31 julho, 2018

NOVENA // DOS // GLORIOSOS // Ss. MARTYRES // DE // MARROCOS, // COMPOSTA // POR HUM HUMILDE FILHO // DE // S. FRANCISCO DE ASSIS // DA PROVINCIA DA ARRABIDA. // LISBOA / NA REGIA OFFICINA TIPOGRAFICA. // ANNO M. DCC. XCVI. // Com licença da Meza do Desembargo do Paço. In-8.º (14,5cm) de 54 p.
1.ª edição.
Novena em homenagem aos mártires de Marrocos - os primeiros santos da família franciscana -, que no seu itinerário entre Itália e Marrocos, passaram por Portugal, e foi em Coimbra que conheceram Santo António, influenciando-o fortemente na sua tomada de decisão em querer ser franciscano. Os mártires de Marrocos são os padroeiros da Província Portuguesa da Ordem Franciscana.
O presente opúsculo foi elaborado por um religioso franciscano não identificado da Província da Arrábida, e inclui no seu interior duas partituras com um hino de homenagem aos mártires de Marrocos.
“Em ardente período da expansão do Cristianismo, cinco frades menores da Ordem de São Francisco assentiram a tortura e confirmaram com sangue a sua fé em Jesus Cristo.
Disposto a cumprir os ideais franciscanos propostos partiria, entre Maio e Junho de 1219, da cidade italiana de Assis, um grupo de frades menores em direcção a Marrocos,
“cabeça do ĩperio Africano, õde estava el rey Miramolĩ pera trabalhare ~ de o cõverter á fee de Jesu Christo, porq cõuertido elle seria causa de todo seu Reyno e vassallos se cõvertere por seu exeplo.”
Estava assim justificada a sua tortuosa mas muito proveitosa empresa.”

A 16 de Janeiro de 1220, viriam a ser supliciados, e finalmente decapitados às mãos do Sultão de Marrocos.

(Fonte: Milton Pedro Dias Pacheco, Revista Lusófona de Ciência das Religiões - Ano VIII, 2009 / n. 15, on-line)
Exemplar desencadernado em bom estado geral de conservação. Com mancha antiga de humidade transversal a toda a obra.

Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Indisponível

30 julho, 2018

FERREIRA, Padre Ernesto - REGRESSO Á TERRA. Vila-Franca do Campo, MCMXXVIII [1928]. In-8.º (19 cm) de 28, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Obra marcante. Trata-se de um manifesto pela autonomia e descentralização, utilizado também pelo autor para apelar aos valores tradicionais.
Opúsculo muito valorizado pela dedicatória autógrafa do padre Ernesto Ferreira ao Dr. Antero Carneiro de Freitas.
"Regresso á Terra é, em certa maneira, o mesmo que regresso ás venerandas crenças, aos sãos costumes, ás formosas tradições, em que muitas gerações basearam a sua felicidade em Portugal, êsse velho fidalgo que tem vindo morrendo aos poucos, sem que um sopro vivificador o revogue do torpor em que jaz. E o mal, de que sofre a mãe patria, alastra-se e pretende contaminar os torrões açorianos que são, talvez ainda, o ultimo reduto, em que tenta entrincheirar-se a alma nacional."
(Excerto do texto)

Manuel Ernesto Ferreira (Vila Franca do Campo, 1880 - Vila Franca do Campo, 1943). "Mais conhecido por Ernesto Ferreira, foi um padre católico, etnógrafo e naturalista. Manteve extensa colaboração com a imprensa da ilha de São Miguel e fundou e editou a revista A Phenix (Vila Franca do Campo) e o jornal A Crença.
Para além das suas funções religiosas e docentes, Ernesto Ferreira interessou-se pela história natural, reunindo, essencialmente como autodidacta, um valioso acervo de conhecimentos nas áreas da geologia, da botânica e da zoologia. Estas áreas do saber, a par da etnografia, do folclore e da geografia humana, particularmente da ilha de São Miguel, foram os campos ao qual dedicou a sua curiosidade e sobre os quais deixou valiosa publicações. Para além disso também se interessou pela história dos Açores. Revelando-se um trabalhador infatigável, desenvolveu um trabalho polifacetado, como aliás foi característica dos intelectuais açorianos das primeiras décadas do século XX."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

29 julho, 2018

GOODSPEED, D. J. - LUDENDORFF : soldado - ditador - revolucionário. Tradução de Eloywaldo Chagas de Oliveira. [S.l.], Biblioteca do Exército, 1968. In-8.º (21cm) de 346, [6] p. ; [8] p. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Biografia militar de Erich Ludendorff, general alemão, e um dos principais comandantes do exército germânico durante a Grande Guerra.
Ilustrada com 8 mapas no texto, e oito páginas a p.b., impressas em separado sobre papel couché, reproduzindo retratos e momentos do general.
"Ao lançarmos a biografia de Erich Luderdorff, longe de nós a ideia de reviver o prussianismo ou de pugnar pela apologia da guerra, pois como militares que somos, conhecemos melhor que ninguém os horrores de dela decorrem.
No desejo de fornecer aos nossos leitores os mais variados assuntos, selecionamos esta obra tendo em mente não só os aspectos históricos como também a figura de um homem discutido, que, durante a primeira guerra mundial, enfeixou em suas mãos, na Alemanha, um poder excepcional. Uns acusam-no de ditador, outros do desprezo pela vida da juventude alemã, sacrificando-a ao extremo quando a guerra já era perdida..
O que é inegável é que Luderdorff foi um estrategista da mais pura linha, que amava a sua Pátria e que soube aliar à inteligência a capacidade do homem de acção e de planejador emérito."
(Excerto da introdução, Nota aos leitores)
Índice:
I - A Casa Vermelha na Königsplatz. II - ... E os felizes dias de verão. III - Liége. IV - O chamado para o Leste. V - Tannenberg. VI - Os lagos masurianos. VII - O avanço para o Vistula. VIII - A batalha de Lodz. IX - A batalha de inverno de Masúria. X - A ofensiva de Garlice-Tarnow. XI - O chamado para o comando supremo. XII - A visão do alto. XIII - O homem mais importante da história. XIV - Estendem-se as sombras. XV - Fracassa a última investida. XVI - A derrota. XVII - Novos amigos. XVIII - Safra de turbilhões.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível

28 julho, 2018

BRENNUS, Dr. - O ACTO BREVE OU A INCONTINENCIA DAS EJACULAÇÕES NA CÓPULA. Seguido de um estudo pelo Dr. Cauffeynon sobre o mecanismo da ejaculação, erecção fugitiva e espermatismo. Traducção de Augusto de Castro. Lisboa, João Carneiro - Livraria do Povo : Silva & Carneiro, [1906]. In-8.º (19,5cm) de 76, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Curioso estudo fisiológico publicado nos alvores do século XX.
"Para que se possa avaliar bem quão desastrosos são os effeitos de uma copulação rapida em demasia, ou seja d'O acto breve, é necessario comprehender bem qual o fim para que servem, sob o ponto de vista physiologico, os orgãos geradores.
Isoladamente, esses orgãos não são mais do que canaes evacuadores dos reservatorios ou depositos aos quaes estão ligados. [...]
Estes orgãos evacuadores exercem as suas funcções sem mudar de fórma ou de volume.
Mas desde que estes orgãos ou apparelhos se põem em contacto, desempenham as funcções mais elevadas da vida - a procreação. Para isso uma vitalidade nova os anima. O sangue invade-os com violencia, fazendo-os mudar de fórma, de côr, de volume e de aspecto. Molles, frios e pallidos, congestionam-se, tomam côr mais viva e, pela erecção, tornam-se duros, quentes e ardentes. [...]
No Acto breve, a ejaculação, que rapidamente se produz, põe termo á excitação do homem e força-o a retirar-se.
Ora o espasmo que a mulher experimenta não é devido á excitação do esperma, por que elle precede, muitas vezes a emmissão d'esse fluido nos Actos completos, e póde até ter logar pelo simples effeito do contacto de outros orgãos diversos do orgão gerador.
Mas esse espasmo, apenas começado, é frustado na sua duração, quando todas as molas organicas, por assim dizer, estão distendidas no mais alto gráu e lhes supprimem de repente todo o elemento que deve servir de ponto de appoio, fazendo vibrar este conjunto de forças as mais preciosas da vida. É este engôdo, esta burla que a natureza mal suporta e que ella não tolera impunemente.
Platão comparava as partes sexuaes da mulher a - um animal glutão e avido, que, se lhe recusam o alimento, quando o necessita, se enfurece impaciente com a demora.
É melhor dizer em poucas palavras: estes orgãos, uma vez excitados, devem ser satisfeitos.
É perigoso enganal-os depois de lhes ter promettido.
Aquelles que tão singularmente se teem immiscuido nos segredos d'alcova e que teem feito mesmo uma especie de codigo dos deveres conjugaes, comprehenderam tão bem os perigos que advem de não dar satisfação completa á mulher nas suas expansões intimas, que chegam a permittir-lhe que ella propria termine o Acto breve. [...]
Com effeito, por esse facto, a affeição mais pura de dois entes unidos pelo casamento póde ser sériamente ameaçada: a mulher desgostosa, enfraquecida e doente despresará o marido e irá procurar, seja como fôr, a satisfação que lhe é recusada. E ahi estão o adulterio e o divorcio em perspectiva."
(Excerto do Prefácio)
Matérias:
Prefácio. I - Da ejaculação em geral. II - Da ejaculação prematura. III - Do habito dos orgãos. IV - Da neurasthenia. I. Acção da vontade; II. Derivação ou diversão do influxo nervoso por meio de excitações periphericas; III. Acção local directa. V - Educação da vontade.
Mechanismo da ejaculação para servir de demonstração do tratamento, Pelo Dr. Cauffeynon: Dos meios de retardar por um instante o funccionamento do mechanismo da ejaculação; A erecção fugitiva e os atadores d'agulhetas; Impotencia imaginaria; Incapacidade de coito por falta d'erecção - Coito incompleto por falta d'ejaculação ou aspertamismo.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Lombada com pequenas falhas de papel nas extremidades.
Raro e muito interessante.
Sem registo na BNP.
Indisponível

27 julho, 2018

POMPILIO, Capitão Numa - RECONHECIMENTOS E INFORMAÇÕES : conferencia. Realisada em 14 de Maio de 1910 no quartel do Regimento de Infantaria n.º 14. Lisboa, Typ. da Cooperativa Militar, 1911. In-8.º (22cm) de 54, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Conferência sobre assuntos estratégicos militares pronunciada pelo autor em Viseu no Regimento de Infantaria n.º 14, pouco tempo antes da eclosão da República, mas publicada após a instauração do regime.
"As vantagens que resultam de um bom reconhecimento, - as conveniencias que se obteem por informações seguras e opportunas, - são de tal maneira salientes e de todos tão sobejamente reconhecidas, que ocioso seria por certo expôl-as com minucia, jámais quando acontece visar a sua exposição, como no caso presente, officiaes altamente versados em assumptos de tanta magnitude e tanto interesse. [...]
São variadissimas as fórmas de effectuar reconhecimentos militares e obter informações. [...]
Conhecer a situação inimiga; obter, pelo menos, noticias que a ella se refiram, ainda que summariamente; poder perscrutar o mais pormenorisadamente possivel tudo quanto se refira ou tenha ligação com o «theatro da guerra» - eis o que se obtem pelos reconhecimentos.
As informações, sem duvida adstrictas e ligadas aos reconhecimentos, visam á obtenção de tudo quanto tenha relação de qualquer especie ou natureza com forças inimigas; referem-se aos mais insignificantes detalhes, os quaes, ainda que na apparencia destituidos de importancia, podem por vezes prestar auxilios valiosos, no «campo de operações»."
(Excerto de Reconhecimentos: Pessoal que os deve executar e fórma de execução)
Matérias:
Thema Geral: Reconhecimentos e informações. Desenvolvimento:
1.ª Parte - Principios geraes sobre reconhecimentos e informações. Reconhecimentos: a) Pessoal que os deve executar e fórma de execução; b) Missão da descoberta. - Elementos da descoberta; c) Adopção de exploradores. - Seu comando e missão; d) Sua necessidade nos estacionamentos. - Secção de quarteis; e) Analyse do novo regulamento de exercicos tacticos allemão, pelo que respeita aos cuidados nos reconhecimentos; f) Considerações finaes da 1.ª parte.
2.ª Parte - Apreciação de algumas guerras e batalhas quanto á importancia dos reconhecimentos e informações. a) A Batalha de Waterloo; b) Guerra Franco-Prussiana; c) Guerra Russo-Japoneza; d) Guerra Peninsular.
3.ª Parte - Informações: Telegraphia militar e seus auxiliares. a) Telephonia ou telegraphia acustica; b) Pyrotechnia applicada á telegraphia, ou telegraphia pyrotechnica; c) Aerostatos; d) Telegraphia visual ou optica; e) Papagaios; f) Pombos correios; g) Telegraphia sem fio.
Espionagem.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e estratégico.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
15€

