30 setembro, 2012

TELES, Basílio - FIGURAS PORTUGUESAS : Estudos Históricos. Lisboa, Guimarães Editores, 1961. In-8.º (19 cm) de 322, [6] p. ; B.
1.ª edição.
Estudo biográfico e moral de algumas figuras na nossa história publicado postumamente.
Matérias:
I - Pedro Álvares Cabral
II - Vasco da Gama
III - D. Francisco de Almeida
IV - Fernão de Magalhães
Apêndice: Carta do Vice-Rei D. Francisco de Almeida a D. Manuel
Basílio Teles (1856-1923). "Conhecido como um dos grandes intelectuais portugueses do seu tempo, deixou várias obras publicadas na área da história e da economia."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Com interesse histórico.
Indisponível

29 setembro, 2012

BETWEEN THE TAGUS AND THE SADO: THE «OUTRA BANDA» & THE SETUBAL PENINSULA : Arrabida - Palmela - Cezimbra. Lisboa, SNI [imp. Oficina Gráfica, Ltd.], [s.d.]. In-8.º (18cm) de 8, [4] p. ; [6] p. il. ; B.
1.ª edição.
Belíssima capa da autoria de Tom.
Ilustrado com bonitas fotografias panorâmicas da época.
Folheto de propaganda editado pelo SNI em língua inglesa. O objecto da promoção é a «Outra Banda» - Palmela, Sesimbra e Península de Setúbal – "encaixada" entre o Tejo e o Sado.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. 
Invulgar.
Indisponível

26 setembro, 2012

ANDRADE, Eugénio de – ANTOLOGIA PESSOAL DA POESIA PORTUGUESA. Porto, Campo das Letras, 1999. In-8º (21cm) de 499, [21] p. ; E. Colecção Campo da Poesia, 22
Desenho da capa: Le Bouquet, Pablo Picasso, 1958 
Rara 1ª edição esgotada em poucos dias após a sua publicação em Nov. 1999. 
Muito valorizada pela dedicatória autógrafa do autor a Eduardo Prado Coelho.
“«Esta é a poesia portuguesa que, após mais de quarenta anos de lê-la , a memória me traz à tona. Às vezes é só um verso (Floriram por engano as rosas bravas..., E cercarom-mi as ondas, que grandes som...) outras é todo o poema (Aquela triste e leda madrugada/ Cheia toda de mágoa e de piedade..., Dá a surpresa de ser,/ é alta, de um louro escuro...) que me procuram e insistem  em acompanhar. São estas cintilações da memória que, depois de tanto tempo de convívio, ainda amo, e em grande parte à sombra das quais a minha própria poesia cresceu, que resolvi partilhar com os outros. É só isto, esta antologia: uma escolha pessoalíssima, portanto, a estimular outras, igualmente pessoais, que os leitores não deixarão de fazer em diálogo comigo
É assim que começa a introdução do poeta Eugénio de Andrade à "sua antologia pessoal da poesia portuguesa", "a mais nobre expressão do génio" nacional, um volume de 500 páginas, com poemas de 58 autores, dos trovadores medievais até Ruy Belo.” 
Eugénio de Andrade (pseudónimo de José Fontinhas) (1923-2005). “A sua infância foi passada com a mãe, na sua aldeia natal [em Póvoa de Atalaia, Fundão]. Mais tarde, prosseguindo os estudos, foi para Castelo Branco, Lisboa e Coimbra, onde residiu entre 1939 e 1945. Em 1947 entrou para a Inspecção Administrativa dos Serviços Médico-Sociais, em Lisboa. Em 1950 foi transferido para o Porto, onde fixou residência. Abandonou a ideia de um curso de Filosofia para se dedicar à poesia e à escrita, actividades pelas quais demonstrou desde cedo profundo interesse, a partir da descoberta de trabalhos de Guerra Junqueiro e António Botto. Camilo Pessanha constituiu outra forte influência do jovem poeta Eugénio de Andrade. Embora não se integre em nenhum dos movimentos literários que lhe são contemporâneos, não os ignorou, mostrando-se solidário com as suas propostas teóricas e colaborando nas revistas a eles ligadas, como Cadernos de Poesia; Vértice; Seara Nova; Sísifo; Gazeta Musical e de Todas as Artes; Colóquio, Revista de Artes e Letras; O Tempo e o Modo e Cadernos de Literatura, entre outras.”
Encadernação editorial com sobrecapa policromada.
Excelente exemplar. 
Invulgar.
Indisponível

25 setembro, 2012

À MEMÓRIA DE LUÍS DEROUET. Palavras Justas. Homenagem por iniciativa de A Pensionista, Cooperativa do Pessoal da Imprensa Nacional de Lisboa. Lisboa, Imprensa Nacional, 1928. In-4.º (29,5 cm) de XVI, 263 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Exemplar n.º 3 da tiragem especial de 100 exemplares numerados, destinada a cada um dos ilustres colaboradores da obra.
Colaboraram com os seus depoimentos, um cento de personalidades contemporâneas do homenageado das mais diversas áreas de intervenção da vida pública nacional, artística, académica, jornalistica, literária e política: Afonso de Bourbon e Meneses, Afonso Lopes Vieira, Alberto Sousa, Bento Carqueja, Bernardino Machado, Carlos Olavo, Francisco da Cunha Régo Chaves, Rocha Martins, João Tamagnini de Sousa Barbosa, Joaquim Leitão, Júlio Dantas, Palmira Bastos, Sebastião de Magalhães Lima, entre outros.
Edição muito ilustrada em separado com reproduções de fotografias a p.b.
"Está de luto o jornalismo português. Duas balas assassinas tombaram cruelmente, bárbaramente um dos homens que com mais probidade, com mais inteligência e com mais lealdade serviram esta ingrata tarefa da imprensa.
Duas balas geradas na impunidade de tantos crimes, na quási glorificação de tantos assassínios, na scelerada e asquerosa defesa mais ou menos encoberta de tanto bandido, tombaram o jornalista honrado, o funcionário modelar, o republicano indefectível, o chefe de família exemplar, o homem bom, tolerante e respeitado. 
Foi mais uma vítima imolada à selvática, estúpida e aviltante propaganda de algumas dezenas de meneurs que, dizendo-se políticos, fazendo-se passar por homens, nada mais são do que bandoleiros da pior raça, não podendo jamais ser encarados e tratados senão como feras das mais perigosas. Repelentes animais em que o estômago substitui o cérebro, em que a vaidade desmedida e intolerante ocupou todas as células da mais rudimentar inteligência e em que os sentimentos da honra e da afectividade cederam lugar à mais rasteira e hedionda preversão moral!
Foram êles, os cobardões, os mesmos que mataram Machado Santos, António Granjo e Carlos da Maia. Foram êles que, em certa época, transformaram Lisboa num campo de morte e de pavor, não detendo as mandíbulas nem os braços criminosos ante a invalidez sofredora dos velhos ou a cândida inocência das crianças!
E quantos a defendê-los - Santo Deus! - falavam em nome da República, manchando com a sua baba peçonhenta a crença immaculada de tanto português!..."
(Excerto do artigo do Correio do Sul, de Faro, de 6 de Novembro de 1927)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente "empoeiradas".
Invulgar.
Indisponível

24 setembro, 2012

GALLEANO-RAVARA, A. - ALBUM ITALO-PORTUGUEZ. [Introdução de António Feliciano de Castilho]. Lisboa, Imprensa Nacional, 1853. In-8º (16cm) de 228, [4] p. ; E.
Dedicatória impressa: "A. S. Magestade Fidelissima O Senhor D. Fernando II, Rei de Portugal e dos Algarves, amigo, cultor e augusto protector das lettras e das artes"
"A publicação d'um livro é sempre em nossa terra uma novidade; a de um livro de poesia duas novidades; a de um livro de poesia italiana, e excellente poesia, tres novidades, ou antes um acontecimento sem precedente. O Album do Sr. Ravara, de que eu me ufano de ser apresentador ao nosso público illustrado, não deve ser de modo algum confundido com os outros individuos da familia mais numerosa, e mais fatal, que a de Agamemnon, a familia dos albuns. [...] O Album Italo-Portuguez é uma obra do coração para o coração. Dizer que é poesia não é dar idéa delle; é o sentimento melancholico, são os affectos mais delicados, revestidos da mais luxuosa fórma lyrica." (excerto da introdução)
Encadernação simples em meia de percalina com a superfície das pastas riscadas.
Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. 
Raro.
25€

