04 agosto, 2016

MONTEIRO, Henrique Pires - A BRIGADA DO MINHO NA GRANDE GUERRA. Discurso proferido no Teatro Sá da Bandeira, em Viana do Castelo, no dia 3 de Maio. O produto líquido reverte para a Subscrição Nacional dos Padrões da Grande Guerra, Consagração do Esforço da Nação Portuguesa e Glorificação dos nossos Mortos. [S.l.], [s.n. - Composto e imp. na Tipografia da Escola Militar, Lisboa], 1922.
In-8.º (22cm) de 23, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do Coronel Eugénio Carlos Mardel, antigo comandante interino da Brigada do Minho, a quem a obra é dedicada.
Obra ilustrada com uma estampa colada na 1.ª folha representando a bandeira da Brigada do Minho, com a seguinte legenda: Ás senhoras de Viana do Castelo, que bordaram a bandeira da Brigada do Minho e nas dobras dessa seda colocaram os seus corações e a sua fé no valor e na audacia do glorioso soldado minhoto.
Inclui correspondência trocada entre o Tenente Coronel Henrique Pires Monteiro e o Coronel Eugénio Carlos Mardel.
"A população do Minho deu valioso concurso para a nossa Armada e para o nosso Exercito, durante esses quasi cinco anos em que duas Humanidades e duas Civilisações europeias se chocaram, destruindo riquesas, mas afirmando a força soberba do Direito, finalmente vencedor; ceifando vidas, mas criando energias morais, que serão a gloria historica desta nossa geração. Os homens sadios e fortes dos campos e cidades deste rincão da Terra Portuguesa, o prospero e risonho "formigueiro minhoto", de que nos fala Ramalho, combateram em Africa, nas nossas duas ricas colonias de Angola e de Moçambique, onde a Grande Guerra, pavoroso digladio de Povos, teve natural eco; e lutaram em França, defendendo as trincheiras da Flandres, durante mais dum ano, igualando, excedendo por vezes, os melhores soldados dos Exercitos Aliados, cuja historia tantos exemplos regista de honra e de audacia, de resolução e de persistencia.
Em França. os soldados desta Provincia constituiram uma unidade a Brigada do Minho. Aos meus camaradas - Oficiais e Praças - désta Brigada constituida pelos Batalhões de Viana do Castelo, de Braga, de Guimarães e de Barcelos, especialmente me quero referir, prestando-lhes a devida homenagem pelo nobilissimo exemplo de virtudes civicas, que, com o seu consciente cumprimento do Maior Devêr, deram a todos os portuguêses."
(excerto do Discurso)
Henrique Sátiro Lopes Pires Monteiro (1882-1958). "Militar de Infantaria, nasceu em Lisboa a 12 de Janeiro de 1882. Depois de concluir o liceu, ingressou na Escola Politécnica e assentou praça na Escola do Exército (1898), tendo tirado o curso de arma de Infantaria (1901) e o curso do Estado-Maior, na mesma Escola (1907). Foi promovido a alferes (1902), a tenente (1906), a capitão (1912), a major (1917), a tenente-coronel (1919) e a coronel (1927), tendo passado à reserva em 1938. Participou nas tropas que defenderam a República contra as incursões monárquicas (1911-1912), e contra a monarquia do Norte (1919). Professor na Escola de Guerra (1912-1927), serviu em diversas unidades do Exército e do Corpo do Estado-Maior. Participou na expedição ao Sul de Angola (1915), com as funções de chefe do Estado-Maior do quartel-general do chefe da coluna, general Pereira de Eça. Integrou o CEP (1917-1918), em França, onde desempenhou o cargo de chefe de Repartição de Organização e Instrução do Quartel-General do Corpo. Foi condecorado diversas vezes, entre estas, com a Cruz de Guerra e medalhas de Valor Militar, Bons Serviços, Comportamento Exemplar, comemorativas da campanha do Sul de Angola (1915), e do CEP, em França (1917-1918), da Vitória. Oficial da Ordem da Legião de Honra, por serviços prestados na Grande Guerra, em França. Vereador da Câmara Municipal de Lisboa (1918), pelo PRP-Democrático. Governador civil do Porto (1919). Deputado (1922-1925), eleito por Santo Tirso. Ministro do Comércio (Julho a Novembro de 1924). Morreu em Lisboa a 23 de Abril de 1958."
(Fonte: www.portugal1914.org/portal/pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa manchada.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

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