26 julho, 2018

D. MANUEL II : nascimento, infancia e adolescencia : o seu reinado. Porto, Escriptorio de Publicações J. Ferreira dos Santos - Editor, 1908. In-8.º (21,5cm) de 64 p. ; [3] f. il. ; B. Bibliotheca de Assumptos Notaveis
1.ª edição.
Historia dos reis de Portugal desde D. Pedro IV (Luctas civis pela liberdade e pelo absolutismo, revoluções, acontecimentos celebres, etc.). Os tres ultimos reinados: D. Pedro V, D. Luiz e D. Carlos - D. Pedro V comparado a D. Manuel II: reinou soffrendo; como o povo o amava e como elle afrontou a morte - Revista e genealogia dos imperadores, reis, principes e outros chefes d'Estado do Mundo. Lista completa das familias reinantes. Familia real portugueza; parentesco com a realeza extrangeira - D. Manuel II: Sua vida: nascimento, infancia e adolescencia - O estudante, o marinheiro - Ascensão ao throno - O seu reinado: desfazendo a obra do pae - Anecdotas, ditos e perdilecções.
Publicado pouco tempo após o regicídio, trata-se de um curioso e muito raro opúsculo dedicado a D. Manuel II e à família real portuguesa, com uma resumida exposição dos laços de sangue desta com as casas reinantes da Europa.
Inclui uma breve alusão aos momentos que se seguiram ao tiroteio no Terreiro do Paço, e ao ferimento daí resultante em D. Manuel II.
Apesar do pouco tempo passado sobre o atentado contra a familía real, e a saída de cena do defunto rei, o autor, que escreve sob a capa do anonimato, e utiliza uma prosa favorável a D. Manuel II, não se coíbe de "acusar" D. Carlos de atentar contra a Carta Constitucional, e por conseguinte, contra os direitos dos cidadãos.
Livro ilustrado com três folhas extratexto contendo fotogravuras do rei D. Manuel II em diversas épocas da sua vida.
"Porque o infante D. Manuel era filho segundo do senhor D. Carlos, rei de Portugal, havendo portanto, o primogenito D. Luiz Philippe, seu irmão mais velho, nunca se esperou que aquelle infante tão cêdo subisse os degras do throno. O principe real D. Luiz era havido como o legitimo successor de seu pae, e, como tal, fôra educado mais politicamente do que seu irmão D. Manuel. A viagem ás colonias fôra um dos numeros mais importantes do programma da sua instrucção real. Pouco aproveitava com ella, todavia, o jovem principe; dentro em poucos mezes era morto pela carabina de Manuel Buissa, na tarde fatal de 1 de fevereiro.
Está ainda na memoria de todos como se realisou o attentado contra a familia real, antecedido de outros attentados praticados pelo rei e seu primeiro ministro João Franco contra os direitos politicos e civis dos portuguezes. Vivia-se n'uma epocha de terror: não havia lei, a Carta Constitucional, outhorgada pelo bisavô de D. Carlos, fôra eliminada por êste monarcha, não existindo senão a sua vontade e a de João Franco."
(Excerto de D. Manuel. Causas que deram logar á sua ascenção ao throno)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel. Pelo interesse e raridade, justifica encadernar.
Raro.
Peça de colecção.
25€

25 julho, 2018

ANNUNCIAÇAÕ, Doutor Fr. Francisco da - CONSULTA // MYSTICO-MORAL // SOBRE O HABITO DE CERTAS RELIGIOZAS // da Ordem de S. Clara Urbanas, // NA QUAL SE TRATA // DA UNIFORMIDADE, SINGULARIDADE, // Publicidade, Uniões, Divisoēs, Amizades parti- // culares, Escandalos, & outras couzas, que deve, // ou naõ deve haver entre os membros de hu- // ma comunidade Regular. // ESCRITA // PELO PADRE // DOUTOR FR. FRANCISCO // DA ANNUNCIAÇAÕ // da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, // E OFFERECIDA // AO ILLUSTRISSIMO // SENHOR // D. RODRIGO // DE MOURA TELLEZ // // ARCEBISPO PRIMAZ, // Do Concelho de Estado &c. // COIMBRA: // NO REAL COLLEGIO DAS ARTES DA COMPANHIA DE JESU // ANNO DE M. DCC. XVII. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º (20cm) de [34], 295, [1] p.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história das regras monásticas sobre os hábitos das religiosas.
Ilustrado com bonitas gravurinhas em madeira (vinhetas tipográficas, capitulares e florões).
"Ha questoēs, pio Leytor, que nacem graves, outras há, q nacendo muito leves, o zelo as fáz gravissimas, & a esta classe pertence, a meo ver, a questaõ, que resolve esta Consulta: Se huma Religioza de Santa Clara, levada do dezejo de maior perfeiçaõ, com licença de seu Prelado pode dentro dos limites de sua Regra vestir hum habito de maneira mais vil, & naõ uzada no seu Mosteiro? Questaõ parecia digna de se tratar em huma das antigas Collaçoēs dos Santos Padres do Ermo, onde sem questionar o Licet talves discordariaõ nos pareceres os Hilarioēs, & os Pacomios dizendo hũs Expedit, outros Non expedit, & todos bem segundo os diversos, & santos fins, que cada hum dezejasse com o seu voto promover.. Naõ se contentou o zelo com taõ pouco, & assim trouxe esta questaõ aos Theologos, & a todo o rigor escholastico. Sahio hum papel anonymo contra a maior vileza dos habitos, em cuja resposta offereceo ao Illustrissimo Senhor Arcebispo Primaz huma muito douta, & pia apologia certo Prelado da Illustrissima Religiaõ de S. Domingos, o qual eu aqui com a devida veneraçaõ nomeara, se a sua modestia sobscrevendo-a só com o nome da dignidade, naõ quizera, que esta gloria fosse mais commua de sua esclarecida Ordem. [...] Depois se consulatraõ na materia muitos, & grandes Theologos da nossa insigne Universidade de Coimbra: appareceo em fim outro papel anonymo reforçãdo com bastante desfastio os fundamentos do primeiro. Confesso, que vendome obrigado a dizer o meu sentir nesta jà questaõ gravissima, & ouvindo, que as escholas todas, & o commum de todos os Theologos condenavaõ de illiscita hũa acçaõ, em que a minha rudez naõ podia descobrir malicia, logo entendi, que para desasombrar a devoçaõ de tantas, & taõ authorizadas censuras naõ era tanto necessaria Theologia, quanto diligencia em averiguar a verdade do facto, & assentar a proposta com a devida sinceridade. Averiguei, & que me naõ faltassem meios para conseguir o intento, o Leytor o pode presumir, sem me obrigar a provar."
(Excerto do Prologo ao Leytor)
Frei Francisco da Anunciação (1669-1720). Foi reitor da Universidade de Coimbra (1745-1757). "Tendo tomado hábito no convento lisboeta de Nossa Senhora da Graça, na ordem dos agostinhos (eremitas calçados de Santo Agostinho), foi no colégio graciano da cidade do Mondego que frei Francisco da Anunciação orientou o começo do movimento reformador. Professou em 1685, iniciando uma vida que o fez sobressair da maioria dos seus contemporâneos, em especial pela redacção do livro Vindicias da virtude (...), no qual fixou os objectivos e o programa espiritual da Jacobeia, [movimento de renovação espiritual e religiosa]. Após 1707, chegava ao colégio conimbricense um grupo de alunos para o novo curso de Artes, que terá sido um dos primeiros a adoptar os princípios jacobeus. Acresce que corria o ano de 1717, frei Francisco pretendeu responder aos argumentos críticos que já então circulavam sobre quantas pessoas tinham integrado o movimento reformador, em especial no convento das Clarissas, através da Consulta Mystico-Moral sobre o Habito de Certas Religiozas da Ordem de Santa Clara Urbanas."
(Fonte: Elisa Maria Lopes da Costa, «A Jacobeia : achegas para a história de um movimento de reforma espiritual no Portugal setecentista», Arquipélago - História, 2.ª série, XIV-XV (2010-2011), on-line)
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação. Folha de guarda anterior apresenta falha de papel no canto superior direito (2x5cm), e uma inscrição autógrafa coeva dando conta do tema do livro.
Raro.
Com interesse histórico e religioso.
85€

