31 janeiro, 2022

DON SEBASTIANO Ré di Portogallo. Dramma-lirico in cinque atti. (1578.). Eseguito nella restaurata sala dell'Assemblea Filarmonica nella notte del Novembre 1844.
La musica é del Maestro Cavalier Gaetano Donizetti. Le parole di M. Scribe, membro dell'Accademia Francese. Trasportate in italiano da Cesare Perini da Lucca
. Lisbona, Typ. di Antonio Giuseppe da Rocha - Ai Martiri, n.º 13, 1844. In-8.º (20 cm) de XI, [1], 63, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Libreto da conhecida ópera histórica D. Sebastião, rei de Portugal, com música de Donizetti (o seu último trabalho), e letra de Eugène Scribe.
Raríssima peça sebástica/camoniana, com interesse histórico e bibliográfico.
"O mito do sebastianismo foi fonte de muita inspiração para os escritores ao longo dos tempos, tendo chegado a Eugène Scribe, o principal libertista da Ópera de Paris durante os anos 30 e 40 do século XIX, através de um monumental drama de Paul Foucher, Dom Sébastien de Portugal, representado no Teatro de la Porte Sait-Martin em Paris, no mês de Novembro de 1838. A peça foi um estrondoso sucesso e Léon Pillet, o director da Ópera de Paris pediu a Scribe que preparasse um libreto para uma ópera de cinco actos sobre o tema. Inicialmente o libreto foi oferecido a Mendelssohn e a Meyerbeer, que nunca chegaram trabalhar no assunto - muito embora Meyerbeer tenha escrito nas suas memórias que lhe tinha sido feito um enorme desafio. Finalmente Leon Pillet apresentava o libreto a Donizetti em Dezembro de 1842 que começaria logo a pensar no assunto, mesmo antes de assinar o contrato que confirmaria o compromisso de Donizetti para com a Ópera de Paris. Em Julho de 1843, Donizetti escrevia ao seu professor, Giovanni Simone Mayr:
"Neste momento estou a escrever uma nova ópera em cinco actos para Paris. É D. Sebastiano di Portogallo - você vai reconhecer a história da mal fadada expedição organizada pelo rei contra os mouros, a perda do seu exército e a sua morte que ainda hoje permanece misteriosa. O assunto resume-se a isto. Vai ainda incluir o grande poeta Camões - a inquisição que trabalha secretamente para tornar Portugal num escravo de Espanha - um pouco de tudo na realidade."
Dom Sébastien, roi de Portugal. Este libreto, apesar de muito fantasioso, é claramente um grande desafio, mesmo para um compositor experimentado como Donizetti e a prova está nas dificuldades que teve que enfrentar, nesta sua última ópera parisiense. Como sempre Donizetti trabalhava em várias óperas ao mesmo tempo quando aceitou a encomenda de Dom Sebastien. Assim que recebeu o libreto do primeiro acto, no dia 1 de Fevereiro de 1843, começou imediatamente a trabalhar naquela que viria a ser a sua maior ópera. Em Junho desse ano começava a trabalhar nos 3º e 4º actos. No entanto, pelo menos ao princípio, Donizetti teve algumas questões quanto ao libreto de Scribe. Alegava que o libretista tinha descurado nas motivações das personagens principais o que poria em risco a efectividade do drama. Talvez por isso, durante os ensaios Donizetti submeteu a partitura a varias alterações o que levou a uma certa confusão sobre o resultado final. Uma dessas alterações foi sugerida pela estrela feminina do elenco Rosine Stolz, amante de Leon Pillet, o director da Ópera de Paris. Tanto ela como Scribe voltavam pela enésima vez a sugerir uma modificação, desta vez à última da hora, o que levou o já debilitado Donizetti a uma verdadeira crise de nervos. Nessa altura Donizetti começava a ressentir-se dos efeitos de uma infecção sifilítica avançada que o levaria à demência, à paralisia e à morte. Os próprios ensaios de D. Sebastião foram disso um exemplo: paranóia, ataques de fúria, esquecimentos súbitos, tremores, e explosivos ataques de mau génio. Donizetti esperava que a ópera fosse um verdadeiro triunfo na Ópera de Paris e a ansiedade que então o consumia deixava-o muito sensível à crítica e à maneira como era referido pelos seus colegas compositores. A estreia correu muito bem e a ópera foi bem recebida, no entanto não foi o triunfo que Donizetti esperava, provocando-lhe uma certa amargura. Foi então feita uma versão italiana - Don Sebastiano, re di Portogallo - que permaneceu nos palcos da pátria amada de Donizetti durante muito tempo.
Dom Sebastião foi a ultima ópera composta por Donizetti antes de ter sido violentamente atacado pela doença que lhe haveria de debilitar o sistema nervoso. O libreto de Eugène Scribe tem como base a história de Portugal, embora bastante fantasiada. No centro desta história está o jovem D. Sebastião, rei de Portugal, e a sua decisão em seguir para Marrocos onde morrerá no campo de batalha. Outra personagem importante é Camões, que imortalizou os feitos dos portugueses na sua poesia, inspiração também para Scribe que lhe dá um destaque importante nesta ópera. Aos eventos narrados por Camões, Scribe acrescenta uma história de amor realçando assim os conflitos políticos, religiosos e raciais entre os vários protagonistas da ópera. Como cenários, Scribe escolhe, inevitavelmente, o campo de batalha de Marrocos, onde D. Sebastião perde a vida, um palácio marroquino, as ruas de Lisboa absolutamente apinhadas, de modo a representar uma das mais importantes e movimentadas cidades da altura, um tribunal da inquisição, e as masmorras na cave de um palácio português. A acção beneficia também dum enorme dinamismo resultante da interacção entre as várias personagens e grupos de personagens. Para além disto há ainda um toque a exotismo, uma procissão monumental, e a morte catastrófica dos dois amantes, o que torna este libreto dramaticamente muito intenso."
(Fonte: https://www.rtp.pt/antena2/argumentos-de-operas/letra-d/gaetano-donizetti_1924_68)
Gaetano Donizetti (1797-1848). Natural de Bérgamo, Itália. "Alcançou a imortalidade no âmbito da ópera, deixando partituras tão célebres quanto O elixir de amor (1832), Lucia di Lammermoor (1835), A favorita (1840) ou Don Pasquale (1843). O seu nome no domínio do bel canto tem um estatuto comparável a Rossini ou Bellini, contando com um total de 75 óperas e perto de 200 canções. Muito menos conhecidas são as suas obras instrumentais, mas Donizetti foi autor de 16 sinfonias, vários concertos e muita música de câmara, onde consta um corpo de 18 quartetos de cordas cuja execução integral ultrapassa as quatro horas. Alguns desses quartetos foram escritos como peças de estudo, exercícios de composição, e não se destinavam a apresentação pública. Mas a maior parte eram destinados ao salão do Sr. Bertoli, de Bérgamo, em cujo quarteto de cordas tocava o seu antigo professor de música, o compositor alemão Simon Mayr. Os primeiros dezasseis foram escritos nesse contexto entre os anos de 1817 e 1821. Uma das razões para estes quartetos não terem ficado no repertório comum das salas de concerto prende-se com o facto de serem associados ao estilo Gebrauchsmusik, música funcional destinada a um acontecimento específico e associada a diversão de carácter mais ligeiro."
(Fonte: https://www.casadamusica.com/pt/artistas-e-obras/compositores/d/donizetti-gaetano?lang=pt#tab=0)
Encadernação em percalina a duas cores com rótulo na pasta anterior. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Folha de rosto apresenta restauro.
Muito raro.
35€

