30 junho, 2016

SÁ, Luís Andrade de - A HISTÓRIA NA BAGAGEM. Crónicas dos Velhos Hotéis de Macau. Macau, Instituto Cultural de Macau, 1989. In-8.º (22cm) de 151, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curiosa colecção de episódios e narrativas sobre Macau, tendo os seus hoteis emblemáticos como pano de fundo.
Livro ilustrado a p.b. e a cores, em página inteira, na sua grande maioria impressas sobre papel couché.
"Quase anónimos na malha urbana da cidade, e arredados da sua vida social, os velhos hotéis de Macau pouco mais são hoje do que manchas arquitectónicas que resistem ao desenvolvimento. Recuperar a sua memória é contar-lhes as histórias e os episódios que, num ou noutro momento, os transformaram em catalizadores do interesse público.
Histórias que, muitas vezes, os ultrapassaram porque resultantes daquilo que em Macau foi dominante nos últimos cem anos - o frenesim. Os hotéis Bela Vista, Kuoc Chai, Central e o desaparecido Riviera foram locais excitantes, muitas vezes os próprios palcos da vertigem que era a cidade de Macau dos piratas, do ópio, do jogo e da guerra."
(apresentação)
"Há poucas cidades que tenham conservado tamanha identificação com um hotel como aquela que hoje regista Macau (não só a cidade como também o Território) relativamente ao Hotel Lisboa. Trata-se de uma aderência geralmente aceite, expressa nas universais referências a Macau como o enclave-casino.
Território de passagem e de confluência, logo um grande território, na terminologia de Lao Tsé, Macau tem a sua génese ligada ao efémero dos valores mercantis e à curiosa nomadização dos viajantes/comerciantes que aqui constituíram um legado de séculos que a História poderá abreviar.
Estamos, estivemos, de passagem, mesmo aqueles que, durante séculos, aqui enterraram e baptizaram os seus. Uma afirmação que regista a tragédia de ser esta uma falsa diáspora, no sentido que a palavra tem no universo judaico-cristão, mas que não deixa de reflectir um imenso e devorador êxodo.
Falar hoje nos hotéis que fizeram história e nas histórias que fizeram os hotéis corresponde essencialmente a um projecto de reavivar factos marcantes na vida do Território nos finais do século XIX e nos setenta anos de 1900 - a transmigração, as rupturas e a normalização, o fait divers e o registo, o ser e o parecer. Quer dizer, aquilo que foi e aquilo que aconteceu; e aquilo que pareceu ter sido e pareceu ter acontecido."
(excerto da introdução)
Índice:
- Introdução. - Fim de Século. - O Novo Século. - Os anos da mudança. - Os Refugiados. - A Guerra. - Os novos desafios.
Luís Andrade de Sá. Licenciado em Comunicação Social, pela Universidade Nova de Lisboa. Foi jornalista da TDM, Teledifusão de Macau, na década de 1990. Depois, em 2000, regressou a Portugal, onde trabalhou em vários órgãos de comunicação social, como a Agência Lusa. No ano passado, o jornalista voltou ao território para dirigir o semanário bilingue Plataforma. Em 2015 tornou-se no novo director da Macau Business.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

25 junho, 2016

REGULAMENTO DO JÔGO DO POLO MILITAR - MINISTÉRIO DA GUERRA : Repartição do Gabinete do Ministro. Lisboa, Imprensa Nacional, 1931. In-8.º (22 cm) de 89, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Regulamento aprovado durante o período da Ditadura Militar. Livro ilustrado no texto com desenhos, quadros e esboços esquemáticos.
"Sendo evidentes as grandes vantagens que podem advir, para a preparação eqüestre de todos os oficiais, da prática do jôgo do polo militar;
Convindo, em face do enorme desenvolvimento que êste género de desporto está tendo nos diferentes países não só da Europa como do mundo inteiro, regulamentar o citado jôgo de forma a satisfazer à exigências do momento actual;
Usando da faculdade que me confere o n.º 2.º do artigo 2.º do decreto n.º 12:740, de 26 de Novembro de 1926, por fôrça do disposto no artigo 1.º do decreto n.º 15:331, de 9 de Abril de 1928, sob a proposta dos Ministros da Guerra e do Interior:
Hei por bem aprovar e mandar pôr em execução o regulamento do jôgo do polo, que faz parte integrante do presente decreto, o qual será cumprido por todas as unidades montadas que tenham condições para o fazer.
Os Ministros da Guerra e do Interior assim o tenham entendido e façam executar. Paços do Govêrno da República, 17 de Janeiro de 1931. - António Óscar de Fragoso Carmona - João Namorado de Aguiar - António Lopes Mendes."
(Decreto n.º 19:878)
"O jôgo do polo é a luta rápida e violenta de duas équipes de cavaleiros, cada équipe procurando, com o auxílio de maços, introduzir uma bola de madeira ou pequena bola de cabedal entre as balizas do campo adversário.
Luta rápida - O jôgo deve ser conduzido à maior velocidade possível dos cavalos utilizados, o que exige a precisão na condução do cavalo com uma só mão e a destreza no emprêgo do maço.
Luta violenta - O jôgo permite, nas condições rigorosamente fixadas, que garantam a segurança dos jogadores, o empurrão enérgico do adversário, o que exige arrôjo, decisão e sangue-frio.
Luta de «équipe» - O jôgo exige o escalonamento dos jogadores, a sua ligação, iniciativa, obediência às indicações dos seus parceiros e do chefe de équipe, o que impõe a abnegação do sucesso pessoal e uma disciplina inteligente.
O jôgo do polo desenvolve portanto as qualidades que reclamam os diversos desportos individuais eqüestres, acrescentando-lhes as qualidades necessárias à prática de um desporto colectivo: a coordenação dos esforços.
Por estas razões é iminentemente um jôgo para oficiais e oficiais inferiores das armas montadas.
(Título I da 1.ª Parte do Regulamento do Jogo do Polo Militar)
Regulamento:
1.ª Parte: Título I - I. Regras do jôgo. II. Prática do jôgo. Título II - Treino preparatório - I. Equitação. II. Emprêgo do maço. III. Preparação para o jôgo.
2.ª Parte: I. Regras gerais. II. Regras do jõgo. III. Penalidades. IV. Apêndice. V. Conselhos aos árbitros. VI. Organização dos «matches».
3.ª Parte: Regras gerais de «indoor polo» ou «padoock polo».
Exemplar brochado em bom estado de conservação
Raro e muito curioso.
Indisponível

