua verdadeira causa. Os modernos foraõ mais felizes nas suas meditaçoens; á força de muitas experiencias descobriraõ as leys do movimento. Na terra ha partes sulfureas, eleosas, ebituminosas, como se prova dos seus minerais; ha fogos subterraneos, os quaes se geraõ, seja porque o ar agitado nas subterraneas cavernas faz rotas as materias inflamaveis humas com outras, o qual movimento faz levantar chama, como acontece quando se esfrega hum pao de loureiro com outro; ou porque o Sol derramando os seus rayos até o centro pode gerar o incendio subterraneo. No terremoto do primeiro de Novembro, eu me represento que o Sol foi a concausa mais poderosa, por se observar mayor abalo nas terras mais proximas do Equador."
(Excerto da Reflexam I)
Fr. Manuel da Epifania (1712-1767). "Escritor, pregador e filósofo, natural de Coimbra, tendo professado na ordem franciscana no Convento de Alenquer e frequentado o Colégio Universitário de S. Boaventura em Coimbra. Espírito inconformista, ensinou teologia e filosofia no Convento de Mafra e exerceu o magistério do púlpito para que era dotado."
(Fonte: Catolicismo e sociedade na época moderna: o terramoto de 1755, Universidade Católica Portuguesa. Centro de Estudos de História Religiosa, 2.ª Série, Tomo XVIII, 2006)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado geral de conservação.
Muito raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Com interesse histórico e bibliográfico.
Indisponível
1.ª edição.
Obra curiosíssima, espécie de tentativa científica para explicar o terramoto de 1755, cuja autoria pertence a Fr. Manuel da Epifania, conhecido pregador franciscano. A BNP não refere esta obra que terá, pelo menos, dois frontispícios diferentes: uma versão com o nome do autor, e uma outra, a presente, parece-nos que não tão usual, mais "rudimentar", sem autor, com as iniciais "F. M. D. E.", ainda que publicada pelo mesmo impressor, no mesmo ano que a outra. Importa ainda salientar que esta última não inclui a Oração, por ter sido publicada assim, ou por se encontrar em falta.
"Observáraõ os Filosofos varios, e portentosos effeitos da natureza ficando ainda occultas muitas das suas causas. Sobre os movimentos da terra houve varias opinioens, que se espalháraõ pela soccessaõ dos seculos; mas ccomo os Filosofos antigos desconheceraõ a força do elaterio, naõ chegáraõ á sua verdadeira causa. Os modernos foraõ mais felizes nas suas meditaçoens; á força de muitas experiencias descobriraõ as leys do movimento. Na terra ha partes sulfureas, eleosas, ebituminosas, como se prova dos seus minerais; ha fogos subterraneos, os quaes se geraõ, seja porque o ar agitado nas subterraneas cavernas faz rotas as materias inflamaveis humas com outras, o qual movimento faz levantar chama, como acontece quando se esfrega hum pao de loureiro com outro; ou porque o Sol derramando os seus rayos até o centro pode gerar o incendio subterraneo. No terremoto do primeiro de Novembro, eu me represento que o Sol foi a concausa mais poderosa, por se observar mayor abalo nas terras mais proximas do Equador."
(Excerto da Reflexam I)
Fr. Manuel da Epifania (1712-1767). "Escritor, pregador e filósofo, natural de Coimbra, tendo professado na ordem franciscana no Convento de Alenquer e frequentado o Colégio Universitário de S. Boaventura em Coimbra. Espírito inconformista, ensinou teologia e filosofia no Convento de Mafra e exerceu o magistério do púlpito para que era dotado."
(Fonte: Catolicismo e sociedade na época moderna: o terramoto de 1755, Universidade Católica Portuguesa. Centro de Estudos de História Religiosa, 2.ª Série, Tomo XVIII, 2006)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado geral de conservação.
Muito raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Com interesse histórico e bibliográfico.
Indisponível
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*EPIFANIA (Fr. Manuel da),
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Catástrofes,
História,
História de Portugal,
Livros antigos,
Livros séc. XVIII,
Terramoto de 1755
19 dezembro, 2019
OLIVEIRA, Luiz de Lemos Mendes d' - DA RELIGIÃO E DO CRIME. (Estudo de sociologia criminal). [Por]... Advogado. Coimbra, Tipografia da "Atlântida", 1929. In-8.º (24 cm) de 102, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante estudo criminal, socio-religioso. "O autor expôe as doutrinas das escolas antropológica e sociológica do crime, defende a tese que a religião contribui para formar e robustecer o senso moral, estuda a religiosidade nos criminosos e conclui pelo importante papel da religião, especialmente da católica, na prevenção e no tratamento penal da delinquência. O trabalho não é uma dissertação retórica, ao serviço exclusivo duma intenção confessional, antes é redigido com serenidade e elevação scientífica que o tornam digno de encómio."
(Fonte: Revista Bibliográfica, 1929).
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa do autor a Ulisses Cortez (1900-1975), na época director-geral do Ministério da Justiça; foi ainda deputado na Assembleia Nacional, Presidente da União Nacional, tendo substituído o Professor Marcelo Caetano, Ministro da Economia (1950-1958) e Ministro das Finanças (1965-1968).
"O aumento da criminalidade é um facto que preocupa os Estados e que desde há muito chama a atenção dos sociólogos e criminalistas, no sentido de averiguar das suas causas, afim de lhe opôr um combate racional e prático.
Porque o homem delinqùente necessáriamente oferece um campo vasto à análise das sciências, pelas diferenças de temperamento e de meio, o problema dos preventivos e repressivos penais é um problema complexo, de difícil solução adequada. [...]
Contra a opinião de muitos positivistas, entendemos, apoiado nos conhecimentos scientíficos, que a religião é no campo preventivo e repressivo do delito o maior e mais poderoso elemento a ter em conta, mórmente sob o aspecto educativo, em que exerce uma acção sob todos os títulos notável."
(Excerto do preâmbulo, Duas Palavras)
Índice:
Duas Palavras. | I - O Crime e o Ambiente Social. II - A Religião e o Senso Moral. III - A Religião e o Delinqùente. IV - A Religião nas Estatísticas Criminais. | Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e falhas de papel. Deve ser encadernado.
Muito raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Indisponível
1.ª edição.
Interessante estudo criminal, socio-religioso. "O autor expôe as doutrinas das escolas antropológica e sociológica do crime, defende a tese que a religião contribui para formar e robustecer o senso moral, estuda a religiosidade nos criminosos e conclui pelo importante papel da religião, especialmente da católica, na prevenção e no tratamento penal da delinquência. O trabalho não é uma dissertação retórica, ao serviço exclusivo duma intenção confessional, antes é redigido com serenidade e elevação scientífica que o tornam digno de encómio."
(Fonte: Revista Bibliográfica, 1929).
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa do autor a Ulisses Cortez (1900-1975), na época director-geral do Ministério da Justiça; foi ainda deputado na Assembleia Nacional, Presidente da União Nacional, tendo substituído o Professor Marcelo Caetano, Ministro da Economia (1950-1958) e Ministro das Finanças (1965-1968).
"O aumento da criminalidade é um facto que preocupa os Estados e que desde há muito chama a atenção dos sociólogos e criminalistas, no sentido de averiguar das suas causas, afim de lhe opôr um combate racional e prático.
Porque o homem delinqùente necessáriamente oferece um campo vasto à análise das sciências, pelas diferenças de temperamento e de meio, o problema dos preventivos e repressivos penais é um problema complexo, de difícil solução adequada. [...]
Contra a opinião de muitos positivistas, entendemos, apoiado nos conhecimentos scientíficos, que a religião é no campo preventivo e repressivo do delito o maior e mais poderoso elemento a ter em conta, mórmente sob o aspecto educativo, em que exerce uma acção sob todos os títulos notável."
(Excerto do preâmbulo, Duas Palavras)
Índice:
Duas Palavras. | I - O Crime e o Ambiente Social. II - A Religião e o Senso Moral. III - A Religião e o Delinqùente. IV - A Religião nas Estatísticas Criminais. | Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e falhas de papel. Deve ser encadernado.
Muito raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Indisponível
18 dezembro, 2019
QUITA, Domingos dos Reis - OBRAS DE DOMINGOS DOS REIS QUITA, CHAMADO ENTRE OS DA ARCADIA LUSITANA ALCINO MICENIO. Terceira edição. Tomo I [e Tomo II]. Lisboa, Na Typographia Rollandiana, 1831. Com Licença da Meza do Desembargo do Paço. 2 vols in-18.º (10,5 cm) de 220 p. (I) ; 200 p. ; E. (num único tomo)
Terceira edição do obra do poeta árcade Reis Quita, a primeira publicada no século XIX. A edição original fora publicada em 1766, ainda em vida do vate, e uma outra " correcta e augmentada", em 1781.
"Contra Lisboa Antonio glorioso
A Omnipotente Mão vio levantada,
E correo a livrar a Patria amada
Do terrivel estrago pavoroso.
Levanta os rogos, antes que furioso
O Senhor descarregue a justa espada:
Tanto em fim lhe supplica, tanto brada,
Que logo hum Deos irado vio piedoso.
Por seu ardente zelo suspendido
Vemos ser o castigo mais horrendo,
Que tantos Homens tinhaõ merecido.
Oh qaunto a tal Patrono estaõ devendo!
De hum Deos taõ justamente enfurecido
Está o fatal raio suspendendo."
