01 junho, 2013

OLIVEIRA, Antonio Corrêa d’ – LADAINHA. Lisboa, Typographia do Commercio, 1897. In-8º (18cm) de 23, [1] p. ; B. 
1ª edição.
Edição cuidada, de grande qualidade estética. Trata-se da primeira obra do poeta publicada quando somava apenas 18 anos de idade.
Muito valorizada pela sua dedicatória autógrafa a Agostinho de Campos.





Na minha terra os noivados
Passam por arcos de flores.
As almas dos esposados
Vão no peito como andores…

As Virtudes são ceifeiras,
O Bem ceára de luz;
Ha lá no ceo largas eiras,
E o lavrador é Jesus!

O sete’strello é um tear,
As nuvens d’oiro novellos…
Astros de prata, a cantar,
Teceram-te os teus cabellos!...

Dezoito annos… Isto é vida?!
Não ha quadros sem côres…
E na procissão da Vida
Os sonhos são os andores!...
Creanças loiras, sem vida,
Levam mortalhas d’amores!..."

(I poema)

António Correia de Oliveira (1879-1960). “Nasceu em São Pedro do Sul em1879 e faleceu em Antas, Esposende, em 1960. Estudou no seminário de Viseu, indo depois para Lisboa onde trabalhou como jornalista no Diário Ilustrado. Tendo casado com uma rica proprietária minhota, fixa-se na aldeia de Belinho, conselho de Esposende. Foi um dos cantores do Saudosismo, juntamente com Teixeira de Pascoaes e outros. Colaborou na revista A Águia, Atlântida, Ave Azul e Seara Nova. Foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada‎ a 5 de outubro de 1934 e Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública a 26 de Agosto de 1955. Foi um poeta conotado com o Estado Novo.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Apresenta etiqueta numerada colada sobre a lombada. Carimbo de biblioteca (2) na f. rosto.
Raro.
Indisponível

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