31 março, 2017
1.ª edição.
Importante trabalho elaborado em 1915, em plena conflagração mundial, e publicado no ano seguinte, no 3.º ano de guerra. Trata-se de um Manual/Relatório que pretende implementar regras nos serviços de saúde militares, por certo, antecipando uma eventual participação portuguesa no conflito.
Ilustrado em página inteira com os Signaes convencionaes, regulamentares e regulamentaveis do Serviço de saude do Exercito portuguez, e 3 desenhos esquemáticos, representando respectivamente, 1) Escalonamento em profundidade do Serviço de Saude na Zona d'operações d'uma Divisão do Exercito; 2) Schema de um Posto de Socorro; Schema d'uma Ambulancia.
"Pela Ordem do Exercito n.º 16 (2.ª Serie) de 7 d'agosto p. findo, fui nomeado chefe do Serviço de saude, aquartelado em Coimbra, no periodo de tempo a decorrer de 1 a 7 d'outubro, constituindo assim a Escola de Repetição d'aquelle Grupo no anno corrente de 1915. [...]
Das Ordens de serviço, annexas a este relatorio, consta d'um modo explicito e completo tudo o que diariamente se fez de instructivo durante aquelle decurso de tempo. [...]
O material, de que o pessoal sanitario da Linha de fogo póde dispor, é da Bolsa de medico, das Bolsas d'enfermeiro e das Bolsas de maqueiro transportadas pelos chefes de guarnição de macas, alem d'um maior ou menor numero de macas para transporte de feridos.
Como este material é muito limitado, terá aquelle pessoal a frequente necessidade d'improvisar diversos meios para immobilisar fracturas ou para comprimir vasos sanguineos abertos.
Quantas vezes este pessoal é victima da temeridade em recolher os feridos sob o fogo da metralha! Á excepção da infanteria, o corpo sanitario tem pago á morte um tributo superior ao de qualquer das outra unidades do exercito.
De quanta coragem e abnegação não carece elle para que o fragor da batalha não o apavore ou lhe faça perder a serenidade, precisamente quando o combate a todos encandece e enraivece!"
(excerto de Thema particular do Serviço de saude)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na 1.ª folha do livro (em branco).
Muito raro.
Sem qualquer notícia de qualquer registo bibliográfico, incluindo a Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível
30 março, 2017
1.ª edição.
Obra muito interessante, por certo com tiragem bastante limitada. Trata-se de um largo conjunto de reflexões do autor em forma de crónicas sobre Desporto numa época em que despontava o profissionalismo, desiderato que colidia com o espírito amador que presidia às disciplinas desportivas na época, na sua maioria de âmbito lúdico-salutar. Curiosamente, um dos capítulos refere já a necessidade de instituir o controle anti-dopping, algo que só seria concretizado no final dos anos sessenta, e outro, a questão da contratualização desportiva, tendo em vista separar o desporto profissional do desporto amador.
Ilustrada no final com publicidade comercial distribuída por 10 páginas. Refira-se, a título de curiosidade, que apenas um anúncio comercial é permitido no texto, no final de uma das crónicas - o da Casa Peyroteo, propriedade do antigo atleta do Sporting Clube de Portugal - Fernando Peyroteo -, que abandonou o futebol em 1949, no ano da publicação do presente trabalho.
"Em certos casos pode considerar-se o chamado «super-campeão» como o produto-índice de um meio desportivo em que o grau de aperfeiçoamento atingido é muito elevado graças ao nível de vida. Mas, a maior parte das vezes ele aparece feito à força de uma preparação individual fanática, com o único intuito de angariar fama e glória, e com toda a série de desastrosas consequências que tal sistema acarreta, sem que se contribua por esse facto para o desenvolvimento físico do desportista em geral."
(Introdução de Desportistas ou super-campeões?)
Matérias:
- No mundo do Desporto [Introdução]. - A vantagem da creação de um Instituto de Orientação Desportiva. - Deportistas ou super-campeões? - O «Taylorismo» no desporto. - Quando se exaltam as virtudes naturais... - A ideia olímpica e a sua realização. - Jogos Olímpicos - Símbolo de fraternidade universal. - A fotografia e o desporto. - Desporto profissional e profissão desportiva. - Nadar é tão necessário como saber ler. - A condição física do atleta é caso fundamental na sua preparação. - A teoria do esforço progressivo. - Tudo caminha para o sintetismo. - O combate contra o crime. - Como Alexis Carrel vê os campeões de hoje. - A natureza jurídica do contrato desportivo.
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação. Capas manchadas.
Raro.
A BNP possui apenas um exemplar recenseado.
25€
29 março, 2017
e
FONSECA, Dr. J. A. Ferreira da - PROFILAXIA DA INFANCIA ANORMAL DELINQUENTE. Pelo... Director-Medico do Refugio da Tutoria Central de Lisboa. Lisboa, Oficinas Graf. da Cadeia Nacional, 1925. In-4.º (23cm) de 16 p. ; B. Separata do Volume V do "Boletim do Instituto de Criminologia"
Interessantes subsídios (2 vols) sobre a delinquência juvenil no primeiro quartel do século XX, no período pós-República.