24 junho, 2016

SILVEIRA, Eugenio - O PADRE Á FORÇA. Romance anti-jesuitico baseado em factos contemporaneos [e HISTORIA D'UMA FREIRA : drama de familia. Collecção das cartas que foram publicadas no jornal O SECULO em 1888, produzindo um successo extraordinario, tanto em Portugal como no estrangeiro, onde alguns jornaes as traduziram]. Lisboa, Typographia - Rua do Diario de Noticias, 93, 1889. 2 vols in-8.º (19cm) de 190, [2] p. e 82, [2] p. ; E. num único tomo. Col. Bibliotheca Aurora Litteraria
1.ª edição.
Romance histórico anti-jesuítico, exemplificativo da perseguição caluniosa ao clero nos finais do século XIX. Conjunto raro e muito curioso em termos de conteúdo e de estruturação da obra. O segundo título - Historia d'uma freira (collecção das cartas...) - complementa o primeiro, O padre á força.
"Corria o anno de 184...
Orphã de pae e mãe, quando ainda não completára vinte e dois annos, D. Lucia Maria da Gloria, baroneza de Montalto, abandonara a villa onde nascera e passara a infancia, e viera installar-se n'uma sumptuosa casa do bairro alto, em Lisboa.
Possuidora d'uma boa fortuna, e com uma educação regular, comquanto extremamente dominada pelos mysticismos religiosos, D. Lucia seria para qualquer pretendente um casamento vantajoso, pois que, além dos largos cabedaes que herdara, a baroneza possuia nome illustre e era bastante formosa, apesar de não fazer ostentação dos encantos com que a natureza prodigamente a dotara.
No seu palacio, onde vivia acompanhada apenas por algumas creadas, observava-se a mais rigorosa disciplina pelo que respeita a recato e modestia.
Raras vezes apparecia ás janellas, e ainda mais raro era quando recebia quaesquer visitas."
(excerto do Vol. I, Cap. I, A baroneza de Montalto)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Pastas e lombada cansadas, sobretudo nas extremidades.
Raro conjunto.
O título Historia d'uma freira não se encontra recenseado na BNP, nem em qualquer outra fonte bibliográfica.
Indisponível

23 junho, 2016

BANAL, Spartaco - AS SESSÕES PRATICAS DO ESPIRITISMO. 2.ª edição. Rio de Janeiro, Livraria da Federação Espírita Brasileira, 1936. In-8.º (18,5cm) de 99, [13] p. ; B.
'O imprudente que se aventura á pratica da evocação de Espiritos, sem lhe medir as funestas consequencias, por falta de précio e acurado estudo da Doutrina Espirita, caminha para um abismo, que lhe será fatal á existencia, neste e no outro plano da vida'.
Spartaco Banal
"Trabalho isento de pretensões literárias, mas pleno de sinceridade e exprimindo o desejo caridoso de poupar aos inexpertos e aos imprudentes as conseqüencias más a que uns e outros se expõem pela prática das comunicações com o mundo invisivel, descurando inteiramente o estudo da Doutrina Espirita e o conhecimento da sua finalidade superior, a presente obrinha dispensa qualquer apresentação ou encômio, dado que, por si mesma, pela natureza do assunto que versa, pelo elevado ponto de vista em que o autor se colocou ao concebê-la e pelo nobilíssimo propósito que o induziu a escrevê-la, propósito que se evidencia desde as suas primeiras linhas, ela se recomenda á leitura ponderada de quantos não queiram ser espiritos apenas no uso dêsse qualificativo."
(excerto da apresentação de Guillon Ribeiro, No Limiar)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Carimbo de oferta na f. rosto.
Invulgar.
Indisponível

22 junho, 2016

CORREIA, General J. Santos - O NOVE DE ABRIL E A PRIMEIRA GRANDE GUERRA. Conferência realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa em 9 de Abril de 1953. 2.ª edição com prefácio e anexos. Lisboa, Liga dos Combatentes, 1962. In-4.º (24,5cm) de 49, [3] p. ; [4] f. il. ; B.
Edição ilustrada com 4 folhas extratexto:
1. Mapa do teatro de operações militares com pormenor das frentes. 2. Mapa com dispositivo da 2.ª Divisão, em 8/9 de Abril de 1918. 3. Fotogravuras do Padrão de Lacouture e Uma trincheira portuguesa. 4. Fotogravuras do desfile da vitória, em Paris e Londres.
Conferência proferida pelo general Santos Correia, esmiuçando com apropósito os antecedentes da Guerra, a entrada e participação de Portugal no conflito, e a Batalha de La Lys, trágico episódio militar da nossa história.
"O Sector Português estava situado numa planície argilosa, que o degelo ou as chuvas transformavam em lamaceios, motivo dos muitos drenos que o atravessavam, permitindo a saída das águas para o rio Lys, ao Norte, e para a ribeira Lawe, sua tributária, a Oeste.
Ao longo dos seus 10 quilómetros de frente, estendia-se uma trincheira contínua - a linha avançada ou Linha A -, em parte cavada nesse terreno, preservando-se os combatentes do contacto da água por meio de grades de madeira colocadas acima do fundo. Um muro de sacos de terra servia-lhe de parapeito; à frente, três faixas de arame farpado dificultavam o seu acesso ao inimigo.
Para além dessa linha, uns 100 a 300 metros, ficava a 1.ª linha inimiga e, entre ambas, a «terra de ninguém», faixa de terra revolvida pelas granadas, onde apenas se via uma ou outra árvore decepada, vestígio de antiga casa ou cratera formada por granada, que a água transformava em pântano. Era uma faixa de desolação e morte: de desolação, pelo seu aspecto triste; de morte, porque, dia e noite, os combatentes a vigiavam."
(excerto de A Batalha do Lys ou o 9 de Abril)
Índice:
- Prefácio. - O Anteguerra. - A Guerra. - A intervenção de Portugal na Guerra. - O C. E. P. - A Batalha do Lys ou o 9 de Abril. - A Continuação da Guerra. - A Última Ofensiva. - A Cooperação de Portugal: Dois esboços; Quatro fotografias, of. do Sr. A. Garcês. - Anexos: Batalha de Armentiêres ou de La Lys; A Batalha de La Lys.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

21 junho, 2016

DEFESA INDIVIDUAL ANTI-ATÓMICA - EXÉRCITO PORTUGUÊS : 1.ª Divisão do C. E. P. [S.l.], [s.n.], 1953. In-8.º (18,5cm) de [2], 12, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual de defesa anti-atómica, certamente, de tiragem muito reduzida. O que todo o soldado deve saber quando ocorrer um ataque aéreo.
Ilustrado no texto com o quadro dos Tipos de explosão.
"Apesar da bomba atómica ser realmente a arma de maior poder destruidor inventada até hoje pelo homem, o seu emprego está longe de significar a destruição total da espécie humana.
Mesmo sem estar munido de qualquer dispositivo de protecção especial, qualquer soldado tem grande possibilidade de se defender dos efeitos de um ataque atómico ("defesa radiológica") e de tomar medidas de precaução individual para reduzir os seus efeitos. É necessário que todos saibam que a maior parte dos estragos são, como na explosão de qualquer outra espécie de bomba, causados pela onda de calor e pelo sôpro explosivo. OS EFEITOS DA ONDA DE CALOR E DO SÔPRO EXPLOSIVO, NO CASO DE UM EXPLOSÃO ATÓMICA SÃO OS MESMOS QUE OS CAUSADOS POR UMA EXPLOSÃO ORDINÁRIA, MAS EM PROPORÇÕES MUITO MAIORES. Assim, admite-se que a maior parte das casas vulgares situadas dentro de um circulo de 2.400 metros de raio à volta do ponto zero (projecção da vertical do ponto de explosão), serão danificadas pelo sôpro explosivo a ponto de não ficarem habitáveis senão depois de sujeitas a obras importantes de reparação."
(excerto do Cap. I, Descrição das consequências duma explosão atómica)
Matérias:
I - Descrição das consequências duma explosão atómica. II - Efeitos sôbre os sêres humanos: 1) Ferimentos devidos a choques materiais. 2) Queimaduras produzidas pelo calor ou pelas chamas. 3) Ferimentos produzidos pela radioactividade. III - Os tipos de explosões atómicas. IV - O que é necessário fazer: A) Em caso de explosão no ar. B)Em caso de explosão infecciosa (explosão à superfície ou acima da superfície do terreno).
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP.
15€