(Tomo II, Soneto III, A Santo Antonio, pelo Terremoto do primeiro de Novembro de 1755)
Domingos dos Reis Quita (1728-1770). "Poeta português, nascido em Lisboa. De família humilde e numerosa, começou a trabalhar ainda muito novo como cabeleireiro, para ajudar financeiramente a família. Autodidacta, conseguiu aprender francês, italiano e castelhano. Leitor entusiasta de Camões, António Ferreira e Rodrigues Lobo, começou por frequentar os meios literários, conseguindo a nomeação para bibliotecário do conde de S. Lourenço. A amizade que travou com os poetas Correia Garção e Cruz e Silva permitiu-lhe a entrada na Arcádia Lusitana ou Ulissiponense, tendo então adoptado o nome literário de Alcino Micénio. Poeta arcádico, prosseguiu a tradição do bucolismo português, tendo introduzido entre nós o drama pastoril, de que é exemplo a sua peça Licore, drama bucólico cuja acção decorre na Antiguidade. Na sua obra poética, encontram-se alguns elementos pré-românticos, por influência do alemão Gessner, de que Reis Quita foi tradutor e um dos introdutores em Portugal. Tentou imitar a tragédia clássica, chegando a ter algum êxito com a sua versão de A Castro, versão em três actos que respeitava a regra das três unidades - tempo, acção e lugar - da tragédia clássica francesa. No entanto, esta sua versão não conseguiu ser mais do que uma pálida imitação do original de António Ferreira. Morreu vitimado pela tuberculose e na miséria, depois de ter perdido a protecção do seu mecenas, condenado pelo marquês de Pombal, e de ter visto os seus escassos bens destruídos pelo terramoto de 1755. Passou os seus últimos dias recebendo cuidados daquela que havia amado e cantado, em versos de um lirismo pungente, sob o pseudónimo de Tirceia, Teresa Teodora de Aloim. A sua obra encontra-se reunida em dois volumes, sob o título Obras Poéticas (1766 - 2.ª ed., 1781)."
(Fonte: https://www.escritas.org/pt/bio/domingos-dos-reis-quita)
Encadernação coeva em meia de pele com rótulos e ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplar cansado, em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
25€
Terceira edição do obra do poeta árcade Reis Quita, a primeira publicada no século XIX. A edição original fora publicada em 1766, ainda em vida do vate, e uma outra " correcta e augmentada", em 1781.
"Contra Lisboa Antonio glorioso
A Omnipotente Mão vio levantada,
E correo a livrar a Patria amada
Do terrivel estrago pavoroso.
Levanta os rogos, antes que furioso
O Senhor descarregue a justa espada:
Tanto em fim lhe supplica, tanto brada,
Que logo hum Deos irado vio piedoso.
Por seu ardente zelo suspendido
Vemos ser o castigo mais horrendo,
Que tantos Homens tinhaõ merecido.
Oh qaunto a tal Patrono estaõ devendo!
De hum Deos taõ justamente enfurecido
Está o fatal raio suspendendo."
(Tomo II, Soneto III, A Santo Antonio, pelo Terremoto do primeiro de Novembro de 1755)
Domingos dos Reis Quita (1728-1770). "Poeta português, nascido em Lisboa. De família humilde e numerosa, começou a trabalhar ainda muito novo como cabeleireiro, para ajudar financeiramente a família. Autodidacta, conseguiu aprender francês, italiano e castelhano. Leitor entusiasta de Camões, António Ferreira e Rodrigues Lobo, começou por frequentar os meios literários, conseguindo a nomeação para bibliotecário do conde de S. Lourenço. A amizade que travou com os poetas Correia Garção e Cruz e Silva permitiu-lhe a entrada na Arcádia Lusitana ou Ulissiponense, tendo então adoptado o nome literário de Alcino Micénio. Poeta arcádico, prosseguiu a tradição do bucolismo português, tendo introduzido entre nós o drama pastoril, de que é exemplo a sua peça Licore, drama bucólico cuja acção decorre na Antiguidade. Na sua obra poética, encontram-se alguns elementos pré-românticos, por influência do alemão Gessner, de que Reis Quita foi tradutor e um dos introdutores em Portugal. Tentou imitar a tragédia clássica, chegando a ter algum êxito com a sua versão de A Castro, versão em três actos que respeitava a regra das três unidades - tempo, acção e lugar - da tragédia clássica francesa. No entanto, esta sua versão não conseguiu ser mais do que uma pálida imitação do original de António Ferreira. Morreu vitimado pela tuberculose e na miséria, depois de ter perdido a protecção do seu mecenas, condenado pelo marquês de Pombal, e de ter visto os seus escassos bens destruídos pelo terramoto de 1755. Passou os seus últimos dias recebendo cuidados daquela que havia amado e cantado, em versos de um lirismo pungente, sob o pseudónimo de Tirceia, Teresa Teodora de Aloim. A sua obra encontra-se reunida em dois volumes, sob o título Obras Poéticas (1766 - 2.ª ed., 1781)."
(Fonte: https://www.escritas.org/pt/bio/domingos-dos-reis-quita)
Encadernação coeva em meia de pele com rótulos e ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplar cansado, em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
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*QUITA (Domingos dos Reis),
Antoniana,
Arcádia Lusitana / Nova Arcádia,
Lisboa,
Literatura Portuguesa,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Poesia
16 dezembro, 2019
DÈSORMEAUX, Dr. - O COITO E O AMOR. 2.ª Edição. Lisboa, Editor João Carneiro, Livraria do Povo : Silva & Carneiro, [191-]. In-8.º (16 cm) de 68 p. ; B. Bibliotheca Sexual, N.º 4
Interessante trabalho sobre o o amor carnal à luz dos conhecimentos da época.
"A causa primaria do amor reside no instincto da reproducção, instincto poderoso com que a natureza nos dotou para perpetuar-mos a sua obra, obrigando-nos a reparar os estragos da morte por uma continua transmissão da vida.
No homem em estado de completa selvageria esta paixão encontra-se quasi reduzida a uma necessidade physica; para o homem civilisado, é, porém, mais alguma coisa: representa um sentimento affectuoso que lhe augmenta as doçuras, prolongando-lhe indefinidamente a duração. [...]
Mais impressionavel e mais affectuosa que o homem, a mulher é, por isso mesmo, mais verdadeiramente amorosa; em amor, o homem empresta-se, a mulher da-se."
(Excerto do Cap. I, Causas do Amor)
Summario:
I - Causas do Amor. II - Appetite venereo. III - O desejo. IV - A copula. V - PosiçÕes do coito. Uniões sexuaes: 1.º Simpathia, gosto natural; 2.º União e amor ardente; 3.º Amor futuro; 4.º Amor artificial; 5.º União por transmissão; 6.º União interior; 7.º União enganadora. VI - Seducção, pudor e galanteria. VII - A doença do amor. Erectomania - Ciume.
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
25€
Interessante trabalho sobre o o amor carnal à luz dos conhecimentos da época.
"A causa primaria do amor reside no instincto da reproducção, instincto poderoso com que a natureza nos dotou para perpetuar-mos a sua obra, obrigando-nos a reparar os estragos da morte por uma continua transmissão da vida.
No homem em estado de completa selvageria esta paixão encontra-se quasi reduzida a uma necessidade physica; para o homem civilisado, é, porém, mais alguma coisa: representa um sentimento affectuoso que lhe augmenta as doçuras, prolongando-lhe indefinidamente a duração. [...]
Mais impressionavel e mais affectuosa que o homem, a mulher é, por isso mesmo, mais verdadeiramente amorosa; em amor, o homem empresta-se, a mulher da-se."
(Excerto do Cap. I, Causas do Amor)
Summario:
I - Causas do Amor. II - Appetite venereo. III - O desejo. IV - A copula. V - PosiçÕes do coito. Uniões sexuaes: 1.º Simpathia, gosto natural; 2.º União e amor ardente; 3.º Amor futuro; 4.º Amor artificial; 5.º União por transmissão; 6.º União interior; 7.º União enganadora. VI - Seducção, pudor e galanteria. VII - A doença do amor. Erectomania - Ciume.
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
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Estudos médicos,
Literatura erótica,
Psiquiatria,
Saúde,
Sexualidade
15 dezembro, 2019
ESTATUTOS DA SOCIEDADE PROTECTORA DOS ANIMAES. Lisboa, Tipographia Editora de Mattos Moreira & C.ª, 1876. In-8.º (20,5 cm) de 23, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Rara edição original dos Estatutos da Sociedade Protectora dos Animais, instituição fundada em 29 de Novembro de 1875, com Alvará datado de 8 de Janeiro de 1876, que tem por missão a protecção e defesa dos direitos dos animais - a primeira que com estes desígnios foi estabelecida entre nós.
"A sociedade instituida com o titulo de Sociedade Protectora dos Animaes, tem por fim melhorar, por todos os meios ao seu alcance, a sorte dos animaes, e conferir premios a quem, por qualquer modo, se distinguir pela compaixão e bom tratamento para com os mesmos."
(Capítulo I, Denominação, fins e organisação da sociedade - Artigo 1.°)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa vincada.
Muito raro.
Peça de colecção.
50€
Reservado
1.ª edição.
Rara edição original dos Estatutos da Sociedade Protectora dos Animais, instituição fundada em 29 de Novembro de 1875, com Alvará datado de 8 de Janeiro de 1876, que tem por missão a protecção e defesa dos direitos dos animais - a primeira que com estes desígnios foi estabelecida entre nós.