23 setembro, 2012

TAVARES, Silva - CALENDÁRIO DE LISBOA : Versos. Ilustrações de Nuno San Payo. Lisboa, Livraria Popular de Francisco Franco, 1948. In- 8º (19cm) de 116, [5] p. ; il. ; B.
1ª edição.
Ilustrado com belíssimas estampas de página inteira.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
15€

22 setembro, 2012

NIBOYET, Mr. Paulin – OS MUNDOS NOVOS : viagem anecdotica ao Oceano Pacifico. De... Livremente vertida do francez por Porphirio José Pereira. Elvas, Typographia-Elvense, 1860. In-8.º (21,5cm) de [4], VII, [1], 219, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Livro impresso em Elvas.
Curiosa narrativa de viagens marítimas.
“Este livro recreia e instrue; é ao mesmo tempo um romance, um jornal de viagem, um resumo de geografia concernente á America e á Oceania, uma leve ideia de alguns phenomenos meteorologicos, que só se observam n’aquellas regiões. São horas; Mr. Niboyet vae partir; acompanhae-o na sua viagem e escutae atento a sua narração; n’ella encontrareis a verdade e só a verdade…”(Excerto do prólogo do tradutor)
Encadernação coeva em meia de pele com dourados em rótulo na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas e lombada cansadas, com defeitos. 
Raro.
Indisponível

21 setembro, 2012

A OBRA DA REPÚBLICA. 2ª edição (Correcta e aumentada). Edição do jornal a “MONARQUIA”. Preço 100 réis. Lisboa, Comp. E Imp. na Tip. Soares & Guedes Ltd., 1920. In-8º (20cm) de 45, [3] p. ; B.
Publicado sob anonimato, pela primeira vez em 1919, como separata do jornal «A Monarquia» de 6-10-1919, o presente opúsculo resume 8 anos de regime republicano em Portugal.
Esta 2ª edição, “correcta e aumentada”, foi publicada no ano seguinte, em 1920.
Matérias:
- 5 de Outubro - A Nossa Comemoração. - Ordem publica. - Subsistencias. - Escandalos. - Defesa do regimen.  - Questão politica. - Prestigio parlamentar. - Situação financeira. - Questão social.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta pequena falha de papel no canto inferior direito.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível
HISTÓRIA DA BRANCA FLOR. Comovente história de amor. Lisboa, Livraria Barateira, [s.d.]. In-8º (20cm) de 16 p. ; B. Colecção Económica, 105
Conto histórico sem indicação de autor.
“Quem eram os pais de Branca-flor e a promessa que fizeram de ir em peregrinação a S. Tiago para que lhes concedesse filhos.”
(1º capítulo, título)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas oxidadas.
Invulgar.
Indisponível

20 setembro, 2012

OLIVEIRA, Domingos Augusto Alves da Costa – RAÇAS CAVALLARES DA PENINSULA E MARCAS A FERRO : que usam nas suas coudelarias os criadores e productores portuguezes e hespanhoes. Por… Tenente de Cavallaria. Lisboa, Typographia Belenense de José Maria Borges Lousada, 1906. In-4.º (25cm) de 286 p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Muito ilustrado no texto com os ferros das coudelarias portuguesas e espanholas.
Contém 5 desdobráveis:
- Carta genealógica do garanhão «Rumboso», premiado com a medalha de ouro na exposição de solípedes realizada na Real Tapada da Ajuda em 1905.
- Principais mercados de gado portugueses.
- Mercados mensais de gado de pequena importância.
- Principais mercados de gado espanhóis.
- Mapa indicativo das localidades onde existem coudelarias cujos ferros são conhecidos. 
Domingos Augusto Alves da Costa Oliveira (1873-1957) “Foi um militar e político que, entre outras funções foi Presidente do Conselho de Ministros do último governo da Ditadura Militar, governando de 21 de Janeiro de 1930 a 25 de Junho de 1932. Passou à reserva como general do Exército Português em 1938. Foi entusiasta do hipismo, sendo autor de algumas obras sobre raças cavalares e a sua história.”
Encadernação recente cartonada com dourados na lombada.
Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Capa manchada, e alvo de restauro no canto superior esquerdo. 
Raro e muito apreciado.
Indisponível