20 junho, 2016

HONRADO, Fernando - OS FUZILADOS DE OUTUBRO : Lisboa - 1921. Colaboração de Maria Manuela de Moura. Lisboa, Acontecimento : Estudos e Edições, Lda., 1995. In-8.º (21cm) de 195, [5] p. ; [4] p. il. ; B. Colecção Serpente Alada
1.ª edição.
Ilustrado em folhas separadas do texto com a reprodução de jornais da época que deram cobertura alargada ao assunto.
Certamente de tiragem reduzida, a presente obra é mais um contributo para o estudo dos acontecimentos da madrugada de 21 de Outubro de 1921, que ficaria conhecida para a história como a 'Noite Sangrenta'.
"Uma ideia generalizou-se - haverá outras porventura - acerca das causas dos acontecimentos medonhos do dia 19 de Outubro de 1921. Aquela foi: a de que se devia procurar a origem dos fuzilamentos-linchamentos de Machado dos Santos, António Granjo, Carlos da Maia, Freitas da Silva, Botelho de Vasconcelos e Jorge Gentil dentre os meios políticos Monárquicos, e referenciando-se o Jornal A Época.
Os homícidios quando são classificados de políticos tomam, em regra, este aspecto: a autoria material respectiva é certa, a autoria moral incerta e, naturalmente, esta última envolvida por densidade hipotética enorme. Verificou-se isto com os assassínios dos Rei D. Carlos I e do Príncipe Real D. Luís Filipe; constatou-se realidade semelhante com o atentado contra o Presidente Sidónio Pais; assistiu-se ao mesmo fenómeno com a carnificina de 1921."
(excerto do prefácio)
"Em 1921, ano em que foi assassinado, Machado dos Santos era homem a chegar à meia-idade, pois tinha nascido em 1875. Apesar de estar ainda longe da reforma, o comandante militar da Rotunda encontrava-se, já, retirado da política activa, embora, certamente, seguindo-a com toda a atenção. [...]
Com a Implantação da República tornou-se político importante do novo Regime. E. muito rapidamente, um crítico duro do que considerava desvios ao ideal republicano. Deste modo, um dos políticos que mais foi por ele combatido por ele foi Afonso Costa. [...]
'Dizem que eu sou tolerante com os  Católicos, que permito que eles ajam livremente, que promovam as suas procissões. Ora não sou eu que permito que os Católicos assim se manifestem. É a constituição que permite, e não deixá-los praticar os seus actos de culto seria perseguição autêntica.'
Quem proferiu estas palavras, foi António Granjo, então Presidente do Conselho, dias antes de morrer, no próprio mês de Outubro, em Loures. [...]
António Granjo era um civil. Um advogado. Combatera na I Guerra Mundial, como oficial, e fora condecorado por feitos em campanha, pouco mais de um mês antes de ser fuzilado. Foi deputado às Constituintes em 1911, bateu-se contra a Monarquia, antes do 5 de Outubro. Era um republicano da primeira hora, participante do Acto de Fundação, tal como Machado dos Santos e Carlos da Maia. [...]
Carlos da Maia foi, como Machado dos Santos, um combatente muitíssimo vigoroso na liquidação do Regime Monárquico. A sua acção na luta, na véspera do 5 de Outubro, foi importante em extremo. As tarefas desempenhadas desenrolaram-se no assalto a um ponto essencial para o êxito dos revolucionários, o quartel dos marinheiros de Alcântara, e na tomada do cruzador D. Carlos."
(excerto do Cap. I, Os Fuzilados)
Matérias:
Prefácio. I - Os Fuzilados. II - A Época. III - Governos. IV - Onze Anos. V - Depois dos Onze Anos. VI - A Contramaré. VII - Entre o Lirismo e a Ferocidade.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