"Na observação e estudo a que se procede neste Refugio sobre a criminalidade infantil, encontram-se por vezes casos interessantes dignos de especial atenção. Pertencem a esta categoria os que se referem a dois menores delinquentes, que vieram para a Tutoria acusados de praticarem furtos.
São dois irmãos, que, apesar de serem procriados nas mesmas condições, partilharem da mesma hereditariedade, evolucionar o seu organismo no mesmo ambiente, e receberem a mesma educação, apresentam neuroses de diversa natureza, formando dois tipos de anormais com caracteres somáticos e psiquicos diferentes."
(excerto de Dois menores delinquentes)"Desde a publicação do decreto de 27 de Maio de 1911, da iniciativa do distinto estadista Dr. Afonso Costa, que creou as Tutorias da Infancia, a melhor e mais bela obra humanitaria e de regeneração social organizada pela Republica, até á publicação do decreto n.º 6:117 de 20 de Setembro de 1919, que criou umas Escolas de Reforma, onde só podem ser internados menores sãos e escorreitos, (como diz o decreto) sem anomalias ou molestias que alterem os preceitos regulamentares do Estabelecimento, nada ainda se fez, nem temos qualquer instituição ou medida legislativa, que tenha por fim proteger ou melhorar as precarias condições d'esta categoria de menores. Todavia, não se desconhece que as varias influencias do meio em que vivem estes menores, associados ás suas condições individuais, patologicas ou neuro-psiquicas, constitucionais ou transitorias, perturbam a sua evolução e originam a sua instabilidade, perversão do caracter e do sentimento moral, tornando-os irregulares e inadaptaveis, ou dificilmente adaptaveis ao meio social, carecendo dum demorado e paciente tratamento especial.
Estes menores, dando um largo contingente á criminalidade pelo seu estado psicopatico, fornecem os mais valiosos elementos para o estudo do delinquente, e servem de base fundamental á nova orientação dos sistemas prisionaes e penaes da criminalidade adulta."
(excerto de Profilaxia da infancia anormal delinquente)
Exemplares brochados em bom estado de conservação. Capas soltas, frágeis, com defeitos.
Raro.
15€
28 março, 2017
1.ª edição.
Bonita peça bordaliana. Opúsculo publicado pelos oficiais do 4.º Regimento de Artilharia a título de solidariedade, e em favor de dois camaradas feridos num acidente ocorrido em Maio de 1886 que os deixaram estropiados.
Obra belissimamente ilustrada ao longo de todas as páginas de texto por Rafael Bordalo Pinheiro. As capas são também da sua responsabilidade.
Emprestaram a sua colaboração, através de textos em poesia e em prosa, algumas conhecidas figuras do meio literário da época, entre outros, Tomás Ribeiro, José Ferreira da Cunha Júnior, Rodrigues da Costa, Zeferino Brandão e Assis de Carvalho. Inclui o resumo cronológico do 4.º Regimento de Artilharia
"E um grande heroismo a obediencia; e quanto maior em tempos, em que tão grandiosa se ostenta a liberdade humana!
Pois não é essa obediencia, ás vezes mais sublime que o commando, a que faz os maiores heroes - aquelles que não sabem que o são? Não é ella quem faz sorrir dos perigos? Não é ella quem idealisa o dever?
Foi a patria buscal-os - a esses infelizes soldados - aos enlevos das aves da aldeia, aos canticos das alvoradas campesinas. Mandou-os servir, sem consciencia do dia de amanhã, nas fileiras dos regimentos, que repousam agora indifferentes sobre as tradições de gloriosas batalhas, mas que podem, n'um dia de provação, ter que honrar esta terra, esta bandeira, este nome, que as nações repetem com enthusiamo ao lerem a epopeia da civilisação ou a historia da redempção humana."
(Excerto de A odediencia, Rodrigues da Costa)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Peça de colecção.
Indisponível
26 março, 2017
1.ª edição.
Importante estudo do final de oitocentos sobre o hipnotismo, questão momentosa na época, que médicos, curiosos e religiosos se encarregaram de divulgar através de várias obras publicadas, e que haveriam de manter aceso o interesse neste tema ao longo das primeiras décadas do século XX.
Muito valorizado pela dedicatória manuscrita do autor.
"Já não é nova a pretensão de naturalisar tudo quanto a crença e a razão nos apontam como superior á natureza; todavia o horror ao sobrenatural, que hoje é endemico, foi systematisado no seculo de Semler, d'Eichhorn e do Dr. Paulus, diffundido e vulgarisado no de Strauss e Rénan, e actualmente exerce com toda a franqueza e liberdade a sua acção demolidora no vasto laboratorio das descobertas scientificas, onde lhe servem não só os dados positivos e inconcussos, posto que sempre mal interpretados ou desfigurados, mas ainda e fanaticamente os mais recentes e indefinidos eurekas.
