31 janeiro, 2015

HOMENAGEM AO PROF. DOUTOR LUÍS CABRAL MONCADA NA SUA JUBILAÇÃO UNIVERSITÁRIA. Coimbra, Universidade de Coimbra : Faculdade de Direito, 1958. In-4º (27cm) de 34 p. ; B. Separata do Boletim da Faculdade de Direito, vol. XXXIV
“No dia 19 de Outubro de 1958, deixou oficialmente a cátedra e a direcção da Faculdade de Direito, por virtude da lei do limite de idade, o doutor Luís Cabral Moncada, ilustre director da Comissão Redactora deste Boletim e mestre da rara projecção tanto entre nós como no Estrangeiro.
A Faculdade não quis deixar de prestar ao professor que com tanto aprumo a serviu durante quase 40 anos uma expressiva homenagem, aproveitando, para o efeito, o ensejo da aula inaugural, no novo ano lectivo, da cadeira de Filosofia do Direito, que o doutor Cabral Moncada restaurou em 1936-1937 e ininterruptamente regeu até hoje, e que agora ficou confiada, por deliberação do Conselho Escolar, ao seu discípulo doutor Afonso Rodrigues Queiró.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. 
Invulgar.
10€

30 janeiro, 2015

SERPA, J. J. – ARTE DE APRENDER A NADAR FÓRA D’AGUA SEM MESTRE (Com 5 estampas). Processo novo de P. Brisset. Por… Lisboa, Typographia da Parceria Antonio Maria Pereira, 1905. In-8º (17,5cm) de 39, [1] p. ; il. ; B. 
1.ª edição.
Ilustrada com desenhos exemplificativos no texto.
“Quando vemos hoje, entre nós, empregar tantas e tão desveladas diligencias na implantação e aperfeiçoamento de todas as manifestações físicas, que mais ou menos se relacionam com a gymnastica, exageradas algumas, até ao perigo da deformação, impossibilidade de trabalhar, e risco de vida, como os espectaculosos jogos de trapezios, e outros, com a morte sempre deante dos olhos; quando é certo, que não poucos sacrificios de dinheiro se fazem, para estabelecer nos pontos mais tormentosos das nossas costas custosos aparelhos de barcos e utensilios salva-vidas, com que os nossos valentes maritimos tantas vezes nos dão exuberantes provas de heroismo e acendrado amor do próximo; quando tudo isto se faz, com uma febre crescente de exhibição, de sport, que toca as raias de desagregamento, devendo, pelo contrario, circumscrever-se á prudencia sisthematica de robustecer e, gradualmente, preparar o homem para as luctas da vida, - mens sana in corpore sano – muito nos espanta que, só de longe em longe, de anno e vez, se pense, e ainda bem mediocremente, na importantissima Arte de Natação.”
(excerto do preâmbulo)
Matérias:
- Exposição do methodo. – Theoria dos movimentos. – Na agua. – Theoria da natação. – Varios exercícios. – Conselhos. – Soccorros a naufragos. – Cuidados com o naufrago.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro e muito curioso.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível

29 janeiro, 2015

GAMA, Arnaldo - O BALIO DE LEÇA (lenda do seculo XIV). Por... Lisboa, Typographia de Antonio Jose da Silva Teixeira, 1872. In-8.º de 231 p. ; E.
1.ª edição.
Romance histórico.
Arnaldo de Sousa Dantas da Gama (1828-1869). Natural do Porto. "Formou-se em Direito em Coimbra, dedicando-se desde cedo ao jornalismo e à literatura. Fundou o Jornal do Norte, tendo colaborado, entre outros, em A Península, O Nacional, O Porto e a Carta. Os seus romances tornaram-se populares na época. Fixando-se, do ponto de vista literário, no segundo Romantismo português, foi influenciado pelo escritor francês Eugène Sue e por Camilo Castelo Branco. Dedicou-se sobretudo à escrita de romances de ambiente histórico. Obras: Génio do Mal (em quatro volumes publicados entre 1856-1857); Poesias e Contos (1857); Verdades e Ficções (1859); Um Motim há Cem Anos (1861); O Sargento-Mor de Vilar (1863); O Segredo do Abade (1864); A Última Dona de S. Nicolau (1864); O Filho do Baldaia (1866); A Caldeira de Pêro Botelho (1866); Honra ou Loucura (1868); O Balio de Leça (1872, ed. póstuma); El-Rei Dinheiro (1876, ed. póstuma).
Encadernação simples. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
20€

