[MACHADO, Inácio Barbosa] - RELAÇAM DA ENFERMIDADE, ULTIMAS ACÇOENS, Morte, e Sepultura do Muito Alto, e Poderoso Rey, e Senhor D. JOAÕ V. O Pio Magnanimo, Pacifico, Justo, Religioso, e por declaraçaõ Pontificia o FIDELISSIMO Á Igreja Romana. Offerecida a Seu Augusto Filho O Senhor Rey D. JOSEPH I. Pelo D.I.B.M.D.P.A.A.R. LISBOA, Na Officina de Ignacio Rodrigues. Anno de MDCCL. In-8º (18,5cm) de 55 p.
"Que lastimosa foy sempre a inconstancia das felicidades da terra, que desapparecem, e acabaõ em hum instante, e no silencio, e abatimento de huma sepultura toda a gloria da Magestade! Esta fatal mudança, e publico estrago experimentou Portugal no sempre lamentavel dia trinta e hum de Julho, em que nos escondeo o mayor explendor da Lusitania, e perdemos o Monarcha mais amado [...] o verdadeiro exemplar da justiça, da piedade, da magnificiencia, e da religiaõ, o sempre grande Rey D. Joaõ o V, cuja fama chegará de hum a outro Pólo, occupando a grandeza do seu nome a redondeza da terra com admiraçaõ dos mais incultos barbaros." (excerto da 1ª parte da obra)
Inácio Barbosa Machado. Doutor em direito civil pela Universidade de Coimbra, desembargador da Relação do Porto, ministro do Tribunal da Legacia, cronista geral do Ultramar, etc. N. em Lisboa a 23 de Novembro de 1686, fal. na mesma cidade a 28 de Março de 1776. Era filho de João Barbosa Machado, e de D. Catarina Barbosa, irmão mais novo de D. José Barbosa e de Diogo Barbosa Machado. Depois de estudar filosofia na Congregação do Oratório, em que defendeu conclusões públicas, foi matricular-se na Universidade de Coimbra, onde se aplicou ao estudo de Jurisprudência Civil, em cuja faculdade se formou em 1716. Depois foi despachado juiz de fora de Almada, passando mais tarde a exercer o mesmo cargo na cidade da Baía. Regressando ao reino, teve a nomeação de provedor da comarca de Setúbal. Casou com D. Mariana de Meneses e Aragão; por morte desta senhora, preferiu entregar‑se à vida eclesiástica, e recebeu ordens de presbítero, a 21 de Dezembro de 1734. Foi desembargador da Relação do Porto, por decreto de D. João V, passado a 3 de Julho de 1748; cronista geral de todas as províncias ultramarinas, por decreto do rei D. José, passado a 21 de Outubro de 1752, e colector de todos os regimentos, leis, ordens, que se expediam para bem da fazenda, e justiça a todas as províncias ultramarinas desta coroa, por decreto de 9 de Outubro de 1753; ministro do tribunal da Legacia; e académico da Academia Real de História. [...]
Saiu com as iniciais D. I. B. M. D. P. A. A. R., que parece quererem dizer Doutor Ignacio Barbosa Machado. Desembargador do Porto, Academico da Academia Real." (www.arqnet.pt)
Exemplar desencadernado, sem guardas de brochura, em bom estado geral de conservação; todo aparado, apresenta rasgão no rosto, sem perda de papel; mancha de humidade no pé ao longo das primeiras páginas;
Raro.
Indisponível
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