FRANCO, A. Bento - UM LIVRO DE "VISITAS E PASTORAIS" DA FREGUESIA DA ERICEIRA (1609-1752). Lisboa, [s.l. - Composto e impresso nas Oficinas Gráficas de Ramos Afonso & Moita, Lda - Lisboa], 1960. In-4.º (26x19 cm) de 26, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante estudo para a história da Inquisição na vila da Ericeira, e os usos e costumes dos seus habitantes, publicado em separata do Boletim Cultural - Junta Distrital de Lisboa : N.ºs 53-54 - Janeiro/Dezembro 1960 - II Série.
Ilustrado no texto com fac-símiles de documentos, e tabelas com a Relação dos Curas e Párocos e a Relação dos Visitadores.
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor. (O nome do destinatário foi suprimido).
"Não se trata de uma raridade, que a muitos desperte interesse, porque livros de «Visita» todas as freguesias os possuem e bastantes estarão arquivados, ficando, é certo, os que hoje existem, pelos muitos que se terão perdido. A análise, ainda que rápida, de um livro deste género é de interesse principalmente para a história das localidades e para o conhecimento dos usos e costumes passados e por isso nos metemos a desbravá-lo. [...]
Ajuízadas, de uma maneira geral e rápida, as características deste livro de «Visitas e Pastorais» e o esquema a que obedecia a sua ordenação, vamos procurar dar nota de mais alguns capítulos e passagens, que de qualquer modo possam excitar a curiosidade. Algumas dessas passagens poderão ter interesse pela forma de dizer, outras porque denotam hábitos e costumes, muitos dos quais hoje nos chocam, outros ainda, porque nos podem permitir completar algum juízo das transformações por que passou, a pouco e pouco, a Igreja de S. Pedro, até ao estado actual e também uma ou outra característica referente à vila."
(Excerto do Estudo)
António Bento Franco (1890-1960). "Nasceu na Ericeira, concelho de Mafra, numa terça-feira, dia 11 de Fevereiro de 1890. Em 1916 termina o curso de Medicina e nesse mesmo ano foi chamado a prestar provas em nome do país como militar. Em 1918, e a convite de Sidónio Pais, dirigiu os serviços de saúde na Azambuja como comandante militar e administrador, exerceu medicina numa clínica particular em Lisboa (em Belém). Só em 1921 sua atividade foi exercida no Hospital da Misericórdia da vila que o viu nascer, a Ericeira. Acumulava também o cargo de Diretor das Termas de Santa Marta. Socialmente, fundou o Museu da Misericórdia e fez parte da Junta de Turismo de que foi presidente até 1953. Pertenceu à Comissão de Restauração do Pelourinho e ainda à Fundação do Cruzeiro. António Bento Franco era um médico de província, um género de “João Semana” e aos mais carenciados não cobrava a consulta e ainda lhes facultava os medicamentos gratuitamente. Bento Franco exerceu a sua profissão nas seguintes freguesias: Ericeira, Carvoeira, Santo Isidoro e Encarnação. Estudou a etnografia da região da Ericeira, nesta área deixou diversos trabalhos redigidos. Nas horas de lazer dedicava-se à pintura a óleo, pintava igualmente aguarelas e desenhava a tinta–da–china; por exemplo, pintou temas tão diferentes como “A Última Ceia” e o retrato do seu amigo Jaime Lobo e Silva. Musicalmente, tocou, ao piano, algumas obras clássicas de diversos compositores, na escrita notabilizou-se como poeta. António Bento Franco tem uma rua com o seu topónimo, a dita rua situa-se na Encosta da Franca. Bento franco destacou-se pela sua dedicação à comunidade. Além da rua possui o seu nome numa Escola Básica no concelho de Mafra, o estabelecimento de ensino foi inaugurado a 1 de Outubro de 1984, mas só em 1997 a escola obteve o nome do ericeirense António Bento Franco. O humanista faleceu no dia 30 de dezembro de 1960."
(Fonte: https://www.aeericeira.net/antonio-bento-franco-biografia/)
(Fonte: https://www.aeericeira.net/antonio-bento-franco-biografia/)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
15€



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