REGO, João da Motta - OLIVAES E LAGARES. Andaluzia, Catalunha, Nice, Toscana, Bari. Portugal. Lisboa, Typ. da Livraria Ferin, 1902. In-8.º (18cm) de 489, [3] ; p. ; [4] mapas desd. ; [9] plantas desd. ; il. ; E.
1.ª edição.
Importante trabalho sobre a cultura da oliveira e o seu aproveitamento industrial, sendo ainda hoje, reconhecidamente, um dos mais completos que sobre o tema se publicou entre nós.
Muito ilustrado no texto com fotogravuras e desenhos, e em separado (com folhas desdobráveis), 4 mapas estatísticos e 9 mapas de instalações transformadoras da azeitona.
"Uma portaria de 15 de Novembro de 1901, do Ministerio das Obras Publicas , incumbiu-me de ir á Italia contractar um pratico lagareiro que viesse para o nosso paiz ensinar a technica da fabricação do azeite.
Solicitei eu do Ministerio essa missão com o duplo fim, não só de fazer o modesto contracto com o pratico, mas sobretudo porque, aproveitando a occasião de me ausentar do paiz na epoca da apanha da azeitona, eu poderia fazer directamente o estudo dos differentes processos de fabricação do azeite usados nas mais afamadas regiões oleicolas da Hespanha, da França e sobretudo da Italia, pondo-me em condições de conscenciosamente poder informar a oleicultura portugueza d'esses varios processos, instruindo-a nas praticas que eu entendesse poderem ser proveitosamente adoptadas por ella. [...]
Das impressões recebidas de lagares e olivedos durante a minha viagem, dou conta detalhada na primeira parte d'este trabalho.
Porém, se julguei ser altamente vantajoso o estudo dos differentes processos da fabricação do azeite lá fóra, considerei como um indispensavel complemento a esse estudo, a adaptação ao nosso paiz das praticas e dos systemas que pudessem produzir incontestaveis resultados para a industria oleicola portugueza."
(Excerto do Prefácio)
Índice: Prefacio. Primeira Parte: I - Andaluzia. II - Catalunha. III - Marselha. IV - Nice. V - Nice. VI - Pisa. VII - Pisa. VIII - Luca. IX - Luca. X - Portici. XI - Bari. XII - Bari. Segunda Parte: XIII - Cultura da oliveira em Portugal. XIV - Multiplicação da oliveira. XV - Plantação e pódas. XVI - Adubação dos olivaes. XVII - Cultura dos olivaes. XVIII - Doenças das oliveiras. Terceira Parte: XIX - Fabricação do azeite. XX - Depuração do azeite. XXI - Lagares portuguezes. XXII - Experiencias sobre a fabricação do azeite. XXIII - Tratamentos do azeite. XXIV - Adaptação das installações oleicolas antigas a uma ffabricação racional. XXV - Planos e orçamentos de tres installações oleicolas modernas. XXVI - Commercio de azeite.
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Pastas cansadas com defeitos.
Pouco comum.
Indisponível
31 agosto, 2018
30 agosto, 2018
FLEURY, Ernest - PORTUGAL SUBTERRÂNEO. Ensaio de espeleologia portuguesa. Por... Professor do Instituto Superior Técnico. Com 7 figuras no texto e 7 estampas. Lisboa, Gráficas Oficinas da Biblioteca Nacional, 1925. In-8.º (20,5cm) de 55, [1] p. ; [7] f. il., [1] f. ; il. ; B. Colecção Natura
1.ª edição.
Interessante estudo espeleológico sobre o território nacional.
Ilustrado com desenhos esquemáticos no texto e 15 fotogravuras distribuídas por sete folhas em separado, impressas sobre papel couché.
"Os primeiros homens foram trogloditas, pelo menos em muitas regiões; viveram em grutas e cavernas e nelas deixaram, muitas vezes, objectos de suas indústrias, restos de seus cozinhados e, às vezes, também admiráveis desenhos ou até os próprios esqueletos. Custa então a perceber a repulsa dos seus herdeiros por essas grutas e cavernas que a imaginação popular, quási por toda a parte, envolveu em mistério, maravilha ou terror, como se tivera o propósito de defendê-las com fábulas ou, simplesmente, esconder o próprio temos.
Houve sempre, em todos os tempos, quem visitasse as grutas e as cavernas. Algumas serviram de santuários pagãos ou de templos cristãos; os perseguidos pelas guerras civis ou religiosas e os foragidos às invasões buscavam-nas como abrigo. [...]
As grutas portuguesas passam por ser pouco conhecidas. No entanto, há sôbre elas uma bibliografia bastante rica, mas dispersa, e é certo que os poucos autores que delas se teem ocupado dedicaram menos atenção ao modo como elas se formaram e à sua morfologia do que aos materiais nela contidos. [...]
Nas regiões de grutas, e vamos vêr que todas são constituídas por calcáreos, o povo distingue lapas, cavernas horizontais ou pouco inclinadas e algares ou algarves, verdadeiros abismos ou poços profundos, mais ou menos verticais. Conhece as designações de gruta e de caverna, mas não as emprega na linguagem corrente, conforme diz o Prof. Leite de Vasconcellos, substituindo-as pelos nomes de cova, lapa e até mina, que nada significam ao certo. No Algarve, na Madeira e nos Açores, falam muito de furnas mas com acepções diversas, parece, sse bem que Estácio da Veiga tente contrapor furnas a algares."
(Excerto do Ensaio)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
1.ª edição.
Interessante estudo espeleológico sobre o território nacional.
Ilustrado com desenhos esquemáticos no texto e 15 fotogravuras distribuídas por sete folhas em separado, impressas sobre papel couché.
"Os primeiros homens foram trogloditas, pelo menos em muitas regiões; viveram em grutas e cavernas e nelas deixaram, muitas vezes, objectos de suas indústrias, restos de seus cozinhados e, às vezes, também admiráveis desenhos ou até os próprios esqueletos. Custa então a perceber a repulsa dos seus herdeiros por essas grutas e cavernas que a imaginação popular, quási por toda a parte, envolveu em mistério, maravilha ou terror, como se tivera o propósito de defendê-las com fábulas ou, simplesmente, esconder o próprio temos.
Houve sempre, em todos os tempos, quem visitasse as grutas e as cavernas. Algumas serviram de santuários pagãos ou de templos cristãos; os perseguidos pelas guerras civis ou religiosas e os foragidos às invasões buscavam-nas como abrigo. [...]
As grutas portuguesas passam por ser pouco conhecidas. No entanto, há sôbre elas uma bibliografia bastante rica, mas dispersa, e é certo que os poucos autores que delas se teem ocupado dedicaram menos atenção ao modo como elas se formaram e à sua morfologia do que aos materiais nela contidos. [...]
Nas regiões de grutas, e vamos vêr que todas são constituídas por calcáreos, o povo distingue lapas, cavernas horizontais ou pouco inclinadas e algares ou algarves, verdadeiros abismos ou poços profundos, mais ou menos verticais. Conhece as designações de gruta e de caverna, mas não as emprega na linguagem corrente, conforme diz o Prof. Leite de Vasconcellos, substituindo-as pelos nomes de cova, lapa e até mina, que nada significam ao certo. No Algarve, na Madeira e nos Açores, falam muito de furnas mas com acepções diversas, parece, sse bem que Estácio da Veiga tente contrapor furnas a algares."