19 junho, 2016

MONTEIRO, A. Xavier de Sousa - A SEPULTURA ECCLESIASTICA. Por... Coimbra, Imprensa da Universidade, 1873- In-8.º (21,5cm) de 71, [1] p.
1.ª edição.
Estudo histórico e jurídico sobre o sepultamento em Portugal: a inumação nos templos católicos, o cerimonial associado ao acto e o direito da Igreja em se opor ao enterramento de cadáveres a quem foi negada a 'sepultura eclesiástica' em "terreno sagrado ou bento do cemitério".
"Desde o principio da Egreja Catholica sempre os nossos maiores ensinaram que os corpos dos christãos, como domicilios que eram das almas, e templos do Espirito Sancto, deviam ser sepultados em certos logares, e com certos e determinados ritos ou honras funebres."
(excerto do Cap. I)
"A Egreja Catholica não concede a todos indistinctamente as suas honras funebres; pessoas ha a quem nega ou recusa a sepultura ecclesiastica.
Se pois, como vimos, a sepultura ecclesiastica consiste no enterramento em logar sagrado ou bento, feito com ritos e cerimonias, é claro que que a recusa da sepultura ecclesiastica consiste em não consentir nem o enterramento em logar sagrado ou bento, nem esses ritos e cerimonias.
A primeira classe de pessoas a quem a Egreja negou a sepultura ecclesiastica, são todos os infieis (sob esta denominação comprehendem-se os judeus, os gentios, os pagãos, os turcos, e em geral todos os que não entraram na Egreja pelo baptismo), que não tinham entrado na Egreja pelo baptismo; e por isso tambem negou a sepultura ecclesiastica aos catechumenos e creanças mortas sem baptismo.
A segunda classe de pessoas, a que a Egreja privou da sepultura ecclesiastica, são todo aquelles que se acharem separados da sua communhão, como os hereges e seus fautores, os apostatas, os shismaticos, e os excommungados, que, perseverando pertinazmente no desprezo da censura, não forem recebidos na communhão antes da morte pelo digno recebimento da penitencia e absolvição. Todos este são julgados indignos da sepultura ecclesiastica, porque na Egeja vogou sempre esta incontestavel regra de S. Leão: «Quibus vivis non communicamus, nec mortuis communicare debemus.»
A terceira classe de pessoas são os que eram denominados biothanati, e que hoje chamamos suicidas.
A quarta classe são todos os que morrem em manifesta impenitencia de uma vida flagiciosa. [...]
Estes e mais alguns outros casos de recusa de sepultura ecclesiastica encontram-se codificados entre as leis disciplinares especiaes e privativas da Egreja Catholica, como passamos a ver:
Nega a Egreja Catholica a sepultura ecclesiastica: 1.º a todos aquelles, a quem se não devem dar os sacramentos senão á hora da morte; 2.º áquelles, a quem se devem recusar os sacramentos: taes são os que querem morrer em peccado publico, ou que morrem em um peccado conhecido, sem haverem mostrado desejo de querer sahir d'elle. Em quanto á primeira classe ha só tres casos, a saber:
1.º Os que, tendo ido aos torneios para se baterem com armas, e fazerem d'este modo ostentação de suas forças, morrem da ferida que receberam no combate, depois de lhe haverem sido administrados os sacramentos.
2.º Os duellistas, que morrem no duello, ainda depois de haverem dado signaes de arrependimento, e de haverem recebido algum sacramento.
3.º Os que, excommungados por seus enormes crimes, são absolvidos á hora da morte sob a promessa de satisfações a que estão obrigados, e que os parentes não querem cumprir depois da morte.
Pelo que respeita á 2.ª classe, expressamente se prohibe a sepultura ecclesiastica por causa da morte no peccado:
1.º Aos que seguem os hereges, ou aos que de qualquer modo os favorecem.
2.º Aos que estão culpados de latrocinio e rapina, e não querem restituir antes de morrer, ainda que o possam fazer.
3.º Ao incendiario, que morre sem querer reparar o damno causado.
4.º Aos que, tendo a edade da razão, se suicidam por desespero, ou por qualquer outra paixão.
5.º Aos excommungados, que morrem sem pedir absolvição da excommunhão de que se conhecem ligados, e que alem d'isto é publica.
6.º Aos religiosos, a quem no tempo da morte se encontrar peculio.
7.º Aos usurarios manifestos, que não querem renunciar á sua manifesta usura, nem restituir os lucros usurarios, que injustamente perceberam.
8.º Aos que, não tendo satisfeito ao dever paschal, morrem sem dar signaes de arrependimento.
9.º Áquelles a quem está interdicta a entrada na Egreja, se morrerem durante o interdicto sem darem signal algum de penitencia.
10.º Outras pessoas ha, alem das supra-mencionadas, a quem a Egreja Catholica nega a sepultura ecclesiastica, porque morrem no peccado, taes são: 1.º as creanças mortas sem baptismo, se estiverem fóra do ventre materno por causa do peccado original; 2.º os infieis; 3.º os shismaticos e os apostatas. Estes são excluidos pela excommunhão que os affecta; e quanto aos infieis, não estando na Egreja, até se tem julgado desnecessario notar que não devem ser enterrados n'ella.
Todas estas disposições do direito canonico se acham comprehendidas entre as regras do culto publico da religião catholica apostolica romana, dadas pelo Ritual Romano no titulo: De exequiis, cap. Quibus non licet dare ecclesisticam sepulturam; e, alem d'isto, são leis do culto catholico admitido em Portugal, e se acham consignadas nas Constituições das dioceses, uma das fontes proprias do Direiro Ecclesiastico Portuguez, e estão consagradas pelos nossos usos e costumes."
(excerto do Cap. II)
Antonio Xavier de Sousa Monteiro (1829-1906). "Natural de Lisboa nasceu em 1830. Bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, cuja formatura se realisou em 1855. Parocho na igreja de S. Silvestre da villa da Lousã, cónego capitular da Sé de Coimbra, professor do seminario da mesma cidade, do Instituto de Coimbra, da Academia das sciencias de Lisboa, da Academia dramatica de Coimbra, etc. Foi nomeado e confirmado bispo de Beja em 1883, sagrado em Coimbra e tomou posse da diocese no mesmo anno. É grande o número dos seus escriptos impressos.”
(Inocêncio XX, 268)
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação. Com sinais de oxidação, visíveis sobretudo no princípio e no final do livro.
Raro e muito curioso.
Indisponível

18 junho, 2016

SOUSA, Albano de - ESTUDO SOBRE O PROBLEMA DOS TRIGOS EM PORTUGAL. Colectânea de artigos insertos pelo autor no «Diário de Notícias» e de outros artigos e vária documentação sobre o mesmo assunto. Lisboa, Tipografia da Emp. do Anuario Comercial, 1933. In-4.º (24cm) de 196, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Iniciativa de um grupo de industriais de moagem em reunir e publicar artigos do autor relacionados com esta momentosa questão.
"A passagem dum normal regime de escassez de trigo nacional para o de sobreprodução, acusado na colheita do corrente ano, sem que a modificação das leis que regulamentam a indústria de moagem tivesse acompanhado o fenómeno económico que essa passagem provocou, deu lugar a uma grande perturbação na economia da indústria moageira, apreciada de diversas maneiras em violentas críticas feitas na imprensa, críticas que não só atingiram materialmente os industriais no seu crédito, como lhes criaram um ambiente moral desfavorável para o deferimento de pedidos feitos ao Govêrno no sentido de adaptar as leis vigentes ao novo estado de coisas que ameaçava de ruína uma grande indústria.
Quando essas críticas tomaram um aspecto de violentas acusações, tão injustas como injustificadas, apareceu no Diário de Notícias uma longa série de artigos do distinto economista Ex.mo Sr. Albano de Sousa, em que o problema, em todos os seus aspectos, foi estudado com profundo conhecimento de causa e energia moral, esclarecendo-o perante uma opinião pública fortemente alarmada com as campanhas difamatórias que se vinham fazendo e com notas oficiosas do mais importante organismo associativo da lavoura que davam um grande alento a essas campanhas.
Entendeu um grupo de industriais dever reunir essa série de artigos que contém um estudo profundo e consciencioso do importante problema dos trigos, tal qual se enquadra hoje na economia geral do País... [...]
Fica assim reunida em volume uma importante documentação que bem pode classificar-se de valioso subsídio para actualização do estudo do problema da cultura dos trigos em Portugal, problema de maior relêvo na economia geral da Nação."