De toda a parte e de todos os cantos do mundo sabio surgem hora a hora novos ataques ao sobrenatural, qualquer que seja a esphera da sua comprehensão; não existe talvez já pedra alguma d'aquelle maravilhoso edificio, que não tenha soffrido os golpes traiçoeiros da moderna sciencia. [...]
Não conheço trabalho algum feito ex-professo, sobre a questão hypnotico-prophetica; isto, porém, não significa que eu tenha a tola pretensão da originalidade; ja ha muito tempo foi dito: nihil sub sole novum; pois nada mais farei do que estabelecer o confronto entre os dados hypnoticos, que a sciencia actualmente nos fornece, e a historia do prophetismo biblico, assás conhecida, embora desenrolada de fórma a evidenciar bem a sua differenciação profunda e o seu antagonismo radical pelo menos ao presente."
(excerto da introdução)
Indice:
Introducção. Parte hypnotica: - Historia do hypnotismo; O que é o hypnotismo? - Processo de hyonotisação e condições de hypnotisabilidade; - Phenomenos geraes do hypnotismo; Perigos do hypnotismo. Parte prophetica: Conceito, mecanismo e historia do prophetismo biblico. Parte hypnotico-prophetica: Approximações hypnotico-propheticas; Inverosimilhança da solução hypnotico-prophetica. Additamento.
Manuel Anaquim (1871-1936). "Figura destacada do clero do Patriarcado de Lisboa, tendo sido cónego e desempenhado funções de Vigário-Geral. Clérigo respeitado entre republicanos, teve papel destacado como teólogo e consultor no Concílio Plenário Português, realizado entre 24 de Novembro e 3 de Dezembro de 1926, em Lisboa." Publicou diversas obras sobre moral e religião; foi director do jornal Notícias da Covilhã.
(fonte: books.google.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa com leve "sombreado" no pé, e pequena falha de papel no canto inferior dto.
Raro.
Indisponível
25 março, 2017
1.ª edição.
Obra publicada sob anonimato, ainda em 1910, pouco depois da implantação da República. Trata-se do relato romanceado da Revolução de 5 de Outubro de 1910, abrangendo os episódios históricos que lhe estão associados, com particular destaque para a resistência oferecida pelos revoltosos na Rotunda.
Apesar da narrativa configurar algum cunho ficcional, a prosa, poderosa e crua, por certo baseada em relatos 'vivos', dá uma outra perspectiva dos acontecimentos - por sinal muitíssimo curiosa -, a visão popular dos factos.
Livro Ilustrado no texto com bonitas capitulares, vinhetas tipográficas e fotogravuras da época.
"- Que vem a ser isto? perguntou ao chegar ao largo a alguns populares.
- Começam a bombardear o palacio das Necessidades.
Então, a despeito da sua edade e da sua prudencia , essa curiosidade que a tanta gente victimou por se irem metter quasi entre os contendores, fez com que o mestre, em logar de ir para casa, se dirigisse para os pontos mais altos do bairro da Lapa, a vêr se d'alli descobria o terrivel espectaculo.
Viu com effeito dois navios de guerra o S. Rafael e o Adamastor disparando tiros para o lado da cidade.
Junto d'elle n'uma culminencia proxima do Pau da Bandeira, havia muitos outros espectadores, a quem um recemchegado d'Alcantara contou o enthusiasmo dos gritos, e vivas á Republica, que partiam d'aquelle revoltado bairro, a cada rombo que as granadas abriam na real morada, e que se a tropa que a defendia d'alli marchasse sobre os revolucionarios do quartel de marinheiros, sahiriam dois mil homens ao seu encontro.
Quando o mestre prestava attenção a estes dizeres, ouviu-se o ribombar de canhões no outro lado da cidade, e logo escutou esta inquietadora nova. A bateria de Queluz tomára posição junto da Penitenciara e travára-se um duello com os defensores do quartel de artilharia 1 e com o campo dos revolucionarios."
(excerto do Cap. IV, O dia 4 de outubro)
Matérias:
I - O placard do «Seculo». II - No Chinquilho. III - A primeira noite da Revolução. IV - O dia 4 de outubro. V - Noite medonha. VI - A proclamação da Republica. VII - Viva a Republica! VIII - O foragido do Quelhas. IX - O governo saudando os heroes da Rotunda. X - O funeral dos martires.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis, sujas, com defeitos.
Muito raro.
35€
24 março, 2017
1.ª edição.
Interessante monografia sobre a Serra de S. Macário - a sua história e lendas associadas - e a zona envolvente.
Ilustrada com fotogravuras a p.b. no texto, e a cores em separado. Contém ainda um desdobrável com um mapa da região estudada.
"Nos confins das freguesias de Sul e S. Martinho das Moitas, concelho de S. Pedro do Sul, eleva-se um monte, denominado Monte de S. Macário, um contraforte da serra da Gralheira que se estende de nordeste para sudoeste, entre os rios Paiva, Sul e Vouga, dando origem às serras da Arada, Manhouce e da Freita, esta já nos limites de Arouca. [...]
O S. Macário é venerado em duas capelinhas existentes no cimo do monte que tem o seu nome, como uma altitude de 1.060 metros e distando uma da outra cerca de 300."