(Excerto do Ensaio)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
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29 agosto, 2018
COSTA, Moisés do Nascimento - ENSINO DO CÃO PERDIGUEIRO. Porto, Porto Editora, 1984. In-8.º (20,5cm) de 95, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante trabalho sobre o ensino do cão de caça Perdigueiro Português.
Ilustrado com um desenho no final - «nomenclatura do cão», e com 16 fotografias a cores distribuídas por oito páginas de texto impressas sobre papel couché.
"Este pequeno livro não tem qualquer pretensão literária. É um trabalho modesto e simples. Poderia mesmo dizer, plagiando um antigo reclame da televisão, que é um livro para todo o caçador que saiba ler, mesmo que saiba ler pouco.
A tentativa deste trabalho fundamenta-se em razões muito simples: primeiro, a natural paixão que sinto pelo cão perdigueiro; depois, devido ao considerável número de pessoas que regularmente se me vêm dirigindo: uns para comprar cães já caçados, outros para disso me encarregarem, e ainda outros pedindo esclarecimentos ou literatura emprestada. Por outro lado, também não é raro saírem do meu canil cachorros cuja sorte e destino me deixam triste e preocupado."
(Excerto da Introdução)
Índice: Introdução. Aquisição do cachorro: - Afectividade; - Alimentação; Alojamento. O cachorro come terra. Os vermes. A desmama. Trazer à mão: - 1.ª fase; - 2.ª fase: O lançamento do objectivo; Imobilização. - Advertência. Ensinar o cachorro a caçar. A paragem. O «fica». A busca: larga ou curta? Cães de ventos ou peugueiros. Os castigos. O caçador e o cão. O dente doce. Características e aptidões dos perdigueiros mais conhecidos e usados no nosso país. Nomenclatura do cão. Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito procurado.
Indisponível
1.ª edição.
Importante trabalho sobre o ensino do cão de caça Perdigueiro Português.
Ilustrado com um desenho no final - «nomenclatura do cão», e com 16 fotografias a cores distribuídas por oito páginas de texto impressas sobre papel couché.
"Este pequeno livro não tem qualquer pretensão literária. É um trabalho modesto e simples. Poderia mesmo dizer, plagiando um antigo reclame da televisão, que é um livro para todo o caçador que saiba ler, mesmo que saiba ler pouco.
A tentativa deste trabalho fundamenta-se em razões muito simples: primeiro, a natural paixão que sinto pelo cão perdigueiro; depois, devido ao considerável número de pessoas que regularmente se me vêm dirigindo: uns para comprar cães já caçados, outros para disso me encarregarem, e ainda outros pedindo esclarecimentos ou literatura emprestada. Por outro lado, também não é raro saírem do meu canil cachorros cuja sorte e destino me deixam triste e preocupado."
(Excerto da Introdução)
Índice: Introdução. Aquisição do cachorro: - Afectividade; - Alimentação; Alojamento. O cachorro come terra. Os vermes. A desmama. Trazer à mão: - 1.ª fase; - 2.ª fase: O lançamento do objectivo; Imobilização. - Advertência. Ensinar o cachorro a caçar. A paragem. O «fica». A busca: larga ou curta? Cães de ventos ou peugueiros. Os castigos. O caçador e o cão. O dente doce. Características e aptidões dos perdigueiros mais conhecidos e usados no nosso país. Nomenclatura do cão. Conclusão.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito procurado.
Indisponível
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28 agosto, 2018
GUIA DE MEDICINA PARA USO NOS NAVIOS SEM MEDICO. Adaptação à Marinha Mercante Portuguêsa pelo Dr. Manoel Correia Lobão, Guarda-Mór de Saude da Ilha do Pico. Revista e ampliada pelo Dr. Augusto Monjardino, Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa. LIGA DOS OFICIAIS DE MARINHA MERCANTE. Lisboa, Tipografia d'A Modesta, 1915. In-8.º (21,5cm) de 59, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual socorrista. Ilustrado no texto com tabelas e desenhos exemplificativos.
"Esta guia divide-se em quatro partes:
A primeira é uma lista de medicamentos, tanto internos como externos, dos objectos de penso, dos desinfectantes e do material que os capitães devem ter a bordo, acompanhada das indicações necessarias para o seu emprego.
A segunda enumera as doenças mais freqüentes a bordo, indica os meios de as reconhecer e os cuidados que se devem ter com os doentes.
A terceira indica os cuidados que se devem prestar aos feridos e às vitimas de qualquer acidente.
A quarta, finalmente, resume as precauções higienicas a tomar, para conservar as equipagens em bom estado de saude."
(Prólogo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Curioso manual socorrista. Ilustrado no texto com tabelas e desenhos exemplificativos.
"Esta guia divide-se em quatro partes:
A primeira é uma lista de medicamentos, tanto internos como externos, dos objectos de penso, dos desinfectantes e do material que os capitães devem ter a bordo, acompanhada das indicações necessarias para o seu emprego.
A segunda enumera as doenças mais freqüentes a bordo, indica os meios de as reconhecer e os cuidados que se devem ter com os doentes.
A terceira indica os cuidados que se devem prestar aos feridos e às vitimas de qualquer acidente.
A quarta, finalmente, resume as precauções higienicas a tomar, para conservar as equipagens em bom estado de saude."
(Prólogo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível
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27 agosto, 2018
PAÇO, Afonso do - CASTELO DE ARRAIOLOS. Separata do «Boletim da Junta Distrital de Évora» - N.º 6. Évora, [s.n. - Comp. e imp. na Gráfica Eborense, Évora], 1967. In-4.º (24,5cm) de 5, [3] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante monografia sobre o castelo de Arraiolos e os vestígios arqueológicos nele encontrados.
Ilustrada em extratexto com 1 folha (papel couché) contendo os desenhos das peças descobertas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
1.ª edição independente.
Interessante monografia sobre o castelo de Arraiolos e os vestígios arqueológicos nele encontrados.
Ilustrada em extratexto com 1 folha (papel couché) contendo os desenhos das peças descobertas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
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26 agosto, 2018
BARROS, Major Francisco José de - PORTUGUESES NA GRANDE GUERRA. Narrativas dum trincheirista. Angustias do cativeiro. Lisboa, Serviços Gráficos de Exército, 1925. In-8.º (18cm) de 226, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Colecção de memórias da Grande Guerra. O autor, na época capitão, narra as suas "peripécias" em França - no front e, por fim, enquanto prisioneiro dos alemães após o 9 de Abril. As miseráveis condições de vida nos campos de detenção, e o impressionante relato dos maus tratos, físicos e pscicológicos, fazem desta obra uma das mais interessantes e significativas que se publicaram sobre a 1.ª Guerra Mundial, e um importante testemunho para a história dos prisioneiros de guerra portugueses.
Livro extremamente raro, ilustrado com alguns desenhos no texto.
"A 12-6.º-918, três oficiais portugueses, conseguiram efectuar a fuga do Campo de Rastatt, o cap. Pires do B. I. 13, e os tenente Neto e alferes Calazans do B. I. 4.