(excerto do prefácio, Algumas palavras que justificam a publicação dêste livro)
Encadernação em meia de chagrin com dourados gravados na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

15 junho, 2016

ASSUMPÇÃO, Lino d' - MIL E SEISCENTAS LEGUAS PELO ATLANTICO. Lisboa, Lucas & Filho, 1888. In-8.º (19,5cm) de 228 p. ; B.
1ª [e única] edição publicada.
Interessantíssimo conjunto de narrativas marítimas.
"Nada de maravilhoso nem de inverosimil, de excentrico ou fantasia, n'estas simples narrativas de um homem que se tem deslocado um pouco no seu paiz e que - por varias vezes - tem viajado entre a Europa e o Brazil.
Isto, porém, não quer dizer que esse homem não tenha para contar coisas extraordinarias de casos não previstos, de que tem sido espectador, e de situações difficeis em que se tem encontrado. [...]
Na carreira da America do Sul, entre a Europa e as terras do Novo Mundo, se ainda não sulcam as aguas esses gigantes, rapidos e commodos, que fazem a travessia entre o norte europeu e os Estados Unidos, cruzam-se, porém, em pleno mar, ou encontram-se nos portos, sob varias fórmas e differentes pavilhões, frequentes paquetes de duas e tres mil toneladas, caminhando com uma rapidez que oscilla entre 10 e 15 milhas por hora, ou tanto como trez a cinco leguas das nossas, accommodando á larga no seu bojo de ferro um bairro popular, servidos por tripulações superiores, em numero, ao effectivo dos nossos regimentos, uma - novissima reforma.
Façamos conhecimento com os chamados «reis do mar».
Os paquetes inglezes, por melhor que sejam, são intoleraveis. Servem apenas para nos despejarem nos caes da Europa ou nas praias transantlanticas, depois de desoito ou vinte dias de balanço e clausura, destinados ao jejum, ao enjôo e á mortificação.
Quem se embarcar n'elles póde prescindir - na conta corrente da sua salvação eterna - da verba: indulgencias plenarias.
Ninguem, que não seja inglez, boliviano, chileno ou do Perú, espere uma amabilidade dos officiaes de bordo. Estes varios indigenas nomeados são tratados como passageiros; o resto é carga.
A maioria dos officiaes são falhos de maneiras, e desde o commandante ao ultimo dos pilotos - futuro commandante e passado grumete; - grattez l'officier: vous troverez le mousse.
A marinhagem, contractada a esmo em todos os portos e de todas as nações, é uma aglomeração indolente e indisciplinada.
Uma vez, a bordo co Cotopaxi, com o cair da tarde começou a soprar uma brisa fresca de leste. Ás oito da noite, com a entrada do quarto, começou a faina para largar a vela grande, outra mais acima, e uma latina da prôa. A tripulação corria por todos os lados; crusavam-se rapidas e tremulas as luzes das lanternas, por entre a gritaria da marinhagem, sibilava o apito do contra-mestre e, quando o serviço ficou prompto, ali por perto das dez horas, já tinha abrandado a briza!
Ao toque simulado de fogo a bordo, todos correm rapidamente, porque estão prevenidos desde pela manhã.
Estes exercicios inesperados fizeram-me sempre lembrar d'uns oradores repentistas - genero Arroyo - que preparam os improvisos com quinze dias de antecedencia."
(excerto da introdução, Os Paquetes)
Tomás Lino de Assunção (1844-1902). “Foi um engenheiro civil e funcionário do Ministério das Obras Públicas. Dedicou-se paralelamente à vida literária, tendo chegado a frequentar o Curso Superior de Letras. Viveu no Rio de Janeiro, onde fundou uma editora de obras literárias e científicas e ajudou na organização do Liceu Literário Português, e em Paris. Regressado a Portugal, colaborou com o seu amigo António Enes no jornal O Dia e na organização dos arquivos e das bibliotecas nacionais…”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa com falha de papel no canto superior dto. Lombada cosida.
Raro e muito curioso.
35€

14 junho, 2016

NOGUEIRA, Braz - O SEGRÊDO MÉDICO É COMPATIVEL COM O ESTADO ACTUAL DA SCIÊNCIA E DA VIDA SOCIAL?! Trabalho de deontologia profissional por... Dezembro de 1932. Lisboa, Composto e impresso : Tipografia-Papelaria Rejo, 1932 [capa, 1933]. In-8.º (22cm) de 75, [5] p. ; B.
1.ª edição.
Curioso trabalho de deontologia sobre ética e sigilo médico.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Quando terminado o Curso Médico se abandona a Faculdade, levando na mão um Diplôma que confere o direito de exercer a Medicina e Cirurgia em todo o Territorio Portuguez, pensa-se em geral, que os maiores obstáculos que se vão encontrar na Prática Médica, são as dificuldades scientificas.
Perigosa ilusão esta!
Infelizmente o iniciado que sai das nossas Faculdades e dos nossos Hospitais, vem muito pouco preparado para vencer sem temôr, os inúmeros abismos que lhe vão surgir pela frente. [...]
A Deontologia sendo então espezinhada e esquecida, tende a reduzir a pó quási toda a Categoria Profissional e a tornar os deveres do médico perante a Sociedade, dependente das suas exigências e das circunstâncias do momento.
Este estado de Neurastenia Profissional, enfraquece cada vez com maior vigôr, o organismo inteiro da Colectividade.
Hoje, mais do que nunca, se verifica, que para vencer e dominar dentro da profissão médica, são necessárias qualidades de fino quilate, quer dentro da esféra fisica, quer intelectual, quer moral.
A Vocação, a Dignidade, a Honestidade, a Bondade, a Dedicação, a Prudência, a Condescendência, a Coragem e a Descrição, são dentre muitas dessas qualidades, as principais.
A Discrição é daquelas porém, que ocupa a cupula do majestoso edifício da Medicina Social.
A sua prática exige a observação rigorosa dos principios do Segrêdo Médico."
(excerto da introdução)
Matérias:
Introdução. I - O Segrêdo Médico é necessário como elemento de Ordem Pública. II - Onde começa e onde acaba o Segrêdo Médico? III - O Segrêdo Médico é influenciado pelo determinismo dos fenómenos sociais!? IV - Como se comporta o segrêdo profissional perante o estado actual do desenvolvimento das sciências biológicas? V - O individuo, a colectividade e a Nação, não permitem que o segrêdo profissional seja demolido na sua construção secular! VI - As exigências do fôro perturbam o segrêdo profissional? VII - O Segrêdo Médico honra e dignifica a classe, mas, para isso, exige a disciplina profissional. Conclusões. Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas algo manchadas.
Raro e muito curioso.
20€