23 julho, 2018

PEREIRA, Francisco Maria Esteves - O LIVRO DO PROFETA AMÓS E A SUA VERSÃO ETIÓPICA : estudo literário. Por... Coimbra, Imprensa da Universidade, 1917. In-4.º (23cm) de 65, [2] p. ; B.
1.ª edição.
"Amós é o contemporâneo mais velho de Miquéias e Oséias e foi o primeiro dos profetas escritores. Seu nome significa “aquele que leva cargas pesadas”. Amós era criador de gado e produtor de figos numa vila ao sul de Jerusalém chamada Tecoa. Amós recusou-se a ser chamado de profeta evidenciando a sua ruptura com as instituições formais de seu tempo: o palácio real e o templo (7:14-15).
Essa independência institucional permitiu a Amós proclamar a Palavra de Deus livremente sem nenhuma preocupação com a opinião pública ou interesses escusos. Nada mais se sabe sobre Amós. Alguns eruditos presumem que, após o pronunciamento de seus oráculos, tenha voltado para Tecoa, editado e redigido suas palavras tal como as temos hoje. Outros ainda afirmam que discípulos que o tenham seguido registraram seus oráculos."
(Fonte: http://www.milhoranza.com/2013/05/24/antigo-testamento-amos/#.WudWfpch2M8)
Versão etiópica do livro de Amós, reproduzido na sua grafia original. Com tradução para português e notas do autor.

"Entre os Hebreus, desde o tempo em que é conhecida a sua história, houve sempre homens que se criam inspirados de Deus, e que faziam conhecer a vontade dele ao comum do povo. Até ao século nono antes de J. C. o inspirado de Deus era designado sómente pelo nome de vidente (hozêh); viviam independentemente uns dos outros, e eram consultados àcêrca das menores dificuldades da vida; depois do tempo em que viveu Saúl, apareceu uma outra classe de inspirados, denominados nâbiim (plural de nâbi), os quais percorriam em bandos o país, acompanhados de músicos tocando em seus instrumentos, a cujo som os nâbiim bailavam danças desordenadas, e pronunciavam em voz cadenciada e plangente discursos exaltados. [...]
Os videntes e os profetas hebreus formulavam usualmente em verso as suas revelações; as suas respostas ou mensagens eram apresentadas sob a forma de sentenças breves, incisivas, e intencionalmente envolvidas em obscuridade.
Em certas épocas os nâbiim foram muito numerosos; mas o seu valor religioso e moral era muito diverso; e não era sempre fácil reconhecer a palavra de Deus no meio das indicações contraditórias, que eles davam com igual segurança em nome de Deus. Os profetas contribuiram para desenvolver entre o povo a fé e o entusiasmo pelo Deus nacional Yahvé, e a noção dos deveres com a pátria."
(Excerto do Cap.I, Os profetas hebreus)
Matérias:
I. - Os profetas hebreus; II. - O profeta Amós; III. - Versão etiópica do Livro de Amós. [O Livro de Amós - versão original]. [O Livro de Amós - tradução para português].
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Raro.
Com interesse histórico e religioso.
Indisponível

22 julho, 2018

MATEUS, Rui - CONTOS PROIBIDOS : memórias de um PS desconhecido. 2.ª edição. Lisboa, Dom Quixote, 1996. In-4.º (24 cm) de 457, [1] p. ; [32] p. il. ; il. ; B. Col. Caminhos da Memória, 9
Livro maldito da política portuguesa, os Contos Proibidos : memórias de um PS desconhecido, foi posto à venda a 27 de Janeiro de 1996. Obra polémica e incómoda, sobretudo para o Partido Socialista, de cujos quadros o autor era originário, e seu fundador, conheceu duas reedições nesse ano que esgotaram rapidamente. Entre outros assuntos, muito se falou de corrupção e tráfico de influências, comprometendo seriamente Mário Soares e outras figuras de relevo do partido. Estranhamente, (ou talvez não), o livro não voltaria a ser reeditado.
Livro profusamente ilustrado no texto e em separado.
"Para além da ausência de regras que permitam, pela via individual, o acesso de cidadãos à actividade política,não existem regras idóneas de financiamento dos partidos nem de transparência para os políticos. Um pouco à semelhança dos "pilares morais" do regime, a Maçonaria e a Opus Dei, tudo se decide às escondidas, como se o direito dos cidadãos à informação completa e rigorosa de como são financiados as suas instituições e dos rendimentos dos seus governantes e dos seus magistrados se tratasse de algo suspeito, de algo subversivo."
(Retirado da contracapa)
Rui Fernando Pereira Mateus (Covilhã, 16 de Abril de 1944). "Foi um político português, actualmente retirado da política, lecciona nos EUA. Em 1996, na sequência do caso do Fax de Macau e do processo judicial relativo, publicou o livro Contos Proibidos : memórias de um PS desconhecido, Publicações Dom Quixote, Lisboa. De uma família ligada à indústria de lanifícios, Rui Mateus estudou na Covilhã, frequentando o Colégio Moderno da Covilhã, até 1961, quando obteve uma bolsa de estudos para os Estados Unidos através da American Field Services, para Cedars Rapids, no Iowa, onde permaneceu até 1963. Durante a sua estadia conheceu o presidente John F. Kennedy numa recepção a e estudantes estrangeiros, nos jardins da Casa Branca. Regressa a Portugal com 18 anos, mas decide abandonar o país pouco depois, refratário à Guerra Colonial. Parte assim para um exílio de cerca de uma década: primeiro para Inglaterra, depois para a Suécia, onde viria a completar uma licenciatura em Ciências Sociais e Políticas, pela Universidade de Lund. Em ambos os países criou e organizou grupos da Ação Socialista. Em 1973, na Alemanha, foi um dos fundadores do PS, ligação que iria durar vários anos, e que o levaria a exercer vários cargos, sobretudo na área das relações internacionais. Foi eleito deputado pelo mesmo partido, nas legislaturas iniciadas em 1979, pelo distrito de Leiria; e em 1980, 1983 e 1985. Pertenceu a várias comissões e grupos de trabalho da Internacional Socialista. Envolvido no Caso do Fax de Macau, abandonou a política. O seu polémico livro "Contos Proibidos", posto à venda a 27 de Janeiro de 1996, e que desmistificava a imagem de herói nacional que era atribuída a Mário Soares, foi o único livro da história da literatura portuguesa que, curiosamente, esgotou no dia do lançamento. O livro proibido que revela as «façanhas» de Mário Soares e seus acólitos entre as décadas de 70 e 90 do século passado."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Na capa, as duas primeiras letras da palavra "Memórias" encontram-se algo desvanecidas.
Invulgar e muito procurado.
Indisponível