Haviam organizado um farnel bastante escasso para tão longa viagem pelo Vale do Rheno até à Suissa, para o qual concorreram alguns camaradas com o pouco de que puderam dispôr, algumas conservas, bolachas e algum pão negro.
Correndo o risco de serem descobertos pelas ferozes sentinelas instruidas com as ordens mais severas de matar quem o tentasse, realizaram o seu intento com o auxilio de um alicate corta arame alcançado pelo Calazans da ferramenta dum carpinteiro alemão, com que conseguiram cortar os arames das vedações, depois de terem rastejado da barraca até elas, seguindo um caminho prévia e cautelosamente estudado ao longo da fraca sombra de leve ondulação do terreno contra a intensa luz dos arcos voltaicos dispostos em volta do campo bem iluminado."
(Excerto de Audaciosa fuga de 3 prisioneiros portugueses)
Índice: 1. - Um aventureiro precóce. 2. - O arrancar d'um coração. 3. - Instrução e Humorismo. 4. - Vicissitudes e preparativos. 5. - Baptismo de fogo. O que é a sorte. 6. - Na Instrução de patrulhas. 7. - Seis dias de trincheira (1 a 6 de Março de 1918). 8. - Abnegação. 9. - O meu boleto. A minha cama. 10. - Um curto passeio na Terra de Ninguem. 11. - Rendição de serviço. Entrada nas trincheiras. 12. - Rendição de serviço. Sahida das trincheiras. 13. - Altruismo de bom camarada. 14. - Um belo episodio (Dezembro de 1917). 15. - Tenente Manuel Fernandes d'Oliveira. 16. - No «9 de Abril». 17. - Prisioneiros de Guerra (9 de Abril de 1918): 1) Desinfecção; 2) Mais sevicias e outros aspectos; 3) Morte d'um camarada; 4) Secção Pietas da Cruz Vermelha Suissa. C. V. Portuguesa; 5) Audaciosa fuga de 3 prisioneiros portugueses; 6) O que se vae passando e sofrendo; 7) Viagem de Rastatt a Breesen in Mecklemburg; 8) Mais notas diarias e martyrios; 9) Mais ephemerides. 18. - O que a experiencia comprova. 19. - Saudação da comissão Técnica da Arma d'Infanteria.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
1.ª edição.
Colecção de memórias da Grande Guerra. O autor, na época capitão, narra as suas "peripécias" em França - no front e, por fim, enquanto prisioneiro dos alemães após o 9 de Abril. As miseráveis condições de vida nos campos de detenção, e o impressionante relato dos maus tratos, físicos e pscicológicos, fazem desta obra uma das mais interessantes e significativas que se publicaram sobre a 1.ª Guerra Mundial, e um importante testemunho para a história dos prisioneiros de guerra portugueses.
Livro extremamente raro, ilustrado com alguns desenhos no texto.
"A 12-6.º-918, três oficiais portugueses, conseguiram efectuar a fuga do Campo de Rastatt, o cap. Pires do B. I. 13, e os tenente Neto e alferes Calazans do B. I. 4.
Haviam organizado um farnel bastante escasso para tão longa viagem pelo Vale do Rheno até à Suissa, para o qual concorreram alguns camaradas com o pouco de que puderam dispôr, algumas conservas, bolachas e algum pão negro.
Correndo o risco de serem descobertos pelas ferozes sentinelas instruidas com as ordens mais severas de matar quem o tentasse, realizaram o seu intento com o auxilio de um alicate corta arame alcançado pelo Calazans da ferramenta dum carpinteiro alemão, com que conseguiram cortar os arames das vedações, depois de terem rastejado da barraca até elas, seguindo um caminho prévia e cautelosamente estudado ao longo da fraca sombra de leve ondulação do terreno contra a intensa luz dos arcos voltaicos dispostos em volta do campo bem iluminado."
(Excerto de Audaciosa fuga de 3 prisioneiros portugueses)
Índice: 1. - Um aventureiro precóce. 2. - O arrancar d'um coração. 3. - Instrução e Humorismo. 4. - Vicissitudes e preparativos. 5. - Baptismo de fogo. O que é a sorte. 6. - Na Instrução de patrulhas. 7. - Seis dias de trincheira (1 a 6 de Março de 1918). 8. - Abnegação. 9. - O meu boleto. A minha cama. 10. - Um curto passeio na Terra de Ninguem. 11. - Rendição de serviço. Entrada nas trincheiras. 12. - Rendição de serviço. Sahida das trincheiras. 13. - Altruismo de bom camarada. 14. - Um belo episodio (Dezembro de 1917). 15. - Tenente Manuel Fernandes d'Oliveira. 16. - No «9 de Abril». 17. - Prisioneiros de Guerra (9 de Abril de 1918): 1) Desinfecção; 2) Mais sevicias e outros aspectos; 3) Morte d'um camarada; 4) Secção Pietas da Cruz Vermelha Suissa. C. V. Portuguesa; 5) Audaciosa fuga de 3 prisioneiros portugueses; 6) O que se vae passando e sofrendo; 7) Viagem de Rastatt a Breesen in Mecklemburg; 8) Mais notas diarias e martyrios; 9) Mais ephemerides. 18. - O que a experiencia comprova. 19. - Saudação da comissão Técnica da Arma d'Infanteria.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e militar.
Indisponível
25 agosto, 2018
PORTUGAL, D. Francisco de - ELOGIO // FUNEBRE // DO // EXCELLENT. E REVERENDISSIMO SENHOR // D. ALVARO // DE ABRANCHES, // BISPO DE LEIRIA, // COMPOSTO PELO // MARQUEZ DE VALENÇA // D. FRANCISCO // DE PORTUGAL. // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, Im - // pressor do Emin. Senhor Card. Patriarca. // M. DCC. XLVI. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º (21,5cm) de [8], 37, [3] p.
1.ª edição.
Elogio fúnebre de Álvaro de Abranches e Noronha (1661-1746), Bispo de Leiria entre 1694 e 1746, que inclui diversos episódios, exemplos de bondade e virtude do elogiado no desempenho do cargo no bispado de Leiria.
"Faço hum Epitome das acçoens de hum Prelado, que sem temeridade se podéra igualar aos Bispos da primitiva Igreja; e se nos ultimos tempos della naõ estivera prohibido o costume de canonizar o povo os Varoens justos, seria elle hum dos que andasse no Catalogo dos Santos, e recebesse nos Altares a adoraçaõ de Dulia pelo seu heroico merecimento. Este começou logo a resplandecer na innocencia das suas obras; porque se observou, que nunca fez, sendo minimo, acçaõ imprudente, senaõ madura, nem indecente, senaõ devota.. Ao mesmo ligeiro passo, que se mostrava a pureza do seu animo, se descobria o seu sublime genio para as letras; porque comprehendendo os principios da lingua Latina, passou á Universidade de Coimbra a estudar Canones, em que fez aquelle notavel progresso, que confessavaõ com admiraçaõ os seus Collegas. Mas ainda admiravão mais que o progresso nas letras, o adiantamento nas virtudes, pois naõ houve nenhuma, em que naõ fosse Mestre, quando era discipulo nas aulas. Acabados os seus estudos, e crescendo sempre na modestia de Ecclesiastico, veyo para a Corte a edificalla tanto moço, e estudante, como depois a edificou Sacerdote, e Pastor.