"A sociedade instituida com o titulo de Sociedade Protectora dos Animaes, tem por fim melhorar, por todos os meios ao seu alcance, a sorte dos animaes, e conferir premios a quem, por qualquer modo, se distinguir pela compaixão e bom tratamento para com os mesmos."
(Capítulo I, Denominação, fins e organisação da sociedade - Artigo 1.°)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa vincada.
Muito raro.
Peça de colecção.
50€
Reservado
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Livros antigos,
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Sociedade Protectora dos Animais,
Zoologia
14 dezembro, 2019
IMITAÇÃO DE CHRISTO. Traducção Nova acompanhada de piedosas Reflexões no fim dos capitulos e precedida de Orações para assistir ao Santo Sacrificio da Missa; Pelo Presbytero J.-I. ROQUETTE.
Pariz, V.ª J.-P. Aillaud, Guillard e C.ª, Livreiros de Suas Magestades O
Imperador do Brasil e El-Rei de Portugal, 1869. In-16.º (12 cm) de XXXII,
509, [3] p. ; [5] f. il ; E.
Imitação de Cristo é uma obra da literatura devocional, de Tomás de Kempis, publicada no século XV. O seu texto é um auxiliar à oração e às práticas devocionais pessoais. Alguns o consideram um dos maiores tratados de moral cristã. A obra é atribuída ao padre alemão Tomás de Kempis, já que dos 66 manuscritos, 60 trazem a sua assinatura no mais célebre autógrafo, conhecido por Kempense, escrito em 1441, e guardado hoje na Biblioteca Real de Bruxelas."
(Fonte: wikipédia)
Imitação de Cristo é uma obra da literatura devocional, de Tomás de Kempis, publicada no século XV. O seu texto é um auxiliar à oração e às práticas devocionais pessoais. Alguns o consideram um dos maiores tratados de moral cristã. A obra é atribuída ao padre alemão Tomás de Kempis, já que dos 66 manuscritos, 60 trazem a sua assinatura no mais célebre autógrafo, conhecido por Kempense, escrito em 1441, e guardado hoje na Biblioteca Real de Bruxelas."
(Fonte: wikipédia)
Edição particularmente bonita, traduzida pelo religioso Fr. José Inácio Roquete, ilustrada com 5 gravuras extratexto.
Tomás de Kempis (1379 ou 1380-1471). "Também conhecido como Tomás de Kempen, Thomas Hemerken, Thomas à Kempis, ou Thomas von Kempen (Kempen, Renânia, 1379 ou 1380 - 25 de julho de 1471, mosteiro de Saint Agnetenberg, Zwolle), foi um monge e escritor alemão. São-lhe atribuidas cerca de 40 obras, o que o torna o maior representante da literatura devocional moderna. Um dos textos escrito por ele é o conhecido «Imitação de Cristo», obra de inegável influência no cristianismo. «Imitação de Cristo» é uma obra da literatura devocional, publicada no século XIV. É a obra mais lida no mundo cristão depois da Bíblia. O seu texto é um auxiliar à oração e às práticas devocionais pessoais. Alguns o consideram um dos maiores tratados de moral cristã. A obra é atribuida ao padre alemão Tomás de Kempis, já que, segundo o Padre Fleury, na edição brasileira da obra, dos 66 manuscritos conhecidos do texto, 60 trazem a assinatura de Tomás de Kempis, entre eles a mais respeitada cópia, conhecida como Kempense, escrita em 1441."
(Fonte: patristicabrasil.blogspot.com)
Belíssima encadernação artística inteira de pele, ricamente trabalhada nas pastas e na lombada, com corte das folhas em dourado.
Tomás de Kempis (1379 ou 1380-1471). "Também conhecido como Tomás de Kempen, Thomas Hemerken, Thomas à Kempis, ou Thomas von Kempen (Kempen, Renânia, 1379 ou 1380 - 25 de julho de 1471, mosteiro de Saint Agnetenberg, Zwolle), foi um monge e escritor alemão. São-lhe atribuidas cerca de 40 obras, o que o torna o maior representante da literatura devocional moderna. Um dos textos escrito por ele é o conhecido «Imitação de Cristo», obra de inegável influência no cristianismo. «Imitação de Cristo» é uma obra da literatura devocional, publicada no século XIV. É a obra mais lida no mundo cristão depois da Bíblia. O seu texto é um auxiliar à oração e às práticas devocionais pessoais. Alguns o consideram um dos maiores tratados de moral cristã. A obra é atribuida ao padre alemão Tomás de Kempis, já que, segundo o Padre Fleury, na edição brasileira da obra, dos 66 manuscritos conhecidos do texto, 60 trazem a assinatura de Tomás de Kempis, entre eles a mais respeitada cópia, conhecida como Kempense, escrita em 1441."
(Fonte: patristicabrasil.blogspot.com)
Belíssima encadernação artística inteira de pele, ricamente trabalhada nas pastas e na lombada, com corte das folhas em dourado.
Exemplar em bom estado de conservação.
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*KEMPIS (Tomás de),
*ROQUETE (José Inácio),
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Literatura religiosa,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Obras de Referência,
Religião
13 dezembro, 2019
CONTOS POPULARES PORTUGUESES. Selecção e Prefácio de M. Viegas Guerreiro. Lisboa, Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho : Gabinete de Etnografia, 1955. In-8.º (19 cm) de [2], 404, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Curiosa recolha de pequenos contos (66), na sua maioria de índole histórica e popular.
"Este costume de contar contos ascende a tempos muito remotos. [...]
A Europa moderna e culta só, porém, tardiamente se apercebeu da importância deste género literário. [...]
Um facto surpreendente e notável fora entretanto averiguado: Os contos repetiam-se com simples modificações de pormenor ou sem elas em outros países, vizinhos ou distantes, com a mesma ou diferente língua, de raça igual ou diversa."
(Excerto do Prefácio I, Os contos populares e a sua origem)
"Ouvir e contar contos constituiu até há bem pouco tempo um dos prazeres mais queridos do nosso povo. [...]
Este tipo de narrativa faz a sua apresentação na literatura escrita, pela primeira vez, no século XVI, pela mão de Gonçalo Fernandes Trancoso que aproveitou temas de algumas narrativas populares nos seus «Contos e história de proveito e exemplo». [...]
Dos estudos realizados se conclui que da maior parte dos contos portugueses se encontram versões em outros países e muito poucos são os que podemos considerar indiscutivelmente originais.
E surge então o problema de se saber de que maneira chegaram até nós essas narrativas comuns no todo ou em parte a quase todas as nações do mundo."
(Excerto do Prefácio II, Os contos portugueses)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
1.ª edição.
Curiosa recolha de pequenos contos (66), na sua maioria de índole histórica e popular.
"Este costume de contar contos ascende a tempos muito remotos. [...]
A Europa moderna e culta só, porém, tardiamente se apercebeu da importância deste género literário. [...]
Um facto surpreendente e notável fora entretanto averiguado: Os contos repetiam-se com simples modificações de pormenor ou sem elas em outros países, vizinhos ou distantes, com a mesma ou diferente língua, de raça igual ou diversa."
(Excerto do Prefácio I, Os contos populares e a sua origem)
"Ouvir e contar contos constituiu até há bem pouco tempo um dos prazeres mais queridos do nosso povo. [...]
Este tipo de narrativa faz a sua apresentação na literatura escrita, pela primeira vez, no século XVI, pela mão de Gonçalo Fernandes Trancoso que aproveitou temas de algumas narrativas populares nos seus «Contos e história de proveito e exemplo». [...]
Dos estudos realizados se conclui que da maior parte dos contos portugueses se encontram versões em outros países e muito poucos são os que podemos considerar indiscutivelmente originais.
E surge então o problema de se saber de que maneira chegaram até nós essas narrativas comuns no todo ou em parte a quase todas as nações do mundo."
(Excerto do Prefácio II, Os contos portugueses)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
12 dezembro, 2019
COSTA, E. A. Ramos da - IMPRESSÕES DE FRANÇA EM 1917-1918. Por... Major d'Artilharia a Pé. [Notas de serviços tecnicos coligidas em 1917-1918]. Lisboa, Composto e impresso na Tip. La Bécarre de Emilio de Moraes, 1919. In-4.º (23 cm) de 206 p. ; [13] f. il. ; [4] f. desdob. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante estudo técnico sobre o material de guerra, instalações fabris e campos de treino, em França, durante a Grande Guerra.
Muito ilustrado ao longo do texto com desenhos, fotogravuras e tabelas, e em separado com 13 estampas e 4 desdobráveis, incluindo a planta de um campo de tiro. Na contracapa está impresso: O producto liquido da venda reverterá a favor dos mutilados de guerra.
"Tendo sido nomeado em Maio de 1917 para fazer parte das fôrças expedicionárias a França, tratei de obter das autoridades militares de Lisboa uma autorização para solicitar das entidades militares francesas e inglesas e necessária permissão para poder visitar os campos de tiro, parques de aviação, fábricas metalurgicas e de explosivos, oficinas de construção e reparação de automóveis, etc.
Não conseguindo essa autorização, resolvi solicitá-la às autoridades militares do C. E. P., após a minha chegada a França.
Foram igualmente baldados todos os esforços, tendo-me sido prometido durante seis dias que amanhã me entregariam uma carta de recomendação para solicitar superiormente essas visitas quando não fizesse falta ao serviço, condição esta que eu tinha antecipadamente indicado.
O maldito e eterno amanhã, micróbio daninho que corróe as nossas organizações e que é o falso escudo para muitas nulidades fazerem valer a sua pretensa intelectualidade, transpôz as fronteiras e chegou à zona de guerra em França! [...]