13 junho, 2016

TAVARES, Maria da Conceição B. Reis - CANCIONEIRO DAS GANSEAS GENTES. Lisboa, Casa Pia de Lisboa, 1992. In-8.º (21cm) de 264 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Cancioneiro casapiano.
A Capa: O fundo foi conseguido a partir de uma amostra de pano utilizado na confecção dos bibes das crianças da Casa Pia de Lisboa. O mesmo fundo suporta símbolos que identificavam os alunos dos diversos colégios:
- Os Gansos, Colégio de Pina Manique. - As Sacas, Colégio de Santa Clara. - Os Barris, Colégio de D. Maria Pia. - As Ratas, Colégio de Nossa Senhora da Conceição. - As Pombas, Colégio de 28 de Maio.
"A ideia de reunir e compilar num cancioneiro casapiano, as canções que nós antigos alunos e alunas das várias décadas e colégios da Casa Pia de Lisboa, cantávamos, surgiu numa das reuniões da Comissão da década de 50, de 91/92.
Durante todo o tempo que estivemos na Casa Pia de Lisboa , também o ensino da Música e Canto Coral, não foram descurados, para que os alunos e alunas, tivessem uma formação integral. Daí o gosto que todos nós temos, ainda hoje, pela música.
Sucede porém, que temos muitas vezes a música de canções no ouvido, cuja letra já esquecemos.
Como "recordar é viver", eis aqui a letra de algumas das muitas canções que nos são gratas.
Foi um trabalho de pesquisa demorado, mas esperamos que elas nos transportem aos velhos tempos e aos saudosos momentos de alegria e de solidariedade da nossa infância e juventude na Casa Pia.
Esperamos também que este livro sirva de ajuda a todos os pais, professores e educadores de infância."
(Nota prévia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
15€

12 junho, 2016

VOLTA AÉREA A PORTUGAL : 1956. Regulamento Geral e Regulamento Particular. [S.l.], Edição Revista do Ar, [1956]. In-4.º grd. (29cm) de 30 p. (inc. capas) ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Regulamento da primeira Volta Aérea a Portugal. Impresso a duas colunas. Ilustrado com um mapa de Portugal continental com o itinerário, quadros vários e publicidade aeronáutica.
Contém ainda a localização e plantas das escalas obrigatórias com fotografias dos aeródromos e informações turísticas das cidades/vilas que os acolhem.
Organizada pelo Aero Clube de Portugal, a prova viria a realizar-se em Junho de 1957, com o patrocínio do jornal O Século.
Itinerário da Volta Aérea a Portugal:
1.º dia - Manhã: Lisboa - Setúbal - Lagos - Portimão - Albufeira - Faro - Beja; Tarde: Beja - Évora - Portalegre - Gavião - Castelo Branco -Covilhã.
2.º dia - Manhã: Covilhã - Guarda - Viseu - Vila Real - Alijó - Mirandela - Macedo de Cavaleiros; Tarde: Macedo de Cavaleiros - Bragança - Chaves - Viana do Castelo - Braga - Porto.
3.º dia - Manhã: Porto - S. Jacinto - Aveiro - Figueira da Foz - Coimbra; Tarde: Coimbra - Leiria- Santarém - Santa Cruz - Lisboa.
Escalas obrigatórias:
ALFUFEIRA - BEJA - GAVIÃO - COVILHÃ - MACEDO DE CAVALEIROS - BRAGA - PORTO - COIMBRA.
"O AERO CLUBE DE PORTUGAL sob o patrocínio de «O SÉCULO», organiza uma prova aérea, para aviões até 130 H. P. de potência, destinada a pilotos civis nacionais, possuidores do Certificado de piloto de turismo (2.ª classe), denominada VOLTA AÉREA A PORTUGAL.
Esta prova, organizada, segundo o Código Desportivo da FAI, as directivas técnicas da DGAC e o Regulamento da Comissão Desportiva do A. C. de Portugal, tem por fim promover o treino dos pilotos de turismo e fazer propaganda da Aviação através de todo o país.

São admitidos à prova todos os aviões da matrícula portuguesa, cujos proprietários sejam portugueses, e ainda os aviões que pertençam ou estejam distribuídos a Aero-Clubes regionais ou Escolas de Pilotagem."
(Art. 1.º e 2.º, do Regulamento Geral)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta manchas junto da margem lateral e pequena falha de papel no canto inferior dto.
Raro.
Sem registo na BNP.
Peça de colecção.
35€

10 junho, 2016

FOLQUE, Filippe - DICCIONARIO DO SERVIÇO DOS TRABALHOS GEODESICOS DO REINO.
Lisboa, Imprensa Nacional, 1861. In-4.º (24cm) de 19, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual geodésico.
"Sendo indispensavel introduzir nos diversos ramos do serviço dos trabalhos geodesicos do reino methodos claros e faceis, que produzam a maior economia de tempo; por isso, para abreviar a formação do diario mensal, exigido no artigo X § 3.º das instrucções, organisámos o seguinte diccionario, em que se acham todas as especialidades do serviço d'esta direcção geral, e os assumptos em cada uma d'ellas de decompôe."
(excerto da introdução)
Matérias:
- Geodesia. - Geographia. - Chorographia. - Topographia. - Nivelamento Topographico. - Hydrographia. - Trabalhos Extraordinarios. - Distribuição do Tempo. - Tabella das Especialidades do Serviço [relativa a todas as matérias anteriores].
Filipe de Sousa Folque (1800-1874). "General de Divisão, nascido em Portalegre, a 28 de novembro de 1800. Filho do General Pedro Folque, em 1817 assentou praça voluntariamente na Armada como Aspirante de Piloto, sendo mais tarde sido promovido a Oficial. Ingressou na Universidade de Coimbra onde, em 1826, se doutorou em Matemática. Foi nomeado Director das Obras do Rio Mondego e, em 1827, Ajudante do Observatório da Universidade de Coimbra. Em 1833, o Doutor Filipe Folque, 2.º Tenente da Armada Real da Marinha, Opositor na Faculdade de Matemática na Universidade de Coimbra, foi transferido para o Exército, sendo promovido a 1.º Tenente adido ao Real Corpo de Engenheiros, onde fez toda a sua carreira militar.
Ainda decorria a Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas, quando em 1833, começou a trabalhar com o seu pai, Pedro Folque que dirigia superiormente a Comissão para os Trabalhos de Triangulação Geral e Levantamento da Carta Corográfica do Reino (Ministério da Guerra). Em 1849, após a morte de seu pai, foi encarregado de dar continuidade aos trabalhos, e em 1852, em pleno período da Regeneração, com a criação do novo Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, passa a chefiar a Comissão Geodésica e Topográfica do Reino. Mais tarde, esta grande estrutura administrativa e científica cresce, denominando-se Direcção-Geral. As suas competências e designações foram-se alterando ao longo dos anos e, no final da sua vida Filipe Folque era Director-Geral dos Trabalhos Geodésicos, Topográficos, Hidrográficos e Geológicos do Reino.
Além de grande impulsionador da Cartografia em Portugal, colocando-a ao nível do que de melhor se fazia na Europa (como foi pública e internacionalmente reconhecido por sucessivos prémios), foi responsável pela adoção dos novos métodos de reprodução e divulgação da mesma, quer seja com a contratação do Mestre polaco Jan Lewicki para introdução da Litografia na Cartografia portuguesa; quer, já na década de 70, na criação dentro da estrutura orgânica da Direcção-Geral, da nova Secção Fotográfica (chefiada pelo Lente de Química José Júlio Rodrigues, e que atuava no edifício da Real Academia das Ciências de Lisboa), que se impõe como primeiro organismo oficial de fotografia em Portugal. Apadrinhou, ainda, o desenvolvimento dos estudos geológicos (Presidente da Comissão Directora dos Trabalhos Geológicos do Reino) e hidrográficos, tendo sido o responsável pela criação da classe de Oficiais Engenheiros Hidrográficos, na Marinha.
Em termos de grandes marcos da cartografia nacional, é responsável pelo levantamento da Carta Geral do Reino ou Carta Corográfica de Portugal na escala 1: 100.000 (não obstante não ter tido tempo para assistir à sua conclusão, com a publicação das últimas folhas); pela Carta Topográfica da Cidade de Lisboa, na escala 1: 1.000, em 65 folhas manuscritas e coloridas, que permitiram a elaboração da excelente Carta de Lisboa, litografada, na escala 1: 5.000; do Plano Hidrográfico da barra do Porto de Lisboa, na escala 1: 10.000, entre muitos outros trabalhos.
Com a criação da Escola Politécnica de Lisboa foi nomeado Lente de Astronomia. Foi mestre de Matemática dos filhos da Rainha D. Maria II e acompanhou estes, D. Pedro V e seu irmão Luiz, Duque do Porto (mais tarde Rei D. Luiz I) nas duas viagens que estes efetuaram à Europa em 1854 e 1855, já com a patente de Brigadeiro.
Social e politicamente muito ativo, foi Deputado da Nação pelo ciclo de Portalegre, sua terra natal, e pelo ciclo de Lisboa.
Ainda em 1834, foi feito Sócio efetivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, de que veio a ser Director de classe, em 1850. Lente jubilado da Escola Politécnica de Lisboa e da Escola do Exército, e devido aos seus grandes conhecimentos musicais (exímio flautista), colaborou ativamente com Almeida Garrett na fundação do Conservatório Nacional, chegando a ser Director da Secção de Música. Foi ainda colaborador assíduo da altamente prestigiada Revista Militar e escreveu várias obras científicas, que serviram de base a muitos estudiosos da matéria.
Recebeu a mercê régia de ser nomeado Fidalgo da Casa Real e Par do Reino. Foi agraciado com a Ordem Militar de Santiago da Espada, grau de Grã-Cruz; e com o grau de Comendador das seguintes Ordens: Real Ordem de S. Bento de Aviz, Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Ordem de Leopoldo (da Bélgica), Ordem da Coroa de Carvalho e Ordem do Leão (ambas dos Países-Baixos), Legião de Honra (de França) e da Ordem de S. Jorge (do Reino das Duas Sicílias)."
(fonte: ftp.igeo.pt)
Encadernação cartonada revestida de tecido. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
15€