A providencia daquelle vigilantissimo Rey, mais imitador do segundo Joaõ em examinar as virtudes para o premio, que do primeiro Pedro em inquirir as culpas para o castigo, elegeo ao Senhor D. Alvaro de Abranches Bispo de Leiria pouco depois de completos os annos necessarios para este emprego.. He inexplicavel a alegria do povo, e o alvoroço da Nobreza, que se espalhou pela Corte com esta noticia: as linguas se desatavaõ em elogios do eleitor, e em louvores do eleito; as pessoas, que podiaõ ter a esperança da mesma Dignidade, publicavaõ o acerto da escolha, e a justiça da preferencia. A inveja, posto que cega, não tropeçou no mais leve defeito, que desluzisse a nomeaçaõ do Senhor Bispo de Leiria, e sendo culpavelmente cega, ficou virtuosamente muda."
(Excerto do Elogio)
D. Francisco [de Paula] de Portugal e Castro, 8.º conde de Vimioso e 2.º marquês de Valença (1679-1749). "Era filho do 7.º conde de Vimioso, D. Miguel de Portugal, e de sua mulher D. Maria Margarida de Castro e Albuquerque. Sendo ainda muito criança, faleceu seu pai, e foi educado até aos onze anos por sua tia, a condessa D. Maria Margarida de Castro e Albuquerque. Logo que principiou a receber as primeiras instruções da língua latina e de letras humanas, fez notáveis progressos, dando provas de grande inteligência e de admirável talento. De todas as artes, a que mais se dedicou, como a mais própria de cavalheiro e de fidalgo, foi o manejo de cavalos, em cujo exercício adquiriu o maior desembaraço e elegância no montar. Ao contínuo estudo a que se entregou durante muitos anos, deveu o vastíssimo conhecimento da filologia, deleitando-se o seu génio com a lição dos poetas e dos historiadores antigos. As suas produções literárias foram sempre muito apreciadas. Na Academia Real de História, de que era sócio, teve o encargo de censor, e não havia assunto festivo ou fúnebre, moral ou político, civil ou militar, que não fosse profundamente escrito pela sua pena sempre fecunda em conceitos finos, razões concludentes e agudas sentenças.
O marquês de Valença foi um dos fidalgos mais ilustrados do seu tempo, bom conhecedor de diferentes idiomas e orador de fácil elocução. D. João V estimava-o muito e bem lhe mostrou essa estima, quando no ano de 1726, tendo ardido completamente o palácio do marquês, se apressou a oferecer-lhe para sua habitação um dos próprios palácios reais. Foi um dos académicos mais activos e prestimosos da Academia Real de História, sendo incansável na recitação de práticas, orações gratulatórias e outros discursos cortesãos e muitos elogios a vários sábios e discursos filosóficos sobre diversos assuntos metafísicos."
(Fonte: http://www.arqnet.pt/dicionario/valenca2m.html)
Exemplar desencadernado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
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1.ª edição.
Elogio fúnebre de Álvaro de Abranches e Noronha (1661-1746), Bispo de Leiria entre 1694 e 1746, que inclui diversos episódios, exemplos de bondade e virtude do elogiado no desempenho do cargo no bispado de Leiria.
"Faço hum Epitome das acçoens de hum Prelado, que sem temeridade se podéra igualar aos Bispos da primitiva Igreja; e se nos ultimos tempos della naõ estivera prohibido o costume de canonizar o povo os Varoens justos, seria elle hum dos que andasse no Catalogo dos Santos, e recebesse nos Altares a adoraçaõ de Dulia pelo seu heroico merecimento. Este começou logo a resplandecer na innocencia das suas obras; porque se observou, que nunca fez, sendo minimo, acçaõ imprudente, senaõ madura, nem indecente, senaõ devota.. Ao mesmo ligeiro passo, que se mostrava a pureza do seu animo, se descobria o seu sublime genio para as letras; porque comprehendendo os principios da lingua Latina, passou á Universidade de Coimbra a estudar Canones, em que fez aquelle notavel progresso, que confessavaõ com admiraçaõ os seus Collegas. Mas ainda admiravão mais que o progresso nas letras, o adiantamento nas virtudes, pois naõ houve nenhuma, em que naõ fosse Mestre, quando era discipulo nas aulas. Acabados os seus estudos, e crescendo sempre na modestia de Ecclesiastico, veyo para a Corte a edificalla tanto moço, e estudante, como depois a edificou Sacerdote, e Pastor.
A providencia daquelle vigilantissimo Rey, mais imitador do segundo Joaõ em examinar as virtudes para o premio, que do primeiro Pedro em inquirir as culpas para o castigo, elegeo ao Senhor D. Alvaro de Abranches Bispo de Leiria pouco depois de completos os annos necessarios para este emprego.. He inexplicavel a alegria do povo, e o alvoroço da Nobreza, que se espalhou pela Corte com esta noticia: as linguas se desatavaõ em elogios do eleitor, e em louvores do eleito; as pessoas, que podiaõ ter a esperança da mesma Dignidade, publicavaõ o acerto da escolha, e a justiça da preferencia. A inveja, posto que cega, não tropeçou no mais leve defeito, que desluzisse a nomeaçaõ do Senhor Bispo de Leiria, e sendo culpavelmente cega, ficou virtuosamente muda."
(Excerto do Elogio)
D. Francisco [de Paula] de Portugal e Castro, 8.º conde de Vimioso e 2.º marquês de Valença (1679-1749). "Era filho do 7.º conde de Vimioso, D. Miguel de Portugal, e de sua mulher D. Maria Margarida de Castro e Albuquerque. Sendo ainda muito criança, faleceu seu pai, e foi educado até aos onze anos por sua tia, a condessa D. Maria Margarida de Castro e Albuquerque. Logo que principiou a receber as primeiras instruções da língua latina e de letras humanas, fez notáveis progressos, dando provas de grande inteligência e de admirável talento. De todas as artes, a que mais se dedicou, como a mais própria de cavalheiro e de fidalgo, foi o manejo de cavalos, em cujo exercício adquiriu o maior desembaraço e elegância no montar. Ao contínuo estudo a que se entregou durante muitos anos, deveu o vastíssimo conhecimento da filologia, deleitando-se o seu génio com a lição dos poetas e dos historiadores antigos. As suas produções literárias foram sempre muito apreciadas. Na Academia Real de História, de que era sócio, teve o encargo de censor, e não havia assunto festivo ou fúnebre, moral ou político, civil ou militar, que não fosse profundamente escrito pela sua pena sempre fecunda em conceitos finos, razões concludentes e agudas sentenças.
O marquês de Valença foi um dos fidalgos mais ilustrados do seu tempo, bom conhecedor de diferentes idiomas e orador de fácil elocução. D. João V estimava-o muito e bem lhe mostrou essa estima, quando no ano de 1726, tendo ardido completamente o palácio do marquês, se apressou a oferecer-lhe para sua habitação um dos próprios palácios reais. Foi um dos académicos mais activos e prestimosos da Academia Real de História, sendo incansável na recitação de práticas, orações gratulatórias e outros discursos cortesãos e muitos elogios a vários sábios e discursos filosóficos sobre diversos assuntos metafísicos."