Casualmente encontrando-me numa cidade do Norte de França com um antigo condiscípulo, contei-lhe pormenorizadamente o que anteriormente deixo dito a traços largos... [...]
Imediatamente se ofereceu para me apresentar a um alto diplomata português que se encontrava, por motivo de guerra, nessa cidade.
Na realidade segui com êle para casa dêsse diplomata, que me recebeu com provas de deferência e gentileza que jámais esquecerei.
Comuniquei-lhe o fim da minha visita e aquele distinto diplomata e dedicado patriota, lovando-me pela minha iniciativa, entregou-me duas cartas, com as quais me dirigiria a um quartel-general francês e a um quartel-general inglês, pondo o seu automóvel à minha disposição.
Antevendo a realização do meu desejo, parti imediatamente, apenas obtida a necessária permissão do meu chefe, solicitada pelo telefone.
Chegado ao quartel-general francês, que me tinha sido indicado, apresentei a carta a um oficial do estado-maior. Decorridos minutos era recebido pelo general comandante dessa zona de guerra.
Exposta a minha pretensão e tendo para comigo e para a nossa arma palavras de apreciação e louvor, apresentou-me uma carta da França com a situação das fábricas, polígonos, arsenais, parques de aviação, etc., solicitando-me que indicasse quais os que preferia dêsses estabelecimentos.
Hesitando na resposta, respondi que muito agradecia uma autorização para poder visitar indistintamente todas as instalações que me fôsse possível, visto não poder nêsse momento precisar qual seria a zona em que iria prestar serviço com certa permanência.
Prontamente acedeu ao meu pedido, obtendo, passadas vinte e quatro horas, uma autorização superior para poder visitar todos os polígonos, parques, fábricas metalurgicas e de explosivos existentes na zona de guerra e em toda a França, e que estivessem sob superintendência dos ministérios da guerra e das munições.
Até que conseguia a realização do meu desejo para prestar um serviço ao meu país, sem gastar um ceitil ao Estado!
Parti para o quartel-general inglês, onde igualmente fui bem recebido, obtendo uma autorização com a qual podia visitar todas as fábricas que a Inglaterra estabeleceu em França e bem assim os parques de aviação e as oficinas de reparação de auto-viaturas."
(Excerto do preâmbulo)
Indice:
Campos de tiro d'Artilharia: Campo de tiro de Hoc; Campo de tiro de Herfleur; Campo de tiro de Villedieu. | Estabelecimentos fabris: Oficinas de artilharia do Havre; Grandes oficinas do Creusot; Jazigos de hulha; Minas de ferro; Acerarias; Fabrico de material de artilharia; Vias de comunicação e aparelhos de transporte; Aparelhos de verificação; Motores e transmissões; Assistencia e protecção aos operarios. | Fabrico de ácido piprico e tutol: Ácido piprico, origem e preparação; Tutol, origem e preparação; Sensibilidade; Força explosiva; Velocidade de detonação; Pressão dos gazes desenvolvidos na explosão; Quantidade de calôr desenvolvido na explosão. | Aeroplanos francezes e inglezes: Aviação militar antes e durante a guerra; Motores de aviões; Fórmas gerais dos aviões; Fim dos aviões na guerra; Caracteristicas dos aviões francezes; Caracteristicas dos aviões inglezes. | Camiões e tractôres: Inicio da tracção mecânica e automovel; Camiões e tractôres; Especialisação de auto-viaturas; Caterpillars; Tractôr Holt; Artilharia automovel; Combustiveis. | Wagons-platafórmas: Antes de 1914; Artilharia pesada franceza e alemã; Artilharia pesada nas primeiras operações; Constituição do material d'artilharia de grande potencia; Modêlos de wagons-platafórmas; Carregamento das peças de grande potencia. | Carros d'assalto e tanks: Suas origens e primitiva organisação; Primeiros modêlos de carros de assalto; Os carros d'assalto na ofensiva de 1917; Artilharia d'assalto dos grupos de exercitos; Novo emprêgo dos carros de assalto.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas, com defeitos. Assinatura de posse vísivel na capa e f. rosto.
Muito raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
1.ª edição.
Importante estudo técnico sobre o material de guerra, instalações fabris e campos de treino, em França, durante a Grande Guerra.
Muito ilustrado ao longo do texto com desenhos, fotogravuras e tabelas, e em separado com 13 estampas e 4 desdobráveis, incluindo a planta de um campo de tiro. Na contracapa está impresso: O producto liquido da venda reverterá a favor dos mutilados de guerra.
"Tendo sido nomeado em Maio de 1917 para fazer parte das fôrças expedicionárias a França, tratei de obter das autoridades militares de Lisboa uma autorização para solicitar das entidades militares francesas e inglesas e necessária permissão para poder visitar os campos de tiro, parques de aviação, fábricas metalurgicas e de explosivos, oficinas de construção e reparação de automóveis, etc.
Não conseguindo essa autorização, resolvi solicitá-la às autoridades militares do C. E. P., após a minha chegada a França.
Foram igualmente baldados todos os esforços, tendo-me sido prometido durante seis dias que amanhã me entregariam uma carta de recomendação para solicitar superiormente essas visitas quando não fizesse falta ao serviço, condição esta que eu tinha antecipadamente indicado.
O maldito e eterno amanhã, micróbio daninho que corróe as nossas organizações e que é o falso escudo para muitas nulidades fazerem valer a sua pretensa intelectualidade, transpôz as fronteiras e chegou à zona de guerra em França! [...]
Casualmente encontrando-me numa cidade do Norte de França com um antigo condiscípulo, contei-lhe pormenorizadamente o que anteriormente deixo dito a traços largos... [...]
Imediatamente se ofereceu para me apresentar a um alto diplomata português que se encontrava, por motivo de guerra, nessa cidade.
Na realidade segui com êle para casa dêsse diplomata, que me recebeu com provas de deferência e gentileza que jámais esquecerei.
Comuniquei-lhe o fim da minha visita e aquele distinto diplomata e dedicado patriota, lovando-me pela minha iniciativa, entregou-me duas cartas, com as quais me dirigiria a um quartel-general francês e a um quartel-general inglês, pondo o seu automóvel à minha disposição.
Antevendo a realização do meu desejo, parti imediatamente, apenas obtida a necessária permissão do meu chefe, solicitada pelo telefone.
Chegado ao quartel-general francês, que me tinha sido indicado, apresentei a carta a um oficial do estado-maior. Decorridos minutos era recebido pelo general comandante dessa zona de guerra.
Exposta a minha pretensão e tendo para comigo e para a nossa arma palavras de apreciação e louvor, apresentou-me uma carta da França com a situação das fábricas, polígonos, arsenais, parques de aviação, etc., solicitando-me que indicasse quais os que preferia dêsses estabelecimentos.
Hesitando na resposta, respondi que muito agradecia uma autorização para poder visitar indistintamente todas as instalações que me fôsse possível, visto não poder nêsse momento precisar qual seria a zona em que iria prestar serviço com certa permanência.
Prontamente acedeu ao meu pedido, obtendo, passadas vinte e quatro horas, uma autorização superior para poder visitar todos os polígonos, parques, fábricas metalurgicas e de explosivos existentes na zona de guerra e em toda a França, e que estivessem sob superintendência dos ministérios da guerra e das munições.
Até que conseguia a realização do meu desejo para prestar um serviço ao meu país, sem gastar um ceitil ao Estado!
Parti para o quartel-general inglês, onde igualmente fui bem recebido, obtendo uma autorização com a qual podia visitar todas as fábricas que a Inglaterra estabeleceu em França e bem assim os parques de aviação e as oficinas de reparação de auto-viaturas."
(Excerto do preâmbulo)
Indice:
Campos de tiro d'Artilharia: Campo de tiro de Hoc; Campo de tiro de Herfleur; Campo de tiro de Villedieu. | Estabelecimentos fabris: Oficinas de artilharia do Havre; Grandes oficinas do Creusot; Jazigos de hulha; Minas de ferro; Acerarias; Fabrico de material de artilharia; Vias de comunicação e aparelhos de transporte; Aparelhos de verificação; Motores e transmissões; Assistencia e protecção aos operarios. | Fabrico de ácido piprico e tutol: Ácido piprico, origem e preparação; Tutol, origem e preparação; Sensibilidade; Força explosiva; Velocidade de detonação; Pressão dos gazes desenvolvidos na explosão; Quantidade de calôr desenvolvido na explosão. | Aeroplanos francezes e inglezes: Aviação militar antes e durante a guerra; Motores de aviões; Fórmas gerais dos aviões; Fim dos aviões na guerra; Caracteristicas dos aviões francezes; Caracteristicas dos aviões inglezes. | Camiões e tractôres: Inicio da tracção mecânica e automovel; Camiões e tractôres; Especialisação de auto-viaturas; Caterpillars; Tractôr Holt; Artilharia automovel; Combustiveis. | Wagons-platafórmas: Antes de 1914; Artilharia pesada franceza e alemã; Artilharia pesada nas primeiras operações; Constituição do material d'artilharia de grande potencia; Modêlos de wagons-platafórmas; Carregamento das peças de grande potencia. | Carros d'assalto e tanks: Suas origens e primitiva organisação; Primeiros modêlos de carros de assalto; Os carros d'assalto na ofensiva de 1917; Artilharia d'assalto dos grupos de exercitos; Novo emprêgo dos carros de assalto.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas, com defeitos. Assinatura de posse vísivel na capa e f. rosto.