30 janeiro, 2022

FERNANDES, Barahona - EXUMAÇÃO DO CASO DA PINTORA JOSEFA GRENO.
No centenário de Miguel Bombarda
. [S.l.], Separata de «O Médico» : N.º 34, 1952. In-4.º (23,5 cm) de 12, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Opúsculo ilustrado no texto com um retrato de Miguel Bombarda.
"A personalidade famosa e marcante de Miguel Bombarda, a par da glória médica e popular, tem sido o sestro das grandes contraditas.
As suas dissertações , ousadas e incconoclastas, sobre os neurones, a consciência e o livre arbítrio levantaram contra si, em violentas polémicas, André Navarro e o Padre Santana.
As suas intervenções médico-forenses, defendendo corajosamente a irresponsabilidade penal dos doentes mentais, desencadearam grandes resistências nos tribunais e na opinião. Já então, como ainda hoje, a ignorância, os preconceitos, ou os interesses levantaram peias à aceitação da loucura e da consequente irresponsabilidade em indivíduos, que não exibissem perda flagrante da lucidez e da ordem e nexo das ideias.
O «velho caso», sensacional na época, do assassínio do marido pela pintora paranoica Josefa Greno, é agora sujeito  «nova autópsia», pelo pintor Varela Aldemira. [...] Obra de investigação histórica e de intenção psicológica, que pretende tornar compreensível e, de certa maneira, justificar o crime daquela talentosa e hoje olvidada artista, delicada pintora de flores, que acabou os seus dias em Rilhafoles.
Miguel Bombarda, sentindo-se acossado pela opinião pública, que exigia a condenação da criminosa, e punha em dúvida a ciência dos peritos, que a davam por louca e irresponsável, reagiu, enérgica e impetuosamente, com o entusiasmo, nem sempre prudente, que o assinalava."
(Excerto do texto)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
10€

29 janeiro, 2022

RELATORIO DA ASSOCIAÇÃO DO ASYLO PARA EDUCAÇÃO DE COSTUREIRAS E CREADAS DE SERVIR.
Apresentado pela direcção em 27 de janeiro de 1889. Lisboa, Typ. do Commercio de Portugal, 1889. In-8.º (21,5 cm) de 19, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Relatório da Associação do Asilo para a Educação de Costureiras e Criadas de Servir. Trata-se de um importante subsídio para o conhecimento desta associação de protecção a mulheres desvalidas da cidade de Lisboa criada no final do século XIX, que recolhia e ensinava ofícios básicos para o seu sustento.
"A Associação do Asilo para Educação de Costureiras e Criadas de Servir estava situada na Rua das Trinas, onde no século XVI um comerciante flamengo, Cornélio Vandali, e a sua mulher, Marta de Boz, possuíam propriedades, incluindo uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Soledade. Aí foi fundado o Convento das Trinas Recoletas do Mocambo. Como os proprietários não tivessem descendência legaram os seus bens para a edificação de um mosteiro.
Em 1885, em Fevereiro, a madre abadessa do Convento das Francesinhas cedeu grande parte da cerca do seu convento, para recreio das asiladas. A Associação tomou posse no dia 26 do mesmo mês. Iniciaram-se obras e abriu-se um portão para o Caminho Novo, fazendo-se outros concertos. Nessa época, o asilo era pouco conhecido pela população que não raras vezes perguntava para que servia. Só em 1885, a 30 de Novembro, ficaram concluídas as obras do Convento das Francesinhas, fez-se então a mudança do asilo desde as intalações do Recolhimento das Irmãs da Caridade das Trinas de Mocambo,
As Irmãs Hospitaleiras mantiveram-se na administração interna do asilo, e emprestavam a sua Casa, em Santa Cruz, para as meninas irem apanhar ares."
(Fonte: https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1218941) 
"São passados 4 annos desde a fundação d'esta Associação, e vimos novamente pedir-vos que ouçaes com benevolencia as contas que vos vamos dar da nossa gerencia administrativa durante o anno que findou.
A 31 de dezembro de 1887, existiam n'este asylo 43 asyladas; hoje existem 64. Cremos, ser esta a noticia mais consoladora que vos podemos dar, não querendo, senhoras, entristecer-vos com a cifra das infelizes que esperam se lhes abra a porta d'esta casa, que para a maior parte é um refugio contra a desgraça certa que as espera.
Temos a grande satisfação de vos dizer que mais duas das nossas asyladas sahiram para servir; Izabel e Barbara, ambas nos teem dado muita satisfação pela maneira como se teem comportado e pela affeição com que ficaram ao asylo, aonde veem aos domingos cada vez que as suas amas lh'o permittem. Esperamos que alguns incredulos que julgam esta instituição uma utopia, verão que tem probabilidades de ter uma utilidade pratica, quando passem mais alguns annos, e que as creanças de hoje possam crescer e para suas proprias casas levar o socego e arranjo das boas creadas.
Ao lado d'estas duas raparigas que nos enchem de consolação tivemos o desgosto de despedir duas por incorrigiveis; uma sahiu para um asylo de correcção, a outra foi a muito custo entregue entregue á familia que a não queria receber.
Todas as outras ayladas se teem comportado muito bem e as mestras nos dizem que a sua docilidade é tal que as governam sem custo.
Na epoca propria foram as doentes tomar banhos para a praia de Santa Cruz, sentindo que os nossos pacos recursos não nos deixassem alargar este beneficio a mais algumas asyladas, pois quasi todas são de constituição fraca e lymphatica."
(Excerto da primeira parte do Relatório)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta pequena falha de papel no canto superior esquerdo.
Raro.
Com interesse histórico.
20€

27 janeiro, 2022

AMARAL, Abílio Mendes do - D. DINIS INTROMETEU GOUVEIA NA VIDA E OBRA DA RAINHA ISABEL
.Viseu, Separata : Edição da Assembleia Distrital de Viseu, 1979. In-8.º (21 cm) de 40 p. ; [4] f. il. ; B.
1.ª edição independente.
Livro ilustrado com quatro estampas separadas do texto, contando-se entre elas um retrato da Rainha Santa Isabel.
"Não há o propósito de trazer a público um trabalho destinado a avolumar o acervo bibliográfico relativo à bem-fazeja vida de D. Isabel de Aragão. A esse tema se ligaram os nomes de muitos cultores das Letras em geral e da História em especial.
Embora se afigure conveniente evocar certos factos que nos balizem o caminho da dadivosa e santa Rainha, interessa em particular um documento ainda bem pouco ou nada divulgado, que respeita e envolve a vila de Gouveia, por graça e mercê do qual se rabiscam as presentes linhas onde ele aparecerá um pouco adiante.
Temos ali, nas sede do concelho, duas paróquias com as respectivas igrejas: S. Pedro e S. Julião. Quem as olhar, dirá ser a segunda mais vetusta, mas deve ter-se em conta a reconstrução da primeira já ajustada em 1758 pela quantia  de 9 ou 10  mil cruzados, bem como os arranjos relativamente recentes. Algures existirá documento desfazedor de dúvidas. Os do nosso conhecimento não bastam, embora sejam de épocas aproximadas e se harmonizem com afirmação feita no século XVIII pelo Pe. Salvador Clemente Furtado."
(Excerto de I - Como surgiu o sinal de alerta)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
Com interesse histórico.
10€