08 junho, 2016

AVILA, Antonio José d' - RELATORIO SOBRE O CADASTRO. Pelo Conselheiro Ministro e Secretario d'Estado Honorario... Segunda edição correcta e augmentada. Lisboa, Na Imprensa Nacional, 1848. In-8.º (21,5cm) de 117, [1] p.
Segunda edição, publicada no mesmo ano da 1.ª, e preferível a esta porque consideravelmente melhorada e aumentada. O relatório propriamente dito finda na página 29; daí até ao fim do volume seguem-se notas ilustrativas, relativas ao desenvolvimento dos vários assuntos constantes do relatório.
"Na crise que atravessamos, e que é a inevitavel consequencia dos acontecimentos passados entre nós, principalmente desde 1820, e que destruiram de todo a nossa antiga organisação social e economica, estou convencido de que o meio unico de pôr um termo á crise permanente, e ás difficuldades sem conto, a que ella dá origem, é o de organisar quanto antes o novo edificio, procurando a verdadeira base sobre que deve assentar-se. E parece-me que, para quem lêr sem preconceito o trabalho, que de novo submeto ao Publico, para quem seguir com imparcialidade todas as consequencias que envolve, não pode haver senão uma convicção, e é, que o Cadastro constitue precisamente essa base.
É  evidente, pelo menos, que sem elle será absolutamente impossivel repartir com igualdade o imposto predial, pôr um termo aos vexames intoleraveis que affligem o contribuinte, resolver o problema de fazer com que os povos paguem menos, e o Thesouro receba mais, emancipar o Paiz da acção do Fisco, garantir a propriedade a seu legitimo possuidor, fazendo cessar, ou pelo menos diminuir consideravelmente o numero espantoso de questões a que esta dá origem, acabar em fim o deficit e a agiotagem, e pôr os capitaes em liberdade, para procurarem emprego nas emprezas de interesse material, que em tão larga escala se offerecem no nosso Paiz, aonde tudo está por fazer, aonde só faltam a vontade do homem, e as instituições adequadas, para que a sua prosperidade faça inveja aos Paizes, que menos têm que invejar aos outros em prosperidade e riqueza."
(excerto da introdução)
António José de Ávila, conde de Ávila, marquês e duque de Ávila e Bolama (1806-1881). "Conselheiro de Estado efectivo, ministro de Estado, enviado extraordinário e ministro plenipotenciário junto das cortes de Paris e de Madrid, par do reino, etc. Nasceu no Faial a 8 de Março de 1806, faleceu em Lisboa a 3 de Maio de 1881."
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação.
Raro.
10€

07 junho, 2016

TAMAGNINI, Fernando - SERVIÇO DA CAVALLARIA EM CAMPANHA. Compilação por... Tenente-coronel de cavallaria. Lisboa, Typographia - Casa Portugueza - Papelaria, 1904. In-8.º peq. (14,5 cm) de [4], VII, [1], [8], 324 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada com quadros, tabelas, gráficos e desenhos exemplificativos. Contém ainda 2 folhas coloridas com as bandeiras indicativas do local onde estão installados os quarteis generaes, differentes commandos e serviços.
Matérias:
1.º Organização geral do exercito. 2.º Ordens, instrucções, relatorios e participações. 3.º Serviço de noticias. 4.º Serviço de segurança. 5.º Marchas. 6.º Estacionamento. 7.º Operações secundarias. 8.º Serviço de policia. 9.º Serviço de saude e alimentação das tropas em campanha. Serviço de etapes. 10.º Formações das differentes armas. Seu emprego. 11.º Armas de fogo. Munições. Fogos. Tiro. Municiamento e reabastecimento. 12.º Combate.
Appendice
I. Orientação. II. Nomenclatura do terreno. III. Indicios. IV. Avaliação de distancias. V. Algumas defezas accessorias. Meios de as destruir. VI. Organização de obstaculos. VII. Passagem dos cursos de agua. VIII. Destruições. IX. Reparações. X. Telegraphia optica. XI. Despachos em cifra. XII. Convenções internacionaes. XIII. Signaes topographicos.
Fernando Tamagnini de Abreu e Silva (1856-1924). "Nasceu em 13 de Maio de 1856, em Tomar. Assentou praça como voluntário do Regimento de Cavalaria em 2 de Junho de 1873. Director da Escola Regimental em 1891. Em 1893 passou à Guarda Municipal de Lisboa. Em 1913, participou na Escola de Repetição. No ano seguinte foi colocado no Estado-Maior das Armas e Inspector da Cavalaria Divisionária. Em 1915 foi nomeado comandante interino da Brigada de cavalaria. Após ser promovido a General foi nomeado comandante da divisão de instrução mobilizada em Tancos e posteriormente comandante do Corpo Expedicionário Português (CEP) que combateu na Flandres na Primeira Guerra Mundial. Foi ainda comandante da 5.ª Divisão do Exército e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Militar. Agraciado com diversas condecorações. Faleceu de 24 de Novembro de 1924, em Lisboa."
(fonte: EME - Arquivo Histórico Militar in www.exercito.pt) 
Exemplar em brochura (sem as capas originais) em bom estado de conservação. Páginas algo amarelecidas.
Raro.
Indisponível

06 junho, 2016

PÓVOAS, F. Mendes - A SERRA DA ESTRELA E O HERMINISMO EM PLENO DESENVOLVIMENTO. Lisboa, Papelaria Fernandes, [1957]. In-8.º (18,5cm) de 114, [2] p. ; [1] mapa desd. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Muito ilustrada com fotogravuras e desenhos nas páginas do texto. Contém extratexto um mapa da serra em folha desdobrável.
Curioso guia da Serra da Estrela da autoria de um ilustre herminista.
"O [trabalho] que agora se apresenta, se a impulsioná-lo tem o fervoroso amor de duas dezenas de anos, é feito porém, de experiência e realidades.
A Serra da Estrela, pelas suas características sui generis, deixa então de ser um motivo regional, para projectar interesse nacional.
O heminismo pròpriamente dito prepara-se nos meios termos da Primavera e do Outono; tem sua eficiência de ares e águas no Estio e sedução das neves imaculadas em pleno Inverno.
Na época de Verão pode dar-se preferência à Serra ou à Praia, segundo os temperamentos ou as necessidades oriundas do império da saúde; no geral, a primeira espalhando pelas aldeias e vilas os interessados; e a segunda, exagera a cidade movimentando-se no rodopio das frivolidades americanizadas.
Na quadra hibernal a Serra não sofre rivalidade. As gentes que pisam os gelos por exigência da vida, miram as nevadas esbatidas pelo sol de oiro que fascina os olhos, deslizam em esqui os trenó, pelas camadas solidificadas durante meses sucessivos, acolhem-se à Natureza segundo seu condicionamento e muitas vezes sorriem até à fúria dos elementos.
É o ambiente que começa a prepara-se em Outubro. O sol abrasador que escaldou o rochedo gigantesco, secou a nascente límpida que murmurejava na encosta ressequida pela longa estiagem, queimou nos vales o pasto que enchia os gados da bocarra às tetas e torturou os mortais que lhe não puderam ser superiores, - deixou baixar a temperatura e os arrepios de vento fresco começaram a soprar nas encostas e sobem às cristas.
Se a chuva ainda não fertilizou a courela ou reverdeceu o prado, a melancolia outoniça que desperta a nostalgia dos sonhadores e a suaves claridades que dão à Montanha a pureza do verde-bronze diluído na sombra dos vales, - já apontam nos horizontes antes da hora do crepúsculo vespertino e anunciam lentamente a estação dos crisântemos.
A estas condições correspondem naturalmente duas partes no presente trabalho:
- Época de Verão: de Julho a Outubro;
- Época de Inverno - De Novembro a Junho.
Será pois, essa sua ordenação."
(Prefácio)
Francisco Mendes Póvoas (1890-1967). "Natural de Torroselo, Seia. Publicista, professor do ensino técnico e oficial estenógrafo da Assembleia Nacional. Fundou em 1924 a Liga Herminista Estrela d'Alva. Colaborou nos principais jornais de Lisboa e na Revista taquigráfica do Rio de Janeiro e de Valência. Foi colaborador da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Faleceu em 1 de Janeiro de 1967, em Lisboa.Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

04 junho, 2016

RIBEIRO, Silva - NA HORA DO RESGATE. Figeira da Foz, Escola Gráfica Figueirense, 1935. In-8.º (17,5cm) de 20 p. ; B.
1.ª edição.
Valorizado pela dedicatória manuscrita do autor (não assinada) a Agostinho de Campos.
Opúsculo gratulatório ao Estado Novo e a Salazar. Conjunto de pequenos poemas de pendor patriota. Livrinho impresso na Figueira da Foz.

"Tudo pela Nação e nada contra Ela!
- Magnífico, sublime, altisono pregão.
Quem o ergueu? Salazar, E a Pátria desde então,
- Portugueses, olhai! é cada vez mais bela.

Vêde como do abismo e tenebrosa güela
- Bemdito seja Deus! - se escancarou em vão...
Meus irmãos, aleluia: a pátria redenção
É astro a fulgurar na constelada umbéla!

E agora... Paz e Amor! Fazei-vos bons irmãos!
Amai o vosso lar! Mostrai que sois cristãos!
- E nunca mais vereis negrumes de procela.

De peito escancarado à luz que cai do Ceu,
Observai o pregão que Salazar ergueu.
- Tudo pela Nação e nada contra Ela!"

(excerto de Na hora do resgate)

Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam resquícios de colagens, selo e carimbo de biblioteca.
Raro.
10€

03 junho, 2016

PIMENTEL, Alberto - NOITES DE CINTRA. Lisboa, Livraria de Antonio Maria Pereira, 1892. In-8.º (18,5cm) de 186, [2] p. ; E. Colecção Antonio Maria Pereira, 17.º volume
1.ª edição.
Obra diferente de todas as outras publicadas pelo autor. Curiosa narrativa de uma viagem a Sintra empreendida por Alberto Pimentel e alguns amigos.
"Eramos dez, e tinhamos combinado, por desfastio, ir a Cintra, na Primavera, ouvir os rouxinoes.
Parecerá menos inverosimil este pretexto, quando se disser que todos, então reunidos em Lisboa, haviamos nascido na provincia, onde as volatas dos rouxinoes dulcificaram as nossas primeiras noites de amor, e que o mais velho de nos tinha trinta e sete annos apenas.
Ainda assim, como prova involuntaria de que o melhor da nossa vida era já então o passado, não foi approvado o projecto sem uma correcção prosaica. Sim, iriamos ouvir os rouxinoes a Cintra, visto que elles não costumavam fazer-se ouvir nas ruas de Lisboa, mas temperariamos esse devaneio romantico com as queijadas da Sapa, as laranjas do visconde de Arriaga, e o Collares do conselheiro Francisco Costa."
(excerto do Cap. I)
Alberto Pimentel (1849-1925). "Escritor e jornalista. Publicou mais de duas centenas de obras, entre romances - sobretudo do género histórico -, crítica literária, crónicas de viagens, monografias históricas, memórias, poesia e teatro. Nas suas obras deu predomínio aos ambientes e figuras características do Porto."
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a negro e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível