1.ª edição.
Importante subsídio para a história do conflito africano durante a Grande Guerra. Apesar da Alemanha ter declarado guerra a Portugal apenas em 1916, na sequência do aprisionamento dos navios alemães em portos portugueses, efectivamente, já existiam confrontos militares entre os dois países no norte de Moçambique desde 1914. No terreno, as forças portuguesas (e Aliadas) defrontaram as forças alemães, maioritariamente constituídas por indígenas, sob as ordens de von Lettow Vorbeck, o astuto e respeitado chefe militar alemão.
Ilustrado em página inteira com um retrato do autor, 13 gravuras e 21 croquis militares.
"É um livro de interesse geral e absorvente. Durante quatro anos e quatro mêses da Guerra, Lettow Vorbeck combateu honesta e cavalheirescamente, ganhando o respeito, publicamente expresso, dos Generais Smuts, Northey e van Deventer. Sob este ponto de vista, o seu nome está em completo contraste com o de muitos outros generais alemães.
As suas Memorias são um relatorio interessante e valorôso de toda a Campanha. Alem dos detalhes puramente militares, contem descrições intimas e cativantes das regiões, e principalmente da vida extraordinaria que os alemães do Leste Africano se viram obrigados a passar.
O notavel caracter de de von Lettow dá um valor especial ás suas Memorias. Entre outras caracteristicas do livro, são essencialmente dignas de nota as inúmeras aventuras das patrulhas e a descrição dos combates no mato."
(excerto da transcrição do jornal The Times acerca do presente livro e do seu autor)
Matérias: Parte I - Acontecimentos anteriores á chegada dos sul-africanos. I: - Antes da declaração da guerra. II: - No comêço da guerra. III: - Os primeiros combates. IV: - Os combates de Novembro em Tanga. V: - Na expectativa de novos acontecimentos. VI: - Luta renhida a nordeste. VII: - A guerra de guerrilhas e ultimos preparativos. VIII: - Esperando a grande ofensiva. Aproveitamento energetico do tempo. IX: - Os teatros subsidiarios da guerra. A guerra de guerrilhas, em terra e no mar, até ao ano de 1916.
Parte II - O ataque concentrico das forças superiores (desde a chegada dos sul-africanos até á perda da colonia). I - O ataque inimigo á Montanha Oldorobo. II - Continuação do avanço inimigo e o combate de Reata. III - A retirada perante a superioridade esmagadora do inimigo. IV - O avanço inimigo na zona do Caminho de Ferro do Norte. V - Entre os Caminhos de Ferro do Norte e Centtral. VI - Combates continuos junto do Rufiji. VII - Os ataques inimigos no sudoeste da Colonia. VIII - Anciedade e fadigas durante a permanencia na região do Rufiji. IX - O fim da defeza da fronteira nos teatros subsidiarios. X - Lindi e Kilwa. XI - No angulo sudeste da Colonia. XII - As ultimas semanas em territorio alemão.
Parte III - Combatendo em terra estranha (desde a entrada na colonia oriental portuguêsa até ao armisticio). I : - Atravez do Rovuma. II: - A leste da Ludjenda. III: - Nas regiões do Lurio e Likungo. IV: - Continuando a marcha para o Sul. V: - De volta para o norte do rio Namacurra. VI: - Retirando para o rio Lurio. VII: - Mais uma vez em territorio alemão. VIII: - A invasão da Rhodesia. IX: - O armisticio e o regresso á Patria.
Paul Emil von Lettow-Vorbeck (1870-1964).
“Foi um general alemão,
comandante da campanha da África Oriental Alemã na Primeira Guerra
Mundial, a
única campanha colonial dessa guerra onde a Alemanha não foi derrotada.
Também
foi o único comandante a invadir solo britânico na Primeira Guerra
Mundial. No princípio de 1914, von Lettow-Vorbeck foi escolhido para
comandante da pequena guarnição alemã de 300 soldados e doze companhias
de
askari [combatentes indígenas] que guarneciam a África Oriental Alemã,
actual Tanzânia.
Com o início da guerra na Europa, em Agosto daquele ano, ignorou as
ordens recebidas do governo de Berlim
e do governador da colónia, o Dr. Heinrich Schnee, que insistiam na
necessidade
de manter a neutralidade da África Oriental Alemã e preparou-se para a
guerra, que teve início com um ataque
anfíbio à cidade de Tanga, entre 2 e 5 de Novembro de 1914,
repelindo os britânicos e os seus aliadas na acção que ficou conhecida
pela Batalha
de Tanga, uma das mais violentas de toda a campanha. As vitórias que foi
conseguindo permitiram-lhe capturar
armamento moderno e outros abastecimentos, fundamentais dado o
isolamento das forças alemães em relação à metrópole, consequência do
bloqueio
naval aliado ao Império Alemão. O plano de von Lettow-Vorbeck era
simples: sabendo que
no contexto da Guerra, a África Oriental não passaria de um palco
periférico,
decidiu manter o máximo de
pressão sobre as forças Aliadas, enfraquecendo-as, pois a necessidade de
renovação dessas tropas, impediria a sua utilização na Frente
Ocidental,
contribuindo dessa forma para para vitória alemã na Europa. Von
Lettow-Vorbeck sabia que podia contar com os seus
oficiais, altamente motivados e competentes (as baixas inflingidas nos
adversários eram prova disso). Como consequência das perdas de pessoal,
ele passou a evitar
confrontos directos com soldados britânicos, em vez disso comandou os
seus
homens em invasões de guerrilha nas províncias britânicas do Quénia e da
Rodésia,
atacando os fortes britânicos, ferrovias e comunicações, com o objectivo
de
forçar a Entente a desviar o efectivo do teatro de guerra na Europa. Ele
convocou 12.000 soldados, a maioria deles askari, mas todos bem
treinados e bem
disciplinados. Os askari ganharam uma especial reputação pela sua
capacidade de
luta e lealdade. Von Lettow-Vorbeck também servia como
comandante-modelo,
ganhando pelo exemplo o respeito e lealdade dos seus homens. Percebeu as
necessidades críticas da guerra de guerrilha em que ele usou tudo o que
conseguia,
como o grupo e artilharia do cruzador alemão SMS Königsberg
(afundado no
delta do Rio Rufiji em 1915) que possuía uma tropa treinada sob o
comando de Max
Looff, bem como suas numerosas armas, que foram convertidas em peças de
artilharia para a luta em terra, que seria o mais alto padrão de peças
de artilharia
de terra usadas na guerra. Paul von Lettow-Vorbeck foi considerado um
comandante audaz, embora prudente, que mostrou habilidade incomum na
condução de uma guerra de guerrilha em terreno desconhecido. Com poucos
homens e virtualmente sem abastecimentos, reteve forças britânicas dez a
doze vezes maiores. Conseguiu, contra todas as expectativas, permanecer
invicto, tendo desviado forças britânicas de outros campos de batalha,
sendo surpreendido pelo fiim da guerra quando marchava para atacar a
ferrovia e as minas Aliadas em Katanga."
(fonte: wikipédia)
Exemplar
brochado em razoável estado de conservação. Capas manchadas com
defeitos; lombada apresenta falhas de papel; mancha de humidade na
contracapa que se prolonga, de forma ténue, pelas derrdaeiras folhas do
livro. Pelo interesse e raridade, a justificar restauro.
Raro.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
Indisponível
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