21 julho, 2018

GAMA, Affonso da - NA PRIMAVERA. PELO INVERNO. (Do livro a sahir, A Genesis da Vida). Vizeu, Typographia Popular, 1902. In-8.º (17cm) de 16 p. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo constituído por dois belos poemas - Na Primavera e Pelo Inverno -, aparentemente, extraídos de uma obra que o autor viria a publicar mais tarde, ainda no mesmo ano - A Génesis da Vida. Em Na Primavera, tudo é alegria, tudo é esperança. Ao contrário, em Pelo Inverno, o autor mostra-se pessimista e crítico das miseráveis condições de vida dos mais desfavorecidos comparativamente com os acolhedores salões dos ricos.
Livrinho muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor à sua conterrânea, a poetisa Beatriz Pinheiro.

"Chove tanto e tanto lá por fóra, ó gentes,
Ó impios aváros, ó almas impuras,
Filhos insensatos, sceticos descrentes,
Que andaes a sorrir arreganhando os dentes,
Á misera dôr das pobres creaturas.

O vento sibila, agreste e desabrido,
Por entre os taipaes das casas elevadas:
E a Dôr por lá anda só, como um perdido,
Sempre a suspirar em vão no triste olvido,
Farejando o amor das almas devotadas.

O frio regela; e as virgens seminúas.
Que andam lá por fóra, pobres e sem meios,
Passam a tremer, inertes, pelas ruas,
Mostrando atravez d'andrajos, quasi nuas,
As lascivas carnes de seus niveos seios.
"

(Excerto de Pelo Inverno)

Afonso Bandeira de Melo da Gama Castel Branco (1875-?). "Nasceu em Viseu em 1875. Entre a escassa informação que chegou à actualidade acerca da vida e da obra deste autor, apenas se tem conhecimento de que foi funcionário da Fazenda e que nas letras viseenses se destacou como poeta, estando entre as suas primeiras obras no género o volume publicado na cidade de Viseu, sob o título paradoxal de Na primavera pelo inverno (1902), ao qual se somam ainda os títulos Génesis da vida (1902), A caminho da noite (1904) e O génio do heroísmo (1911)."
(Fonte: http://vcp.ul.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=122#viseu_10)
Exemplar brochado (capas simples e lisas) em bom estado de conservação. Ostenta na f. rosto dois carimbos oleográficos e uma etiqueta, todos do Conservatório Nacional.
Raro.
Indisponível

20 julho, 2018

SANTOS, N. Valdez dos – MANUEL BOCARRO O GRANDE FUNDIDOR. Lisboa, Comissão de História Militar, 1981. In-4.º (23,5cm) de 138, [4] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio sobre Manuel Bocarro, famoso fundidor de canhões português seiscentista que possuía oficina em Macau, e é considerado pelos especialistas como “o maior fundidor de artilharia que Portugal teve.
Livro ilustrado com fotografias de canhões emblemáticos em página inteira.
"Em 1625, Manuel Tavares Bocarro, filho de Pedro Tavares Bocarro, chefe dos fundidores de Goa, de onde partiu, chegou a Macau para reformular e dirigir uma fundição. A fábrica ficou localizada numa zona designada por Chunambeiro, junto à Fortaleza do Bom Parto e no sopé da colina da Penha. O encontro das técnicas metalúrgicas ocidentais e orientais tornou famosa a oficina tendo produzido inúmeros canhões, sinos e estátuas.
Já em 1635, o cronista António Bocarro, falando de Macau, escrevia: «Este lugar possui uma das melhores fundições de canhões no mundo, quer de bronze, que já tem ha muito ou de ferro, que foi feita por ordem do Vice-rei, Conde de Linhares, e onde é fundida continuamente artilharia para todo o seu Estado (da India), a preço muito razoável»."
(Fonte: http://macauantigo.blogspot.com/2017/07/o-canhao-milagre.html)
“Para que a história da vida de Manuel Tavares Bocarro fique completa não basta pesquisar velhos arquivos na mira de se encontrarem documentos ainda inéditos. Torna-se necessário, também, conhecer a sua obra, estudá-la sob os aspectos técnicos e artísticos e, ainda, saber que destino tiveram os seus canhões, sinos e âncoras – quais os que foram destruídos pelo tempo e pelos homens, quais os que chegaram aos nossos dias e quais os que jazem ignorados nas ruínas de algumas fortalezas de outrora ou nos seculares destroços de velhas naus e galeões."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível

18 julho, 2018

BARBOSA, Viriato - PÓVOA DO MAR. [S.l.], [s.n. - Composto e impresso na Editora Poveira, L.ᴰᴬ], 1967. In-8.º (22cm) de 185, [7] p. ; [7] f. il. ; B.
1.ª edição.

Cuidada, impressa em papel de superior qualidade e ilustrada com bonitas gravuras em folhas separadas do texto.
Capa de Mário Martins.
"Um livro de sentimento e de Fé que fala ao coração poveiro – Um livro de Amor ao torrão natal".
Interessante monografia sobre a Póvoa de Varzim, uma das mais apreciadas que se publicaram sobre esta cidade piscatória (à época, vila), importante polo cultural e industrial nortenho.
Livro muito valorizado pela dedicatória autógrafa do ilustre poveiro.

