LIMA, Ignacio d'Abreu e - BAILATAS. Lisboa, Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira & Cta., 1907. In-8.º (19cm) de 118, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Edição original de uma das mais apreciadas obras de António Feijó, que assina com pseudónimo.
"Em Bailatas, obra publicada em 1907 sob o pseudónimo de Inácio de Abreu e Lima, parece ter a intenção de parodiar o Decadentismo, mas a verdade é que muitas dessas poesias atingem consonância com a própria sensibilidade simbolista. As suas últimas obras, particularmente a coletânea póstuma Sol de inverno, editada em 1922, espelham o lirismo sóbrio, o simbolismo depurado, os motivos melancólicos, outonais, e os temas da saudade e da morte, que são algumas das características da obra de António Feijó."
(fonte: infopédia)
"Na minha dôr immensa
Andei perdido pelo mundo;
E ouvi por toda a parte esta sentença,
D'um conceito profundo:
O Amor é uma doença
Que pelos olhos se contrae;
Dos olhos desce aos labios, e dos labios
No coração descae.
Mas depois, não ha medicos, nem sabios;
De lá nunca mais sae!"
(Aphoristica)
António Joaquim de Castro Feijó (Ponte de Lima, 1859 - Estocolmo, Suécia, 1917). “Poeta e diplomata português. Formou-se em Direito em Coimbra, tendo exercido a advocacia por um breve período de tempo e seguido depois a carreira diplomática. Foi cônsul no Brasil (1886) e, até à data da sua morte, ministro de Portugal na Suécia, onde veio também a casar. Poeta ligado ao parnasianismo, é considerado o representante português, por excelência, deste movimento estético. Destacou-se pela sua destreza formal, recorrendo aos mais variados tipos de verso, e por um certo exotismo, patente, por exemplo, na adaptação de poemas chineses em Cancioneiro Chinês (1890). Os seus temas estão frequentemente ligados a um certo desencanto, a um sentimento de decadência e mágoa (também devido ao afastamento de Portugal), e ainda de pessimismo. Ao tema recorrente da morte associa um ideal de beleza fria e mórbida. O seu estilo contido e requintado, reflectindo, apesar da sua temática obsessiva, um distanciamento aristocrático, coloca-o num lugar singular da poesia do seu tempo.
Estreou-se com Transfigurações
(1882), publicando ainda Líricas e Opulentas (1884), À Janela do
Ocidente (1885), Ilha dos Amores (1897) e Bailatas (1907). Postumamente,
foram editados Sol de Inverno (1922), Novas Bailatas (1926), Sol de
Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas (1981). Saíram, em 1940, as
Poesias Completas de António Feijó."
(fonte: www.escritas.org)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto.
Muito invulgar.
25€
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