PORTELA, Severo - OS CONDEMNADOS. Lisboa, Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, 1906. In-8.º (19cm) de [2], 222, [6] p. ; B.
1.ª edição.
Capa: Desenho de F. Gouveia.
Interessante conjunto de crónicas, com particular relevo para uma narrativa dedicada à Coimbra estudantil, suas praxes e tradições - A Penelope coimbrã.
"Velho e relho aferrado á tradição que o vilipendia e reduz o anacronico pardieiro a culminar a augusta cidade do Mondego constitue dos perigos o mais ameaçador para a justa tranquilidade nacional.
Que eu saiba, não houve até agora mão audaz que se aventurasse a desalojar das cornijas dos Geraes a poeira medieva que lá se amontoa, - e por isso em cada austo que d'ali se alevanta, panica, noturna, crucita a todo o instante a alma lamentosa do rei fundador."
(excerto de A Penelope coimbrã)
Índice:
- A esmo. Os cavadores. - Barro e gloria. - As uvas brancas. - A Penelope coimbrã. - A forja. - Cidade de marmore. - O corcunda. - Mero incidente. - Bruxas. - Os inuteis. - A bondade do santo. - A quimera. - Mar Morto. - Mendigos. - Conto do Natal. - O Ribeirinho. - O pobre do Loreto.
Severo Portela (1875-1945). Natural de Cedofeita, Porto. Professor e escritor. Pai de Artur Portela (jornalista e escritor) e Severo Portela Júnior (pintor de mérito). Apesar da sua obra ser em grande parte desconhecida do público, publicou cerca de uma vintena de títulos, que vão desde estudos anterianos, romances e novelas, a uma monografia sobre a sua cidade natal - o Porto.
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação. Com algumas folhas soltas no interior do livro. Assinatura de posse e carimbo na f. rosto.
Muito invulgar.
Indisponível
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