19 setembro, 2012

AZEVEDO (Crispim), E. Severim de – QUADROS DA MINHA TERRA (contos e chronicas). Com um prefacio do Dr. Cunha e Costa. Edição do Auctor. Porto, Officinas do «Commercio do Porto», 1917. In-8º (18,5cm) de 250, [4] p. ; [1] f. il. ; B.
Contém um retrato do autor em extratexto.
“O auctor d’este livro é uma das pessoas que mais respeito entre as que na nossa terra se obstinam em suppôr que, por ora, n’ella se possa viver exclusivamente das letras. Conheci-o por accaso, já não me lembro como, quando e onde, mas desde logo a sua candura (chamemos-lhe assim) me seduziu. A sua ultima chronica, o seu ultimo poema, contados ou recitados por elle, dão-me sempre a impressão da primeira chronica ou do primeiro poema de um jovem chronista ou de um moço poeta que com muito talento e ainda maior fantasia tentam a letra de forma. 
Nem as contrariedades que tem experimentado, nem as dôres que tem soffrido conseguiram ainda chamuscar as pontas das azas d’aquella linda borboleta branca que lhe esvoaça lá dentro. Severim de Azevedo ha de chegar a velho acreditando pia e firmemente que o futuro de Portugal depende de quem o governar com canções. É um «puro» este authentico martyr da gleba literária lusitana!” (excerto de prefácio). 
Eugénio Severim Azevedo (1884-1920). Escritor e jornalista monárquico, assinava os seus trabalhos com o pseudónimo "Crispim". Foi redactor da Nação e director do jornal de caricaturas O Talassa."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Capa apresenta pequena falha de papel no canto inferior direito.
Muito invulgar.
Indisponível

18 setembro, 2012

FRANÇA, Bento da - TROPHÉOS. Episodios da vida militar. Illustrados com reproducções das aguarellas de Ribeiro Arthur. Lisboa, M. Gomes, Editor, 1895. In-8º (18,5cm) de XXII, [2], [237], [4] p. ; [4] p. il ; E.
Ilustrado com 4 estampas em extratexto.
Livro de contos preenchido com episódios militares, alguns da época das Invasões Francesas.
Matérias:
- Mãos á obra (prefação)
- Amor e infortunios
- Soldado e pae
- Fiel amante
- Baldões da sorte
- Philantropia sem alarde
- A Patria
- A substituição da bandeira
- O veterano
- O dragão 
Em época de algum descrédito, o autor aproveita o extenso prefácio para tecer algumas considerações sobre a instituição militar, e o seu papel na sociedade portuguesa, no presente e no futuro.
Encadernação em meia de pele com ferros a ouro. Sem guardas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Falta f. anterrosto; última folha alvo de restauro. 
Invulgar.
30€

16 setembro, 2012

MONTEIRO, João - A ESTRADA DE SACAVÉM. Lisboa, Grupo de «Amigos de Lisboa», 1952. In-8.º (21,5 cm) de 191, [1] p. ; [12] f. il. ; [1] f. desdob. il. ; B.
Capa de Francisco Valença - Um "retiro" da Estrada de Sacavém em 1900.
Edição de grande interesse etnográfico, ilustrada em separado com 13 estampas, uma delas desdobrável (pintura a óleo «O Fado» de José Malhoa).
"A Estrada de Sacavém sob os vários aspectos que lhe deram realce e evidência. Sua fisionomia psicológica. Edifícios históricos que a ataviavam. O pitoresco dos célebres retiros. A camada que os frequentava. Tipóias e cocheiros de antanho. O canto do fado. Temas inerentes." 
"Ufanava-se a Estrada de Sacavém - adorável cantinho dos arredores da cidade - de abrigar em seus celebrados retiros o marialvismo alfacinha, a nobreza ciosa de seus pergaminhos e de seu fausto exteriorizado em magníficos corcéis e sumptuosas carruagens e bem assim todo o cortejo de frequentadores assíduos que lhe tributavam carinhoso afecto. A fidalguia brasonada, que se enleava na boémia de espírito, contribuia eficazmente para o realce daquele ameno refúgio - arquivo de graças e galanteios onde encontrava propício folgar. Por ela deslisaram as figuras mais gradas ao lado das massas populares deambulando alegremente em cata das distracções que na velha Estrada de Sacavém se lhes deparavam." (Excerto de Primeiras palavras)
Matérias: - De Entrada. - O Motivo. - Primeiras palavras. - «Post-Scriptum». - Dentro da Igreja de S. Jorge de Arroios situada na Estrada de Sacavém. - Estrada fora. - As Portas de Arroios. - As Hortas. - «Ir às Hortas». - A caminho dos Retiros. - Os Retiros. - A Guitarra. - Reflexões sobre o fado. - O Fado nos Retiros. - Faias - Fadistas. - A Tipóia - O Cocheiro - O Cavalo. - Fidalgos e Gente de Algo na Sela e na Almofada. - Depois das Caçadas. - Festas que marcaram. - Uma festa íntima. - A Sós. - Episódios. - Uma Carta. - Mestre Malhoa. - Epílogo doloroso. - Considerações finais. - Nota.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas apresentam-se sujas e manchadas de humidade na parte inferior. Assinatura possessória datada na f. anterrosto. Miolo irrepreensível.
Raro.
Com interesse histórico e olisiponense.
Indisponível

15 setembro, 2012

CARVALHO, António Joaquim de - NA LAMENTAVEL MORTE // DO // SERENISSIMO SENHOR // D. JOSÉ, // PRINCIPE DO BRAZIL. // JOZINO // EGLOGA DEPLORATORIA // POR // ANTONIO JOAQUIM DE CARVALHO. // LISBOA, // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. // ANNO M. DCC. LXXXVIII. // Com licença da Real Meza da Comissão Geral Sobre o Exame, // e Censura dos Livros.
De acordo com Inocêncio, António Joaquim de Carvalho (? - 1817) terá sido cabeleireiro de profissão tendo-se dedicado à poesia com algum sucesso, publicando diversas obras ao gosto popular.

"Que tristes vozes ouço além da ponte,
A quem por compaixão responde o monte!
Ouço a voz, alço a vista, e ninguem vejo!
Por entre aquelles chopos junto ao Téjo
Vem hum Pastor tão triste, e vagaroso,
Como quem pensa em caso lastimoso.
Parece Arlino..."

(Portelio, excerto da 1ª estrofe)

Exemplar brochado em bom estado de conservação.  
Muito invulgar.
20€

14 setembro, 2012

OLIVEIRA, João Braz d' - GENTE PORTUGUEZA. Lisboa, Sociedade Portugueza da Cruz Vermelha - Composto e impresso na Tipografia-Casa Portuguesa, 1918. In-8º (21cm) de 249, [5] p. ; [3] p. il. ; B.
Contém um retrato do autor, e outras ilustrações em separado.
Colecção de contos históricos publicados em folhetins no jornal A Capital.
Matérias:
- O brigantim d'elrei
- O moço de bordo
- Honra de soldado
- Chapa de barretina
- Rende-te, sargento!
- Soldados de Diu
- Captivo de mouros
- Divida paga
- Cahique «Mindello»
- O Calafate
- Vencedor de vatuas
- Homens de 33
- Naufragos do «Mondego»
- Bilhete de boleto
- Caldas Xavier
- Escuna «Terceira»
- O torpedeamento do «Angola»
Epilogo
João Brás de Oliveira (1851-1917). Marinheiro português prestigiado, escritor e professor da Escola Naval, atingiu o posto de Almirante. "O interesse pela História, com especial destaque para a Arqueologia Naval, surge ligado à sua aptidão para o desenho rigoroso e para o minucioso estudo dos navios. Criado em meio literário e com acesso à rica biblioteca do seu pai, cultiva, paralelamente, o exercício das Letras, tendo chegado a integrar uma tertúlia da qual faziam parte distintos literatos da época, como Alexandre Herculano. A sua veia literária traduz-se em vários contos como as Narrativas Navais (1908) e “Gente Portuguesa”, uma série de episódios publicados nas páginas do jornal A Capital durante os anos da Grande Guerra e que conheceriam uma significativa popularidade junto do público."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar. 
Indisponível

13 setembro, 2012

CARTA ASSINADA DO GENERAL, MARECHAL DE CAMPO VON HINDENBURG (fac-símile).
[S.l.], [s.n.], [s.d. - 192-].
In-fólio (50,5x65cm) de [1] f.

Folha desdobrável que reproduz carta do Marechal Von Hindenburg (no original, em alemão) - em resposta à correspondência de um Capitão do C.E.P. - onde o militar alemão se “retracta” pela referência pouco abonatória que terá feito ao comportamento do Exército Português perante o ataque alemão, em La Lys.

Os factos narrados no meu livro baseiam-se nos depoimentos de um oficial inglez prisioneiro e nas informações dadas por oficiaes alemães que tinham tomado parte no combate.
As investigações a que desde então se tem procedido, dão, porém, um juizo diferente do comportamento das tropas portuguezas, e não tenho duvida em declarar o seguinte:
No meu livro «Da minha vida», acha-se, na narração da batalha do Lys o seguinte periodo:
«As tropas portuguezas, na sua maior parte, retiraram-se do campo de batalha, numa fuga desordenada, deixando aos seus aliados o cuidado de nos combater.»
Conforme fui informado, esta redacção deve ser modificada. O assalto dos alemães encontrou os portuguezes em posição pouco favorável, e o progresso do ataque alemão foi mais favorecido por esse facto, do que por falta de resistência das tropas. Considerando-se as circunstancias difíceis, as tropas, tanto o oficial como o soldado, bateram-se valentemente.
Nas novas edições do meu livro far-se-há igualmente a correspondente rectificação.

(excerto da carta)
A metade inferior da folha contém a tradução da carta do alemão para português, italiano, francês e inglês.
Em rodapé está inscrito “Reprodução do quadro deposto, no dia 9 de Abril de 1925, pelos officiaes de artilharia de campanha nos tumulos dos Soldados Desconhecidos.”
Exemplar em bom estado geral de conservação. Apresenta restauro no verso da folha onde os vincos da folha são mais evidentes, nalguns casos, com perda de papel; manchas de oxidação na parte inferior do documento.
No canto superior esq. é visível o carimbo da “Biblioteca Do Quartel General da IV Região Militar”.
Raro.
Peça de colecção. 
Indisponível

12 setembro, 2012

BAPTISTA, Fonseca - VERDADES DURAS. A Casa da Moeda no Regimen Republicano. Lisboa, Editor: O Auctor - Typographia do Commercio, 1912. In-8º grd. (23cm) de [4], 160 p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória manuscrita do autor.
Ilustrado com dois fac-símiles desdobráveis em extratexto.
Summario:
Explicações necessarias. - I. Como consegui a minha collocação na Casa da Moeda. - II. Um passaio a Madrid. - III. A minha nomeação. - IV. Começa a via sacra. - V. A campanha difamatoria. - VI. A syndicancia á Casa da Moeda e as suas desastrosas consequencias. - VII. Os actos administrativos do sr. director e a sua psycologia. Calculo para inglez vêr e porteguezinho lêr. - VIII. Como a moral dos homems se reflecte nos seus actos publicos. Relatorio e plano de trabalho. Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa com defeitos marginais e mancha de humidade ao longo da lombada. Sem capa posterior.
Muito invulgar.
Indisponível

10 setembro, 2012

BASTOS, Francisco Leite – A MULHER DO CARRASCO : por… Lisboa, Imprensa de J. G. de Sousa Neves, [s.d.]. In-8º (17cm) de 253, [3] p. ; [2] f. il. ; E.
Ilustrado com duas bonitas gravuras em extratexto.
Romance histórico não datado, possivelmente publicado na década de 80 do século XIX. Trata-se de um policial, género cultivado pelo autor, que foi percursor desta literatura em Portugal.
“Em uma tarde de primavera, tepida e serena, chegou á miseravel estalagem de Vagos um passageiro. Viram-no todos com o assombro de uma grande surpresa, parar quasi que apparatosamente á porta de defumada e infecta espelunca, que tinha tanto de repellente na sordida apparencia, quanto de mal afamada no conceito publico. Cavalgava elle nedia mula bem arreiada, com a sua almantricha nova, belos estribos de páo, e apetrechos correspondentes. Não lhe faltava também o famoso cobrijão de lã hespanhola e os fartos alforjes bem fornidos. Os rapazes do sitio iam-se chegando em pacifica espectativa…” (excerto do 1º capítulo, “Preliminares da tragedia”)
Francisco Leite Bastos. “Jornalista, autor de contos e romances policiais, dramas e comédias, nascido a 17 de setembro de 1841, em Lisboa, e falecido a 5 de dezembro de 1886, na mesma cidade. Gozou, no seu tempo, de um relativo êxito popular. Colaborou no Diário de Notícias e em vários jornais literários.”
Encadernação coeva em meia de pele, com pequenos defeitos na lombada e nos cantos das pastas. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Falha de papel marginal nas últimas páginas do livro, junto ao canto inferior direito.
Raro.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível

06 setembro, 2012

SOARES, Ernesto - EVOLUÇÃO DA GRAVURA DE MADEIRA EM PORTUGAL : Séculos XV a XIX. Lisboa, Publicações Culturais da Câmara Municipal de Lisboa, 1951. In-4º grd. (29,5cm) de 65, [3], [2] p. ; [50] f. il. ; il. ; B.
Edição impressa em papel de superior qualidade, ilustrada no texto e em separado (50 estampas).
Ernesto Leandro Rodrigues Soares (1887-1966), "foi um pedagogo. bibliógrafo e estudioso da história da gravura em Portugal, continuador do trabalho de Inocêncio Francisco da Silva. Dedicou-se ao estudo da iconografia, com destaque para a história da gravura e dos gravadores portugueses, matéria sobre a qual publicou em 1927 o seu primeiro trabalho de investigação. Viria a publicar grande número de trabalhos sobre estes temas, matéria de que se tornou um dos mais conhecidos investigadores."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
Com interesse histórico e bibliográfico.
45€
CASTRO, D. João de - A DESHONRA (romance). Lisboa, Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor, 1910. In-8.º (20cm) de 484, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Uma das obras mais apreciadas do autor. Datada no frontispício de 1910, foi efectivamente publicada em 1911, sendo essa, aliás, a data que consta na capa.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€
Reservado



04 setembro, 2012

LEITÃO, Joaquim - O AMOR NA RENASCENÇA. [S.l.], [s.n. imp. Oficinas Gráficas de Bertrand (Irmãos), L.da], 1940. In-8º (22,5cm) de 317 [3] p. ; B.
Apreciada colecção de 10 contos históricos.
Joaquim Leitão (1875-1956). Académico, escritor, jornalista, historiógrafo e tradutor. Colaborou como jornalista no «Jornal de Notícias» e «Correio da Manhã», assim como em revistas portuguesas e brasileiras. Publicou uma extensa obra, composta por vários géneros literários, como o romance, o conto e o teatro, e ainda diversos ensaios e livros de história, bem como traduções e colaborações com outros autores.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas oxidadas.
Invulgar.
15€

03 setembro, 2012

A EÇA DE QUEIROZ : Na inauguração do seu monumento, realisada em Lisboa a 9 de Novembro de 1903. DISCURSOS do Conde d'Arnoso, Marquez d'Avila, Ramalho Ortigão, Luiz de Magalhães, Annibal Soares, Antonio Candido, Conde de Rezende. POESIA de Alberto de Oliveira. Porto, Livraria Chardron De Lello & Irmão, Editores, 1904. In-8.º (19cm) de [4], 90, [2] p. ; [1] f. il. ; E.
Ilustração extratexto do "monumento a Eça de Queiroz, obra do eminente esculptor Teixeira Lopes"

"Nessa estatua se lê, em clara linguagem,
Na divina expressão da sua formusura,
Do grande Artista morto a longinqua viagem,
A heroica aventura.
[...]
Olhos cheios de luz, para a ousada conquista,
Um dia, eil-o que parte:
Nesse busto de crente, eil-o o amoroso Artista!
Nessa estatua de Deusa, eil-a a divina Arte!"