"Nessa páginas conforme foram esboçadas, tentei dar à narrativa a leveza delicada da espuma do mar e da maresia procurei dar o odor forte e acre.
Contar singelos episódios, chamar à cena as personagens, figuras duma enternecedora galeria poveira que habitaram o mundo de minha meninez, dois traços apenas, leves tons de tinta, retoques poucos e pronto, a pintura, boa ou má, aí ficou: uma série de pequenas aguarelas de cores suaves em que as únicas manchas carregadas são as que o tempo empresta. Tudo leve, como leves são as asas que se abrem roçando o infinito das recordações.
Salpicos de História, um ou outro, ficam por essas páginas em determinadas alusões a fastos poveiros, só na dose de tempero.
Recordações, ternas recordações de quem vive amando a terra em que dulçorosamente se abriram os olhos para a luz do dia. Ancestral paixão da terra, sentimento herdado sabe-se lá por que poderes devinamente ocultos, passando de gerações para gerações, elos duma cadeia de corpos e almas, sentimento hereditário com profundas raízes no coração, que o zelo ciumoso alenta - tal paixão é a vida, é a existência real do poveiro!"
Excerto do preâmbulo, A quem ler)
Índice:
A quem ler. I - A minha Junqueira. II - O Largo de S. Roque. III - A Rua Direita. IV - A Rua da Ponte. V - O Passeio Alegre. VI - Do Pelourinho à Matriz. VII - O Pescador poveiro nos versos do «Só». VIII - Era uma vez um rei. IX - Póvoa do Mar. Marginália.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

17 julho, 2018

AS FOGUEIRAS DA INQUISIÇÃO. [Lisboa], Grémio Montanha, 1926. In-8.º (17,5cm) de 23, [1] p. (inc. capas) ; il. ; B.
1.ª edição.
Curiosa peça de propaganda anticlerical publicada pouco antes da instauração do regime da Ditadura Militar. Opúsculo distribuído gratuitamente pela loja maçónica «Grémio Montanha».
Trata-se de um resumo histórico da actuação da Inquisição ao longo da história, com particular ênfase para o caso português, que vem pincelado com episódios particularmente sangrentos nalgumas cidades e vilas, de norte a sul do país.
Livrinho ilustrado com bonitas gravuras ao longo do texto.
"Foi no século XIII que a Inquisição, com todos os seus horrôres, começou a exercer a sua tenebrosa acção no sul de França aparecendo, mais tarde, como nome de Santo Oficio, na Espanha e em Portugal.
Logo que nestes ultimos países se repetiu, com todos os requintes de malvadez, o canibalêsco espectáculo de assar pessoas vivas, a Peninsula revestiu-se de côres rubras apresentando o aspecto deum pavorôso incendio que iluminou a Europa inteira.
Milhares de creaturas, inocentes vítimas do ódio nêgro dos clericaes, fôram impiedosamente arrastádas para as chamas.
Por toda a parte labarédas, fumo, sangue...
Até ao primeiro quarto do século XIX jamais deixou de ser ateiado o terrivel brazeiro no qual crepitáva ininterruptamente a carne humana que a Igreja, em nome de Cristo, atiráva para as fogueiras purificadôras das almas."
(Excerto da introdução)
Matérias: [Introdução]. No sul de França. Na Flandres. Em Espanha. Em Portugal: A Santa Inquisição em Portugal; Em Miranda do Douro; Em Lamêgo; Em Coimbra; Em Aveiro; Em Trancôso; Na Covilhã; As torturas do Santo Tribunal; No Porto; Em Évora; Em Lisboa; Carta a el-Rei.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, sujas, com defeitos.
Raro.
Peça de colecção.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
25€

16 julho, 2018

LEADBEATER, C. W. - O PLANO ASTRAL. Tradução de Mario de Alemquer. 2.ª edição. Lisboa, Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira & C.ª (Filhos), 1925. In-8.º (19 cm) de 174, [2] p. ; B. Biblioteca do Teosofista - VII : Os Sete Manuais da Teosofia, V
"Todos nós, embora na maior parte não tenhamos dado por isso, vivemos no seio dum vasto e populoso mundo invisível. Quando dormimos ou quando no estado de êxtase, os nossos sentidos físicos entram momentãneamente num estado de inacção, podemos até certo ponto ter a consciência dêsse mundo e muitas vezes acontece trazermos, ao despertar, recordações mais ou menos vagas, do que lá vimos e ouvimos. Quando, por ocasião dessa transição a que vulgarmente chamamos morte, o homem se despoja totalmente do corpo físico, é nesse mundo invisível que êle ingressa e lá fica vivendo durante os longos séculos que medeiam entre as suas incarnações nesta existência terrestre."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução. O Scenario. Os Habitantes. I - Humanos: A) Os Vivos; B) Os Mortos. II - Não-Humanos. III - Artificiais. Fenómenos. Conclusão. 
Charles Webster Leadbeater (1854-1934). "Foi sacerdote da Igreja Anglicana e Bispo da Igreja Católica Liberal, escritor, orador, maçom e uma das mais influentes personalidades da Sociedade Teosófica."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com manchas e pequenos defeitos.
Invulgar.
Indisponível

15 julho, 2018

SAGUER, Theophilo - A ENTOAÇÃO. Esboço de critica scientifica sobre pedagogia musical. [Por]...Professor do Conservatorio de Lisboa. Lisboa, Composto e impresso no Centro de Typographico Colonial, 1923. In-8.º (17cm) de 13, [3] p. ; B.
1.ª edição.
"Dizia Schumann e dizem ainda muitos outros mestres que - quem não entoa uma melodia não pode pensar em musica nem está habilitado a iniciar o estudo de qualquer instrumento, assim como não dispõe da indispensavel base para ouvir os acordes que escreve no estudo de harmonia. - Puro engano, salvo o devido respeito a tão grandes artistas.
A garganta e o ouvido são duas faculdades que embora se liguem intimamente tem cada uma a sua função diferente.
O ouvido é o receptor, e a garganta o transmissor que muitas vezes, devido á complexidade de movimentos que ha na articulação da silaba ou na palavra cantada onde intervem naturalmente a laringe, a faringe e as fossas nasaes, etc., pode não corresponder á imagem acustica fixada pelo ouvido."
(Excerto do texto)
Teófilo Saguer (1880-1954). "Filho de João Saguer Carbonell, natural de Peratallada, província de Girona (Catalunha) e de Francisca Antónia, filha ilegítima de João Alexandre Guerreiro Barradas, nasceu em Grândola em 1 de dezembro de 1880. Demonstrando, desde cedo, dotes musicais, assentou praça em Caçadores 5 e matriculou-se no Conservatório Nacional. Integrou a banda da Guarda Nacional, ingressou nas orquestras dos Teatros de São Carlos e da Trindade e, mais tarde, como trompista, nas orquestras sinfónicas de Lambertini, Blanch, Cardona e David de Sousa. Em 1912, casou com a violoncelista Adelaide Guerreiro Saguer e, nas palavras da filha Albertina Saguer, com ela viveu uma vida de perfeita comunhão de ideais, a par tocando, ensinando e escrevendo. 4 Em março de 1915 estreou-se como compositor no Teatro Politeama com o poema sinfónico Ode à Bélgica e, no mesmo ano, apresentou e dirigiu em São Carlos a Abertura Sinfónica. Quatro anos depois, tornou-se professor de Composição no Conservatório onde regeu as cadeiras de Ciências Musicais, Piano e Instrumentos de Sopro e Metal, atingindo o grau de professor de Alta-Composição. Dedicou-se ao estudo da musicologia e exerceu crítica musical publicando artigos em diversos jornais. Foi autor das seguintes obras: Monárquicos e Republicanos, Falemos da Guerra, A Entoação, A Anarquia dos Sons, Pedagogia Musical e A Radiotelefonia, para além de outras que deixou inéditas. Segundo sua filha, quando a doença o acometeu, veio despedir-se de Grândola, que entre todos os lugares da terra, ele, Teófilo, a conservou sempre no lugar que lhe cabia, e que para ele, seu filho distante e sempre presente, foi sempre o primeiro. Faleceu em Lisboa, em 1 de dezembro de 1954."
(Fonte: http://arquivo.cm-grandola.pt/_docs/Os%20Guerreiro%20Barradas%20e%20a%20M%C3%BAsica.pdf)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Junta-se em apenso recorte do Diário de Lisboa, de 10.01.1925, com uma entrevista concedida pelo Prof. Teófilo Seguer a este jornal sobre o presente livrinho, «A entoação».
Raro e muito curioso.
Indisponível