26 janeiro, 2015

OLIVEIRA, João Braz d' - PORTUGAL. Romance Cavalheiresco. Com um prologo por Xavier da Cunha. Lisboa, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 1903. In-8º (19cm) de 157, [3] p. ; il. ; B.
1ª edição.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Bonita edição, impressa em papel de superior qualidade, ilustrada com cabeções de belo efeito a assinalar o início dos capítulos.
"Para nós o cyclo epico fechou-se, aos 4 de Agosto de 1578, gigantesco e glorioso, - glorioso mesmo e sobremaneira grandioso no proprio turbilhão da inesperada catastrophe. Os topicos d'essa epopéa maravilhosa, incontram-se artisticamente aproveitados e concatenados por João Braz de Oliveira no «romance» cavalheiresco (melhor talvez lhe chamariamos «romanceiro»), a que poz por titulo Portugal..."
(excerto do prólogo)
João Brás de Oliveira (1851-1917). Marinheiro português prestigiado, escritor e professor da Escola Naval, atingiu o posto de Almirante. "O interesse pela História, com especial destaque para a Arqueologia Naval, surge ligado à sua aptidão para o desenho rigoroso e para o minucioso estudo dos navios. Criado em meio literário e com acesso à rica biblioteca do seu pai, cultiva, paralelamente, o exercício das Letras, tendo chegado a integrar uma tertúlia da qual faziam parte distintos literatos da época, como Alexandre Herculano.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capss e lombadas com defeitos.
Invulgar.
Indisponível

25 janeiro, 2015

HERCULANO, A. - HISTORIA DA ORIGEM E ESTABELECIMENTO DA INQUISIÇÃO EM PORTUGAL. Por... Quarta Edição. Tomo I [II e III]. Lisboa, Viuva Bertrand & C.ª Successores Carvalho & C.ª, M DCCC LXXXV [1885]. 3 vols in-8.º (19cm) de XX, 306 p., 374 p. e 358 p. ; E. num único tomo
Obra de referência sobre a Inquisição portuguesa, e uma das mais importantes da bibliografia do insigne historiador.
"Se é delatado, ás vezes por testemunhas falsas, qualquer desses malaventurados, por cuja redenção Cristo morreu, os inquisidores arrastam-no a um calabouço, onde lhe não é licito ver ceu nem terra e, nem sequer, falar com os seus para que o socorram. Acusam-no testemunhas ocultas, e não lhe revelam nem o lugar nem o tempo em que praticou isso de que o acusam. O que pode é adivinhar e, se atina com o nome de alguma testemunha, tem a vantagem de não servir contra ele o depoimento dessa testemunha. Assim, mais útil seria ao desventurado ser feiticeiro do que cristão. Escolhem-lhe depois um advogado, que, freqüentemente, em vez de o defender, ajuda a levá-lo ao patibulo. Se confessa ser cristão verdadeiro e nega com constância os cargos que dele dão, condenam-no às chamas e os seus bens são confiscados. Se confessa tais ou tais atos, mas dizendo que os praticou sem má tenção, tratam-no do mesmo modo, sob pretexto de que nega as intenções. Se acerta a confessar ingenuamente aquilo de que é culpado, reduzem-no à última indigencia e encerram-no em cárcere perpétuo. Chamam a isto usar com o réu de misericórdia. O que chega a provar irrecusavelmente a sua inocencia é, em todo o caso, multado em certa soma, para que se não diga que o tiveram retido sem motivo. Já se não fala em que os presos são constrangidos com todo o genero de tormentos a confessar quaisquer delitos que se lhes atribuam. Morrem muitos nos carceres, e ainda os que saem soltos ficam desonrados, eles e os seus, com o ferrete de perpetua infâmia. Em suma, os abusos dos inquisidores sãos tais, que facilmente poderá entender quem quer que tenha a menor ideia da índole do cristianismo, que eles são ministros de Satanás e não de Cristo...”
(Excerto do texto)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação; páginas com picos de acidez ao longo da primeira parte do tomo I.
Invulgar e muito apreciada.
Indisponível

24 janeiro, 2015

HISTÓRIA – DRAMÁTICO FUZILAMENTO DE UM PORTUGUÊS NA FLANDRES
[Revista] N.º 70 : Agosto de 1984
Director: Luís Almeida Martins.
Lisboa, Publicações Projornal, Lda., 1984. In-8º grd. (22cm) de 96 p.; il. ; B.
Revista de história. O artigo de fundo deste número é dedicado à execução de Ferreira de Almeida, o único soldado português que, em França, durante a Grande Guerra, foi condenado à morte por traição.
“Apenas uma vez, a lei que previa a pena de morte por fuzilamento, foi aplicada a um cidadão português. Foi na Flandres, em 16 de Setembro de 1917. O sentenciado foi o soldado João Augusto Ferreira de Almeida. É a história breve desse fuzilamento que nos propomos relatar, após a leitura do respectivo processo que consultámos oportunamente no Arquivo Histórico Militar, onde actualmente se encontra, e depois de lidas as poucas descrições que vieram a público de diversos autores que, entretanto, se ocuparam do dramático acontecimento.”
(introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

23 janeiro, 2015

VASCONCELLOS, A. A. Teixeira de - O SAMPAIO DA REVOLUÇÃO DE SETEMBRO. Paris, [s.n. - Typ. Guiraudet], 1859. In-8º (14,5cm) de 128 p. ; B. Colecção Livros para o Povo, 1
Biografia de Rodrigues Sampaio. Episódios da sua vida, tendo como pano de fundo os tempos conturbados da sua época.
"O officio de periodiqueiro tem seus ossos como todos os officios. A entrada é de rosas. Os collegas cumprimentam o redactor esperançoso, que debuta, e agouram-lhe um grande futuro. Poucos dias depois, chamam-lhe asno, boçal e estupido. Passam seis mezes, e se elle sobe as escadas de uma secretaria, accusam-no de ladrão e de concussionario, e por dá cá aquella palha mandam-lhe a casa dois padrinhos, não para lhe pôrem a mão na cabeça junto da pia do baptismo, mas para combinarem com outros dois sugeitos chamados tambem padrinhos o modo mais decente de o matarem ou de serem mortos por elle. Osso é este assás duro, que custou a vida a Armand Carrel e que por varias vezes pôz em risco a de Sampaio."
(excerto do texto)
António Rodrigues Sampaio (1806-1882). "Foi um jornalista e político português que, entre outras funções, foi deputado, par do Reino, ministro e presidente do ministério (primeiro-ministro). Rodrigues Sampaio foi um dos maiores vultos do liberalismo português de oitocentos, jornalista ímpar e parlamentar de excepção. Personalidade controversa, polémica, mesmo revolucionária, mas sempre coerente e fiel aos seus princípios e desígnios, foi um agitador de renome nacional, o que lhe valeria a alcunha de o Sampaio da Revolução, já que se notabilizou como redactor principal do periódico A Revolução de Setembro. Era um jornalista de causas, não de notícias, como aliás era o jornalismo do século XIX. Apesar da violência verbal e da forma assertiva que sempre utilizou nos seus ataques políticos, Rodrigues Sampaio nunca promoveu o ataque ad hominem. Mesmo quando os seus correligionários lhe pediram que pusesse em causa a dignidade e honradez de D. Maria II e da Corte, negou-se terminantemente, escrevendo que um antro de corrupção política não faria da Corte um lugar de devassidão moral. Foi esta postura de grande escrúpulo, associado a um incansável labor na defesa dos valores pelos quais pugnava, que lhe concede um lugar cimeiro no jornalismo político português. Era membro importante da Maçonaria."
(in wikipédia)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

21 janeiro, 2015

PEREIRA, Consiglieri Sá - A NOITE SANGRENTA. Carta-prefácio de Raul Brandão. Paris-Lisboa, Livraria Aillaud e Bertrand ; Porto, Livraria Chardron ; Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves, 1924. In-8º (19cm) de [14], 187 p. ; B.
Narrativa dos acontecimentos trágicos ocorridos na noite de 19 de Outubro de 1921: o assassinato de alguns vultos da vida pública e política portuguesa - António Granjo, Machado Santos, Carlos da Maia, o Comandante Freitas da Silva e o Coronel Botelho de Vasconcelos – numa página trágica e ignóbil da nossa história, prenunciando o fim da I República.
"Meu amigo: Não é fácil de fazer um prefácio para o seu livro. Explicar o que ha de subterraneo no 19 de Outubro e a creação do fantasma que encheu a noite pavor, não é caso para algumas linhas nem mesmo para um largo prefácio.
Porque o nó da tragédia não está nas personagens visíveis, nos actores, marinheiros ou soldados, nos bonifrates que se agitaram no palco, mas na figura invisível e tremenda que sentimos por trás deles todos. Dessa é que não podemos desviar o olhar; do negrume é que não podemos desviar o olhar…"
(excerto do prefácio)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Sem capa posterior; falha de papel na lombada.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

14 janeiro, 2015

LOUREIRO, Carlos Gomes de Amorim - ESTALEIROS NAVAIS PORTUGUESES. Subsídios para a história da construção naval de ferro e aço em Portugal. II. H. PARRY & SON. Por... Lisboa, [s.n. - Composto e impresso nas Oficinas Gráficas de Ramos, Afonso & Moita, Lda. - Lisboa], 1965. In-4.º (25,5 cm) de 173, [3] p. ; [3] desdob. ; [44] p. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Livro impresso em papel de superior qualidade, ilustrado no texto e em separado com mapas, desenhos esquemáticos e estampas de navios gravadas sobre papel couché.
Trata-se do II tomo de dois publicados. Este volume é dedicado ao estudo da construção naval de ferro e aço, e em particular aos estaleiros da H. Parry & Son, empresa pioneira na utilização destes materiais entre nós.
"A história da construção naval de ferros em Portugal deverá certamente considerar o empreendimento de Hugo Parry com o merecido relevo.
Quando tais construções começaram a ser feitas no nosso país, foi o seu estaleiro que primeiro as realizou, conseguindo Parry que ele progredisse e viesse a produzir, durante cerca de meio século, um número importante de embarcações. [...]
A iniciativa de Parry antecedeu em muito tempo a transformação do nosso Arsenal da Marinha e não foi muito tardia se notarmos as datas das iniciativas semelhantes nos outros países."
(Excerto da introdução)
Índice: 
A navegação e a construção naval no século XIX: I - Os navios a vapor e a navegação. II - O Porto de Lisboa. III - A construção de navios em Portugal.
H. Parry & Son: 1 - O fundador. 2 - A firma. 3 - O primeiro estabelecimento. 4 - O estaleiro do Ginjal. 5 - As docas de Cacilhas. 6 - Banática. 7 - Projectos. 8 - Produção.
Alguns navios construídos: - Vapor Alcântara. - Vapor Progresso. - Vapor Lisbonense. - Vapor Belém. - Vapor Príncipe D. Carlos. - Vapor Setúbal. - Vapor N.º 1. - Vapor Alcácer do Sal. - Vapor Bom Sucesso. - Vapor Mercúrio. - Vapor O'Neill. - Vapor Hugo Parry. - Vapor Lúcifer. - Vapor Trafaria. - Vapor N.º 9. - Vapor N.º 10. - Rebocador Voador. - Vapores Marianno de Carvalho, n.º 1 e n.º 2. - Vapor Girafa. - Rebocador Leão. - Vapor Mineiro. - Vapor Juno. - Lancha-canhoneira Honório Barreto. - Lanchas-canhoneiras Diogo Cão e Pedro Annaya. - Rebocador Santa Maria. - Canhoneira Chaimite. - Vapor Neves Ferreira. - Vapores N.º 3 e N.º 7. - Vapor N.º 8. - Lanchas-canhoneiras Sena e Tete. - Escuna Três Macs. - Rebocador S. Thomé. - Lancha Gingal. - Rebocador António Serra.
Carlos Gomes de Amorim Loureiro (1894-1966). Militar português. Historiador de marinha e construção naval. Capitão de Mar-e-Guerra. Grande Oficial da Ordem de Aviz. Condecorado com a Medalha da Victória. Piloto-aviador. Foi Director do Arquivo de Marinha.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta sombreado à cabeça, por cima do título.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

13 janeiro, 2015

B. A. E. - HISTORIA DE GANEM, FILHO DE ABOU AIBOU, DENOMINADO O ESCRAVO DE AMOR. Traduzida do Arabio em Francez, e ultimamente no Idioma Portuguez. Por B. A. E. LISBOA: 1846. Typ. de Mathias José Marques da Silva. Rua do Ouro N.º 5. Vende se na mesma Typographia.
In-8º (15,5cm) de [2], 96, [2] p. ; B.
Curioso romance histórico "das Arábias", de autor desconhecido.
"Houve em outro tempo em Damasco um mercador, que por sua industria ajuntou tanto cabedal, que vivia rico, e honradamente. Chamava-se Abou Aibou, e tinha um filho, e uma filha. O filho, que se chamava Ganem, e depois conhecido pelo nome de Escravo de Amor, era muito bem feito de bom natural, e de excellente juizo cultivado pelos bons mestres, que seu Pai teve cuidado de lhe dar. A filha foi nomeada Prizão dos Corações, por ser dotada de tão perfeita belleza, que todos que a vião não podião deixar de a amar. [...]
Neste tempo Mohamned, filho de Solimão, denominado Zenebi reinava na cidade de Damasco capital da Suria, e o seu parente Harão Alraschid, que residia em Bagdad lhe tinha dado este Reino a titulo de tributario."
(excerto da Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas em mau estado; folhas de guarda (em bco) com defeitos.
Raro.
10€

12 janeiro, 2015

BESSA, Coronel Carlos - PORTUGAL E A EUROPA NA II GUERRA MUNDIAL. [Lisboa], [s.n.], 1992. In-4º (24cm) de 22 p. ; B. Separata das Actas do III Colóquio Portugal e a Europa - Séc XVII a XX
Estudo histórico sobre a forma como o Estado Novo, personificado pelo Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, encararam a 2.ª Guerra Mundial e a neutralidade portuguesa no contexto europeu.
"No dealbar da II Guerra Mundial, Salazar, Chefe do Governo português, exprimia grandes preocupações quanto ao destino da Europa: crise europeia, crise do espírito; crise do espírito, crise da civilização. A Europa não sabia organizar em si mesma a paz e nenhum problema podia resolver pela guerra, a qual deveria acarretar-lhe enorme empobrecimento. [...]
Acresce que, se se considerar que o objectivo da política é a de proporcionar a paz e a estabilidade, então temos de convir que os estadistas das grandes potências desta terrível guerra falharam redondamente, pois de modo tão desastrado a conduziram que, mal assinada a paz, logo teve início a guerra fria, também de muitos dramáticos efeitos.
No quadro global, Portugal pretendeu não se desviar das linhas gerais da sua política externa tradicional.
Para desenvolver as possibilidades do poderio atlântico nacional havia que valorizar a Aliança Inglesa, mas as lições do passado levaram a encará-la em moldes novos. [...]
Outro pilar foi o da amizade com a Espanha, que parecia não ter no momento nenhum interesse contrário ao dos portugueses. A Guerra Civil fortalecera essa amizade... [...]
Deveriam ainda valorizar-se as relações com o Brasil, e a nossa compreensiva universalidade e extensão de interesses permitiam as melhores e mais amigáveis relações com os outros povos, inclusivé com a Alemanha e a Itália, estreitadas durante a Guerra de Espanha.
Podendo ser, tornava-se vantajoso não nos envolvermos nas desordens europeias. Assim, no próprio dia 1 de Setembro de 1939, data da invasão da Polónia, o Presidente do Conselho, cioso de exprimir a independência do País, decidiu por si, ao contrário do que acontecera em 1914, e sem efectuar declaração formal, nem publicar qualquer diploma legal anunciou simplesmente a situação da neutralidade de Portugal. [...]
Para se ser neutral não basta querer, são necessárias habilidade e força. No caso português esta motivava inquietações aos Aliados e a Eixo."
(excerto do texto)
Carlos Gomes Bessa (1822-2013). Militar e académico historiador. “A sua carreira estendeu-se e espraiou-se, fundamentalmente, em duas áreas: a militar e a de académico e historiador. Depois do Curso na Escola do Exército, iniciado em 1942, foi colocado no Regimento da Serra do Pilar, uma unidade de grandes tradições militares, que ficou conhecida como “Os Polacos da Serra”, e que viria a comandar, como coronel, em 1973. Em 1950 foi chamado para frequentar o exigente Curso de Estado - Maior, tendo ingressado no respectivo “Corpo” e desempenhado funções correlativas, durante vários anos. Fez duas comissões no Ultramar – de que se tornou grande conhecedor e estudioso – a primeira na Guiné, entre 1956 e 1960, onde desempenhou as funções de Chefe de Estado-Maior do Comando Militar e, logo em Abril desse ano, marchou para Angola a convite do Governador-Geral de quem foi chefe de Gabinete, tendo regressado em Junho do ano seguinte, na sequência do início do terrorismo naquela Província. Foi Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa entre 1966 e 1970 estando sempre muito ligado à educação da juventude tanto na Metrópole como no Ultramar, tendo criado a “Procuradoria dos Estudantes Ultramarinos”, em 1962. Foi ainda director da Revista “Ultramar” entre 1961 e 1970. Foram-lhe concedidos 16 louvores e nove condecorações. Como académico foi um trabalhador incansável, desenvolvendo o seu labor em várias instituições de que se destaca a Academia Portuguesa da História, de que foi Secretário nove anos; Academia das Ciências; Sociedade Histórica da Independência de Portugal; Comissão Portuguesa de História Militar, de que foi um dos fundadores e, depois, Secretário; Sociedade de Geografia e Revista Militar, de que foi Director muitos anos. São incontáveis os trabalhos, comunicações e conferências efectuados, sempre com uma qualidade elevada, muitas delas de âmbito internacional, tendo desenvolvido contactos sobretudo com o Brasil, a Venezuela e a Espanha. É ainda autor de vasta bibliografia histórica, de grande mérito.”
(in http://atulhadoatilio.blogspot.pt/2013/11/in-memoriam-coronel-gomes-bessa.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
10€

11 janeiro, 2015

CABRAL, Alexandre - CAMILO CASTELO BRANCO : PÁGINAS QUASE ESQUECIDAS. Recolha, prefácio e notas de Alexandre Cabral. Primeiro Tomo [e Segundo]. Porto, Editorial Inova Sarl, [1972-1973]. 2 vols in-4º (28 cm) de 285, [12] p. e 309, [12] p. ; il. ; B. Biblioteca Camiliana.
1.ª edição.
Excelente peça camiliana, numa bonita edição especial fora do mercado.
A direcção gráfica é da responsabilidade de Armando Alves.
"Uma das muito bem tratadas edições da Editorial Inova, esta ilustrada com um retrato de Camilo, antecedida de um texto de Aquilino Ribeiro e com um extenso prefácio de Alexandre Cabral. Recolha de 59 textos dispersos publicados sob a forma de prefácios de obras por si traduzidas e de autores diversos."
Tiraram-se em papel Vergé creme de 100 gramas. no formato de 280 X 175 mm, duzentos e cinquenta exemplares numerados de 1 a 250, e cinquenta exemplares fora do mercado numerados de I a XXV e os restantes marcados F.M., com sobrecapa reproduzindo uma monotípia de Abel Salazar [e de Júlio Resende - 2.º Tomo], todos assinados por Alexandre Cabral.
Os presentes exemplares levam, respectivamente, os n.ºs 215 (1.º Tomo) e 129 (2.º Tomo).
Exemplares brochados, com sobrecapa, em bom estado de conservação. Sobrecapas com defeitos, ambas alvo de tosco restauro com fita gomada, sobretudo no segundo tomo; miolo em excelente estado de conservação com as páginas a apresentarem-se muito limpas e frescas.
Obra invulgar e muito apreciada.
30€
Reservado

10 janeiro, 2015

VALENÇA, Fernando F. - UM DOCUMENTO HISTÓRICO SOBRE POLÍTICA MILITAR NACIONAL PREMONITÓRIA DAS GUERRAS DO ULTRAMAR. Lisboa, s.n. - Composto e impresso nos Serviços Gráficos da Liga dos Combatentes], 1989. In-4º (23cm) de 133, [1] p. ; B. Separata da Revista Militar
Estudo militar sobre a preparação para a Guerra Colonial.
"No período de 1958 a Abril de 1961, o Exército empreendeu um grande esforço de reorganização, tendente a adequar-se e a enfrentar as prementes realidades da época e as que, com maior gravidade, já se mostravam previsíveis.
Desenvolveram-se, então, intensas e vastas actividades de estudo, de impulsionamento, de institucionalização e de estruturação que foram condicionadas por variadas circunstâncias e factores, dos quais sublinhamos os seguintes:
- Por um lado, os decorrentes de certo ambiente de crise interna no País. [...]
- Por outro lado, a exacerbação no quadro internacional de opiniões, atitudes e ameaças contra os territórios ultramarinos.
- Por fim, a necessidade de apressar e, coordenar, adequadamente, o complexo acervo de orientações, princípios e medidas tendentes à reestruturação e preparação do Exército... [...]
Traduziu-se isso em documento, elaborado por iniciativa individual e assumido pela Secção de Estudos da Repartição do Gabinete do M.º do Exército, tendo-lhe sido atribuída a data de 9 de Abril de 1959, embora os seus reflexos na reorganização e preparação do Exército começassem já em 1958.
É esse documento, que então foi considerado um «estudo-ensaio» sob o título «Política Militar Nacional (Elementos para a sua definição)», que se vai transcrever integralmente."
(excerto da explicação)
Fernando Ferreira Valença (n. 1916). "Coronel da arma de Artilharia. Entre vários cargos relevantes que exerceu, quer na carreira militar ou civil, foi: Director dos Serviços Cartográficos do Exército, Administrador da C.P., vogal do Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes, Professor do Instituto de Defesa Nacional, Presidente do Cofre de Previdência do Ministério do Exército, Vogal da Comissão Executiva da Junta de Energia Nuclear , Vogal da Comissão Nacional Contra as Radiações Ionizantes, Procurador à Câmara Corporativa e outros."

Exemplar brochado,  totalmente impresso sobre papel couché, em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
15€

09 janeiro, 2015

MESQUITA, Marcellino - PEDRO O CRUEL. Lisboa, J. Rodrigues & C.ª, Editores, 1915. In-8º (18,5xm) de 113, [3] p. ; E. Col. Bibliotheca Escolhida, XVII
1.ª edição.
Peça de teatro sobre D. Pedro I, O Cruel, ou O Crú, um dos mais controversos reis da I Dinastia, 8.º rei de Portugal.
"D. Pedro I, rei de Portugal, cognominado o Cruel. Alto, bom porte. Cabello e barba, castanho-claros, muito cuidados. Um tanto gago. Trinta e cinco annos."
(descrição da personagem de D. Pedro I)
Marcelino António da Silva Mesquita (1856-1919). Foi um escritor e jornalista português. “Frequentou por 4 anos o Seminário de Santarém, a Escola Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, tendo-se formado em Medicina em 1884. Notabilizou-se como poeta, jornalista, escritor, dramaturgo, político e deputado pelo Círculo Eleitoral do Cartaxo. Foi diretor da revista A Comédia Portuguesa (1888-1889), e diretor literário da Parodia: comedia portugueza (1903- 1907). Marcelino Mesquita colaborou ainda em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Ribaltas e gambiarras (1881), Jornal do domingo (1881-1883), Branco e Negro (1885-1891), Serões (1901-1911), e Revista do Conservatório Real de Lisboa (1902).”
Encadernação do editor inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas.
Exemplar em bom estado de conservação. Dedicatória manuscrita na f. rosto (não do autor); assinatura de posse na 1.ª página do texto.
Invulgar.
10€

08 janeiro, 2015

FONSECA, Tomás da - MEMÓRIAS DUM CHEFE DE GABINETE. Prefácio de Lopes de Oliveira. Lisboa, Distribuidores: Livros do Brasil, Limitada, 1949. In-8.º (19,5cm) de 166, [4] p. ; [4] f. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada com 4 fotogravuras em extratexto.
Livro de memórias do autor relativas ao período da República, e sobretudo, à época em que foi chefe de gabinete do Ministro do Fomento, António Luís Gomes, ilustre figura republicana.
"Pois, dei-me a reler em Mortágua este novo trabalho de Tomás da Fonseca - Memórias dum Chefe de Gabinete - em que se encontram não só lembranças do seu passado, da sua nobre vida, mas também eloquentes páginas da própria história da República. [...]
As Memórias dum Chefe de Gabinete vieram focar a figura de António Luiz Gomes, um dos mais nobres fundadores da República Portuguesa - na hora em que era alvo duma torpe perseguição - cercando-a do fulgor das suas virtudes, levantando-a como alto exemplo perante as novas gerações. [...]
O Doutor António Luiz Gomes, como Ministro do Fomento, escolheu para o seu Gabinete um só homem - Tomás da Fonseca. Não teve outro auxiliar."
(excerto do prefácio)
Tomás da Fonseca (1877-1968). "Poeta, ficcionista, historiógrafo, jornalista, professor e militante republicano de cariz anti-clerical, José Tomás da Fonseca colaborou, com o advento da República, na reforma do ensino primário normal e organizou e animou diversas associações de carácter cultural. Foi vogal do Conselho Superior de Instrução Pública, director da Escola Normal de Lisboa e de Coimbra - das quais foi afastado pelo sidonismo e pelo Estado Novo - e um dos fundadores da Universidade Livre de Coimbra. É muito vasta a sua colaboração na imprensa periódica nomeadamente em A Pátria, O Mundo, A Vanguarda, República, Alma Nacional ou, entre outros, no Arquivo Democrático, de que foi director. Em Evangelho de um Seminarista, Memórias dum Chefe de Gabinete e Memórias do Cárcere encontramos, passados a letra de imprensa, testemunhos da sua vivência."
(in purl.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa manchada.
Invulgar.
Indisponível

05 janeiro, 2015

FRANCE, Anatole - LE PETIT PIERRE. Paris, Calmann-Lévy, Éditeus, 1918. In-8º (18cm) de [6], 338, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Edição original de uma das mais apreciadas obras de Anatole France. Trata-se de um livro de memórias do grande mestre da literatura francesa.
"Ma mère m'a souvent rapporté diverses circonstances de ma naiceansse qui ne m'ont pas paru aussi considérables qu'elle se le figurait. Je n'y ai guère pris garde er elles m'ont échappé.
Quand vient l'enfante àrecevoir,
Il faut la sage-femme avoir
Et des commères un grand tas...
Du moins puis-je affirmer, par oui-dire, que, à la fin du règne de Louis-Philippe, l'usage dont parlent ces vers d'un vieux Parisien n'était pas tout à fait perdu. Car il y eut grande assemblée de dames respectables dans la chambre de madame Nozière pour y attendre ma venue. On était en avril; il faisait frais. Quatre ou cinq commères du quartier, entre autres madame Caumont, la libraire, madame veuve Dusuel, madame Danquin, mettaient des bùches dans la cheminée et buvaient du vin chaud pendant que ma mère ressentait les grandes douleurs."
(excerto do Cap. I, Incipe, parve puer, risi cognoscere matrem)
Anatole France, pseudónimo de Jacques Anatole François Thibault (Paris, 1844 - Saint-Cyr-sur-Loire, 1924). Foi um escritor francês. Conhecido pelo estilo extremamente céptico que imprimiu à sua obra. Foi laureado com o Nobel da Literatura de 1921, pelo conjunto de sua obra.
Encadernação em meia de pele com nervuras e ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
15€

04 janeiro, 2015

DUARTE, Fernando - AQUILINO RIBEIRO : 1885-1963. Rio Maior, Síntese, 1964. In-4.º (23cm) de 20 p. (243-262 pp) ; B. Colecção Síntese, 11
1.ª edição.
Estudo bio-bibliográfico sobre Aquilino.
"A dignidade e coerência de uma vida dedicada às letras, impõem o nome de Aquilino Ribeiro ao respeito, à veneração e ao estudo. Desde 1913, ano em que publicou o seu primeiro livro - «Jardim das Tormentas» - até 1963, ano em que foram festejados, os seus 50 anos de ininterrupta actividade literária e que chegou a sua existência, Aquilino impôs-se com a sua originalidade, a sua personalidade vincada, o seu espírito, o seu talento, ele próprio, alheio a modas, vinculado à raiz, à terra, à língua."
(Excerto do texto)
Matérias:
- Cronologia bio-bibliogáfica. - Estudo sobre Aquilino. - Edições em português de obras de Aquilino Ribeiro. - Antologia das principais obras de Aquilino.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Rara peça aquiliniana.
Indisponível

03 janeiro, 2015

PANEGYRICO DO ILLUSTRISSIMO E EXCELLENTISSIMO SENHOR SEBASTIÃO JOSÉ DE CARVALHO E MELLO, I. MARQUEZ DE POMBAL, MINISTRO, E SECRETARIO DE ESTADO DE S. M. FIDELISSIMA O SENHOR DOM JOSÉ O PRIMEIRO. ESCRITO EM 1772. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1815. Com licença. In-8º (20cm) de 48 p. ; E.
1.ª edição.
Publicação anónima de homenagem ao Marquês de Pombal.
"Aquelles varões extraordinarios, que com suas raras virtudes tem enobrecido a especie humana; que com seus talentos se tem elevado muito acima da humanidade; que com as luzes dos seus grandes, e uteis conhecimentos tem illustrado o mundo; e com o prodigioso numero de suas gloriosas e immortaes acções tem mostrado, que a natureza não está tão exhausta, que não possa produzir um homem raro: tem direito irreffragavel igualmente aos nossos louvores, e ás nossas submissões. [...]
Quem não sabe, que eu fallo do grande Sebastião José de Carvalho e Mello, Ministro, e Secretario de Estado de S. M. F.
Este heroe, que a antiguidade contaria entre os seus Aristides, entre os Soloens, e entre os Licurgos, vive entre nós: elle he o Bemfeitor, o Legislador, e o Reformador da Nação."
(excerto do texto)
Encadernação contemporânea, cartonada, revestida de fantasia, com título e data gravados a seco e a ouro em rótulo de pele aposto sobre a pasta frontal.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

02 janeiro, 2015

ESTEVÃO, José - CARTAS SEM TITULO. Por... Rio de Janeiro, [s.n. - imp. na Typ. do "Jornal do Commercio" de Rodrigues & C., RJ], 1902. In-4º (23,5cm) de VI, 326, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Obra publicada sob pseudónimo, da autoria de Tobias do Rego Monteiro.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor - que assina com o seu pseudónimo -, dirigida ao "erudito..." (nome rasurado).
"Estas cartas apparecem reunidas em livro, ainda com o pseudonymo que as subscreveu no Correio Paulistano. Dou ao volume a epigraphe com que se tornaram conhecidas, embora cada uma receba agora titulo especial, de accordo com o assumpto. Não creio que esta nova fórma de publicidade logre mudar-lhe o caracter passageiro que tiveram; póde ser, porém, que alguem que por ventura as consulte, a respeito dos factos principaes a que se referem, ao menos encontre aqui a vantagem de evitar incommoda pesquiza de jornaes.
Pouco importa o nome real que a pseudo assignatura disfarça. Occultei-o até o fim para evitar a grosseria tão commum nas polemicas. Discutindo frequentemente questões politicas muito inflammadas, no momento, era de esperar que,  por maior que fosse o meu cuidado de tratar com urbanidade os adversarios, mais dia menos dia, me impellissem a um debate degradante, exclusivamente propicio ao escandalo."
(excerto do prefácio)
Crónicas:
- Os boatos do dia. - Conspiração. - A prisão do Sr. Andrade Figueira. - O enterro da conspiração. - A nomeação do Sr. Nabuco. - A transformação do Sr. Andrade Figueira. - A carta da Princeza. - O Brasil Republica perante o extrangeiro. - O Phantasma allemão. - Reforma eleitoral. - As finanças e a mensagem. - O Sr. Ferreira Vianna. - A esterilidade do congresso. - A operação das xiphopagas. - Projectos de estatuas. - Um discurso do Sr. Ruy Barbosa. - Uma carta do Sr. Lafayette. - A pateada nos theatros. - Decadencia das assembléas. - Conservador ás avessas. - O assassinato do rei Humberto. - A fabula do moleiro. - O laudo do Oyapok. - A policia do Rio. - Nomeações diplomaticas. - Administração municipal. - Effeitos das emissões. - A baixa do café. - Ainda o café. - A reforma do ensino. - Nova revolução abortada. - Viagens navaes. - A mensagem do Sr. Rodrigues Alves. - A execução do «funding». - Precedencia do casamento civil.
Tobias do Rego Monteiro (1866-1952). "Jornalista, historiador e banqueiro; estuda em sua cidade e abandona o curso da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; funda e dirige os jornais "A Idéia" e "A Luz" (ambos de cunho literário em Natal); oficial de gabinete de Rui Barbosa, trabalha no "Diário Oficial" após a proclamação da República (15/11/1889) e acompanha-o no exílio após a Revolta da Armada; de volta ao país, articula a aquisição do "Jornal do Brasil" e trabalha no "Jornal do Commercio" e "Correio Paulistano"; após a política de Prudente de Morais e Campos Sales, acompanha-o na viagem à Europa e entrevista Émile Zola (24/06/1898, sobre o Caso Dreyfus); Senador (1921 a 1923), é um dos maiores historiadores do Brasil e autor de obras como "História do Império - a Elaboração da Independência" (1927), "Pesquisas e Depoimentos para a História" (1931), "O Primeiro Reinado" (1939 a 1946), etc."
(in www.projetovip.net)
Exemplar brochado, na sua quase totalidade por abrir, em bom estado geral de conservação. Capas com defeitos. Em falta 1 folha (em bco?), situada entre o prefácio e a crónica de abertura.
Raro.
20€