26 janeiro, 2022

NASCIMENTO, Cardeal Alexandre do - MINHAS ORIGENS E APRENDIZAGENS
. Autobiografia. Luanda, Mapess, [2005]. In-8.º (22 cm) de 154, [6] p. ; il. ; C
1.ª edição.
Autobiografia do Cardeal D. Alexandre do Nascimento, homem de religião e do mundo, cujo papel de mediador no conflito civil angolano foi amplamente reconhecido, interna e externamente.
Ilustrada com um fotografia em página inteira do Cardeal quando jovem.
Exemplar muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Donde o prestígio que envolve aos olhos do adulto a primeira idade? Será apenas uma convenção, um lugar comum, o seu fascínio?
Os primeiros anos têm este deslumbre: num período em que a percepção é mais aguda, formam-se os padrões de futuras apreciações. Não é verdade que, num recanto da nossa memória de adulto, se fixaram para sempre como móveis que se não mudam, certos quadros? Cheiros, sabores, matizes instalaram-se em nós, fundiram-se em nós para constituir o fundo da nossa sensibilidade. [...]
É na Meninice que as palavras e os objectos se tingem de determinada cor: cor intensa de vermelho, ou suavidade de anil. O decorrer da vida só poderar desbotar, mas não mudar. [...]
Se os homens tivesse de voltar, se tivessem de retroceder para a era primitiva da santidade, quem menos teria e caminhar na noite das renúncias, sem dúvida que seria a criança. Por isso, ensina Jesus: "Se vos não tornardes como crianças, não entrareis no Reino de Deus".
A criança é o ser que ainda traz na face o sopro de Deus: sopro mais poderoso do que o fiat, que desencadeou em catadupas as estrelas; sopro que faz da carne um eu, uma consciência.
Criança. Adolescente. Poesia em bruto, ouro em bruto. A noite de Natal em cada lar. E os pais sentem-se menos inúteis. Criaram-se laços novos com o Aquém, que começa. Sentem-se por isso mais seguros com o Além que se aproxima."
(Excerto do Prelúdio)
Índice:
Prelúdio. | I - Ciclo de Malange - 1925-1945. Infância: II - Nasci em Mucasa. III - Foi um padre francês que me baptizou. IV - Fiz a primeira comunhão, teria eu dez anos. V - Vamos agora ao professor Tenente Lemos. VI - Homem algum escolhe quando e onde nascer. VII - Sempre confiei em minha mãe. VIII - Poucos anos antes de morrer, tive conversa com ela. IX - A cidade de Malange. X - Depois dos meus catorze anos. XI - Quando terminei a quarta classe. XII - Foi em Lucala. Seminário: XIII - Manhã de Abril. XIV - Começo de vida nova. XV - Anos felizes. XVI - Adentrei-me no mundo da fé. XVII - Custou-me o trabalho manual. XVIII - Passei por uma provação interior. XIX - Capítulo dos estudos. XX - Setembro de 1943. XXI - No seminário de Malange. XXII - Leituras que fiz por esse tempo. XXIII - Breve alusão a um episódio.
II - Ciclo de Luanda - 1945-1948. XXIV - Luanda pela primeira vez. XXV - A Livraria Lello e a Cervejaria Biker. XXVI - O anos que passei em Cabinda. XXVII - Pascal seduziu-me. XXVIII - Uma biografia me fez bem imenso. XXIX - Decididamente, não foi a leitura. XXX - Era numa praia aconchegada. XXXI - Tive em Cabinda como alunos quatro ou cinco adolescentes. XXXII - Nuvens no horizonte. XXXIII - Missa de sufrágio. XXXIV - De regresso ao seminário de Luanda. XXXV - O ritmo habitual. XXXVI - Mais tarde, reflectindo sobre passo decisivo. XXXVII - Presença mística de Maria. XXXVIII - A coisa que mais me impressionou em Lisboa. III - Ciclo de Roma - 1948-1953. XXXIX - A viagem de Lisboa a Roma. XL - Relativamente longa a paragem em Lurdes. XLI - Tenho transcrita nos meus papéis. XLII - A primeira visita que fiz, após minha chegada a Roma. XLIII - Ao chegar a Roma, fui logo para o Pontifício Colégio Português. XLIV - Tenho dívida enorme de gratidão. XLV - O Padre António Soares Pinheiro. XLVI - A localização da Universidade Gregoriana. XLVII - Devo ao Padre Enes dois endereços. XLVIII - Assim se foram alternando os dias sem monotonia. XLIX - A questão sobre a objetividade do conhecimento. L - Que ajuda me deu Rousselot. LI - Visitei o Museu Vaticano. LII - Foi no final do ano escolástico de 1948-1949. LIII - O calor em Roma nos meses de verão. LIV - Dos companheiros que me lembra. LV - A propósito do dr. Castro Mendes. LVI - Os meus iniciadores em Teologia. LVII - Abri-me aos vários sopros de cultura. LVIII - Francisco Costa, grande romancista. LIX - Luminoso pontificado de Pio XII. LX - Os alunos do Colégio passaram férias em Sicília. LXI - Férias em Sicília e a sombra tutelar de Newman. LXII - Férias de verão de 1951. LXIII - Em 1952 passámos as férias em Allex. LXIV - No final desse verão passei por Veneza. LXV - Caminhada próxima para o altar. LXVI - Nos últimos anos, houve um aluno do Colégio. LXVII - Sinzig, Bona, Limburg. LXVIII - De novo em Lisboa. LXIX - Embarquei no navio Mouzinho. | Apêndice.
Alexandre do Nascimento GCC (Malanje, 1 de março de 1925). "Cardeal católico angolano, actual arcebispo-emérito de Luanda. Estudou no Seminário de Bângalas, depois no Seminário de Malanje. e posteriormente no Seminário de Luanda. Em 1948, foi enviado para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, onde obteve o bacharelado em filosofia e a licenciatura em teologia.[1] Assim, foi ordenado padre em 20 de Dezembro de 1952, por Luigi Traglia, então arcebispo-titular de Cesareia da Palestina, vice-gerente da Diocese de Roma. Logo depois, tornou-se professor de Teologia Dogmática no Seminário Maior de Luanda e redator-chefe do jornal católico "O Apostolado", entre os anos de 1953 e 1956. Por nomeação de Dom Moisés Alves de Pinho, exerceu a função de pregador da Sé Catedral, de 1956 a 1961, ano em que começou a Guerra Civil Angolana e a autoridade politica portuguesa o forçou a fixar residência em Lisboa de onde voltaria dez anos depois, e onde estudou direito civil na Universidade de Lisboa. Em 10 de agosto de 1975, foi nomeado bispo de Malanje, sendo ordenado em 31 de agosto de 1975, na Catedral de Luanda, por Giovanni De Andrea, arcebispo-titular de Aquaviva e delegado apostólico em Angola, tendo como co-sagrantes a Dom Manuel Nunes Gabriel, arcebispo de Luanda e por Dom Eduardo André Muaca, arcebispo-titular de Tagarbala e arcebispo-coadjutor de Luanda. Em 3 de fevereiro 1977, foi promovido a Arcebispo Metropolitano de Lubango, sendo também administrador apostólico ad nutum Sanctæ Sedis da Diocese de Ondijiva. Em 15 de outubro de 1982, durante uma visita pastoral, foi sequestrado por militantes da UNITA. O Papa João Paulo II apelou por sua liberdade durante o Angelus do domingo dia 31 de outubro; foi libertado no dia 16 de novembro seguinte. Em 5 de janeiro de 1983, foi anunciada a sua criação como cardeal pelo Papa João Paulo II, no Consistório de 2 de fevereiro, em que recebeu o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de São Marcos em Agro Laurentino. Foi transferido para a Arquidiocese de Luanda em 16 de fevereiro de 1986, renunciando ao governo pastoral da arquidiocese em 23 de janeiro de 2001. Perdeu o direito de participar dos conclaves aos 80 anos, completados em 1 de março de 2005. Foi, também, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, entre 1990 e 1997. Em 5 de junho de 2015 ingressou na Ordem dos Pregadores."
(Fonte: wikipédia)
Encadernação cartonada do editor com retrato do autor na capa anterior.
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Sem registo na BNP.
25€

