RAMOS, Graciliano - VIDAS SECCAS : romance. Capa de Santa Rosa. Rio, Livraria José Olympio Editora, 1938. In-8.º (18cm) de 197, [3] p. ; E.
1.ª edição.
Vidas Secas é talvez a obra mais famosa de Graciliano Ramos e, justamente, uma das mais apreciadas.
De
acordo com Hélio Pólvora, Vidas Secas é um "romance escamoteável, à
guisa de The Unvanquished e Go Down, Moses, de William Faulkner: podem
ser desmontados em forma de contos ligados por débil fio condutor e no
entanto autônomos entre si".
"Na
planicie avermelhada os joazeiros alargavam duas manchas verdes. Os
infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cançados e famintos.
Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na
areia do rio secco, a viagem progredira bastante tres leguas. Fazia
horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos joazeiros appareceu
longe, atravez dos galhos pelados da catinga rala.
Arrastaram-se
para lá, devagar, sinha Victoria com o filho mais novo escanchado no
quarto e o bahu de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aiol a
tiracollo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda
de pederneira no hombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam
atraz."
(excerto do capítulo inicial, Mudança)
Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 1892 - Rio de
Janeiro, 1953). “Escritor, memorialista, crítico e jornalista, viveu, entre
1892 e 1910, acompanhando a família em diferentes cidades de Pernambuco e
Alagoas, fixando-se finalmente em Palmeira dos Índios, cidade que será o
cenário de Caetés, seu primeiro romance escrito entre 1925 e 1926. Como
jornalista, atuou no Rio de Janeiro em 1914 e, a partir de 1915, em Alagoas.
Exerceu diversas atividades políticas, como a de prefeito em Palmeira dos
Índios em 1928 e a de diretor da Imprensa Oficial de Alagoas até 1931. Atuou na
área da educação como professor e diretor da Instrução Pública de Alagoas de
1932 a 1936 quando, por motivos políticos, foi demitido e preso, sendo enviado
a Pernambuco e, posteriormente, ao Rio de Janeiro. Filiou-se ao Partido
Comunista Brasileiro em 1945. Presidiu a Associação Brasileira de Escritores
por duas gestões consecutivas, a partir de 1951, ano em que também realizou o
IV Congresso Brasileiro de Escritores, em Porto Alegre. Escreveu obras
literárias fundamentais na literatura brasileira, destacando-se Vidas Secas, Memórias do Cárcere e Angústia. Suas obras foram traduzidas para 24 idiomas e publicadas em mais de trinta
países."
(fonte: www.ieb.usp.br)
Encadernação em tela com ferros gravados a seco e a verde na lombada. Conserva as capas originais.
Exemplar em bom estado de conservação. Rubrica de posse na f. anterrosto.
(fonte: www.ieb.usp.br)
Encadernação em tela com ferros gravados a seco e a verde na lombada. Conserva as capas originais.
Exemplar em bom estado de conservação. Rubrica de posse na f. anterrosto.
Raro.
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