(Excerto de A Serra de S. Macário)
Matérias: - Explicação prévia. - A Serra do S. Macário. - Belezas da Serra. - A Pena, sua Ribeira e Portal do Inferno. - Serra do Tamão outro Portal do Inferno. - A Cova da Serpe (lenda). - Monumentos. - Acesso.
Exemplar em bom estado de conservação. Capas algo sujas. Vestígios antigos de humidade numa das estampas extra-texto.
Raro.
15€
Reservado
22 março, 2017
1.ª edição.
Curioso livrinho sobre higiene popular. Publicado em Bragança, nos primórdios do Estado Novo, serviam o propósito do regime na divulgação dos cuidados de saúde.
"Nem o muito dinheiro, nem as maiores glórias bastam para a nossa felicidade. É indispensavel a saúde.
A doença vem sempre acompanhada de sofrimento e com êste é impossivel o bem-estar. [...]
Não há riqueza que compense o sofrimento, não há fortuna capaz de substituir a saúde.
Quando estamos doentes pomos de lado tôdas as alegrias e preocupações. Só nos interessa combater a doença, afastar a possibilidade de passarmos o resto da vida sempre a sofrer e arredar a própria morte para o mais longe possível. É que a saúde é a única garantia da vida e por isso lhe atribuímos um valor superior a tudo." [...]
Há uma ciência, isto é, um conjunto de conhecimentos que nos ensina como havemos de proceder na defesa da saúde e para a conservação da vida. É a Higiene.
Tôdas as ciências, tôdas as artes, tôdas as indústrias devem ter em vista o bem-estar da Humanidade - e portanto tôdas elas contribuem para um fim comum que é a saúde do corpo e do espírito - sendo assim auxiliares e subsidiárias da higiene."
Índice:
- Higiene geral. - Higiene individual. - Higiene colectiva. - Higiene da habitação. - Higiene mental. - Higiene social e moral.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
10€
21 março, 2017
Guia Michelin dos campo de batalha da Grande Guerra. Edição em francês, no original, totalmente impressa sobre papel couché. O presente roteiro é dedicado a Verdun, onde se travou, em várias fases, uma das mais longas e importantes - sangrentas e destruidoras, batalhas do conflito.
Ilustrado com inúmeras fotogravuras de aspectos da batalha, das trincheiras e da destruição provocada pelos bombardeamentos em monumentos e zonas habitacionais. Contém ainda croquis e mapas das zonas de guerra, um deles em separado, ocupando 2 folhas.
(excerto do preâmbulo)
20 março, 2017
1.ª edição.
Curiosa conferência onde o autor, à luz da história, procura interpretar psicologicamente algumas das figuras femininas que intervieram no drama sangrento da Paixão de Cristo.
Ilustrada no final com um bonito desenho floral em separado.
"A primeira mulher, que vemos mencionada, no relato histórico da Paixão de Jesus, é, como diríamos hoje, uma senhora da primeira sociedade: nada menos que a esposa do Procurador romano, [Pôncio Pilatos]. [...]
É, na verdade, simpática a aparição desta figura. A sua intervenção, embora discreta, revela, antes de mais nada, certo apreço pela pessoa de Jesus, a quem denomina justo, e desejo de que seu marido não coopere na condenação daquele inocente. No meio do vociferar rancoroso dos inimigos do Senhor esta doce voz dum coração feminino constitui, não só um contraste flagrante, mas também um reconfortante exemplo.
Mas quem era a mulher de Pilatos?
Como explicar esta intervenção?"
(excerto de A mulher de Pilatos)
Intervenientes no drama:
- A mulher de Pilatos. - As filhas de Jerusalém. - Dois grupos no calvário: O grupo mais distante [Maria Madalena (mais tarde integraria o 'grupo mais próximo'); Maria, Mãe de S. Tiago Menor; Salomé.]; O grupo mais próximo [Maria Madalena; Maria, Mãe de Jesus]. - A Verónica.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta pequena mancha no canto superior dto. A f. rosto tem inscrição: Homenagem dos Editores.
Muito invulgar.
15€
19 março, 2017
1.ª edição.
Preciosa monografia sobre Moçambique, fruto das observações e reflexões do autor ao longo dos dois anos (1921-1923) em que desempenhou o cargo de Alto Comissário na colonia.
"Possuimos colonias ha seculos; temos colonias espalhadas por todo o mundo, e se nem todas teem o mesmo alto valor intrinseco, não há uma só que não tenha um apreciavel valor de posição, para nos servirmos duma linguagem emprestada. [...]
Para que o paiz se interesse, a valer, pelas colonias, é condição indispensavel... conhecel-as. Vagamente ele sabe que possuimos terras, imensas terras, na Africa, na Asia, na Oceania, tendo perdido ha bons cem anos as que possuiamos na America e constituem hoje um Estado independente, uma das mais florescentes republicas do Novo Mundo. [...]
Se o futuro de Portugal está nas colonias, é necessario que o Paiz as conheça, saiba o que elas valem, como centro produtor de materias indispensaveis á actividade industrial da Metropole, sendo ao mesmo tempo centro de consumo de quanto a Metropole lhes pode fornecer, e elas são incapazes de produzir."
(excerto do prefácio)
Índice:
- Prefácio. - Aptidões culturaes do Solo. - O assucar. - Um contrato. - A fisionomia da terra. - Madeira e lenha. - Os minerais. - Gados. - A população. - A assistencia aos indigenas. - A preguiça indigena. - Trabalhadores e salario. - Poligamia.
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro na pasta frontal e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
18 março, 2017
FERREIRA, Reinaldo - HOMENS DO DIA E MULHERES DA NOITE. [Memórias do reporter X]. Lenine - Mussolini - Raquel Meller - Rasputine - Mata-Hari. Porto, Albatroz Editora, 1926. In-8.º (19,5 cm) de 207, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso conjunto de curtas biografias de algumas das mais marcantes figuras do século XX, - pela pena inconfundível do Repórter X.
Ilustrado com uma caricatura de cada um dos biografados.
"Como daí, da bancada dos leitores poucos serão os que me surpreenderam nesta labuta infernal, quotidiana, que dura já há dôze anos, atafulhando quartos de papel, escrevendo pelos eléctricos, pelos cafés, nos bufetes de estação e nos «fumoirs» dos barcos; nesta lufa-lufa de viagens, neste vai-vem da gare que me conduz ao Mundo e da gare que me conduz de novo a esta terra - vivendo como uma «pelota» basca que é atirada contra a parede e que volta à «raquette» que a expediu - é preciso que eu os previna, que as minhas «memórias» são apenas reportagens, reportagens que se espalharam, como cartas de jogar lançadas ao vento e hoje se reunem em baralhos.
Dessas reportagens, o maior número são as inéditas, as proibidas, as que eu fiz na antecipada certeza de que não seriam bem acolhidas pelos jornais. São as «fotos» impressionadas à franco-atirador; surprezas dos alçapões; bisbilhotices e inquéritos conseguidos nos subterrâneos da minha vida de reporter andante; - «clichés», em suma, que estiveram guardados na «camara escura» das malas, à espera da oportunidade para o banho da revelagem."
(Excerto do preâmbulo, Memórias?)
Índice:
Memórias? [Preâmbulo]. Rasputine: I - A Pasta das Surprêzas; II - O russo do calabouço 8; III - O malefício; IV - O enigma; V - O assassinato do Homem Imortal. Raquel Meller: I - Aquela que as rainhas invejam; II - O segrêdo de Raquel. Mussolini: I - História e heroísmos da imprensa clandestina; II - "Ela", e o Ditador; III - A espionagem do Ditador; IV - A história e o segrêdo dos quatro atentados. Mata-Hari: I - A revisão do processo; II - Onde encontrei Mata-Hari; III - A vida-folhetim de Mata-Hari; IV - As vítimas da espionagem- Lenine: I - Lenine, eremita...
Reinaldo Ferreira, sob o pseud. Repórtex X (Lisboa, 1897 - Lisboa, 1935). "Considerado desde cedo como um prodígio do jornalismo, Reinaldo Ferreira já era reconhecido como repórter importante aos 20 anos. Viveu e trabalhou na Espanha, na França e na Bélgica. Diz-se que a sua invulgar imaginação era fortemente impulsionada pela morfina, vício por si mesmo assumido em 1932 no volume Memórias de um ex-morfinómano, escrito depois de uma desintoxicação. Muito cedo deixou que a sua imaginação mistificasse os leitores, apresentando ficção como realidade. Por exemplo, escreveu uma reportagem sobre a União Soviética sem nunca lá ter ido, e publicou uma série de cartas no jornal O Século, sob o pseudónimo Gil Goes, sobre um crime macabro que teria ocorrido na Rua Saraiva de Carvalho, em Lisboa. Em 1930, fundou o jornal Repórter X, designação que já usava como pseudónimo. O jornal granjeou sucesso com grandes tiragens. Era pois uma conhecida figura no meio jornalístico e literário da época, tendo sido amigo íntimo de Mário Domingues. Destacou-se também como produtor e realizador, tendo fundado uma produtora cinematográfica e dirigido três longas-metragens: O groom do Ritz, O táxi 9297 e Rito ou Rita. Publicou dezenas de volumes de ficção policial e de aventuras, assim como folhetos semanais com a mesma temática. Criou várias personagens marcantes, nomeadamente O mosqueteiro do ar (1933), personagem que se assemelhava com o Super-homem norte-americano, embora tenha surgido antes (a primeira banda-desenhada do Super-homem seria apenas publicada em 1938)."
(Fonte: http://fcsh.unl.pt/chc/romanotorres)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente oxidadas.
Invulgar.
15€ - Reservado
17 março, 2017
1.ª edição.
Monografia sobre Nossa Senhora de Fátima (ou N. Sra da Conceição), Padroeira de Portugal, publicada na sequência das comemorações do duplo centenário da Fundação e da Restauração de Portugal, celebrado em 1940.