25 janeiro, 2022

GALVÃO, J. Mira - O SEAREIRO. Sua Função Económica e Social na Cultura do Trigo e a Crise Agrária.
[Por]... Eng. Agrónomo
. Beja, Minerva Comercial : Carlos Marques & C.ª, L.da, 1949. In-8.º (22,5 cm) de 48 p. (inc. capas) : il. ; B.
1.ª edição.
Interessante trabalho sobre o "seareiro", e a sua importância para a cultura do trigo. Monografia com interesse agrícola, etnográfico e sociológico.
Ilustrado com quadros, tabelas, e fotogravuras a p.b. ao longo das páginas de texto.
"O seareiro é um elemento de elevada função económica na cultura do trigo. Sem ele não teria sido possível a arroteia das antigas e imensas charnecas alentejanas nem seria ainda hoje possível cultivar trigo numa grande parte das terras que o produzem. Daí também a sua grande importância social, na maior parte das explorações agrícolas, dominantemente trigueiras.
Uma grande percentagem das terras que constituem a área que produz a maior parte do trigo do país, (cerca de 55%), o Baixo Alentejo é formado por terrenos estruturalmente pobres, e alguns mesmo muito pobres, provenientes dos xistos, as chamadas «terras galegas» tanto do devónico como do cabónico, principalmente ao Sul do distrito de Beja, e de detritos do miocénico e do pilocénico, ao Norte e ocidente. [...]
Muitos destes terrenos estão mais ou menos cobertos de montados de azinho e sobro, o que somado à pobreza e magreza do terreno, mais concorre para as fracas produções e daí a existência de uma agricultura pobre e pouco remunerada principalmente para o empresário que a exerce em grande escala, isto é, com mão de obra paga a dinheiro, por vezes cara (ceifas) e pouco produtiva. Daí a necessidade de associar a mão de obra à produção e a existência do seareiro, tanto na época das arroteias, como agora depois das terras limpas e esgotadas em matéria orgânica."
(Excerto do Cap. I - O meio em que o seareiro desenvolve a sua acção)
Matérias:
I - O meio em que o seareiro desenvolve a sua acção. II - Como surgiu o seareiro. III - O seareiro sob o ponto de vista económico e social. IV - Causas remotas e recentes do depauperamento e desaparecimento do seareiro. V - Modalidades e condições actuais da parceria. VI - Determinação da quota justa da ração. VII - Situação económica do seareiro e do pequeno agricultor. VIII - Medidas sugeridas para atenuar ou debelar a crise.
Exemplar em brochura, por abrir, bem conservado.
Muito invulgar.
Indisponível

24 janeiro, 2022

SILVA, Cesaltina do Nascimento & LEITÃO, Maria Noémia de Melo - INSTITUTO DE ODIVELAS
. Lisboa, [s.n. - Execução Gráfica de Cegraf], 1990. In-4.º (23 cm) de 111, [1] ; il. ; B.
1.ª edição.
Edição comemorativa dos nonagésimo aniversário do conhecido colégio feminino de Odivelas.
Livro graficamente atraente, totalmente impresso sobre papel couché, profusamente ilustrado ao longo do texto a p.b e a cores, e no final, em página inteira.
"O Instituto de Odivelas (Infante D. Afonso) foi uma escola portuguesa pública de ensino não superior, tutelada pelo Exército e destinada a jovens do sexo feminino. Fundado a 14 de Janeiro de 1900 pelo irmão do rei D. Carlos I de Portugal, o Infante D. Afonso, estava sediado no Mosteiro de São Dinis (monumento nacional), em Odivelas, nos arredores de Lisboa. As suas alunas frequentavam o Instituto entre o 5.º e o 12.º anos de escolaridade em regime de internato ou externato.
Por despacho do ministro da Defesa, Ministro José Pedro Aguiar-Branco, em 2013, o Instituto de Odivelas encerrou no final do ano letivo de 2014/2015, podendo as alunas transitar para o Colégio Militar, em Lisboa. Tratando-se de uma escola com tradições, diferenciada e regularmente no topo dos rankings das escolas públicas, esta decisão teve a oposição das associações de antigos alunos e de pais e encarregados de educação de ambas as escolas."
(Fonte: wikipédia)
"Em 1990, o Instituto de Odivelas completa 90 anos de actividade, tempo cronológico relativamente curto para uma instituição que, ao ser criada não impõe limites de existência, mas tempo vivencial e existencial relativamente longo, dado o labor e significado profundos das tarefas realizadas no transcurso das nove dezenas de anos que leva de contado. [...]
A consulta da documentação relacionada com a criação das estruturas que deram corpo e tornaram e tornaram eficaz esta obra, nascida de um grupo de idealistas que se entregaram à causa do bem e da vida, foi cuidadosa e meticulosa, por forma a permitir que não fossem atraiçoados o espírito e a letra de legisladores e educadores. [...]
Por isso, este livro descreve o que há de fundamental e primordial sobre o I.O. está longe de satisfazer a nossa exigência e a de todos quanto pretendiam que ele narrasse, exaustivamente, os métodos pedagógicos e filosofia de educação aqui aplicados durante os noventa anos da sua exitência."
(Excerto da Introdução)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
20€

23 janeiro, 2022

MATTA, José Nunes da - ÁS ARMAS CIDADÃOS, CORREI ÁS ARMAS! Mas se a Alemanha fosse vencedora, É como se o Inferno, o Caos, o fôra! 2.ª edição. Preço: 2 centavos. Lisboa, Livraria Ferin : Torres & C.ta, 1916. In-8.º (22 cm) de 8 p. (inc. capas) ; B.

MATTA, José Nunes da - Á GUERRA PELA PAZ E LIBERDADE! Preço: 2 centavos. Lisboa, Imprensa da Livraria Ferin, 1917. In-8.º (22 cm) de 8 p. (inc. capas) ; B.
1.ª edição.

Conjunto de 2 opúsculo poéticos sobre a Grande Guerra.
 
"Negra coroa de ferro e atrocidades
Arranquemos, irados e ufanos,
Ao mais vil charlatão entre os bandidos
Que a terra enchem de dores e gemidos!"

(Retirado da capa de Á Guerra pela Paz e Liberdade!

