31 outubro, 2025

CANTOS, Prof. Paulo -
BRASIL belo 💚 do mundo.
Pelo...
 / CANTOS, Prof. Paulo - PORTUGAL boa 💥 da Europa, na ponta da unha. Pelo... [S.l], [s.n. - Paulo Cantos], [1956]. In-8.º (17,5x11 cm) de 48 p. ; [7] p. il. ; il. + 16 p. ; [1] p. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Apreciada obra de Paulo de Cantos, autor de culto, sendo esta uma espécie de "2 em 1", - dois livros Brasil /Portugal - no mesmo volume, cada país apresentando o texto invertido em relação ao outro.
Brasil: O mê coração é doce, o teu é amargozinho, havemos di juntar eles, prá fazê um guizàdinho!
Portugal: único país maxo da Europa, + velho e q' + filhos semeia Neste Vale d' Gargalhadas!
(Reproduzido do pé das respectivas capas)
Livro(s) ilustrado(s) no texto, e em separado com 8 estampas, sendo 7 pertences ao "Brasil" e 1 referente a "Portugal".
"Vossa Excelência faz-me a fineza de me dizer se aqui é o Brasil?
- Si sinhô. Vòssioria é sem duvida o sinhô Pedro Alvares de Cabral em pissoa, o nosso bom descobridô...
- Eu própria, para vos amar!
- Nêsse caso, caso. Permitia vòssioria qui nos consideremos dés cobertos.
A cousa passar-se-ia como canta tan bem humorado historiadô?... Assim ou assada, é mais claro q'frasco-di-tinta-preta q'o Brasil, como «a pescada, antes de ser já o era». *
* «O descobrimento secreto» antes do acto público em 1500, tal como o reconhecimento «pré-colombiano» da América do Norte pelos portugueses, são factos cada vez menos contestados. A Carta Régia a 22-10-1443 desvenda o mistério, proibindo q'alguém se atreva a passar além do Bojador, indo «áquelas terras, sem meu mando ou licença, assi prá a guerra como prá mercadoria». (Documento in Torre do Tombo)".
(Excerto de Brasil belo [coração] do mundo)
"Portugais, uma bandeira duma só Família engraçada, a...9:
(verde'sprança) (cor vermelha, sangue rubro, ao sol da glória)!
Portugal Continental, único grande país masculino da Europa, mais velho e que mais filhos faz na orbe!
O insular: Açores, Madeira, Cabo Verde, S. Tomé, mé!
Recortada Veneza tropical, Guiné teza, tez, teza!
Tamanhão D'Angola, oi ó!... oi ó!!... oi ó!!!...
Ubérrima Moçambicana duma cana, duma cana só!
Goa, Damão, Diu, Daqui fala a Índia Portuguesa!!!
A pérola O riental: Macau? - Chin, chin chin shinhô!
I gente ti Mor heroico, um beijo pra Ti(a) morzinho!
Saudade e orgulho-mór de Portugal: o Brasil independente [coração] do mundo, e mór nação católica, ó s'é!
(Excerto de Portugal boa [estrela] da Europa, na ponta da unha)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

30 outubro, 2025

CRUZ, António - 
A CONTRIBUIÇÃO DOS BENEDITINOS PARA A HISTORIOGRAFIA PORTUGUESA DURANTE O SÉCULO DEZOITO
. Coimbra, [s.n. - Composto e impresso nas oficinas de «Coimbra Editora, Limitada» - Coimbra], 1983. In-4.º (25x18,5 cm) de 28 p. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante subsídio para a acção e história da Ordem de São Bento em Portugal, publicado em separata da Rev. Univ. Coimbra, vol. 30, 1983, p. 473-496, composto por 7 capítulos.
"Admite-se e comprova-se de imediato que o século dezoito, sobretudo no decurso dos três últimos     quartéis, foi um largo período de renovação no campo da Historiografia, enquanto a definir-lhe novos rumos e a encaminhar actividades para a averiguação paciente das fontes, logo acompanhada de uma crítica selectiva das informações nelas contidas."
(Excerto do Cap. 1)
"Porque nos propomos, fundamentalmente, sublinhar a contribuição dada pelos Beneditinos à Historiografia Portuguesa durante o século dezoito, é evidente que nos devemos dispensar de mais alongado exame da acção desenvolvida por outros religiosos e na mesma época, para além dos limites de uma simples introdução. [...]
Algumas achegas recolhidas ao longo de anos, ao favor de pesquisas tantas vezes obedientes a escopo bem diverso, e ainda pelo favor generoso de bons conselheiros (espirituais, e não só) e bons amigos, permitem de seguida referir os nomes e falar do labor dos beneditinos que foram cronistas ou simples cartorários. Conhecidos ou ignorados do grande público, bem merecem esta homenagem. Que é ainda, de certo modo, - admitamo-lo! - uma reparação."
(Excerto do Cap. 2)
"As actividades desenvolvidas pelos beneditinos no decurso do século dezoito não foram só de interesse imediato para a sua Congregação, porque também o foram então, e continuam a ser nos tempos futuros, de interesse geral, na medida em que correspondiam a uma válida contribuição no mais amplo domínio da Diplomática e vieram logo a servir a História."
(Excerto do Cap. 3)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
15€

29 outubro, 2025

CONSTANTINO, M. - BIBLIOTECA BÁSICA DE FICÇÃO CIENTÍFICA
. [S.l.], Edição: Associação Policiária Portuguesa, 1990. In-4.º (28x18,5 cm) de [4], 137, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Capa: João Sarzedas.
Importante repositório bio-bibliográfico da temática «Ficção Científica»., que inclui breve apontamento biográfico dos principais escritores.
Obra policopiada, rara e muito interessante. Sem menção na Biblioteca Nacional.
Ilustrada no texto com desenhos alusivos ao tema e reprodução de capas de livros e retratos de romancistas.
"Existem publicações que especificam o que é a Ficção-Científica. Outras há que a caracterizam, historiam e dissecam.
Não se vai, pois, historiar ou critiquizar tal género literário. A missão apaixonante proposta é, simplesmente, seleccionar.
No presente, estão publicados em Portugal traduções ou originais nacionais, menos de um milhar de títulos. Todavia, ao nível mundial, considerando como ano zero o da publicação de Frankenstein, de Mary Shelley, obra considerada como uma das fundadoras da moderna ficção científica, calcula-se a representação em mais de trinta mil volumes.
A pretensão, como se apontou, é seleccionar. Seleccionar uma lista das melhores obras de todos os tempos de modo a formar uma Biblioteca Básica de ficção científica. Básica em essência e em mérito.
Missão apaixonante, considerou-se, mas também extremamente difícil. O trabalho exige muito tempo, imensas consultas, um mínimo de metodologia, para evitar preferências individuais e fiança de seriedade.
Garante-se a seriedade."
(Excerto da Introdução)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Sem registo na BNP.
45€

28 outubro, 2025

ÁVILA, Artur Lobo d' e MENDES, Fernando -
A VERDADEIRA PAIXÃO DE BOCAGE.
Romance historico sobre a vida do grande poeta. O Romance Popular. Lisboa, Secção Editorial de «O Seculo», 1926. In-8.º (200x14 cm) de [6], 236, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Romance histórico sobre a vida do grande vate setubalense. Obra folhetinesca, muito curiosa, impressa a duas colunas.
"Setubal, a famigerada «Cetobriga» dos antigos, fundada por Tubal - segundo as mais remotas lendas e velhas cronicas - cento e quarenta e cinco anos depois do diluvio, e que hoje vemos convertida numa das mais belas e adiantadas cidades de Portugal, era, ao começar o ultimo quartel do seculo XVIII, uma vila importante e laboriosa, já então com incontestaveis requisitos para a concessão daquele mais elevado fôro. [...]
No ano da era de Cristo de 1773, época em que se deram os factos que vamos narrar, Setubal era um dos mais frequentados portos portugueses. O Comercio do sal, do peixe, do vinho, bem como a exportação de frutas, em especial laranjas e limões, atraíam ao Sado numerosos navios nacionais e estrangeiros, tornando prospera a população setubalense, então computada em doze mil almas. [...]
Era no principio da segunda semana da Quaresma, e passava das quatro horas da tarde, quando um tipo classico de sacerdote, em trajo de passeio - chapéu de pêlo com aba larga, colarinho romano, ampla sobrecasaca, calção e botas de cano com sua borla caída na frente - vinha atravessando o largo da igreja então conventual e hoje paroquial de S. Sebastião.
Enfiando pela rua de S. Domingos, o correcto eclesiastico foi bater á porta duma casa onde hoje se vê uma lapide com a seguinte inscrição comemorativa:
«Nesta casa nasceu o insigne poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage, a 15 de Setembro de 1765. Alguns dos seus conterraneos mandaram fazer este memoria no ano de 1864».
A criada da casa, assomando á janela de grade antiga, formada por grossos varões de ferro, exclamou:
- Ah! É vossa reverendissima, sr. D. João de Medina?
- Os teus patrões já vieram?
- Estarão a chegar... Como vossa reverendissima sabe, veem «por agua» de Lisboa á Moita; daí, aos Olhos  de Agua, e depois por Palmela até cá."
(Excerto do Prologo - I. O ninho setubalense)
Encadernação meia de pele com rótulo carmim e ferros gravados a ouro na lombada. Conserva a capa de brochura anterior.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Apresenta restauro na f. rosto, ante-rosto e 1.ª p. texto (do prefácio).
Invulgar.
30€