Ilustrada com bonitas vinhetas.
"É vastíssima a bibliografia mariana portuguesa. Mas sente-se a falta dum volume cómodo e breve, em que o leitor não tenha de prevenir-se contra o elemento lendário, aliás tão curioso, nem se exponha a fatigar-se com intrincadas análises eruditas.
A Padroeira de Portugal apresenta-se com a simplicidade que, no pensamento dos autores, foi propósito.
Verdades que andavam misturadas com devotas ilusões, notas esparsas, documentos abandonados ou mal conhecidos, de tudo aqui ficará um pouco, mais em louvor da Virgem da Conceição do que em jeito de lição de história religiosa e nacional."
(excerto da introdução)
"O dogma da Imaculada Conceição foi-se precisando na doutrina da Igreja por um esfôrço secular de tradição cristã. Nos primeiros séculos, os escritores eclesiásticos dão claro testemunho da elevada santidade da Virgem Maria e afirmam cada vez mais solenemente a sua absoluta pureza, mas não fazem referência expressa àquele mistério.
Só na Idade Média, com o aparecimento da festa da Conceição de N. Senhora, surgiram controvérsias teológicas sôbre as quais a Igreja evitava pronunciar-se, mas que contribuíram notàvelmentte para o esclarecimento da doutrina."
(excerto de História do dogma)
Índice:
- História do dogma. - Origens da festa. - Primícias do culto em Portugal. - A eleição da Padroeira. - Breve de Clemente X, confirmando a eleição. - Novos testemunhos da devoção portuguesa. - Lápides votivas. - Em louvor da Padroeira.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Dedicatória (não dos autores) na f. anterrosto.
Raro.
Indisponível
14 março, 2017
LIMA, J. Garcia de - A MULHER PERANTE AS LEIS. Solteira - Casada - Divorciada - Viuva - Binuva e Mãe : Direitos - Deveres - Obrigações - Regimen dotal. Legislação e Jurisprudencia. Lisboa, Edição da Biblioteca d'Educação Nacional, [1914]. In-8.º (18,5 cm) de 94, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio legislativo. Colecção de leis reguladoras da condição feminina, promovidas pelo regime republicano saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910.
Sumario:
- Do domicilio da mulher casada. - Do casamento. - Das Doações. - Doações feitas por terceiros aos esposados. - Das convenções dos conjuges em relação a seus bens. - Do poder paternal. - Interrupção da sociedade conjugal. - Da separação das pessoas e simples separação dos bens. - Regimen dotal. - Do Divorcio. - Apanagio das viuvas. - Das segundas nupcias. - Das fianças que a mulher póde prestar. - O que é vedado á mulher sem autorisação do marido. - Direitos e obrigações dos conjuges. - Filhos legitimos ou perfilhados. - Investigação da paternidade ou maternidade ilegitima. - Alimentos e socorros ás mães dos filhos ilegitimos. - Da mulher comerciante e direitos da mulher casada com falidos. - Adulterio. - Bigamia. - Interdição, Etc.
Exemplar por abrir, em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Raro.
Com interesse histórico.
Sem registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível
12 março, 2017
"Ás mães e noivas portuguezas, que souberam amar a sua terra no sacrificio aos entes queridos".
Indisponível
10 março, 2017
1.ª edição.
Drama histórico sobre D. Leonor de Bragança, primeira mulher de D. Jaime, o 4.º Duque de Bragança, e por este assassinada num acesso de ciúme.
Obra dedicada pelo autor a Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Luiz.
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Manuseado; lombada com desgaste evidente.
Invulgar.
10€
09 março, 2017
1.ª edição.
João da Ribeira é o pseudónimo literário do Pe. João Vaz de Amorim, antigo pároco de Bouçoães (ou Bouçoais), freguesia do concelho de Valpaços.
Obra impressa em Chaves. Curiosa colecção de memórias do autor sobre aspectos etnográficos da sua terra e das suas gentes.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"Por estas altas e agrestes paragens, depois de meados de novembro, no geral, póde-se considerar também chegado o rigor do inverno. Caem fortes aguaceiros, sopram furiosamente rijas ventanias e pelas cumiadas das serras começam a alvejar extensos lençóes de neve.
É então chegado o tempo triste do inverno!
Com a safra das castanhas e as sementeiras dos centeios, acabam-se os afazeres agricolas e é depois disso que esta boa gente, já livre dos pesados labores, frequenta com mais assiduidade as feiras regionais, algumas délas sem dúvida de assás e reconhecida importancia. Mas, d'entre todos esses grandes mercados públicos, tem certamente logar primacial a afamada Feiras dos Santos, que se realisa anualmente em Chaves, no último dia de outubro e no primeiro de novembro - dia este em que a igreja também celebra a Festa de todos os seus bem-aventurados celestiais.
Depois de 15 de outubro, começam a aparecer os ciganos, cujas caravanas, vindas da Terra Quente ou lá dos confins do distrito de Bragança, invadiam todas estas aldeias e povoados. Era uma multidão de maltrapilhos, uma promiscuidade indecente de homens, mulheres, cães enormes, jumentos cobertos de chagas asquerosas e cavalos lazarentos e estropiados.