José Nunes da Matta (1849-1945). Escritor multifacetado. "Foi uma personagem que marcou e fez soar o nome de Portugal no estrangeiro, graças aos trabalhos que desenvolveu e publicou, nomeadamente na vertente Naval tendo como origem a sua instituição mãe que é a Escola Naval, fruto de longas horas investidas na vertente académica. Da sua ilustre carreira militar, Nunes da Matta realizou outros inúmeros feitos, tanto na vertente civil com a salvação da freguesia de Parede, como na vertente académica onde graças ao seu empenho e dedicação conseguiu publicar vários artigos onde alguns deles viriam a ser reconhecidos a nível internacional."
(Fonte: https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/31378)
Exemplares em brochura, bem conservados.
Raro conjunto.
Indisponível

22 janeiro, 2022

PATO, Heitor Baptista - A MAGIA
. Lisboa, Fernando Pereira - Editor, [1984]. In-8.º (21 cm) de 173, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Curioso repositório de literatura fantástica/ficção científica - enigmas sobre o paranormal, magia, ocultismo e maçonaria.
"Um dos grandes exploradores polares do séc. XX, o almirante norte-americano Richard E. Byrd, declarava em Fevereiro de 1947, antes de realizar um raid de 2700 quilómetros mais além (esta expressão foi importante, como verificaremos) do Pólo:
- Gostaria de ver essa terra que existe mais além do Pólo (Norte). Essa tera que é o centro do Ignoto.
Em Janeiro de 1956, uma mensagem de rádio de Byrd, proveniente (esta vez) da sua última expedição antártica, revelava: «A 13 de Janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos completaram um voo de 4300 quilómetros a partir da base de McMardo Sound, situada a 640 quilómetros a oeste do Pólo Sul, e penetraram numa terra situada a uma distância de 3700 quilómetros mais além do Pólo». E, pouco antes da sua  mote, o grande explorador polar falará outra vez desse «continente encantado, a terra do eterno mistério!»
(Excerto de O sexto continente sobre os Pólos)
Índice:
A propósito dos discos voadores. | Os ovnis como religião. |  As técnicas divinatórias. |A magia em França em 1974. | Anne Marie Lenormad, a última sibila. | A alquimia, a arte secreta. | O «imortal» conde de Saint-Germain. | O segredo maçónico. | O sexto continente sobre os pólos. | Os ritos do fogo. | Quando Satanás reinava sobre a Terra.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Rubrica de posse na f. rosto.
Invulgar.
15€

21 janeiro, 2022

RODRIGUES, Manuel Augusto - GRAMÁTICA ELEMENTAR DE HEBRAICO.
Com Textos Bíblicos e Léxico Hebraico-Português. [Reprodução fac-similada da Gramática editada em 1967]. Coimbra, 1967. [Aliás, Maia, Castoliva : editora, 1993]. In-4.º (23,5 cm) de XIX, [3], 172, [4] p. ; il. ; B.
Interessante gramática hebraica.
Ilustrada no interior, em página inteira, com reprodução de diversas portadas de livros históricos relacionados com o assunto.
"Os estudos hebraicos têm-se desenvolvido de forma extraordinária um pouco por toda a parte, e pena é que Portugal, com uma tradição muito rica neste domínio do saber e com ligações singulares à história e a cultura judaicas ao longo dos tempos, continue a não prestar a atenção merecida às línguas e culturas semíticas, com referência especial ao árabe e ao hebraico."
(Excerto da Introdução - Nota prévia)
Exemplar em brochura, bem conservado. Levemente descorado por acção da luz na margem lateral.
Muito invulgar.
Indisponível

20 janeiro, 2022

LANGHANS, Franz-Paul - O CHEFE
. Lisboa, [s.n.], 1936. In-8.º (16 cm) de 25, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Folheto propagandístico de apoio à causa monárquica. Raro e muito curioso. Publicado em plena fase de arranque do regime do Estado Novo, corporizado pela figura do Presidente do Conselho, António Oliveira Salazar, este opúsculo pretende comparar a República com a Monarquia, e mostrar os motivos pelos quais o "Chefe" dos dois sistemas que melhor serve a causa pública é o Rei, o Senhor Dom Duarte de Bragança.
Refira-se a título e curiosidade, que o autor, apesar das suas opiniões políticas, viria a ser um acérrimo defensor de Salazar, de quem viria a ser secretário particular - cargo que ocupou entre 1951 e 1961.
"A direcção superior do Estado - como a direcção de uma casa ou empreza - tem de sujeitar-se a certas condições e reger-se por determinados princípios sem os quais não pode cumprir com o encargo que sobre si tomou de administrar convenientemente os negócios públicos.
A experiencia política e os ensinamentos da história demonstram que nas diversas formas de governo umas têm mais recursos do que outras para empreenderem o bem da comunidade. [...]
Importa, pois, fazer a comparação dos dois sistemas para destacar bem as diferenças dos seus métodos e conceitos, provando pela naturalidade de um quanto de artifício existe no outro."
(Excerto da introdução - A arte de governar)
Matérias:
A arte de governar. | Primeira Condição - Estabilidade. Segunda Condição - Continuidade. Terceira Condição - Autoridade. Quarta Condição - Aliança permanente do Govêrno com o Povo. Quinta Condição - Existência de Grupos de valores organizados e disciplinados, aptos a fornecer ao Estado, dirigentes de prestígio e técnicos hábeis. Sexta Condição - Harmonia e homogeneidade de acção governativa obtida por intermédio de uma Direcção Única. | O Chefe - Atributos: 1. Sua determinação; 2. Sua preparação; 3. Sua independencia; 4. Suprema garantia: - Os interêsses vitais de nação coincidem com os interêsses vitais de Chefe e da sua família; 5. Os poderes do Chefe. | [Conclusão].
Franz-Paul de Almeida Langhans (1908-1986). Professor do liceu e do curso de Biblioteconomia e Arquivística da FLUL, conservador na Torre do Tombo, foi um entusiasta e defensor da história local. Secretário particular de Oliveira Salazar (1951-1961), depois quadro da FCG. Publicou inúmeras monografias históricas e estudos sobre religião. Colaborou intensamente no DHPJS com verbetes sobre diversas instituições político-administrativas.
(Fonte: https://dichp.bnportugal.gov.pt/tematicas/tematicas_hist_instituicoes_ii9.htm)
Exemplar em brochura, preso por agrafes, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico.
15€

19 janeiro, 2022

DAVID, Florbela Lopes da Silva Gomes - LÁGRIMAS E POSSESSÃO.
A hierarquia e os ritos no culto ao Dr. Sousa Martins no cemitério de Alhandra
. Alhandra, Edição do Museu de Alhandra, 1996. In-8.º (21 cm) de 109, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Tese de Licenciatura em Antropologia sobre o culto ao Dr. Sousa Martins apresentada pela autora à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Monografia editada em Alhandra, por certo com tiragem reduzida.
Livro ilustrado no final em Anexo com 24 fotografias a p.b. distribuídas por 7 páginas.
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa da autora.
"Aquilo que um dia me levou até um cemitério, em Alhandra, e não a outra encruzilhada qualquer foi, concerteza, por um lado, de ordem emocional e, por outro, de de ordem prática. O resultado foi esta monografia, a minha busca possível de uma parte ínfima do sagrado. A curiosidade transportou-me a uma paisagem não suficientemente próxima para ser exactamente minha, nem suficientemente longínqua para ser a do «outro». Nada de novo nesta situação - este é o espaço da fronteira onde sempre foi possível o encontro... mas sempre, também, difícil. Difícil ainda, é observar o exótico, o estranho, o «esquisito», fazer-lhes análises, como se ele estivesse dentro de um tubo de ensaio sem efectivamente o estar."
(Excerto do Prefácio)
"O culto ao Dr. Sousa Martins é muito generalizado e abrange uma vasta área geográfica, bem como um amplo leque heterogéneo de ritos. Inúmeras obras biográficas há publicadas sobre a pessoa de José Tomaz. No entanto, as publicações de índole sociológica e antropológica sobre os cultos a si prestados são praticamente nulas; o que resulta numa grave lacuna para o seu conhecimento, que consterna sobretudo dadas as dimensões que o fenómeno actualmente assume."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Prefácio. | Introdução. | Primeira Parte - Introdução Histórica (O Homem e o «Santo»): I. Sousa Martins - Aspectos Biográficos; II. A História e os Rituais no culto do «Santo». Segunda Parte - Introdução Etnológica (Outras Perspectivas): III. Subsídios teóricos preliminares; IV. Do culto (em geral) ao Dr. Sousa Martins. Terceira Parte - Ritos no cemitério de Alhandra: V. Um dia no cemitério - Configurações de casos: O Lugar - As Pessoas - Os Acontecimentos - A Possessão - A Audiência e as trocas simbólicas; VI. O Xamanismo e a Possessão na história da Análise Antropológica; VII. Discussão. | Conclusões. | Notas finais. | Bibliografia. | Anexo.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Com interesse sociológico e etnográfico.
Muito invulgar.
25€