Muito raro.
Com interesse histórico.
Indisponível
Etiquetas:
*COSTA (E. A. Ramos da),
1ª E D I Ç Ã O,
1ª Guerra Mundial,
Estudos militares,
Estudos técnicos,
História,
História de Portugal,
Militaria
10 dezembro, 2019
VARELA, A. e GODINHO, D. - UM PANDIGO Á DIVINA : scena comica. Por... Aprovada pelo Conservatorio Real de Lisboa. Preço 80 réis. Lisboa, Typ. Lisbonense d'Aguiar Vianna, 1864. In-8.º (20,5 cm) de 8 p. (inc. capas). A Tribuna Theatral, N.º 17
1.ª edição.
Edição original desta curiosa peça cómica com um único personagem, de nome Barros, que para financiar o vício do jogo engana uma tia endinheirada provocando uma série de mal-entendidos bem ao gosto português.
"Desgraçado esturdio, que diabo de lembrança foi essa? Não sabes que até hoje ainda não podestes conservar um relogio por oito dias? Ah! minha pobre tia! quem tivera ainda neste momento as taes cinco libras! Se eu tinha um presentimento do que havia de succeder-me. Bem não queria eu ir a casa da tal menina que dá jogatina, mas tinha agrados taes o bilhetinho que me escreveu! Era d'aquelles de matar a gente. Porem foi valente asneira, eu que tenho sido por assim dizer um pai da vida, cair em tal rede! Eu que tão bem conheço o mundo, e principalmente as mulheres!... Se tenho levado na algibeira só metade do dinheiro ainda ficava com que me divertir, porém qual! se quiz fazer de lord: joguei mesmo como um estouvado! como um parvalhão; porém aquelle meninão ganhou-me tudo, sempre a voltar o reisinho... Ali parece-me que andou moca..."
(Excerto da peça)
A. J. Pereira Varela (?-1878). Romancista e dramaturgo português. Pouco se sabe a seu respeito, a não ser a paternidade de algumas obras que constam da base de dados da BNP, sobretudo pequenas comédias teatrais. Com alguma dimensão literária importa salientar o romance social em 2 vols Os miseraveis da aristocracia (1864), o "policial" Um processo-crime (1870) e o romance histórico Um episodio do reinado de Dom João V (1874).
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas dois exemplares da 2.ª edição.
15€
1.ª edição.
Edição original desta curiosa peça cómica com um único personagem, de nome Barros, que para financiar o vício do jogo engana uma tia endinheirada provocando uma série de mal-entendidos bem ao gosto português.
"Desgraçado esturdio, que diabo de lembrança foi essa? Não sabes que até hoje ainda não podestes conservar um relogio por oito dias? Ah! minha pobre tia! quem tivera ainda neste momento as taes cinco libras! Se eu tinha um presentimento do que havia de succeder-me. Bem não queria eu ir a casa da tal menina que dá jogatina, mas tinha agrados taes o bilhetinho que me escreveu! Era d'aquelles de matar a gente. Porem foi valente asneira, eu que tenho sido por assim dizer um pai da vida, cair em tal rede! Eu que tão bem conheço o mundo, e principalmente as mulheres!... Se tenho levado na algibeira só metade do dinheiro ainda ficava com que me divertir, porém qual! se quiz fazer de lord: joguei mesmo como um estouvado! como um parvalhão; porém aquelle meninão ganhou-me tudo, sempre a voltar o reisinho... Ali parece-me que andou moca..."
(Excerto da peça)
A. J. Pereira Varela (?-1878). Romancista e dramaturgo português. Pouco se sabe a seu respeito, a não ser a paternidade de algumas obras que constam da base de dados da BNP, sobretudo pequenas comédias teatrais. Com alguma dimensão literária importa salientar o romance social em 2 vols Os miseraveis da aristocracia (1864), o "policial" Um processo-crime (1870) e o romance histórico Um episodio do reinado de Dom João V (1874).
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas dois exemplares da 2.ª edição.
15€
Etiquetas:
*VARELA (A. J. Pereira),
1ª E D I Ç Ã O,
Comédia,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Teatro
09 dezembro, 2019
NEVES, Gustavo Tedeschi Corrêa - AEROSTAÇÃO MILITAR. Extracto de uma conferencia effectuada nas salas da Revista de Artilharia em 14 de Maio de 1910. Por... Tenente de artilharia. Lisboa, Composto e impresso na Typ. La Bécarre, [1910]. In-8.º (22 cm) de 36 p. ; [1] f. desdob. ; B. Separata da Revista de Artilharia
1.ª edição.
Importante monografia sobre a Aeroestação em Portugal, publicada nos alvores da aviação nacional.
Valorizada pela dedicatória manuscrita do autor.
Livro ilustrado extratexto, em folha desdobrável, com um desenho esquemático do Balão-Papagaio : Systema "Parseval-Sigsfeld, respectiva legenda.
"São tão notaveis os progressos que a aerostação militar tem realisado ultimamente, que este serviço, que ainda ha poucos annos desempenhava um papel secundario no organismo militar, passou actualmente a ter uma importancia capital, achando-se completamente organisado em quasi todos os exercitos e sendo considerado como um poderoso instrumento de reconhecimento e um valioso maio de communicação."
(Excerto do preâmbulo)
Matérias: I - Esboço historico. II - Material aerostatico: a) Balões Livres (esphericos); b) Balões Captivos - Material francez; Material allemão; Material inglez; Fabrico do hydrogenio; c) Balões Dirigiveis. III -Organisação actual do serviço aerostatico militar - França; Allemanha; Inglaterra; Italia; Hespanha; Russia; Suissa. IV - Emprego dos balões na guerra: Guerra de campanha; Guerra de sitio - 1) No investimento; 2) Na defeza; Visibilidade; Condições de serviço; Vulnerabilidade dos balões; Tiro de infantaria; Tiro de artilharia; Telegraphia sem fio; Signaes. V - Aerostação militar em Portugal.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com sinais de humidade, visível no pé (sem afectar a mancha tipográfica), ao longo do livro.
Raro.
Com interesse histórico e aeronáutico.
A BNP dá notícia do livro, porém, com a indicação "sem informação exemplar".
Peça de colecção.
35€
1.ª edição.
Importante monografia sobre a Aeroestação em Portugal, publicada nos alvores da aviação nacional.
Valorizada pela dedicatória manuscrita do autor.
Livro ilustrado extratexto, em folha desdobrável, com um desenho esquemático do Balão-Papagaio : Systema "Parseval-Sigsfeld, respectiva legenda.
"São tão notaveis os progressos que a aerostação militar tem realisado ultimamente, que este serviço, que ainda ha poucos annos desempenhava um papel secundario no organismo militar, passou actualmente a ter uma importancia capital, achando-se completamente organisado em quasi todos os exercitos e sendo considerado como um poderoso instrumento de reconhecimento e um valioso maio de communicação."
(Excerto do preâmbulo)
Matérias: I - Esboço historico. II - Material aerostatico: a) Balões Livres (esphericos); b) Balões Captivos - Material francez; Material allemão; Material inglez; Fabrico do hydrogenio; c) Balões Dirigiveis. III -Organisação actual do serviço aerostatico militar - França; Allemanha; Inglaterra; Italia; Hespanha; Russia; Suissa. IV - Emprego dos balões na guerra: Guerra de campanha; Guerra de sitio - 1) No investimento; 2) Na defeza; Visibilidade; Condições de serviço; Vulnerabilidade dos balões; Tiro de infantaria; Tiro de artilharia; Telegraphia sem fio; Signaes. V - Aerostação militar em Portugal.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Com sinais de humidade, visível no pé (sem afectar a mancha tipográfica), ao longo do livro.
Raro.
Com interesse histórico e aeronáutico.
A BNP dá notícia do livro, porém, com a indicação "sem informação exemplar".
Peça de colecção.
35€
08 dezembro, 2019
BRITO, Rozalino Candido de Sampaio e - O MUNDO NÃO SE ENDIREITA MAS EU NÃO LARGAREI NUNCA O MUNDO. Segunda edicção precedida d'uns bons bocadinhos, e seguida d'outros ainda melhores. (Mimozissimo presente, que o comprador pode fazer a qualquer... asno, por exemplo). Porto, Typ. de Antonio José da Silva, 1873. In-8.º (18,5cm) de [2], XXIV, 24 p. ; B.
Curiosíssimo opúsculo. Apesar de se tratar da segunda edição, esta poderia ser considerada uma 1.ª edição, tão grandes são as diferenças, muito aumentada a presente, redigida com uma linguagem "terrível", conforme declara Rosalino: "talvez a mais terrivel que eu tenho escripto em toda a minha vida; mas é justa - é justissima". Assim, a primeira parte do livro (XXIV pp) é exclusivamente dedicada pelo autor à justificação da segunda edição, sendo a segunda parte preenchida com O mundo não se endireita.
Matérias:
[Primeira parte]: Por conveniencia de futuro; Franqueza d'alma; Declarações muito necessarias; Uma attenção minha para com os criticos competentes; Prologo (tornado n'uma boa lição). [Segunda parte]: O mundo não se endireita mas eu não largarei o mundo. Vermes detestaveis ou viventes perigosos.
Rosalino Cândido de Sampaio e Brito (? - 1904). "Poeta e polemista, falecido a 7 de Maio de 1904 na cidade de Lisboa, onde passou os últimos anos da sua vida, anteriormente havia residido no Porto até cerca de 1868 e, em seguida, em Coimbra, cidade na qual terá permanecido nas duas décadas seguintes e à qual ficou intimamente associado em virtude da enorme popularidade que aí adquiriu pela sua actividade nas letras ou pelas suas “extravagâncias literárias”, como melhor esclarece Cardoso Marta numa das suas anotações à obra Cartas de Camilo Castelo Branco (1918).