As mulheres, criaturas repelentes que lustravam os cabelos profundamente negros com banha de porco, vestiam muitas saias de grandes rodas, umas sôbre as outras, e andavam esmolando de porta em porta, com voz lamurienta e importuna, transportando os filhos no imundo regaço, entalados entre os chales em cruz e os peitos fartos e tumidos. Tudo pediam no patamar das escadas, ásportas das casas: castanhas, batatas, pão, geropiga, gorduras para a sôrda, etc."
(excerto do Cap. XII, Os ciganos - A Feira dos Santos)
Indice:
I - O primo Anastacio. II - A caminho da Serra - O Templo Romanico. III - O Senhor Felizardo Ventura - A casa do Ladário. IV - Uma arraia há trinta anos - A Florinda do Adro. V - No presbiterio da Serra - O meu primeiro dia de escola. VI - O meu regresso a férias - A matança. VII - Os oficios fúnebres - As Domingas - O tio Simão. VIII - A Laurinda da Capela não fez excepção - Outro Casamento - O Farpelinhas. IX - Os serviçais da nossa casa. X - As Solenidades da Senhora da Fonte. XI - As ceifas - Fructos da terra são bençãos de Deus. XII - Os ciganos - A Feira dos Santos. XIII - A Festa do natal - A ceia e o serão da consoada - O meu lindo presépio.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa manchada, com defeitos; Lombada com falha de papel de relevo; sem contracapa.
Raro.
Com grande interesse etnográfico e regional.
Indisponível
07 março, 2017
1.ª edição.
"Se deitarmos os olhos para os longes da nossa vida nacional, e virmos com elles percorrendo as jornadas da nossa tradição e da nossa literatura, veremos sobresair, do remoto tempo aos nossos dias, a persistência poética da raça, resistente através da obra empreendida quase com método em Portugal - a obra da sua desnacionalização. O povo português afirmou sempre, no seu folclore e nos livros dos seus escritores, o fundo étnico que enobrece a feição peculiar do sentimento colectivo.
E essa afirmação do caracter étnico, que representa na alma dos povos o mesmo valor da afirmação do caracter moral nos individuos, constitue, ainda hoje - a nossa melhor esperança. Portugal desmembra-se no seculo XII do reino galaico-leonês, por um movimento da alma popular, e não por via da ambição heroica de Affonso Henriques. Ao coração do primeiro rei aflue a aspiração de independência que anima o povo que o elege para chefe, e este aparece-nos como o síntese guerreira do sentimento nacional, de ha muito vibrante a apto a expandir-se."
(excerto da conferência)
Afonso Lopes Vieira (1878, Leiria - 1946, Lisboa). "Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, vindo depois para Lisboa onde exerceu o ofício de redator da Câmara dos Deputados até 1916, tendo deixado o cargo para se dedicar exclusivamente à atividade literária.
Na juventude interessa-se pelos clássicos da literatura à poesia e colabora com jornais manuscritos, da época. Em 1897 publica o seu primeiro livro de poesia “Para Quê?”, começando então um longo período dedicado à literatura, em especial à poesia, que só culminará por volta de 1940.
A vasta obra de Afonso Lopes Vieira não se limita à poesia, colaborando também em conferências de valor artístico, dedica-se igualmente à causa infantil e colabora em publicações periódicas."
(Afonso Lopes Vieira, in 'Antologia Poética')
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Atingido pela humidade, sobretudo na contracapa e nas três últimas folhas do livro.
Invulgar.
Indisponível
06 março, 2017
1.ª edição.
Importante subsídio para a história do teatro na Ilha Terceira, Açores.
Ilustrada com dois retratos em extratexto: do Coronel Eduardo Gomes da Silva, autor do projecto e director da obra de reconstrução do Teatro Angrense; do empresário Cine-Taurino Macedo Pamplona, um dos maiores accionistas do Teatro Angrense.
"Com referência à origem da Arte de Talma na Ilha Terceira, isto é, de representações teatrais, está isso, envolvido num denso nevoeiro que não conseguimos dissipá-lo, conquanto rebuscássemos, aturadamente, nos arquivos os elementos desejados.
Do nosso trabalho concluímos que o gosto pela Arte de Talma, deve, talvez, ter tido início, nas representações em palcos improvisados dos salões das nossas casas solarengas, onde predominava o entusiasmo pela cultura da poesia."
(Excerto do preâmbulo)
"No local onde se acha construído o nosso Teatro, desenvolveu-se um foco pestoso, originado por mercadorias, importadas da China. A Câmara desta cidade, como medida higiénica ordenou que imediatamente se deitasse fogo no referido local e que o mesmo se conservasse ateado, durante três dias.
Este triste acontecimento deu-se no ano de 1599.
Por mais de dois séculos tinha permanecido em ruínas a casa queimada e como o local fosse apropriado para a construção dum teatro, um grupo de terceirenses, entusiasta pelos interesses da sua terra, constituiu-se em sociedade e resolveu meter ombros à empresa, por meio de acções."