14 julho, 2018

ALMAFALLA - GUERREIRO  MONGE. Braga, Typ. a vapor dos "Echos do Minho", 1916. In-8.º (18,5cm) de [4], 80 p. ; B.
1.ª edição.
Narrativa histórico-biográfica sobre os feitos de D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável.
"Almafalla surge com o seu bello espirito medieval, consolando-nos das amarguras da hora presente, com as doiradas miragens do passado, evocando tempos de maravilhosa grandeza. [...]
São paginas d'oiro com illuminuras, como esses velhos missaes, que só por si valem um thesoiro,  Guerreiro e Monge é um poema em prosa, um rosario de feitos d'essa epocha em que Portugal mostrou ao mundo que tinha heroes como os que o poeta grego canta na sua famosa Illiada."
(Excerto do preâmbulo)
"Em 1360, anno bissexto, nasce em Sernache do Bomjardim, em plena Beira, n'uma noite tão caracteristicamente portugueza como a de S. João, D. Nuno Alvares Pereira, decimo terceiro filho de D. Alvaro Gonçalves Pereira, pae de trinta e dois filhos! [...]
Seu pae, grande influente na côrte, priva intimamente com os Reis, e D. Nuno aos treze annos incompletos é apresentado no Paço. Todos os olhos o devoram, todas as attenções convergem sobre elle, lindo adolescente, robusto e sadio, gentil e gracioso. [...]
Falla pouco, medita muito, os seus ideaes absorvem-no, por vezes ouve como vozes, sons confusos de tropeis e clarins, sente-se heroe, e como tal cheio de energia e de Fé. [...] Na côrte é querido e amado por todos; cae nas graças dos soberanos e é armado cavalleiro pelas lindas mãos da perfida Rainha Leonor que o escolhe para seu escudeiro."
(Excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

13 julho, 2018

COUTO, João - OS PAINEIS FLAMENGOS DA ILHA DA MADEIRA. Seu merecimentos, valorização e conservação. (Conferência realizada no Liceu Nacional do Funchal em 4 de Janeiro de 1955). [Por]... Director do Museu Nacional de Arte Antiga. Funchal, Edição da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal, 1955. In-8.º (21,5cm) de 32, [2] p. ; [6] p. il. ; B.
1.ª edição.
Capa: Paineis de um políptico português, expostos na Capela-mor da Igreja de Santa Cruz.
Livro ilustrado em extratexto com 9 fotografias a p.b., impressas sobre papel couché.
"O facto do Dr. Manuel Cayola Zagalo ter um dia trazido ao conhecimento do público a série de painéis flamengos existentes em várias igrejas da Ilha da Madeira constituiu um acontecimento deveras notável e com largas repercussões, não só no estudo das artes dos Países Baixos, mas também no da arte nacional.
Portugal ficou singularmente enriquecido com esta contribuição e o sucesso que o exame das tábuas despertou em toda a parte e entre os especialistas que acorreram ao 16.º Congresso da História de Arte e à 5.ª conferência do Restauro, ambas realizadas em Lisboa, foi clamoroso e definitivo."
(Excerto da conferência)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

12 julho, 2018

REGO, A. da Silva - ALGUNS PROBLEMAS SOCIOLÓGICO-MISSIONÁRIOS DA ÁFRICA NEGRA. [Por]... Professor do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos, Chefe da Missão para o Estudo da Missionologia Africana. Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar : Centro de Estudos Políticos e Sociais, 1960.. In-4.º (25,5cm) de 137, [3] p. ; B. Col. Estudos de Ciências Políticas e Sociais, N.º 32
1.ª edição.
Estudo/relatório elaborado pouco tempo antes das manifestações independentistas que culminariam com o início das acções de guerrilha em Angola (1961).
"As páginas que vão ler-se são páginas de diário, escrito, quanto possível, à noite, durante três meses de jornada pela Nigéria, Camarões, África Equatorial Francesa, Angola, Congo Belga, Uganda, Quénia, Tanganhica, Rodésias, África do Sul e Moçambique.
O trabalho, agora realizado, limitou-se apenas a agrupar ideias e a imprimir-lhes uma certa unidade. O livro, assim considerado, só em parte é que é meu. Pertence a todas as pessoas, especialmente missionários e administrativos, com quem troquei impressões durante esta peregrinação. [...]
Considerámos as missões sob o seu aspecto actual e prático. Não discutimos conceitos teológicos.
Analisámos os problemas no seu conjunto africano. Preferimos este método, após alguma indecisão e estudo. Era nosso intento, a princípio, focar apenas a problemática mais saliente na actual conjuntura ultramarina portuguesa. Depois, porém, a experiência mostrou-nos que os problemas são basicamente os mesmos em toda a África. Daí, a direcção impressa ao trabalho agora apresentado. [...]
O presente relatório foi escrito, em grande parte, em Agosto, Setembro e Outubro de 1959, durante a nossa peregrinação pela África. De então para cá tem sido o continente negro violentamente, alegre e voluntáriamente abalado por ventos de independência. Falta ainda, tanto ao sociólogo como ao historiador, a justa perspectiva que lhes permita a imparcial apreciação dos acontecimentos."
(Excerto do preâmbulo)
Índice:
I - As missões. II - Os missionários. III - Dificuldades à missionação. IV - Meios de apostolado moderno. V - O ensino missionário. VI - O Catolicismo perante outras religiões. VII - Alguns problemas relacionados com o ultramar.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

11 julho, 2018

CRISPIM - O SR. BERNARDINO MACHADO NUNCA EXISTIU. Bernardino na Historia : Bernardino na Politica : Bernardino na Cordealidade : Formação impessoal do Bernardinismo. 2.ª edição. Lisboa, Edição do Autor [Comp. e imp. na Typographia da "Modesta"], [1914]. In-8.º (22cm) de 30 p. ; B.
Opúsculo valorizado pela dedicatória manuscrita do autor (datada de 23/7/914) ao seu "velho e querido amigo Mario Galvão".
Contundente opúsculo anti-republicano centrado na figura de Bernardino Machado, insigne figura da República, que nesta obrinha é alvo de troça e humor irónico. O seu autor foi o escritor e jornalista monárquico Eugénio Severim de Azevedo (1884-1920) que assinava os seus trabalhos com o pseudónimo "Crispim".
"O que pretendemos com o presente folheto? Revelar aos povos fanatisados pelo fetichismo politico, que os seus idolos não teem razão se ser. Mais: que muitos d'eles nunca existiram. É possivel que taxem de audacioso este nosso trabalho de investigação historica e que muitos teimosos persistam em affirmar a existencia de Bernardino Machado, citando factos e apontando testemunhas, com o intuito de destruir as nossas conclusões..."
(Excerto da "explicação")
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

09 julho, 2018

AZEVEDO, Arthur - O BADEJO. Comedia em 3 actos, em verso. [Por]... Da Academia Brasileira de Lettras. Rio de Janeiro, Imprensa Americana : Fabio Reis & Comp., [1898]. In-8.º (18x10cm) de [6], 92, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Comedia em três atos, em verso. Representada pela primeira vez no Rio de Janeiro, no theatro S. Pedro de Alcantara, no dia 15 de Outubro de 1898, por iniciativa do Centro Artistico, pelo corpo scenico do Elite-Club.
Sobre O Badejo, com a devida vénia, reproduzimos um excerto da Tese de Doutoramento de Larissa Neves: "Ao criar um texto voltado para a apreciação de um público culto e restrito, escreveu a peça em versos, elemento capaz de valorizá-la literariamente aos olhos da platéia letrada; no entanto, ao compor os versos, não se esqueceu do trabalho do ator: a versificação de O Badejo favorece a representação, porque os versos são simples, compostos com palavras do cotidiano, que facilitam a declamação e o entendimento. [...]
A comédia tornou-se assunto corrente nas páginas dos jornais até dezembro. Após a apresentação no festival do Centro Artístico, O Badejo, além de ser impressa - o que expandiu o conhecimento da comédia para intelectuais impossibilitados de assistir às récitas - integrou um espetáculo especial em homenagem a Martins Pena, no teatro Variedades. [...] Depois da homenagem, a companhia Dias Braga tentou manter O Badejo em cartaz, mas a falta de público obrigou-a a substituir rapidamente a peça."

(NEVES, Larissa de Oliveira, As Comédias de Artur Azevedo - Em Busca da História, Universidade Estadual de Campinas, 2006)
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 - Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908) foi um dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro. Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte."
(Fonte: wikipédia)
Encadernação em meia de percalina com ferros gravados a ouro. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

07 julho, 2018

PROCLAMAÇÃO Do Tenente General Hope, Comandante das Tropas Britanicas para a inmediata Segurança e Tranquillidade de Lisboa. Habitantes de Lisboa.
PROCLAMATION By Lieutenant General Hope, Comanding the British Troops, for the immediate Protection and Tanquility of Lisbon.

[Lisboa], Na Impressão Regia, [1808]. In-fólio de 3, [1] p.
1.ª edição.
Importante peça da Guerra Peninsular. Impressa em duas línguas (português/inglês), trata-se da histórica proclamação publicada após a libertação de Lisboa, em 1808, no final da 1.ª Invasão Francesa comandada por Junot, visando o estabelecimento da ordem pública e conter os assaltos e pilhagens.

"Habitantes de Lisboa.
O Vosso Paiz he resgatado, e vós tornais a ser livres; a vossa Bandeira Nacional fluctúa em toda a parte do Reino. [..] Para que pois os mal intencionados (se he que os ha) não convertão a verdadeira liberdade em demaziada soltura, e a fim de evitar na presente crise as terriveis consequencias de hum tal acontecimento, cumpre ao Commandante em Chefe, e áquelles, a quem tem immediatemente delegado a Superintendencia da Tranquillidade Publica desta Cidade, vigiar com summo desvelo na sua paz e socego, e na Segurança das pessoas, e Propriedades de seus leas e bons Habitantes. Para conseguirmos este fim, será indispensavel, por pouco tempo, conservar Guardas fortes, Piquetes e Patrulhas em varios sitios, a fim de segurar e prender toda a pessoa que se atrever a perturbar a Tranquillidade Publica.
(Assignado) JOÃO HOPE,
Tenente General."
(Excerto da Proclamação)
John Hope (1765 - 1823). Comandante militar do Exército Inglês. O General Hope, 4.º Conde de Hopetoun PC KB FRSE, conhecido como o Honorável John Hope de 1781 a 1814 e como Lord Niddry de 1814 a 1816. Foi um político escocês e oficial do exército britânico. Atingiu o posto de general, tendo servido sob as ordens do Duque de Wellington nas guerras napoleónicas, principalmente no Mediterrâneo e nas Campanhas Peninsulares. Tinha fama de valente, e foi altamente recomendado por Wellington.
Muito raro.
Com indubitável interesse histórico e olisiponense.
Peça de colecção.
40€

06 julho, 2018

CODIGO DE POSTURAS DA CAMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SANTA COMBA DÃO : 1914. Santa Comba Dão, Tipografia da Beira, 1915. In-8.º (21,5cm) de 39, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Curioso Código de Posturas - "cartilha" de regulamentos locais de ordem pública - relativo ao concelho de Santa Comba Dão, e à bonita vila Beirã do mesmo nome, pertencente ao distrito de Viseu. Trata-se de um subsídio centenário, importante para a história da administração do poder local, neste caso, composto por 145 artigos.
"É prohibido, sob pena de multa de $50 centavos e 1$00 escudo, deixar vaguera pelas ruas, largos e caminhos publicos, quaesquer animaes ou aves domesticas, que possam pôr em risco as pessoas e as propriedades, ou prejudicar o aceio e limpeza publica.
No cado de qualquer animal assaltar ou morder os transeuntes, ou causar algum prejuizo, será a simples negligencia do dono punido com a multa de 1$00 e 3$00 escudos.
Os cães que forem encontrados soltos, sem coleira com o nome do dono, serão imediatamente abatidos.
(T. II, Cap. V - Divagação de animaes : Artigos 42.º; 43.º; 44.º)
Matérias:
TITULO I. Cap. único - Disposições geraes. TITULO II. Policia, higiene e segurança. Cap. I - Policia Municipal; Cap. II - Arrecadação de multas; Cap. III - Limpeza e higiene publica; Cap. IV - Segurança publica; Cap. V - Divagação de animaes. TITULO III. Estética e propriedade municipal. Cap. I - Estafas municipaes, caminhos e servidões publicas; Cap. II - Baldios municipaes; Cap. III - Aguas; Cap. IV - Arvores; Cap. V - Edificações e reedificações e estética. TITULO IV. Impostos e Comércio. Cap. I - Impostos indirectos; Cap. II - Açougues e fornecimento de carnes de vaca e vitela; Cap. III - Fornecimento de carnes esfoladiças; Cap. IV - Praças e mercados; Cap. V - Venda de diversos géneros; Cap. VI - Lojas e tabernas. Certidão.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
20€