Embora não estando matriculado em qualquer instituição de ensino em Coimbra, onde terá apenas frequentado uma aula regida por Manso Preto a quem, num episódio que ficou célebre em toda a academia, chegou a pedir dispensa em verso por não ter estudado a lição, aí conviveu com inúmeros académicos e ficou na memória de várias gerações, incluindo alguns autores como Trindade Coelho, Brito Camacho, Sá de Albergaria, Mário Monteiro e António Cabral, que o mencionam nas suas obras, qualificando-o como um filósofo, humanitarista, precursor do nefelibatismo ou como um louco.
Publicando grande parte da sua obra na cidade de Coimbra, incluindo o jornal filosófico Luz da Razão, do qual foi o único redactor e que se imprimiu no Porto entre 1867 e 1868 e, em seguida, em Coimbra, onde obteve grande popularidade, a sua vasta produção literária, exceptuando o romance A observação e o homem orgulhoso (1876), é composta sobretudo por inúmeros opúsculos que ele próprio vendia, marcados por um tom inflamado e uma predilecção pelo grotesco.
Cultivando essencialmente a escrita poética e a prosa ensaística, fórmulas que por vezes integrou na mesma obra, da sua produção enquanto poeta conhecem-se, entre outras, as publicações O jovem ancião (1875), Camões: homenagem aos antigos heróis portugueses e sobre todos ao seu divino cantor Luís de Camões (1880), O legendário misterioso (1881), Uns pontos nos is à minha moda constituídos sempre (18--), Uns santos do céu: em verso (e prosa) amaldiçoados por um diabo da terra (1883), Espontaneamente vestir a pele do lobo e arranjar lenha para as suas costas ou quid pro quo em sonetos (1887), Cupido e Baco na rua do Ouro em dia de S. Martinho (1887) e Um sonetão, sim, capitão (1890).
Além destas obras, foi ainda autor dos opúsculos de carácter polémico ou filosófico O que é uma tourada perante a civilização (1870), O número terrível da luz da razão (1874), A pobreza e a mendicidade humana: remédio para aquela e a extinção absoluta de esta (1877), Processo académico oferecido aos estudantes: consagrado ao riso e dedicado ao Conselho de Decanos de todas as faculdades no outro mundo (1878), Discurso: para ser recitado no sarau literário à memória de Camões pelos estudantes de 1881 (1881), A carta (as touradas) do Ex.mo Sr. Dr. Luís de Magalhães e a resposta de Rosalino Cândido de Sampaio e Brito (1888), Algumas sandices de Rosalino Cândido de Sampaio e Brito consagradas ao Sr. Emídio Navarro: não como ministro das obras públicas, mas sim como redactor-proprietário do jornal As Novidades (1888) e Um petisco! Um petisquinho! A novidade agora! Ou melhor Emídio Navarro com Rosalino Cândido de Sampaio e Brito não é tarea é um petisquinho, só um petisquinho! (1889)."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=34&Itemid=122)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
35€
Curiosíssimo opúsculo. Apesar de se tratar da segunda edição, esta poderia ser considerada uma 1.ª edição, tão grandes são as diferenças, muito aumentada a presente, redigida com uma linguagem "terrível", conforme declara Rosalino: "talvez a mais terrivel que eu tenho escripto em toda a minha vida; mas é justa - é justissima". Assim, a primeira parte do livro (XXIV pp) é exclusivamente dedicada pelo autor à justificação da segunda edição, sendo a segunda parte preenchida com O mundo não se endireita.
Matérias:
[Primeira parte]: Por conveniencia de futuro; Franqueza d'alma; Declarações muito necessarias; Uma attenção minha para com os criticos competentes; Prologo (tornado n'uma boa lição). [Segunda parte]: O mundo não se endireita mas eu não largarei o mundo. Vermes detestaveis ou viventes perigosos.
Rosalino Cândido de Sampaio e Brito (? - 1904). "Poeta e polemista, falecido a 7 de Maio de 1904 na cidade de Lisboa, onde passou os últimos anos da sua vida, anteriormente havia residido no Porto até cerca de 1868 e, em seguida, em Coimbra, cidade na qual terá permanecido nas duas décadas seguintes e à qual ficou intimamente associado em virtude da enorme popularidade que aí adquiriu pela sua actividade nas letras ou pelas suas “extravagâncias literárias”, como melhor esclarece Cardoso Marta numa das suas anotações à obra Cartas de Camilo Castelo Branco (1918).
Embora não estando matriculado em qualquer instituição de ensino em Coimbra, onde terá apenas frequentado uma aula regida por Manso Preto a quem, num episódio que ficou célebre em toda a academia, chegou a pedir dispensa em verso por não ter estudado a lição, aí conviveu com inúmeros académicos e ficou na memória de várias gerações, incluindo alguns autores como Trindade Coelho, Brito Camacho, Sá de Albergaria, Mário Monteiro e António Cabral, que o mencionam nas suas obras, qualificando-o como um filósofo, humanitarista, precursor do nefelibatismo ou como um louco.
Publicando grande parte da sua obra na cidade de Coimbra, incluindo o jornal filosófico Luz da Razão, do qual foi o único redactor e que se imprimiu no Porto entre 1867 e 1868 e, em seguida, em Coimbra, onde obteve grande popularidade, a sua vasta produção literária, exceptuando o romance A observação e o homem orgulhoso (1876), é composta sobretudo por inúmeros opúsculos que ele próprio vendia, marcados por um tom inflamado e uma predilecção pelo grotesco.
Cultivando essencialmente a escrita poética e a prosa ensaística, fórmulas que por vezes integrou na mesma obra, da sua produção enquanto poeta conhecem-se, entre outras, as publicações O jovem ancião (1875), Camões: homenagem aos antigos heróis portugueses e sobre todos ao seu divino cantor Luís de Camões (1880), O legendário misterioso (1881), Uns pontos nos is à minha moda constituídos sempre (18--), Uns santos do céu: em verso (e prosa) amaldiçoados por um diabo da terra (1883), Espontaneamente vestir a pele do lobo e arranjar lenha para as suas costas ou quid pro quo em sonetos (1887), Cupido e Baco na rua do Ouro em dia de S. Martinho (1887) e Um sonetão, sim, capitão (1890).
Além destas obras, foi ainda autor dos opúsculos de carácter polémico ou filosófico O que é uma tourada perante a civilização (1870), O número terrível da luz da razão (1874), A pobreza e a mendicidade humana: remédio para aquela e a extinção absoluta de esta (1877), Processo académico oferecido aos estudantes: consagrado ao riso e dedicado ao Conselho de Decanos de todas as faculdades no outro mundo (1878), Discurso: para ser recitado no sarau literário à memória de Camões pelos estudantes de 1881 (1881), A carta (as touradas) do Ex.mo Sr. Dr. Luís de Magalhães e a resposta de Rosalino Cândido de Sampaio e Brito (1888), Algumas sandices de Rosalino Cândido de Sampaio e Brito consagradas ao Sr. Emídio Navarro: não como ministro das obras públicas, mas sim como redactor-proprietário do jornal As Novidades (1888) e Um petisco! Um petisquinho! A novidade agora! Ou melhor Emídio Navarro com Rosalino Cândido de Sampaio e Brito não é tarea é um petisquinho, só um petisquinho! (1889)."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=34&Itemid=122)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
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*BRITO (Rosalino Cândido de Sampaio e),
Coimbra,
Curiosidades,
Humor,
Livros antigos,
Livros séc. XIX,
Sátira,
Universidade de Coimbra
07 dezembro, 2019
BOAVIDA, João José - DA INFINIDADE. Ensaio sobre a essência da natureza infinita ou análise dos limites possíveis
à consciência. Dissertação de Licenciatura em Filosofia apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Coimbra, [s.n.], 1970. In-8.º (22 cm) de [4], V, [1], 630, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Tese de licenciatura, policopiada, do Prof. João Boavida, prestigiado docente da Universidade de Coimbra. A Biblioteca Nacional não tem registo desta obra na sua base de dados, julgamos mesmo que nunca terá sido publicada.
"Ao apresentar este ensaio como tese de licenciatura, sinto desde logo necessidade de esclarecer que, contràriamente ao que talvez se possa supôr, ele não ver armado de vãs e fantasiosas pretensões. Muito pelo contrário. Não se procurou pois, de modo algum, construir uma ontologia (!) ou apresentar mais uma visão pessoal do mundo, uma "filosofia", ou qualquer forma de teorização acabada, pretensiosa e formal. Tenho felizmente o sentido crítico necessário para ver que isso seria estulto de um ponto de vista filosófico, além de ridículo, psicològicamente. Não pois como uma obra definitiva e convicta, mas antes como um exercício, na tentativa de encontrar uma coerência interna, como capacidade que se ensaia e que se experimenta, se exercita, como tentativa de criação, ao mesmo tempo que actividade metódica de análise, ordenação e síntese, ou incessante tentativa dela, eu veementemente peço que ele seja apreciado. Exercício de dedução e relacionação sobre ideias que ao longo de anos se foram desenvolvendo e relacionando, confirmadas (ou não) por algumas leituras, e muita reflexão própria, segundo aquela actividade metódica fundamental, admiràvelmente ensinada e tão indispensável a todo o principiante."
(Excerto do Prólogo)
Indice:
Prólogo. | I PARTE. CAPÍTULO I - A FILOSOFIA COMO PROCESSO DINÂMICO DE CONCEPÇÃO DE UMA TOTALIDADE INTEGRADORA. § 1 - Do Movimento Originário. § 2 - Da Intuição De Um Limite De Possibilidade. § 3 - Da Confluência Ontológica Como Caminho. § 4 - Da Problemática De Um Todo Como Fundamentação. § 5 -Dos Prévios Caminhos Para O Ser. § 6 - Da Filosofia Como Fundamentação. CAPÍTULO II - A METAFÍSICA POSSÍVEL E O SEU ILIMITE CONSTITUTIVO. § 7 - O Fenómeno Como Forma De Transcendência. § 8 - A Prévia Construção Do Real. § 9 - A Realização Do Previamente Dado Como Possível. § 10 - A Possível Metafísica. § 11 - Do Esquematismo Vertical Originário E Da Metafísica Como Processo Constitutivo. § 12 - Da Originalidade Entre Tempo - Espaço, E Movimento. II PARTE. CAPÍTULO I - AS FORMAS DE MOVIMENTO E A CONSTITUIÇÃO PROCESSUAL DO SER. § 13 - Da Mutabilidade Fundamental. § 14 - O Movimento Como Resultante Da Emergência De Um Horizonte. § 15 - Da Consideração Prévia Das Formas Do Movimento. § 16 - Da Enumeração E Explicação Das Cinco Formas De Movimento. § 17 - As Duas Formas Do Movimento Real. § - 18 - Da Relação Entre As Formas De Tempo E Espaço E As Formas De Movimento. § 19 - A Pré-percepção Como Movimento No Seio De Outro Movimento. § 20 - Da Originária Concepção Da Inter-subjectividade. § 21 - Dos Elementos Constitutivos Do Movimento. § 22 - Do Tempo E Do Espaço Da Pré-percepção. § 23 - Da Pré-percepção Possível, Ao Subfenómeno. § 24 - A Pré-percepção E A Sua Integração No Ser. § 25 - Da Imaginação Como Abertura Para O Ser. CAPÍTULO II - DOS ELEMENTOS DO MOVIMENTO ORIGINÁRIO À CONCEPÇÃO DO ESPAÇO PURO. § 26 - O Movimento E O Englobante. § 27 - Os Três Elementos E As Formas De Movimento. § 28 - As Partes Da Percepção Como Elementos De Dinâmica. § 29 - Da Básica Relação Englobante - Englobado. § 30 - A Relação Englobante - Englobado Como Constitutiva Do Ser. § 31 - O Tempo E O Espaço Correlativos Aos Quarto E Quinto Movimentos. § 32 - Do Específico Estatuto Do Subfenómeno. § 33 - Heterogeneidade Do Espaço E Homogeneidade Do Tempo, Do Fenómeno E Subfenómeno. § 34 - Do Possível Espaço Puro. III PARTE - III PARTE. CAPÍTULO I - DA REDUÇÃO COMO CONCEPÇÃO DE ORIGEM, AO DINAMISMO INTEGRAL COMO DIALECTICA ENTRE FINITO E INFINITO. § 35 - Da Impenetrabilidade E Suas Implicações. € 36 - Da Simultaneidade. § 37 - Da Indeterminação Originária. § 38 - O Carácter Metódico Da Indeterminação Originária. § 39 - Esboço Do Dilema Fundamental. § 40 - Do Dilema Como Dinamismo Do Todo. § 41 - O Limite Da Abstracção E O Sentido Da Origem. § 42 - Da Co-relação Fundamental Finito-Infinito. CAPÍTULO II - A CONTINUA TENTATIVA DE SUPERAÇÃO DAS FORMAS E A ETERNA SUBMISSÃO AO SER. § 43 - A Memória E A Imaginação Como Dinamos Do Ser. § 44 - A Imaginação Como Projecção De Explícitas Formas De Ser. § 45 - Do Ser E Do Não-Ser. § 46 - Do Possível E Sua Constituição. § 47 - O Conluio Fundamental Do Ser. CAPÍTULO III - CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESSÊNCIA COMO FORMA FUNDAMENTAL DE COMPREENSÃO DOS SERES INDIVIDUAIS. § 48 - Da Essência Individual. § 49 - Da Esfera Prévia De Toda A Forma de Ser. § 50 - Do Movimento De Essência. § 51 - O Domínio Essencial. § 52 - Da Essência Como Universal. CAPÍTULO IV - DA PREVISIBILIDADE COMO TENSÃO TEMPORAL À INTUIÇÃO DA UNIDADE INFINITA. § 53 - A Consciência Infinita Possível. § 54 - A Essência E A História, § 55 - Da Multiplicidade Do Ser Histórico À Intuição Duma Consciência Correlativa. § 56 - Novas Deduções Sobre A Essência E A História. § 57 - A Natureza Específica Da Esfera. § 58 - A Esfera E A Sequência Transfenoménica. CAPÍTULO V - O SER COMO PROJECTO E A PROBLEMÁTICA DA PRIMEIRA CONSCIÊNCIA. § 59 - Da Imprevisibilidade Histórica E Da Concepção Teórica Do Ser E Da Essência. § 60 - Da Previsibilidade Da Essência À Constituição Ilimitada, Passando Pela Imprevisibilidade Histórica. § 61 - O Possível Como Abertura Trans-temporal Do Ser. § 62 - O Ser Como Projecção E O Sentido Da Infinidade. § 63 - Do Ser Fenoménico E Do Ser Material. § 64 - Da Problemática Da Primeira Consciência Perante O Primeiro Objecto. IV PARTE. CAPÍTULO I - INDIVIDUO E TENSÃO ESPÁCIO-TEMPORAL DE INFINIDADE. § 65 - A Perda Do Sentido Objectivo E A Referência A Objecto. § 66 - O Conceito De Indivíduo E A Abertura Ao Movimento. § 67 - Do Transfenómeno À Unidade De Tensão Temporal Como Superação. § 68 - Do Estatuto Do Transfenómeno À Esfera Como Unidade Mental. § 69 - Da Infinidade Dos Pontos De Partida, Ao Limite Como Domínio Constante. CAPÍTULO II - O UNIVERSO TEÓRICO DA INFINIDADE. § 70 - A Prévia Concepção Da Consciência Correlativa Da História. § 71 - Da Consciência Como Explicitadora De Ser, À História Como Domínio Da Contingência. § 72 - O Problema Fundamental Da Infinidade. § 73 - Da Interferência Concreta Dos Universos Teóricos. § 74 - Análise Dos Moldes Em Que Se Dá A Mudança. CAPÍTULO III - A NATUREZA DO PONTO ENQUANTO ELEMENTO DA DINÂMICA CONSTITUTIVA. § 75 - O Ponto Mínimo Ou Parte E A Sua Natureza Teórica. § 76 - A Mobilidade Subjectiva Do Ponto Dimensional. § 77 - O Carácter Momentâneo Do Ponto Dimensional. § 78 - Os Pontos Como Abstracção E Os Sentidos Da Origem E Do Fim. § 79 - A Infinidade Dinâmica Entre Os Limites. § 80 - Novas Deduções Sobre O Movimento Entre Pontos.
João José dos Santos Matos Boavida. Professor catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Nasceu em Alpedrinha (Beira Baixa), localidade a que sempre se manteve ligado, por tradição familiar, e memória afectiva da paisagem e das gentes. Fez o primeiro e o segundo ciclo dos Liceus em Castelo Branco, tendo concluído os estudos secundários no Liceu Normal D. João III, em Coimbra. Em 1963 ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, para frequentar o curso de Filosofia, que terminou em 1968, tendo defendido a tese de licenciatura [Da Infinidade] em 1970, com a distinta classificação de 17 valores. [...] Em 1989, apresenta o doutoramento, com a tese intitulada Filosofia - do ser e do ensinar, publicada em 1991. [...]
Para o ensaio Da Infinidade, o então licenciando colocava-se numa perspectiva transcendental de indagação gnoseológica, que na discursividade do seu ensaio acaba por se transmutar numa perspectiva ontológica. Partindo do princípio de que cada homem se encontra nas condições do primeiro filósofo e com a missão de analisar o mundo com as virtualidades que esse mundo encerra, Boavida implicita que todas as perspectivas sob as quais esse mundo aparece implicam um movimento no sujeito; cada perspectiva é uma forma de aparecer, é um fenómeno, no sentido daquilo que aparece na minha consciência cognoscente."
(Fonte: SANCHES, Maria Formosinho, Professor Doutor João José Matos Boavida: Perspectiva(s) sobre uma obra, Revista Portuguesa de Pedagogia, Extra-Série, 2011, 15-25)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
50€
1.ª edição.
Tese de licenciatura, policopiada, do Prof. João Boavida, prestigiado docente da Universidade de Coimbra. A Biblioteca Nacional não tem registo desta obra na sua base de dados, julgamos mesmo que nunca terá sido publicada.
