1.ª edição.
Bonita biografia de Soares dos Reis, por muitos considerados, o mais importante escultor português contemporâneo. Impressa em papel de qualidade superior, e muito ilustrada com retratos do artista e múltiplas reproduções de trabalhos seus.
"É suficientemente conhecida a história do desabrochar para a Arte, na vida de Soares dos Reis. Pelo seu pitoresco, ainda que o caso seja vulgar em tantos artistas, tomou essa história o aspecto de lenda. [...]
O miúdo, filho de tendeiro, mal tendo tido tempo para estudos das primeiras letras, dava-se à maluquice de fazer bonecos em barro e santos de pau, nos intervalos do aviamento da freguesia da tenda do pai, onde era marçano. Dêsse jeito a vizinhança era sabedora e apreciadora. E não faltou quem o aplaudisse e interviesse para que o rapazelho tirasse o curso das Belas-Artes, no Pôrto.
O pai do mocinho, porém, precisava dêle e tinha em fraca conta essas habilidades. Não e não!, deixassem-se de coisas, porque o rapaz era seu e não o queria para valdevinices de malas-artes!"
Diogo de Macedo (1889-1959). “Escultor, crítico e
historiador de arte português nascido a 22 de novembro de 1889, em Vila Nova de
Gaia, e falecido a 19 de fevereiro de 1959, em Lisboa. Fez o curso da Academia
Portuense de Belas-Artes, onde foi discípulo de Teixeira Lopes, e, entre 1911 e
1926, passou várias temporadas em Paris, na França, tendo frequentado o atelier
do escultor Antoine Bourdelle. A partir de 1926, instalou-se definitivamente no
Porto, onde, entre 1927 e 1932, no seu estúdio, esculpiu os bustos de Antero de
Quental, Sara Afonso, António Boto e Mário Eloy. Mais tarde, entre 1940 e 1942,
fez as estátuas para a Fonte Monumental da Alameda, em Lisboa. A obra de Macedo
passou pelos géneros modernista, expressionista, bourdeliano, clássico e
naturalista. Este artista foi também ilustrador de diversas publicações,
nomeadamente as revistas Contemporânea e Ocidente e o Jornal Diário
de Lisboa. Em 1944, foi nomeado diretor do Museu Nacional de Arte
Contemporânea, cargo que exerceu até à data da sua morte.”
(in infopedia.pt)Encadernação editorial inteira de tela com título e autor gravados a seco e a verde na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
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