18 janeiro, 2022

PINTO, Maria Evangelina - A ILHA TERCEIRA NA HISTÓRIA NACIONAL.
Conferência de...
[S.l.], [s.n. - Composto e impresso nas Escolas Profissionais Salesianas : Oficinas de S. José, Lisboa], [1960]. In-8.º (21,5 cm) de 32 p. ; B.
1.ª edição.
Conferência produzida pela autora - natural da Terceira - na Casa dos Açores, em Lisboa.
Livrinho muito valorizado pela dedicatória manuscrita da autora.
"Em qualquer parte do mundo, o culto pela Pátria é sempre natural e espontâneo no coração de cada indivíduo, mas na nossa Pátria, esse culto tem que atingir um grau que não pode ser atingido em qualquer outro país. É que a História de Portugal, é o mais interessante capítulo da História Universal e a História da Ilha-Terceira a mais bela página desse capítulo.
Em dois momentos em que Portugal esteve em perigo, foi a Ilha-Terceira que o salvou."
(Excerto da Conferência)
Maria Evangelina da Silva Pinto OIP (Angra do Heroísmo, Açores, 1887 - 1973). "Foi uma médica portuguesa. Formou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa (atual Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa) em 1915, tendo defendido o "Acto Grande" a 23 de dezembro do mesmo ano, com a tese intitulada "Alguns casos de hermafroditismo", com a nota de 17 valores (qualificação de Bom). Foi Diretora do Externato Feminino Francês, em Lisboa. Foi condecorada em 1959 com o grau de Oficial da Ordem da Instrução Pública."
(Fonte: wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

17 janeiro, 2022

OLIVEIRA, Maurício - OS CRUZADORES NA MARINHA PORTUGUESA (esboço histórico)
. Lisboa, [s.n. - Editora Marítimo Colonial - Lisboa], 1966. In-4.º (24 cm) de 111, [5] p. ; [16] p. il. ; B.
1.ª edição.
Importante monografia histórica sobre os cruzadores que integraram a Marinha de Guerra Portuguesa.
Livro impresso em papel de superior qualidade, profusamente ilustrada com fotogravuras distribuídas por 16 páginas separadas do texto.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Dr. Xara Brasil.
"O breve estudo - embora tão pormenorizado quanto possível - que se vai encontrar neste trabalho, dedicado os cruzadores ou aos navios como tal classificados, que a Marinha de Guerra Portuguesa possuiu (fins do século XIX e princípios do século XX) não tem pretensões de de natureza histórica, não obstante constituir um pouco de história da Armada, ainda que fragmentada através do que dela se contém na vida - e às vezes na  morte - de cada um dos navios.
Os cruzadores atestaram sempre numa marinha - outrora mais acentuadamente do que na actualidade - o poder de combate, a capacidade ofensiva e as possibilidades de domínio as rotas marítimas: os cruzadores dos séculos XIX e XX foram as naus do século XVIII."
(Excerto da Introdução)
Índice: I - Introdução. II - Cruzador «Vasco a Gama». III - Cruzador «Adamastor». IV - Cruzador «D. Carlos I» («Almirante Reis»). V - Cruzador «S. Rafael». VI - Cruzador «S. Gabriel». VII - Cruzador «Rainha D. Amélia» («República»). VIII - Cruzador «República». IX - Cruzador «Carvalho Araújo». X - Cruzadores auxiliares «Pedro Nunes» e «Gil Eanes». XI - Bibliografia consultada.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
30€

16 janeiro, 2022

LYSIA, Helio de - O PROPHETA BANDARRA Prevê a guerra actual. A victoria dos Alliados. - O fim da Allemanha, Austria e Turquia. - O futuro de Portugal. [O Occultismo e a Guerra]. Lisboa, «Sociedade Typogaphica Editora» : Lamas, Motta, & C.ª, 1917. In-8.º (19 cm) de 96 p. ; [1] f. il. ; E.
1.ª edição.
"O Occultismo e a Guerra - Um vidente portuguez do seculo XVI prediz a actual conflagração europeia".
Capa assinada por Rocha Vieira.
Obra curiosa, algo insólita (publicada sob a capa de pseudónimo), justificada pelo momento que o país atravessava - escassez e miséria - receio pelo futuro - amargura pelos homens que via partir para a guerra.
Livro ilustrado em separado com uma profecia de Nostradamus - legendada em francês - desenhada sobre um símbolo maçónico.
"O espirito prophetico é o condão extraordinario de clarividencia do futuro, apanagio de creaturas eleitas que nasceram já predestinadas para desempenhar uma missão superior entre a humanidade.
Os prophetas, isto, é, aquelles cuja vocação é interpretar os arcanos, onde a intelligencia humana não pode librar-se, são individuos que estão em contacto com o plano invisivel. [...]
Sob diversos nomes, - hierophantes, sacerdotes, rabis, augures, haruspices, ariolos, magos, videntes, adivinhos, médiuns, feiticeiros, bruxos, etc., - muitos tiveram, de facto, a faculdade de estar em contacto com o Plano Astral, outros, porém, foram meros impostores que exploraram a crendice ignara do populacho sempre propenso a deixar-se impressionar pelo maravilhoso."
(Excerto do Prefacio)
"Ao apresentar este modesto trabalho que, diga-se de passagem, é uma insignificante contribuição para os estudos do occultismo que tão notavel incremento tem tomado entre nós n'estes ultimos tempos, só tive por escopo seguir os tramites da Verdade, colleccionando provas authenticas sobre um dos mais impressionantes themas psychologicos, - a faculdade da prophecia."
(Excerto da Nota final)
Summario:
Prefacio. | O Bandarra - Noticia bio-bibliographica. | Algumas prophecias cujo cumprimento foi verificado. | Prophecias que se estão cumprindo. | Prophecias por cumprir. | Predicções e apparições celebres em concordancia com as prophecias do Bandarra. | Nota final.
Encadernação recente em meia de percalina com ferros gravados a ouro na lombada. Conserva a capa de brochura frontal.
Raro.
Com interesse para a bibliografia WW1.
Sem registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível

15 janeiro, 2022

LOURENÇO, O. P., P. J. - LIÇÕES DE DOUTRINA CATÓLICA. 1.ª Parte: O Credo. [2.ª Parte: Doutrina dos Mandamentos; 3.ª Parte: Os Sacramentos]. Lisboa, Imprensa Lucas, 1932-1934. 3 vols in-8.º (19 cm) de 349, [3] p. (I) ; 287, [1] P. (II) ; 294, [2] p. (III) ; E.
1.ª edição.
Importante conjunto de preceitos doutrinários em 3 volumes (obra completa).
"É pasmoso o estado em que se encontram os espiritos  em relação ás verdades, ainda as mais elementares, da Doutrina Católica. A ignorancia religiosa é tão geral e tão funda que nem os melhores católicos dão por ela, como já não dão pela febre que os consome, os doente que habitualmente a suportam.
Como a vida pratica não é outra coisa senão o desenrolar sensivel das ideas porque cada um se dirige, não havendo ideas verdadeiras da Religião verdadeira, que é o fundamento da moral, os actos humanos manifestam-se em contradição com os bons principios, com a verdade; são o fruto de arvores doentes.
O remedio contra a ignorancia religiosa é a instrução religiosa. Não ha outro."
(Excerto Vol. I - Introdução)
Padre José Lourenço (1875-1973). "Nasceu em Mexilhoeira Grande, Algarve, a 23 de Dezembro de 1875. Entrou no Seminário de faro em 1890 onde concluiu os estudos em 1897. Ordenado presbítero um ano depois, a 19 de Junho de 1898, começou a exercer o apostolado paroquial, primeiro na paróquia de S. Sebastião de Loulé, como coadjutor (13-7-1898), depois na de Portimão, também como coadjutor (16-7-1899), na de Bordeira, como pároco encomendado (16-7-1900), onde permaneceu até Agosto de 1911.Sacerdote zeloso, com desejo sincero de perfeição, dinâmico, dedicou-se sobretudo à evangelização dos fiéis, insistindo na catequese e na formação dos catequistas. Com o gosto e facilidade para a pregação, exercia esse ministério mesmo fora da sua freguesia.
Funda a obra dos retiros fechados, que, para a época, representa muita coragem. De 1922 a 1926, a pedido do bispo de Coimbra, ensina o dogma no Seminário diocesano e, ao mesmo tempo, é director espiritual dos alunos de filosofia e de teologia.
Nas férias (Natal, Páscoa e Verão), dedica-se ao ministério da Palavra dentro fora da diocese. Em toda essa actividade uma ideia forte o norteia: não só viver o ideal dominicano - contemplari et contemplata aliis tradere - mas aumentar o número de dominicanos, restaurando a Ordem em Portugal, reduzida a dois padres e a um ou outro irmãos cooperador e, esses mesmos, vivendo dispersos.
Foi no Seminário de Faro que o P. José Lourenço veio a falecer em 15 de Janeiro de 1973. O venerando prelado, D. Florentino de Andrade e Silva, que presidiu às exéquias, definiu-o como um apaixonado da evangelização e da comunicação da Palavra de Deus.
O P. José Lourenço foi um grande impulsionador e fundador das primeiras Fraternidades Leigas de São Domingos no ínicio do século XX."
(Fonte: https://estudosop2.wordpress.com/2004/09/28/figuras-dominicanas-i-padre-jose-lourenco/)
Encadernações recentes inteiras de percalina com ferros gravados a ouro nas lombadas. Conservam as capas de brochura.
Exemplares em bom estado de conservação.
Raro conjunto.
Indisponível

14 janeiro, 2022

LIND, Georg Rudolf - FERNANDO PESSOA PERANTE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.
Por...com Duas Poesias inglesas inéditas de Fernando Pessoa
. Lisboa, Separata da Revista 'Ocidente' - Volume LXXXII, 1972. In-4.º (24 cm) de [2], 20, [2] p. (11-30) ; B.
1.ª edição independente.
Importante ensaio de Georg Lind - uma das maiores autoridades do tema pessoano - sobre a posição lírica do vate português face à Grande Guerra.
Interessante peça WW1, por certo com tiragem reduzida.
"Fernando Pessoa - um poeta da guerra? Seria possível preencher todo um ensaio com um tema que tão pouco condiz com a nossa habitual imagem deste poeta? Não estava Portugal, e Pessoa com ele, bastante afastado das frentes de combate da primeira guerra mundial, mesmo depois de o país ter entrado, em Agosto de 1916, activamente neste conflito? Como é que o poeta, morando na pacífica Lisboa, se teria inspirado em motivos bélicos, não conhecendo mais sobre a guerra do que aquilo que os jornais relatavam?
E, no entanto, aí estão os factos: de 1915 até 1917 Pessoa escreveu oito poesias, cuja temática está relacionada com a Grande Guerra e que nos permitem a nós definir com toda a clareza desejável a sua posição perante a Primeira Guerra Mundial em especial e perante o fenómeno da guerra na generalidade. Creio que esta definição possui, nos tempos que correm, algum interesse, pois o testemunho moral dum grande autor convém ser ouvido, mesmo que não exerça qualquer influência imediata nos acontecimentos."
(Excerto do estudo)
Georg Rudolf Lind (Berlim, 1926 - 1990). Académico e historiador alemão. "Foi um dos primeiros tradutores de Fernando Pessoa para alemão, que lançou as bases para a divulgação da cultura e literatura portuguesas no mundo germânico."
(Fonte: http://www.fabula-urbis.pt/Recital_Adolf_Sawoff.html) 
Exemplar em brochura, bem conservado. Capa apresenta leve sombreado por acção da luz.
Raro.
Com interesse histórico e pessoano.
Indisponível

