19 agosto, 2018

COSTA, Julio - UM ENTÊRRO NA COVA DA PIEDADE! : monologo original. [S.l.], [s.n.], [191-]. In-8.º (15,5cm) de 4 p. ; B. Bibliotheca Dramatica Julio Costa
1.ª edição.
Curioso monólogo humorístico. Impresso na tipografia "caseira" do autor, estes folhetos são raros e muito procurados.

"Venho aqui, gato-pingado,
Contar a este auditorio
O que se passou na morte
Do meu amigo Gregório....
Pobre amigo! Ao despedir-se
Ao dar o adeus derradeiro...
Baixou a cabeça inanimada...
E foi de ventas ao travesseiro!"

(Excerto do monólogo)

Júlio da Conceição Costa, “Julinho” (1884-1949). Barreirense por afinidade, nasceu em Vila Franca de Xira, em 8 de Maio de 1849. Tornou-se ferroviário logo aos 15 anos, como aprendiz nas oficinas. Com muita queda para o desenho, cedo se tornou desenhador no Serviço de Via e Obras. De espírito muito curioso, cultivava-se, lia muito, ainda na monarquia remetia textos para publicação em jornais fora da vila. Compunha poesias, e desde sempre frequentou os meios recreativos e teatrais do Barreiro. Procurou tornar-se director dum grupo cénico, mas - diga-se - sem êxito. Mas compunha monólogos, até cançonetas e duetos que ganhavam nome. E folgazão como ele era, para as paródias, também nos palcos, era um caso sério. (... Sou trocista... De piadas ando sempre na pista, E é por isso, meus senhores, Que eu meto tais horrores!...).
Com seu espírito prático, montou uma pequena tipografia em parte de sua moradia, e assim passou a auferir algo para lá da mensalidade da Via e Obras, fazendo cartões de visita, envelopes, programas, papéis timbrados, etc. Mas veio-lhe à cabeça algo importante... Compor, dirigir, editar jornalinhos – republicanos, claro - lá na sua casa. Faleceu em Lisboa, em 11 de Outubro de 1949, com 65 anos.”

(Fonte: http://www.vinculadosaobarreiro.com/27julinho_costa/main_juliocosta.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem registo na BNP.
10€

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