(Fonte: http://www.arqnet.pt/dicionario/valenca2m.html)
Exemplar desencadernado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
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*PORTUGAL (D. Francisco de),
1ª E D I Ç Ã O,
Homenagem,
Leiria,
Livros antigos,
Livros séc. XVIII,
Religião
24 agosto, 2018
REGULAMENTO DO JOGO DO BLUFF. Lisboa, Companhia Typographica, 1892. In-8.º (19,5cm) de 15, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Regulamento do jogo do Poker, na sua fase de divulgação em Portugal, designado jogo do Bluff.
"O bluff foi inventado na America do Norte com o nome de Poker. É o jogo da moda e o mais apreciado em quasi todas as sociedades civilisadas.
Nos clubs, nas salas particulares, tem prevalecido a todos os outros jogos carteados.
Consiste na dissimulação e no engano, excellente titulo para exprimir a sua indola em portuguez. Tema feição do jogo do golfo, supposto ser menos violento.
Tornou-se predilecto do bello sexo, o que não é uma insinuação à sua natural subtileza; mas sim um dos seus maiores atractivos.
O segredo do bluff funda-se na impassibilidade com que deve ser jogado. O menor gesto nervoso, o menor relancear de olhos, a menor impaciencia, pode comprometter o Jogador, que deve ser calmo, frio e paciente.
(Excerto da Synthese do jogo)
Após o prólogo, seguem-se as regras aprovadas pelo Grémio Literário em número de 49.
No final, em nota de rodapé, refere-se relativamente ao regulamento: "Estas regras, fundadas na experiencia e nos factos, foram maduramente discutidas e estudadas pelos mais auctorisados jogadores do bluff do Gremio Litterario e sanccionadas por todos como uma necessidade impreterivel, a fim de evitar o cahos e a desordem."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e manchas de humidade.
Inscrição de posse manuscrita na capa do Grupo Bluffista dos Patrulheiros de Pedrouços.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional, ou em qualquer outra fonte bibliográfica.
Peça de colecção.
30€
1.ª edição.
Regulamento do jogo do Poker, na sua fase de divulgação em Portugal, designado jogo do Bluff.
"O bluff foi inventado na America do Norte com o nome de Poker. É o jogo da moda e o mais apreciado em quasi todas as sociedades civilisadas.
Nos clubs, nas salas particulares, tem prevalecido a todos os outros jogos carteados.
Consiste na dissimulação e no engano, excellente titulo para exprimir a sua indola em portuguez. Tema feição do jogo do golfo, supposto ser menos violento.
Tornou-se predilecto do bello sexo, o que não é uma insinuação à sua natural subtileza; mas sim um dos seus maiores atractivos.
O segredo do bluff funda-se na impassibilidade com que deve ser jogado. O menor gesto nervoso, o menor relancear de olhos, a menor impaciencia, pode comprometter o Jogador, que deve ser calmo, frio e paciente.
O momento psycologico como na guerra, pode comparar-se ao coup d'œil do general. Principalmente n'esta qualidade ingenita consiste a vantagem do jogador.
A esperança de comprar a maravilhosa, ou carta addicional denominada best bower, inspira um interesse particular.
O bluff é muito susceptivel de lamentações. O feliz occulta os ganhos, o infeliz exagera as perdas. Chega a causar lastima tanta lamentação.
É curioso observar a avidez com que os parceiros veêm as cartas e a maneira como as apertam nos dedos, á espera de comprarem a que desejam. Se, n'aquelle momento, fosse possivel photographal os, que rico album se não arranjaria para contemplar expressões de contentamento, de uma esperança perdida, ou a de algum sentimento menos nobre!
Não ha jogo em que seja preciso maior sangue frio e mais paciencia do que no bluff. Exige muita attenção, mas não d'aquella que cança e fadiga como, por exemplo, no whist, no boston, ou no bésigue.
Não se deve ser muito audaz nem muito timido. Qualquer d'estas exagerações é quasi sempre prejudicial. O bom criterio é indispensavel, assim como estudar a indole e os systemas empregados pelos jogadores.
É inconveniente entrar em todos os jogos, sem ter pelo menos um par de figuras, ou fazer bluffs repetidas vezes.
Em geral não se devem fazer augmentos não sendo pé ou contra pé. O augmento inopportuno afasta os parceiros e prejudica, sem vantagem, os que entram na partida."(Excerto da Synthese do jogo)
Após o prólogo, seguem-se as regras aprovadas pelo Grémio Literário em número de 49.
No final, em nota de rodapé, refere-se relativamente ao regulamento: "Estas regras, fundadas na experiencia e nos factos, foram maduramente discutidas e estudadas pelos mais auctorisados jogadores do bluff do Gremio Litterario e sanccionadas por todos como uma necessidade impreterivel, a fim de evitar o cahos e a desordem."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e manchas de humidade.
Inscrição de posse manuscrita na capa do Grupo Bluffista dos Patrulheiros de Pedrouços.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional, ou em qualquer outra fonte bibliográfica.
Peça de colecção.
30€
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23 agosto, 2018
FIGUEIREDO, Otílio - INTERLÚDIO : odes. Porto, Edições Contraponto, 1981 In-4.º (13x24cm) de 73, [3] p. ; B.
1.ª edição.
1.ª edição.
Capa: Gil Maia.
Obra poética incluída nas apreciadas edições da Contraponto. Bonita peça de design, impressa em papel de superior qualidade.
Tiragem: 1 600 exemplares.
Obra poética incluída nas apreciadas edições da Contraponto. Bonita peça de design, impressa em papel de superior qualidade.
Tiragem: 1 600 exemplares.
Otílio de Carvalho Figueiredo (1909-1988). Foi um médico português - "médico-dos-pobres" à boa maneira de João Semana -, escritor, músico, pintor, caricaturista, e a partir de 1984, editor-livreiro. "Nasceu em Trás-os-Montes onde conclui o curso do liceu e da escola de Desenho. Depois de ter frequentado em Lisboa os preparatórios para a Marinha e no Porto o Conservatório de Música foi licenciar-se em Medicina na Universidade de Coimbra. Cedo começou a versejar pois são de ainda aluno da escola primária as suas primeiras poesias. Dirige aos 12 anos um jornal manuscrito de que se salvaram alguns números. Aos 17 anos a casa Sasseti publica-lhe as primeiras músicas. Durante décadas, a par da música, das conferências, do jornalismo, da pintura a óleo e das caricaturas, escreve contos, romances e poemas que à excepção do ABC das Mães (por ser livro de divulgação científica) só viriam a ser publicados depois do 25 de Abril."
(Excerto da apresentação)
(Excerto da apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
Invulgar.
22 agosto, 2018
PROST-LACUZON, J. & BERGER, H. - DICCIONARIO DE VETERINARIA HOMŒOPATHICA OU GUIA HOMŒOPATHICA PARA O TRATAMENTO DAS DOENÇAS DOS ANIMAES DOMESTICOS. Por... Traducção do francez. Lisboa, Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes, impressor da Casa Real, 1878. In-8.º (20,5cm) de 359, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Importante tratado de medicina homeopática veterinária em forma de dicionário.
"É no intuito de fazer participar os animaes domesticos dos beneficios da homœpathia que escrevi este livro. Apresento-o como vade-mecum indispensavel aos veterinarios praticos, aos proprietarios de gado, aos cultivadores, aos officiaes de cavallaria, e em geral ás pessoas que, tendo a seu cargo, cavallos, cães, bois, vaccas, carneiros, cabras, ovelhas, porcos, galinhas, etc., quizerem ou precisarem tratar com facilidade e promptidão as doenças d'estes animaes.
Analysei com attenção as causas, os symptomas e os medicamentos: as causas, que permittem evitar a doença, os symptomas, que a fazem conhecer; os medicamentos, que fornecem os meios de a curar. [...]
Entendi dever, quanto ao modo de formular este Diccionario, recorrer á coadjuvação de um pratico experimentado, mr. Henri Berger, alumno das escolas de veterinaria, e antigo veterinario do exercito. Meu livro lucrou muito com os seus preciosos conselhos.
A pedido de algumas pessoas compuz uma pharmacia do veterinario homœpathico, á qual dei primeiro, debaixo do titulo: Medicamentos veterinarios homœpathicos e suas indicações therapeuthicas, a nomenclatura dos medicamentos, que cumpre ter sempre, com a indicação das doenças em que ensaiei o emprego d'estes medicamentos e reconheci os seus effeitos. Em seguida apresento algumas noções sobre o modo de administrar as dóses.
Compuz tambem, debaixo do titulo: Animaes domesticos e suas doenças, um quadro com o nome dos animaes, onde agrupei as diversas molestias de que são atacados, e para ellas notei symptomas proprios e experimentei um tratamento especial."
(Excerto do Prologo do auctor)
Jules Prost-Lacuzon (1817-1899). Natural de Dole (Jura), França. Médico e romancista. Membro da Société d'émulation du Jura e membro correspondente da Sociedade Médica Homeopática de França.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Sem contracapa. Capa frágil com defeitos, algo manchada, com falhas de papel. Pelo interesse e raridade da obra recomenda-se o seu restauro e encadernação.
Jules Prost-Lacuzon (1817-1899). Natural de Dole (Jura), França. Médico e romancista. Membro da Société d'émulation du Jura e membro correspondente da Sociedade Médica Homeopática de França.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Sem contracapa. Capa frágil com defeitos, algo manchada, com falhas de papel. Pelo interesse e raridade da obra recomenda-se o seu restauro e encadernação.
Raro.
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21 agosto, 2018
PÖE, Edgardo - AVENTURAS DE ARTHUR GORDON PYM. Traducção de Camara Lima. Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira : Livraria Editora, 1916. In-8.º (19,5 cm) de 178, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Romance de aventuras marítimas - escrito na 1.ª pessoa - ao gosto da época. Trata-se de uma das mais conhecidas e apreciadas obras de Edgar Allan Poe neste género literário.
"Chamo-me Arthur Gordon Oym. Meu pae era fornecedor da marinha mercante em Nantucket, onde nasci. Meu avô materno era attorney com muita clientela. Tinha sorte e negociou com exito em fundos Edgarton New Banck, quando da fundação d'este, realisando uma fortuna regular. Amava-me mais que a ninguem, pelo que eu esperava herdar uma grande pparte dos seus bens. Aos seis annos internou-me no collegio do sr. Ricketts, velho coxo, excentrico, conhecido de quasi toda a gente que visitava New-Bedford. Passei dez annos n'essa escola, d'onde sahi para a Academia de Ronald, onde contrahi intima amisade com o filho do sr. Barnard, capitão de fragata que viajava por conta da casa Lloyd Uredenburg, marinheiro muito conhecido em New Bedford e Edgarton, onde tinha alguns parentes. Seu filho chamava-se Augusto, era mais velho que eu dois annos, tinha feito uma viagem com seu pae na balieira John Donalson e falava-me constantemente das suas aventuras no Oceano Pacifico. do Sul."
(Excerto do Cap. I, Aventuras precoces)
Edgar Allan Poe (1809-1849). "Escritor norte-americano nascido a 9 de janeiro de 1809, em Boston, e falecido a 7 de outubro de 1849. Filho de dois atores de Baltimore, David Poe Junior e Elizabeth Arnold Poe, ficou órfão com apenas dois anos de idade e desde cedo aprendeu a sobreviver sozinho. Foi adotado por uma família de comerciantes ricos de Richmond, de quem recebeu o apelido Allan.
Entre 1815 e 1820, a família Allan viveu em Inglaterra e na Escócia, onde Poe recebeu uma educação tradicional, regressando depois a Richmond. Poe foi para a Universidade da Virgínia em 1826, onde estudou grego, latim, francês, espanhol e italiano, mas desistiu do curso onze meses depois por causa do seu vício do jogo e do álcool. Resolveu então ir para Boston, onde publicou em 1827 um fascículo de poemas da juventude de inspiração byroniana, Tamerlane and Other Poems.
Em 1829 publicou o seu primeiro volume de poemas, com o título Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems, onde se denota a influência de John Milton e Thomas Moore. Foi então para Nova Iorque, onde publicou outro volume, contendo alguns dos seus melhores poemas e onde se evidencia a influência de Keats, Shelley e Coleridge.
Em 1835 estreou-se como diretor do jornal Southern Literary Messenger, em Richmond, onde se tornaria conhecido como crítico literário, mas veio a ser despedido do seu cargo alegadamente por causa do seu problema da bebida. O álcool viria aliás a ser o estigma que marcaria toda a sua vida até à morte. Casou-se nesse mesmo ano com a sua prima de apenas treze anos, Virgínia Clemm, e o casal resolveu então instalar-se em Nova Iorque, onde não chegou a permanecer muito tempo. Foi em Filadélfia que Poe alcançou fama através de vários volumes de poemas e histórias de mistério e de terror. Em 1838 escreveu The Narrative of Arthur Gordon Pym (A Narrativa de Arthur Gordon Pym), obra de prosa em que combinou factos reais com as suas fantasias mais insanes. Em 1839 tornou-se codiretor do Burton's Gentleman's Magazine em Filadélfia, e nesse mesmo ano escreveu várias obras que o tornaram famoso pelo seu estilo de literatura ligado ao macabro e ao sobrenatural. São elas William Wilson e The Fall of the House of Usher (A Queda da Casa de Usher). A primeira história policial surgiu apenas em 1841, na revista Graham's Lady's and Gentleman's Magazine, sob o nome The Murders of the Rue Morgue (Os Crimes da Rue Morgue), e em 1843 Poe recebeu o seu primeiro prémio literário com a obra The Gold Bug. Em 1844 regressou a Nova Iorque e tornou-se subdiretor do New York Mirror. Na edição de 29 de janeiro de 1845 deste jornal surgiu o poema The Raven (O Corvo), com o qual Poe atingiu o auge da sua fama nacional.