13 janeiro, 2022

ROSSIGNON, Julio - MANUAL DO JARDINEIRO E DO ARBORICULTOR OU ARTE DE COMPÔR, DIRIGIR E ADORNAR TODA A QUALIDADE DE JARDINS.
De cultivar e propagar as flores, as hortaliças; de podar e enxertar as arvores fructiferas; formar latadas, aclimar as plantas exoticas na America meridional, por... e traduzido do hespanhol por José de Castro Freire de Macedo. Com estampas
. Paris, Livraria de Vva J.-P. Aillaud, Guillard e Cia, 1866. In-8.º (16,5 cm) de [4], XI, [1], 320 p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Interessantíssimo manual de jardinagem publicado no 3.º quartel do século XIX. No frontispício pode observar-se, lado a lado, ao centro, o brasão de armas de Portugal e do Império do Brasil.
Ilustrado com bonitos desenhos ao longo do livro.
"Não ha divertimento mais grato, mais recreativo e mais util do que o da jardinagem e o da arboricultura. Os cuidados que exigem não nos desviam das obrigações da vida social, e quando esta nos deixa alguns momentos de escanço, não podemos empregar melhor o tempo do que entregando-nos á cultura das flores e das arvores. Aquellas deleitam-nos pelas suas côres variadas e pelos seus perfumes; estas pelas suas formas, ou pelos seus frutos.
Para cultivar umas e outras ha regras certas e determinadas, estabelecidas pela experiencia e pela intelligencia dos homens que com verdadeiro amor se têem entregado a esta cultura; estas regras são as que apresentâmos compendiadamente neste Manual, que por isso se torna muito util, porque evita a Portuguezes e Brazileiros a aquisição de muitos livros, nos quaes se acham espalhadas as materias, que systematica estão colleccionadas neste livro.
Os nossos leitores Luso-Brasileiros encontrando neste Manual as noções preliminares de botanica; o modo de semear, educar e conservar as plantas e as arvores frutiferas; a theoria dos differentes enxertos acompanhada de estampas illustrativas; e o modo de arranjar os pomares, as hortas e os jardins, têem ao seu alcance todos os meios de fazer devida e regularmente esta cultura, restando-lhes apenas fazerem as modificações que são destinadas pela differença dos climas, e pela differença de zonas, o que a experiencia facilmente fará conhecer."
(Excerto da apresentação d'O Traductor)
"A arte de arranjar os jardins, e de dirigir a cultura das hortaliças e das lores tem chegado na Europa ao mais alto gráo de perfeição. Muitas obras se têem publicado obre a cultura das flores, das arvores frutiferas, das plantas exoticas, etc.; mâs ate agora ainda se não publicou um livro deste genero para os Americanos e para as Colonias; e é por ventura devido a esta falta o atrasamento em que se acha a horticultura americana. Apesar disto todos os dias se vai introduzindo naquelles formosos paizes o gosto pelas flores; fazem-se ensaios de acclimação; e a America procura multiplicar as arvores frutiferas da Europa, e augmentar o numero das suas flores com as do antigo mundo. [...]
Dâmos principio ao Manual do jardineiro com algumas noções elementares de botanica horticola, que são indispensaveis para se comprehenderem perfeitamente todos os phenomenos da vegetação; os cuidados que exigem as plantas; as precauções que se devem tomar para exentar, cruzar e modificar as varias especies de verduras de flores, de frutas, etc. Depois tratâmos da composição dos terrenos, e dos processos empregados para modifica-los e faze-los susceptiveis de cultura, qualquer que seja a sua primitiva composição."
(Excerto da Introducção)
Jules Rossignon (? - 1883). "Foi um professor francês, escritor, agricultor científico e cafeicultor internacional. Cultivou café em Las Victorias, Alta Verapaz, Guatemala, fazenda convertida em parque nacional desde 1980. Rossignon foi professor na Universidade de Paris e director científico da empresa Belgian Colonization Company."
(Fonte: wikipédia) 
Encadernação inteira de pele trabalhada, com dourados na pasta anterior e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Páginas levemente oxidadas.
Raro.
Indisponível

12 janeiro, 2022

SALAZAR. Pensamento e doutrina política. Textos antológicos. Organização e prefácio de Mendo Castro Henriques e Gonçalo de Sampaio Melo. [Lisboa : São Paulo], Verbo, 1989. In-8.º (21 cm) de 422, [8] p. ; B.
1.ª edição.
Na capa: Óleo de Dórdio Gomes (colecção particular).
Edição comemorativa do Iº centenário do nascimento do Doutor António de Oliveira Salazar, 1889-1989.
"A Revolução de 28 de Maio poderia ter sido mais uma de outras na história contemporânea de Portugal. Expulsos os políticos que feriam o País, desentendiam-se os militares ao exercerem funções à margem da sua vocação. A história de muitas revoluções. Foi então chamado de Coimbra, onde regia a cátedra de Finanças, um professor ao tempo alheado da política activa mas já conhecido pela recomendação de hábeis medidas económicas e pela defesa pública do ideário da democracia cristã."
(excerto do prefácio, Um Homem e um Regime)
Índice:
PARTE I - Identificação: 1 - O Homem. 2 - Portugal. a) A Nação. b) O Povo. 3 - Civilização. PARTE II - Política Interna
Princípios Gerais. 1 - 1908-1928 (Juvenília). 2 - 1928-1934. 3 - 1934-1945. 4 - 1945-1951. 5 - 1951-1968. PARTE III - Portugal no Mundo
1 - Política Ultramarina. a) Princípios Gerais. b) A Questão de Timor. c) A Questão da Índia. d) A Questão Africana. 2 - Política Externa. a) Princípios Gerais. b) As Grandes Crises: Guerra de Espanha; II Guerra Mundial. c) Os Novos Tempos.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

11 janeiro, 2022

ROÇADAS, José Augusto Alves - RELATORIO DA VISITA OFFICIAL AO DISTRICTO DO CONGO. Feita pelo Governador geral... Governo Geral da Provincia de Angola : Repartição do Gabinete. Loanda, Imprensa Nacional, 1910. In-4.º (24 cm) de 15, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Relatório do General Alves Roçadas, à época tenente-coronel, Governador-Geral de Angola, cargo de que se demitiria passado pouco tempo, após a implantação da República, em 5 de Outubro de 1910.
Precede o Relatório uma lista de propostas de melhoramentos de infraestruturas:
1.ª Construcção de ponte de Landana.
2.ª Limpeza dos rios Chiloango, Luali e Luango-Luce.
3.ª Organização do serviço de inspecção das mattas do Estado.
4.ª Construcção de armazens alfandegarios nas alfandegas de Landana, Cabinda, Noqui, Santo Antonio do Zaire e Ambrizette.
"Por varias vezes tenho procurado demonstrar, a proposito do plano de administração d'esta provincia, que muito convem em tal plano a adopção de medidas de caracter geral tendentes a beneficiar este ou aquelle serviço, esta ou aquella região. Mas para que d'esse plano resulte proveito immediato, seguro e pretico, o que convem ainda é concentrar successivamente a nossa acção mais activa em regiões determinadas; os districtos estão naturalmente indicados.
Assim, por exemplo, e como é natural, começa-se pelo Congo, prosseguindo-se mais tarde pelos districtos de Loanda, Lunda, etc.
Foi, obedecendo a esta orientação que dediquei a minha primeira visita ao districto do Congo, e d'ella faço uma exposição, ligeira como convem, mas tocando nas questões mais importantes e que demandam attenção e solução immediata."
(Excerto do Relatório)
Matérias:
I. Itinerario. II. Necessidades encontradas - Providencias a tomar - Sua justificação - Cabinda (Providencias a tomar). - Congo-lala. - Noqui (Providencias a tomar). - Quissanga. - Santo Antonio do Zaire (Providencias a tomar). - Lunuango. REGIÃO DE CACONGO: - Landana (Limpeza dos rios : Consequencias desastrosas, se não atacarmos desde já estes dois problemas - ponte e limpeza dos rios). - Residencia de Cacongo - Lundana. Notas de exportação [quadro].
José Augusto Alves Roçadas (1865-1926). "Oficial do exército, foi governador de Macau, governador-geral de Angola e o último comandante do Corpo Expedicionário Português. Em Setembro de 1918 foi enviado para França, com o posto de general graduado, tomando interinamente o comando da 2.ª divisão do C.E.P. em Dezembro, já depois do Armistício. Em 16 de Abril de 1919 foi nomeado comandante do Corpo português, sendo responsável pelo seu regresso a Portugal. Em Setembro de 1918 foi nomeado governador dos territórios da Companhia de Moçambique, tendo regressado em 1923 a Portugal. Confirmado no posto de general em Novembro de 1924, depois de ter prestado provas, foi nomeado comandante da 1.ª Divisão militar. Desde o seu regresso, fez parte do grupo que em torno de Sinel de Cordes, preparou a conspiração que levou ao golpe de 28 de Maio de 1926, sendo o chefe indicado para tomar o poder, o que não se realizou devido a ter adoecido antes do golpe, acabando por morrer pouco tempo depois."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, ligeiramente oxidadas. Assinatura de posse na f. rosto.
Raro.
Indisponível