30 agosto, 2018

FLEURY, Ernest - PORTUGAL SUBTERRÂNEO. Ensaio de espeleologia portuguesa. Por... Professor do Instituto Superior Técnico. Com 7 figuras no texto e 7 estampas. Lisboa, Gráficas Oficinas da Biblioteca Nacional, 1925. In-8.º (20,5cm) de 55, [1] p. ; [7] f. il., [1] f. ; il. ; B. Colecção Natura
1.ª edição.
Interessante estudo espeleológico sobre o território nacional.
Ilustrado com desenhos esquemáticos no texto e 15 fotogravuras distribuídas por sete folhas em separado, impressas sobre papel couché.
"Os primeiros homens foram trogloditas, pelo menos em muitas regiões; viveram em grutas e cavernas e nelas deixaram, muitas vezes, objectos de suas indústrias, restos de seus cozinhados e, às vezes, também admiráveis desenhos ou até os próprios esqueletos. Custa então a perceber a repulsa dos seus herdeiros por essas grutas e cavernas que a imaginação popular, quási por toda a parte, envolveu em mistério, maravilha ou terror, como se tivera o propósito de defendê-las com fábulas ou, simplesmente, esconder o próprio temos.
Houve sempre, em todos os tempos, quem visitasse as grutas e as cavernas. Algumas serviram de santuários pagãos ou de templos cristãos; os perseguidos pelas guerras civis ou religiosas e os foragidos às invasões buscavam-nas como abrigo. [...]
As grutas portuguesas passam por ser pouco conhecidas. No entanto, há sôbre elas uma bibliografia bastante rica, mas dispersa, e é certo que os poucos autores que delas se teem ocupado dedicaram menos atenção ao modo como elas se formaram e à sua morfologia do que aos materiais nela contidos. [...]
Nas regiões de grutas, e vamos vêr que todas são constituídas por calcáreos, o povo distingue lapas, cavernas horizontais ou pouco inclinadas e algares ou algarves, verdadeiros abismos ou poços profundos, mais ou menos verticais. Conhece as designações de gruta e de caverna, mas não as emprega na linguagem corrente, conforme diz o Prof. Leite de Vasconcellos, substituindo-as pelos nomes de cova, lapa e até mina, que nada significam ao certo. No Algarve, na Madeira e nos Açores, falam muito de furnas mas com acepções diversas, parece, sse bem que Estácio da Veiga tente contrapor furnas a algares."
(Excerto do Ensaio)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

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