Dois anos mais tarde morre a sua mulher Virgínia, mas Poe volta a casar, com Elmira Royster, em 1849. Porém, antes disso, Poe publica Eureka, uma obra que deu azo a muita contestação por parte de alguns críticos da época e que é considerada uma dissertação transcendental sobre o universo, muito louvada por uns e detestada por outros.
É de regresso à terra natal do seu pai que Poe começa a apresentar indícios de que o problema do alcoolismo já era de certo modo irreversível. De facto, ele esteve na origem da morte do poeta. A obra de Poe é o espelho da sua vida conturbada e dos seus hábitos e atitudes antissociais, que o levavam a ter uma escrita que ia para além dos padrões convencionais. Se por um lado foi vítima de certas circunstâncias que estavam para além do seu controle, como foi o facto de ter ficado órfão aos dois anos de idade, por outro fez-se escravo de um problema - o álcool - que agravaria a sua personalidade já de si inconstante, imprevisível e incontrolável."
(Edgar Allan Poe. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009.)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Invulgar.
10€
Reservado
1.ª edição.
Romance de aventuras marítimas - escrito na 1.ª pessoa - ao gosto da época. Trata-se de uma das mais conhecidas e apreciadas obras de Edgar Allan Poe neste género literário.
"Chamo-me Arthur Gordon Oym. Meu pae era fornecedor da marinha mercante em Nantucket, onde nasci. Meu avô materno era attorney com muita clientela. Tinha sorte e negociou com exito em fundos Edgarton New Banck, quando da fundação d'este, realisando uma fortuna regular. Amava-me mais que a ninguem, pelo que eu esperava herdar uma grande pparte dos seus bens. Aos seis annos internou-me no collegio do sr. Ricketts, velho coxo, excentrico, conhecido de quasi toda a gente que visitava New-Bedford. Passei dez annos n'essa escola, d'onde sahi para a Academia de Ronald, onde contrahi intima amisade com o filho do sr. Barnard, capitão de fragata que viajava por conta da casa Lloyd Uredenburg, marinheiro muito conhecido em New Bedford e Edgarton, onde tinha alguns parentes. Seu filho chamava-se Augusto, era mais velho que eu dois annos, tinha feito uma viagem com seu pae na balieira John Donalson e falava-me constantemente das suas aventuras no Oceano Pacifico. do Sul."
(Excerto do Cap. I, Aventuras precoces)
Edgar Allan Poe (1809-1849). "Escritor norte-americano nascido a 9 de janeiro de 1809, em Boston, e falecido a 7 de outubro de 1849. Filho de dois atores de Baltimore, David Poe Junior e Elizabeth Arnold Poe, ficou órfão com apenas dois anos de idade e desde cedo aprendeu a sobreviver sozinho. Foi adotado por uma família de comerciantes ricos de Richmond, de quem recebeu o apelido Allan.
Entre 1815 e 1820, a família Allan viveu em Inglaterra e na Escócia, onde Poe recebeu uma educação tradicional, regressando depois a Richmond. Poe foi para a Universidade da Virgínia em 1826, onde estudou grego, latim, francês, espanhol e italiano, mas desistiu do curso onze meses depois por causa do seu vício do jogo e do álcool. Resolveu então ir para Boston, onde publicou em 1827 um fascículo de poemas da juventude de inspiração byroniana, Tamerlane and Other Poems.
Em 1829 publicou o seu primeiro volume de poemas, com o título Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems, onde se denota a influência de John Milton e Thomas Moore. Foi então para Nova Iorque, onde publicou outro volume, contendo alguns dos seus melhores poemas e onde se evidencia a influência de Keats, Shelley e Coleridge.
Em 1835 estreou-se como diretor do jornal Southern Literary Messenger, em Richmond, onde se tornaria conhecido como crítico literário, mas veio a ser despedido do seu cargo alegadamente por causa do seu problema da bebida. O álcool viria aliás a ser o estigma que marcaria toda a sua vida até à morte. Casou-se nesse mesmo ano com a sua prima de apenas treze anos, Virgínia Clemm, e o casal resolveu então instalar-se em Nova Iorque, onde não chegou a permanecer muito tempo. Foi em Filadélfia que Poe alcançou fama através de vários volumes de poemas e histórias de mistério e de terror. Em 1838 escreveu The Narrative of Arthur Gordon Pym (A Narrativa de Arthur Gordon Pym), obra de prosa em que combinou factos reais com as suas fantasias mais insanes. Em 1839 tornou-se codiretor do Burton's Gentleman's Magazine em Filadélfia, e nesse mesmo ano escreveu várias obras que o tornaram famoso pelo seu estilo de literatura ligado ao macabro e ao sobrenatural. São elas William Wilson e The Fall of the House of Usher (A Queda da Casa de Usher). A primeira história policial surgiu apenas em 1841, na revista Graham's Lady's and Gentleman's Magazine, sob o nome The Murders of the Rue Morgue (Os Crimes da Rue Morgue), e em 1843 Poe recebeu o seu primeiro prémio literário com a obra The Gold Bug. Em 1844 regressou a Nova Iorque e tornou-se subdiretor do New York Mirror. Na edição de 29 de janeiro de 1845 deste jornal surgiu o poema The Raven (O Corvo), com o qual Poe atingiu o auge da sua fama nacional.
Dois anos mais tarde morre a sua mulher Virgínia, mas Poe volta a casar, com Elmira Royster, em 1849. Porém, antes disso, Poe publica Eureka, uma obra que deu azo a muita contestação por parte de alguns críticos da época e que é considerada uma dissertação transcendental sobre o universo, muito louvada por uns e detestada por outros.
É de regresso à terra natal do seu pai que Poe começa a apresentar indícios de que o problema do alcoolismo já era de certo modo irreversível. De facto, ele esteve na origem da morte do poeta. A obra de Poe é o espelho da sua vida conturbada e dos seus hábitos e atitudes antissociais, que o levavam a ter uma escrita que ia para além dos padrões convencionais. Se por um lado foi vítima de certas circunstâncias que estavam para além do seu controle, como foi o facto de ter ficado órfão aos dois anos de idade, por outro fez-se escravo de um problema - o álcool - que agravaria a sua personalidade já de si inconstante, imprevisível e incontrolável."
(Edgar Allan Poe. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009.)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos.
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*POE (Edgar Allan),
1ª E D I Ç Ã O,
Romance Marítimo
20 agosto, 2018
CANDIDO, Luiz José - TRACTADO DA SANGRIA. Ornado com estampas, que contêm o plano das veias do corpo humano onde se póde practicar a operação da sangria. Obra utilissima para todos aquelles que se dedicam á profissão de cirurgiões ministrantes, e de sangradores. Por... Coimbra, Imprensa da Universidade, 1863. In-8.º (16,5cm) de 54, [2] p. ; [2] f. il. ; B.
1.ª edição.
Curioso trabalho sobre o modo de aplicar a sangria, procedimento médico que consiste na extracção de sangue dos pacientes para alívio e tratamento de doenças. Esta terapêutica foi sobejamente utilizada até finais do século XIX.
Livro ilustrado com duas folhas em separado contendo 4 gravuras assinadas por Clemente.
