10 outubro, 2025

SOUSA, Tude M. de -
OS PINHAES : como se conservam - como se augmentam.
Por... Director da Colonia Penal de Cintra - Antigo Regente Florestal da Serra do Gerez. Livraria do Lavrador - XXVIII. Porto, Officinas do «Commercio do Porto», 1919. In-8.º (17,5x11,5 cm) de 44, [4] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso trabalho silvícola sobre a cultura do pinheiro, sua plantação, conservação e aproveitamento, em época de renascimento da indústria, fortemente depauperada pela Grande Guerra.
Ilustrado no texto, ao longo do livro, com desenhos esquemáticos e fotogravuras a p.b.
"A necessidade imperiosa que impôs a rapida substituição dos combustiveis de origem mineral pelas lenhas e ainda a necessidade de recorrer ás madeiras nacionaes para supprirem as faltas de outras de importação, deram logar a que muitos milhares das nossas arvores fossem abatidas, no sacrificio enorme que a guerra trouxe a todas as nações.
Entre esses arvoredos, os pinhaes foram seguramente dos que mais soffreram, sendo preciso agora resarcir completamente o perdido e augmentar ainda mais a sua superficie de cultura, sabido, como é, que Portugal estava ainda muito carecido de alargar o seu dominio florestal e que o «Pinheiro», sendo das arvores que mais se adaptam aos nossos terrenos e ao nosso clima, é tambem das de mais certos e mais rapidos resultados economicos."
(Excerto do Preâmbulo)
Indice:
[Preâmbulo] | O Terreno | A Semente | Preparativos para a sementeira | Épocas e processos de sementeira | Desbastes e limpezas | Resinagem | Defeza contra incendios | Inimigos dos pinheiros | Outros Pinheiros: Pinheiro manso; Pinheiro de Alepo; Pinheiro Silvestre; Pinheiro da Austria; Pinheiro insigne. | Notas de interesse florestal relativas aos pinheiros, conforme diversas experiencias. (Numeros médios).
Tude Martins de Sousa (1874-1951). "Nasceu na Amieira do Tejo, Nisa, a 17 de janeiro de 1874, e morreu na Amadora a 16 de julho de 1951. Formou-se em 1893 pela Escola Agrícola de Coimbra, obtendo o diploma de Regente Agrícola. Desenvolveu atividade como ecónomo para a Colónia Agrícola Correcional de Vila Fernando (1895), Regente Florestal na Serra do Gerês (1904), diretor da Colónia Penal Agrícola de Sintra (1915) e chefe de Serviços Agrícolas da Administração e Inspeção-geral das Prisões (1919), foi ainda diretor da revista O Lavrador, boletim da antiga Associação dos Regentes-Agrícolas. Em 1932 integrou a comissão responsável pela instalação de uma Colónia Penitenciária em Alcoentre e para uma prisão para mulheres, na antiga Quinta da Mitra, em Santo Antão do Tojal (Loures). Em 1939 foi encarregado pelo Governo para proceder à remodelação da Escola Agrícola de Paiã, da Junta Distrital de Lisboa. Presidiu à Associação dos Arqueólogos Portugueses e foi Diretor do Instituto de Sintra.
Os interesses de Tude de Sousa pautaram-se, simultaneamente, por outros domínios de conhecimento, designadamente, por aspetos de Etnografia Portuguesa, tendo desenvolvido estudos pioneiros sobre o comunitarismo agropastoril da região do Gerês, contribuindo significativamente para a crescente expressão regionalista da Etnografia do século XX."
(Fonte: https://matrizpci.patrimoniocultural.gov.pt/pt-PT/RecursosSearch/PesquisaInvestigadores?IdEntidade=423)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, com cortes e pequenos defeitos.
Muito invulgar.
20€

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