(Excerto de A vida do nosso Teatro)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam manchas antigas de humidade.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Com grande interesse regional e histórico-cultural.
Indisponível
05 março, 2017
1.ª edição.
Importante estudo crítico, histórico e biográfico sobre a «Arcádia Portuguesa», reputada academia literária setecentista.
Obra em 3 volumes (completa). Inclui no final do 3.º tomo "o soberbo artigo" do autor sobre Emilio de Laveleye.
"Rebello da Silva, na sua actividade febril de escriptor, encheu columnas e columnas de Revistas, e outras publicações congéneres do seu tempo, da sua scintillante e malleavel prosa, tocando todos os pontos do saber humano, mas muito especialmente os assumptos literários, que lhe mereciam muito particular predilecção.
D’entre estes destacam-se os estudos literários sobre a Arcadia, ácerca dos quaes escreveu primeiramente artigos seguidos no Panorama de 1853 a 1855, sob o titulo geral de Poetas da Arcadia, e em que tratou successivamente d'estes tres poetas: Pedro Antonio Correia Garção, Domingos dos Reis Quita e Antonio Diniz da Cruz e Silva; e mais tarde um estudo geral, a Arcadia Portugueza, nos Annaes das Sciencias e Lettras, em 1862.
São estes notáveis trabalhos, nunca publicados em volume, que nós vamos reeditar…"
(excerto da Nota dos Editores)
Belíssima encadernação inteira de carneira, com rótulos em carmim e ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. anterrosto.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e literário.
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04 março, 2017
1.ª edição.
Obra censurada; proibida de circular e apreendida pelo regime do Estado Novo, assim como, algumas outras obras sobre o mesmo tema do prefaciador - Jaime Brasil - que nos primeiros anos da década de 30 do século XX publicou vários livros sobre a questão sexual, liberdade afetiva e controlo dos nascimentos, que lhe valeram polémicas com os católicos e, finalmente, o exílio em França e Espanha.
Ilustrada com oito belíssimas e sugestivas estampas intercaladas no texto.
"Este livro é a Bíblia da Mulher. É a escritura da sua maioridade social. Diz-lhe que começou uma outra Era. Facto colocado no limiar dos Novos Tempos indica-lhe os caminhos necessários para atingir a sua perfeição. Como esta é, a-final, a da espécie, desvenda as rotas futuras da Humanidade. Esclarece os sectores entenebrecidos pelo preconceito. Desvenda os panoramas do Amor, no Mundo de amanhã."
(excerto do prefácio)
Índice:
I - Uma só moral para ambos os sexos. II - A árvore multi-secular. III - O Pudor. IV - O sexo e a devindade. V - As mulheres honradas. VI - As virgens. VII - A rameira. VIII - D. Juan. IX - Otelo. X - O crime do silencio. XI - O direito das mãis. XII - O ideal erotico masculino.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
02 março, 2017
1.ª edição.
Importante peça jornalística sobre o julgamento dos operacionais do ELP e MDLP - movimentos clandestinos de extrema-direita - acusados de atentados terroristas de norte a sul do país, entre 1975 e 1976.
Capa de Jorge Palha.
"A partir de Outubro de 1975 o Norte do País foi o palco de uma série de atentados que visavam bens e militantes pertencentes a organizações de esquerda. Durante meses foram destruídas inúmeras viaturas de militantes ou simpatizantes do partido Comunista, foram atirados engenhos explosivos contra a Liga Comunista Internacionalista, a livraria Avante! ou uma tipografia que estava a imprimir um livro de vasco Gonçalves. Desde o início a autoria desses atentados era atribuída ao Exército de Libertação Nacional (ELP) e o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), organização que foi dirigida pelo ex-presidente da República António Spínola e a que estava ligado Alpoim Calvão.
(Apresentação)
"No dia 16 de Novembro de 1977 começou no 5.º Tribunal Militar, em Lisboa, um julgamento que iria fazer correr rios de tinta e criar alguns sobressaltos na consciência dos portugueses que acreditam na justiça democrática: o julgamento do agrupamento terrorista que entre fins de 1975 e até finais de 1976 espalharia o pânico, a destruição e a morte por todo o País. Ligado às organizações fascistas ELP e MDLP, este agrupamento em julgado a partir daquela data é, no entanto, apenas um braço (importante, embora, mas apenas isso) da horda antidemocrática que, inetgrando antigos elementos da ex- PIDE-DGS, da Ex-Legião Portuguesa, FNLA, UNITA e vários militares e civis de tendência nazi-Fascista, tentaram subverter o Portugal pós-25 de Abril numa onda de violência e de desordem caótica."
(excerto da Introdução)
Índice:
- Introdução; - O libelo acusatório; - Uma peça importante do processo; - O diário do julgamento; - A confissão gravada de Ramiro Moreira; Chicana processual; - Inventar nulidades onde só há verdade material dos factos; - Uma sentença singular e um acordão cheio de lacunas; - Justa homenagem aos mortos e não só.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. anterrosto.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível