15 julho, 2018

SAGUER, Theophilo - A ENTOAÇÃO. Esboço de critica scientifica sobre pedagogia musical. [Por]...Professor do Conservatorio de Lisboa. Lisboa, Composto e impresso no Centro de Typographico Colonial, 1923. In-8.º (17cm) de 13, [3] p. ; B.
1.ª edição.
"Dizia Schumann e dizem ainda muitos outros mestres que - quem não entoa uma melodia não pode pensar em musica nem está habilitado a iniciar o estudo de qualquer instrumento, assim como não dispõe da indispensavel base para ouvir os acordes que escreve no estudo de harmonia. - Puro engano, salvo o devido respeito a tão grandes artistas.
A garganta e o ouvido são duas faculdades que embora se liguem intimamente tem cada uma a sua função diferente.
O ouvido é o receptor, e a garganta o transmissor que muitas vezes, devido á complexidade de movimentos que ha na articulação da silaba ou na palavra cantada onde intervem naturalmente a laringe, a faringe e as fossas nasaes, etc., pode não corresponder á imagem acustica fixada pelo ouvido."
(Excerto do texto)
Teófilo Saguer (1880-1954). "Filho de João Saguer Carbonell, natural de Peratallada, província de Girona (Catalunha) e de Francisca Antónia, filha ilegítima de João Alexandre Guerreiro Barradas, nasceu em Grândola em 1 de dezembro de 1880. Demonstrando, desde cedo, dotes musicais, assentou praça em Caçadores 5 e matriculou-se no Conservatório Nacional. Integrou a banda da Guarda Nacional, ingressou nas orquestras dos Teatros de São Carlos e da Trindade e, mais tarde, como trompista, nas orquestras sinfónicas de Lambertini, Blanch, Cardona e David de Sousa. Em 1912, casou com a violoncelista Adelaide Guerreiro Saguer e, nas palavras da filha Albertina Saguer, com ela viveu uma vida de perfeita comunhão de ideais, a par tocando, ensinando e escrevendo. 4 Em março de 1915 estreou-se como compositor no Teatro Politeama com o poema sinfónico Ode à Bélgica e, no mesmo ano, apresentou e dirigiu em São Carlos a Abertura Sinfónica. Quatro anos depois, tornou-se professor de Composição no Conservatório onde regeu as cadeiras de Ciências Musicais, Piano e Instrumentos de Sopro e Metal, atingindo o grau de professor de Alta-Composição. Dedicou-se ao estudo da musicologia e exerceu crítica musical publicando artigos em diversos jornais. Foi autor das seguintes obras: Monárquicos e Republicanos, Falemos da Guerra, A Entoação, A Anarquia dos Sons, Pedagogia Musical e A Radiotelefonia, para além de outras que deixou inéditas. Segundo sua filha, quando a doença o acometeu, veio despedir-se de Grândola, que entre todos os lugares da terra, ele, Teófilo, a conservou sempre no lugar que lhe cabia, e que para ele, seu filho distante e sempre presente, foi sempre o primeiro. Faleceu em Lisboa, em 1 de dezembro de 1954."
(Fonte: http://arquivo.cm-grandola.pt/_docs/Os%20Guerreiro%20Barradas%20e%20a%20M%C3%BAsica.pdf)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Junta-se em apenso recorte do Diário de Lisboa, de 10.01.1925, com uma entrevista concedida pelo Prof. Teófilo Seguer a este jornal sobre o presente livrinho, «A entoação».
Raro e muito curioso.
Indisponível

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