"Ao apresentar este ensaio como tese de licenciatura, sinto desde logo necessidade de esclarecer que, contràriamente ao que talvez se possa supôr, ele não ver armado de vãs e fantasiosas pretensões. Muito pelo contrário. Não se procurou pois, de modo algum, construir uma ontologia (!) ou apresentar mais uma visão pessoal do mundo, uma "filosofia", ou qualquer forma de teorização acabada, pretensiosa e formal. Tenho felizmente o sentido crítico necessário para ver que isso seria estulto de um ponto de vista filosófico, além de ridículo, psicològicamente. Não pois como uma obra definitiva e convicta, mas antes como um exercício, na tentativa de encontrar uma coerência interna, como capacidade que se ensaia e que se experimenta, se exercita, como tentativa de criação, ao mesmo tempo que actividade metódica de análise, ordenação e síntese, ou incessante tentativa dela, eu veementemente peço que ele seja apreciado. Exercício de dedução e relacionação sobre ideias que ao longo de anos se foram desenvolvendo e relacionando, confirmadas (ou não) por algumas leituras, e muita reflexão própria, segundo aquela actividade metódica fundamental, admiràvelmente ensinada e tão indispensável a todo o principiante."
(Excerto do Prólogo)
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Prólogo. | I PARTE. CAPÍTULO I - A FILOSOFIA COMO PROCESSO DINÂMICO DE CONCEPÇÃO DE UMA TOTALIDADE INTEGRADORA. § 1 - Do Movimento Originário. § 2 - Da Intuição De Um Limite De Possibilidade. § 3 - Da Confluência Ontológica Como Caminho. § 4 - Da Problemática De Um Todo Como Fundamentação. § 5 -Dos Prévios Caminhos Para O Ser. § 6 - Da Filosofia Como Fundamentação. CAPÍTULO II - A METAFÍSICA POSSÍVEL E O SEU ILIMITE CONSTITUTIVO. § 7 - O Fenómeno Como Forma De Transcendência. § 8 - A Prévia Construção Do Real. § 9 - A Realização Do Previamente Dado Como Possível. § 10 - A Possível Metafísica. § 11 - Do Esquematismo Vertical Originário E Da Metafísica Como Processo Constitutivo. § 12 - Da Originalidade Entre Tempo - Espaço, E Movimento. II PARTE. CAPÍTULO I - AS FORMAS DE MOVIMENTO E A CONSTITUIÇÃO PROCESSUAL DO SER. § 13 - Da Mutabilidade Fundamental. § 14 - O Movimento Como Resultante Da Emergência De Um Horizonte. § 15 - Da Consideração Prévia Das Formas Do Movimento. § 16 - Da Enumeração E Explicação Das Cinco Formas De Movimento. § 17 - As Duas Formas Do Movimento Real. § - 18 - Da Relação Entre As Formas De Tempo E Espaço E As Formas De Movimento. § 19 - A Pré-percepção Como Movimento No Seio De Outro Movimento. § 20 - Da Originária Concepção Da Inter-subjectividade. § 21 - Dos Elementos Constitutivos Do Movimento. § 22 - Do Tempo E Do Espaço Da Pré-percepção. § 23 - Da Pré-percepção Possível, Ao Subfenómeno. § 24 - A Pré-percepção E A Sua Integração No Ser. § 25 - Da Imaginação Como Abertura Para O Ser. CAPÍTULO II - DOS ELEMENTOS DO MOVIMENTO ORIGINÁRIO À CONCEPÇÃO DO ESPAÇO PURO. § 26 - O Movimento E O Englobante. § 27 - Os Três Elementos E As Formas De Movimento. § 28 - As Partes Da Percepção Como Elementos De Dinâmica. § 29 - Da Básica Relação Englobante - Englobado. § 30 - A Relação Englobante - Englobado Como Constitutiva Do Ser. § 31 - O Tempo E O Espaço Correlativos Aos Quarto E Quinto Movimentos. § 32 - Do Específico Estatuto Do Subfenómeno. § 33 - Heterogeneidade Do Espaço E Homogeneidade Do Tempo, Do Fenómeno E Subfenómeno. § 34 - Do Possível Espaço Puro. III PARTE - III PARTE. CAPÍTULO I - DA REDUÇÃO COMO CONCEPÇÃO DE ORIGEM, AO DINAMISMO INTEGRAL COMO DIALECTICA ENTRE FINITO E INFINITO. § 35 - Da Impenetrabilidade E Suas Implicações. € 36 - Da Simultaneidade. § 37 - Da Indeterminação Originária. § 38 - O Carácter Metódico Da Indeterminação Originária. § 39 - Esboço Do Dilema Fundamental. § 40 - Do Dilema Como Dinamismo Do Todo. § 41 - O Limite Da Abstracção E O Sentido Da Origem. § 42 - Da Co-relação Fundamental Finito-Infinito. CAPÍTULO II - A CONTINUA TENTATIVA DE SUPERAÇÃO DAS FORMAS E A ETERNA SUBMISSÃO AO SER. § 43 - A Memória E A Imaginação Como Dinamos Do Ser. § 44 - A Imaginação Como Projecção De Explícitas Formas De Ser. § 45 - Do Ser E Do Não-Ser. § 46 - Do Possível E Sua Constituição. § 47 - O Conluio Fundamental Do Ser. CAPÍTULO III - CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESSÊNCIA COMO FORMA FUNDAMENTAL DE COMPREENSÃO DOS SERES INDIVIDUAIS. § 48 - Da Essência Individual. § 49 - Da Esfera Prévia De Toda A Forma de Ser. § 50 - Do Movimento De Essência. § 51 - O Domínio Essencial. § 52 - Da Essência Como Universal. CAPÍTULO IV - DA PREVISIBILIDADE COMO TENSÃO TEMPORAL À INTUIÇÃO DA UNIDADE INFINITA. § 53 - A Consciência Infinita Possível. § 54 - A Essência E A História, § 55 - Da Multiplicidade Do Ser Histórico À Intuição Duma Consciência Correlativa. § 56 - Novas Deduções Sobre A Essência E A História. § 57 - A Natureza Específica Da Esfera. § 58 - A Esfera E A Sequência Transfenoménica. CAPÍTULO V - O SER COMO PROJECTO E A PROBLEMÁTICA DA PRIMEIRA CONSCIÊNCIA. § 59 - Da Imprevisibilidade Histórica E Da Concepção Teórica Do Ser E Da Essência. § 60 - Da Previsibilidade Da Essência À Constituição Ilimitada, Passando Pela Imprevisibilidade Histórica. § 61 - O Possível Como Abertura Trans-temporal Do Ser. § 62 - O Ser Como Projecção E O Sentido Da Infinidade. § 63 - Do Ser Fenoménico E Do Ser Material. § 64 - Da Problemática Da Primeira Consciência Perante O Primeiro Objecto. IV PARTE. CAPÍTULO I - INDIVIDUO E TENSÃO ESPÁCIO-TEMPORAL DE INFINIDADE. § 65 - A Perda Do Sentido Objectivo E A Referência A Objecto. § 66 - O Conceito De Indivíduo E A Abertura Ao Movimento. § 67 - Do Transfenómeno À Unidade De Tensão Temporal Como Superação. § 68 - Do Estatuto Do Transfenómeno À Esfera Como Unidade Mental. § 69 - Da Infinidade Dos Pontos De Partida, Ao Limite Como Domínio Constante. CAPÍTULO II - O UNIVERSO TEÓRICO DA INFINIDADE. § 70 - A Prévia Concepção Da Consciência Correlativa Da História. § 71 - Da Consciência Como Explicitadora De Ser, À História Como Domínio Da Contingência. § 72 - O Problema Fundamental Da Infinidade. § 73 - Da Interferência Concreta Dos Universos Teóricos. § 74 - Análise Dos Moldes Em Que Se Dá A Mudança. CAPÍTULO III - A NATUREZA DO PONTO ENQUANTO ELEMENTO DA DINÂMICA CONSTITUTIVA. § 75 - O Ponto Mínimo Ou Parte E A Sua Natureza Teórica. § 76 - A Mobilidade Subjectiva Do Ponto Dimensional. § 77 - O Carácter Momentâneo Do Ponto Dimensional. § 78 - Os Pontos Como Abstracção E Os Sentidos Da Origem E Do Fim. § 79 - A Infinidade Dinâmica Entre Os Limites. § 80 - Novas Deduções Sobre O Movimento Entre Pontos.
João José dos Santos Matos Boavida. Professor catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Nasceu em Alpedrinha (Beira Baixa), localidade a que sempre se manteve ligado, por tradição familiar, e memória afectiva da paisagem e das gentes. Fez o primeiro e o segundo ciclo dos Liceus em Castelo Branco, tendo concluído os estudos secundários no Liceu Normal D. João III, em Coimbra. Em 1963 ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, para frequentar o curso de Filosofia, que terminou em 1968, tendo defendido a tese de licenciatura [Da Infinidade] em 1970, com a distinta classificação de 17 valores. [...] Em 1989, apresenta o doutoramento, com a tese intitulada Filosofia - do ser e do ensinar, publicada em 1991. [...]
Para o ensaio Da Infinidade, o então licenciando colocava-se numa perspectiva transcendental de indagação gnoseológica, que na discursividade do seu ensaio acaba por se transmutar numa perspectiva ontológica. Partindo do princípio de que cada homem se encontra nas condições do primeiro filósofo e com a missão de analisar o mundo com as virtualidades que esse mundo encerra, Boavida implicita que todas as perspectivas sob as quais esse mundo aparece implicam um movimento no sujeito; cada perspectiva é uma forma de aparecer, é um fenómeno, no sentido daquilo que aparece na minha consciência cognoscente."
(Fonte: SANCHES, Maria Formosinho, Professor Doutor João José Matos Boavida: Perspectiva(s) sobre uma obra, Revista Portuguesa de Pedagogia, Extra-Série, 2011, 15-25)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito raro.
Sem registo na BNP.
50€
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