"A necessidade que ha na lingua vernacula, de um tractado especial de sangria, que satisfaça completamente ao fim dos que se destinam á cirurgia menor ou ministrante, suggeriu-me a ideia (foi temeridade, quem sabe?) de publicar um opusculo, que, alem de ser novo entre nós, contivesse as principaes noções de sangria.
As chamadas artes de sangrar, por muito imperfeitas e defeituosas, não estão a par da sciencia, não so pela grande complicação de termos obsoletos, como tambem pela confusão e não systematica collocação na ordem das materias; e, finalmente por tractarem de cousas, que, não fazendo o objecto da sangria, so servem para lhe difficultar o estudo, faltando-lhes aquillo com que eu enriqueci e adornei este pequeno trabalho.
As estampas, que acompanham este tractado, com o plano das veias, que mais commummente se sangram no corpo humano, são de grande e summa utilidade, para todos aquelles a que faltam os conhecimentos anatomicos indispensaveis para se practicar, com firmeza e consciencia, ésta operação."
(Excerto do preâmbulo, Ao leitor)
Matérias: Ao leitor. I - Da Sangria. Sangria em geral. II - Da Sangria. em particular: Sangrias no braço; Da sangria do pé; Sangria da jugular. III - Da arteriotomia. IV - Das sangrias topicas ou locaes: Sanguesugas; Mucheturas; Escarificações; Ventosas: Ventosas seccas; Ventosas escarificadas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel.
Raro.
Indisponível
1.ª edição.
Curioso trabalho sobre o modo de aplicar a sangria, procedimento médico que consiste na extracção de sangue dos pacientes para alívio e tratamento de doenças. Esta terapêutica foi sobejamente utilizada até finais do século XIX.
Livro ilustrado com duas folhas em separado contendo 4 gravuras assinadas por Clemente.
"A necessidade que ha na lingua vernacula, de um tractado especial de sangria, que satisfaça completamente ao fim dos que se destinam á cirurgia menor ou ministrante, suggeriu-me a ideia (foi temeridade, quem sabe?) de publicar um opusculo, que, alem de ser novo entre nós, contivesse as principaes noções de sangria.
As chamadas artes de sangrar, por muito imperfeitas e defeituosas, não estão a par da sciencia, não so pela grande complicação de termos obsoletos, como tambem pela confusão e não systematica collocação na ordem das materias; e, finalmente por tractarem de cousas, que, não fazendo o objecto da sangria, so servem para lhe difficultar o estudo, faltando-lhes aquillo com que eu enriqueci e adornei este pequeno trabalho.
As estampas, que acompanham este tractado, com o plano das veias, que mais commummente se sangram no corpo humano, são de grande e summa utilidade, para todos aquelles a que faltam os conhecimentos anatomicos indispensaveis para se practicar, com firmeza e consciencia, ésta operação."
(Excerto do preâmbulo, Ao leitor)
Matérias: Ao leitor. I - Da Sangria. Sangria em geral. II - Da Sangria. em particular: Sangrias no braço; Da sangria do pé; Sangria da jugular. III - Da arteriotomia. IV - Das sangrias topicas ou locaes: Sanguesugas; Mucheturas; Escarificações; Ventosas: Ventosas seccas; Ventosas escarificadas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel.
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19 agosto, 2018
COSTA, Julio - UM ENTÊRRO NA COVA DA PIEDADE! : monologo original. [S.l.], [s.n.], [191-]. In-8.º (15,5cm) de 4 p. ; B. Bibliotheca Dramatica Julio Costa
1.ª edição.
Curioso monólogo humorístico. Impresso na tipografia "caseira" do autor, estes folhetos são raros e muito procurados.
"Venho aqui, gato-pingado,
Contar a este auditorio
O que se passou na morte
Do meu amigo Gregório....
Pobre amigo! Ao despedir-se
Ao dar o adeus derradeiro...
Baixou a cabeça inanimada...
E foi de ventas ao travesseiro!"
(Excerto do monólogo)
Júlio da Conceição Costa, “Julinho” (1884-1949). Barreirense por afinidade, nasceu em Vila Franca de Xira, em 8 de Maio de 1849. Tornou-se ferroviário logo aos 15 anos, como aprendiz nas oficinas. Com muita queda para o desenho, cedo se tornou desenhador no Serviço de Via e Obras. De espírito muito curioso, cultivava-se, lia muito, ainda na monarquia remetia textos para publicação em jornais fora da vila. Compunha poesias, e desde sempre frequentou os meios recreativos e teatrais do Barreiro. Procurou tornar-se director dum grupo cénico, mas - diga-se - sem êxito. Mas compunha monólogos, até cançonetas e duetos que ganhavam nome. E folgazão como ele era, para as paródias, também nos palcos, era um caso sério. (... Sou trocista... De piadas ando sempre na pista, E é por isso, meus senhores, Que eu meto tais horrores!...).
Com seu espírito prático, montou uma pequena tipografia em parte de sua moradia, e assim passou a auferir algo para lá da mensalidade da Via e Obras, fazendo cartões de visita, envelopes, programas, papéis timbrados, etc. Mas veio-lhe à cabeça algo importante... Compor, dirigir, editar jornalinhos – republicanos, claro - lá na sua casa. Faleceu em Lisboa, em 11 de Outubro de 1949, com 65 anos.”
1.ª edição.
Curioso monólogo humorístico. Impresso na tipografia "caseira" do autor, estes folhetos são raros e muito procurados.
"Venho aqui, gato-pingado,
Contar a este auditorio
O que se passou na morte
Do meu amigo Gregório....
Pobre amigo! Ao despedir-se
Ao dar o adeus derradeiro...
Baixou a cabeça inanimada...
E foi de ventas ao travesseiro!"
(Excerto do monólogo)
Júlio da Conceição Costa, “Julinho” (1884-1949). Barreirense por afinidade, nasceu em Vila Franca de Xira, em 8 de Maio de 1849. Tornou-se ferroviário logo aos 15 anos, como aprendiz nas oficinas. Com muita queda para o desenho, cedo se tornou desenhador no Serviço de Via e Obras. De espírito muito curioso, cultivava-se, lia muito, ainda na monarquia remetia textos para publicação em jornais fora da vila. Compunha poesias, e desde sempre frequentou os meios recreativos e teatrais do Barreiro. Procurou tornar-se director dum grupo cénico, mas - diga-se - sem êxito. Mas compunha monólogos, até cançonetas e duetos que ganhavam nome. E folgazão como ele era, para as paródias, também nos palcos, era um caso sério. (... Sou trocista... De piadas ando sempre na pista, E é por isso, meus senhores, Que eu meto tais horrores!...).
Com seu espírito prático, montou uma pequena tipografia em parte de sua moradia, e assim passou a auferir algo para lá da mensalidade da Via e Obras, fazendo cartões de visita, envelopes, programas, papéis timbrados, etc. Mas veio-lhe à cabeça algo importante... Compor, dirigir, editar jornalinhos – republicanos, claro - lá na sua casa. Faleceu em Lisboa, em 11 de Outubro de 1949, com 65 anos.”
(Fonte: http://www.vinculadosaobarreiro.com/27julinho_costa/main_juliocosta.html)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
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