04 julho, 2011

MACEDO, Jose Agostinho de - O COUTO. POR... Mais lhe valia não ter nascido ! ! ! LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. Anno 1815. Com licença. In-8º (15cm) de 151 p. ; E.
1ª edição.
"A ambiguidade e o arrojo são talvez a marca dominante da vida e da obra de José Agostinho de Macedo, nascido em Beja, em Setembro de 1761. Iniciou a sua carreira como frade da Ordem dos Gracianos (1778), de onde foi expulso (1792) − após quatro sentenças que lhe imputam crimes de apostasia, de furto, de fuga com arrombamento e outros delitos graves −, e terminou-a como “mercenário da palavra”, um autêntico líder de opinião ao serviço da Igreja. J. A. Macedo é um dos últimos redutos ideológicos das doutrinas absolutistas. Faleceu em 1831, na sequência de doença prolongada, mas sem nunca largar a pena." (Rita Correia, hemerotecadigital.cm-lisboa.pt)
"A Producção 36.ª de Couto he mais alguma cousa! He verdade, que, para se desprezar como huma inepcia, bastaria ver-lhe o Titulo: - « Regras da Oratoria da Cadeira. - Parece que tambem ha Oratoria do banco, Oratoria da tripeça, e tambem poderá haver Oratoria da Cadeira furada! - Que regras são estas da Oratoria da Cadeira? Vem a ser cousas tão disparatadas, tão heterogeneas, (Grego) que os homens do povo, quando as lem, deixão cahir os braços com o folheto, levantão os olhos, abrem a bocca, e depois de cabecearem hum pouco, dizem... Couto!!!..." (do 1º parágrafo da obra)
Esta obra de J. A. Macedo é a resposta ao folheto de António Maria do Couto - «Manifesto critico, analytico, e apologetico em que se defende o insigne vate Luiz de Camoes da mordacidade do discurso preliminar, que precede ao poema Oriente» - onde A. M. Couto tece considerações sobre o poema «O Oriente» da autoria do mesmo J. A. Macedo, que este pretendia melhor que «Os Lusíadas» de Camões. Nesta "resposta", José Agostinho de Macedo faz uso da sua verve costumeira e  ridiculariza A. M. Couto.
Encadernação inteira em percalina bordeaux com ferros a ouro na capa. 
Livro de grande interesse bibliográfico, em excelente estado de conservação; discreta rubrica de posse coeva no frontispício, à cabeça; conserva guardas de protecção simples, de época.
Raro.
Indisponível

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