(excerto da poesia de Alberto de Oliveira à memória de Eça de Queirós)

Belíssima encadernação em meia de pele com nervuras e ferros a ouro na lombada.
Conserva as capas originais. 
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
VIEIRA, V. M. Lopes / FERREIRA, R. Laborde – ESTATUÁRIA DO PORTO. [S.l.], [s.n. – imp. Sociedade Tipográfica, Lda.], 1987. In-4º (25cm) de 128 p. ; mto il. ; E.
Belíssima monografia da estatuária portuense:
A 1ª parte da obra é dedicada ao levantamento fotográfico dos monumentos, que inclui breves considerações históricas e biográficas; a 2ª parte é preenchida com a lista de escultores e respectivos dados biográficos.
Contém mapa do Porto, distribuído por várias folhas, assinalando os monumentos.

Índice onomástico:
I – Acontecimentos
II – Personalidades
III – Alegorias
IV – Figuras decorativas
“Espalhada, um tanto por toda a parte, encontramos a estatuária do Porto: no centro das praças, ao longo das avenidas, nos recantos dos jardins, na frontaria das igrejas, no interior dos palácios e dos museus. Os povos sempre quiseram glorificar os seus heróis, adorar os seus santos, honrar os seus artistas, lembrar os grandes acontecimentos. E com essa finalidade, erguem as estátuas e constroem os monumentos. Não se coloca uma estátua ao acaso perdida na cidade. Não foi por acaso que se colocaram as estátuas em locais onde as pessoas passam com frequência, onde podem ser vistas, “admiradas”. Elas estão lá para que se lembrem de quem ou do que representam. Estão lá, como a projecção dum passado que não deve ser esquecido. E o Porto não quer esquecer a sua história mais antiga, mesmo antes da nacionalidade, mesmo antes de haver Portugal e toma como seu herói, aquelo Conde de Vímara Peres que outrora conquistou aos mouros uma povoação chamada Portucale. […] A estatuária portuense tem um forte cariz regional. Foi erigida na sua quase totalidade, a pessoas ou factos que estiveram relacionados com o Porto…” (excerto da introdução)
Encadernação editorial cartonada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar. 
Indisponível

02 setembro, 2012

COELHO, Henrique Trindade - FERRO EM BRAZA. Lisboa, Livraria Ferreira, 1913. In-8º (19,5cm) de 237, [3] p. ; B.
"As chronicas ligeiras d'este livro são as anotações lançadas á margem de dois mêses d'historia do nosso Paiz.. Ellas não podem agradar a ninguem porque ninguem adulam. Riem um pouco da politica e immensamente dos politicos. No fundo, riem de tudo e de todos, começando mesmo por alguns assobios á chamada opinião publica que, por ter de julgar este livro, fatalmente o declarará subversivo e idiota. Esta certêza nos consola. De resto, a divisa da nossa consciencia, como diria um senador, vae na pagina seguinte." (excerto da introdução)
Matérias:
- A opinião publica
-  Um projecto de contribuição sumptuaria
- A imprensa
- Uma matinée a bordo
- Theatro nacional
- A regulamentação do jogo
- Leis d'assistencia
- Iniciativas
- Finanças publicas
- Um incidente
- Dois partidos
- Uma sessão historica
- Verborrheia nacional
- Defêsa nacional
- Os divertimentos do corpo diplomatico
- A sociedade elegante
- Os animatografos
- Madama Frivolidade
- Os folhetos do senhor Malheiro Dias
- Arte para creanças
- Ratos no senado
- Crises
- Espectativa benevola
Henrique Trindade Coelho (1885-1934). "Escritor e doplomata, Henrique Trindade Coelho nasceu em Lisboa em 1885. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, herdou do pai (José Francisco Trindade Coelho) o estímulo para se dedicar às letras. Consagrou-se particularmente ao doutrinarismo político na imprensa. No "Século", que dirigiu até 1926, defendeu a política que conduziu ao 28 de Maio. Em 1927 ingressou na carreira diplomática (ministro junto do Quirinal), passando brevemente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (de 27.7 a 16.8.1929) e voltando a ministro, agora junto da Santa Sé. Pertencia às Academias Diplomáticas Internacionais, Latina e Pontifícia Tiberiana, tendo sido diversas vezes condecorado. Morre em 1934."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
25€