27 outubro, 2025

OSÓRIO, Baltazar -
O TERRAMOTO DE LISBOA DE 1531.
Por... Sócio efectivo. Academia das Sciências de Lisboa - Separata do «Boletim da Segunda Classe», volume XII. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1919. In-8.º (25x16 cm) de 24 p. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante estudo acerca de um terramoto que terá ocorrido em Lisboa no ano de 1531, elaborado a partir do testemunho de um cidadão espanhol que habitava a capital na época, que em carta a um seu concidadão relata o acontecimento.
"Pouco tempo depois da minha volta da Itália adquiri num leilão de livros do alfarrabista Pereira da Silva, que teve loja na rua dos Retrozeíros, um folheto de 4 páginas, escrito em Hespanhol, impresso em caracteres góticos, sem data nem indicação do logar em que tinha sido publicado, tendo no rosto uma portada com as armas de Portugal. [...]
O folheto a que me reporto refere-se a um terramoto que se sentiu em Lisboa e em outras terras mais ou menos próximas desta cidade, em janeiro de 31, e reproduz uma carta de alguem, um hespanhol, sem dúvida, que em Portugal vivia e que mandou notícia do terrível acontecimento ao Marquez de Tarifa.
Fiquei muito tempo sem saber qual era o ano de 31, em que o terramoto tinha sucedido, e qual era a confiança e valor que se deveria atribuir à obra, até que me resolvi a estuda-la; e reconheci que assim como a sciência pode muitas vezes esclarecer factos históricos devia procurar a história para me esclarecer um facto de caracter scientifico."
(Excerto do Estudo)
Baltazar Machado da Cunha Osório (1855-1926). "Nasceu em Lisboa a 5 de agosto de 1855 e faleceu em 1926. Foi naturalista especializado em Zoologia. Formou-se em Medicina pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e exerceu como médico-cirurgião no Hospital de São José e no Hospital do Rego (atual Curry Cabral).
Integrou os quadros do Museu Nacional de História Natural de Lisboa (também conhecido por Museu Bocage) em 1887, sendo inicialmente responsável pela coleção de crustáceos da Secção Zoológica, para a qual foi nomeado Naturalista Provisório em 1890. Na Escola Politécnica foi Lente Proprietário da 8.ª Cadeira da Secção Zoológica, tendo após a reforma universitária de 1911 assumido a regência da disciplina de Metodologia Geral de Ciências da Natureza. Em 1902 foi nomeado Diretor interino da Secção Zoológica e a 6 de junho de 1921 tornou-se o segundo Diretor do Museu. Publicou diversos trabalhos, salientando-se aqueles relacionados com o registo e a catalogação das espécies animais de Portugal e com conteúdos pedagógicos para uso do ensino liceal.
Integrou o Instituto de Coimbra e a Sociedade Zoológica de França.
Na Academia das Ciências de Lisboa foi eleito sócio correspondente da classe de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais a 19 de junho de 1890, tendo passado a sócio efetivo pelo ano de 1919."
(Fonte: https://arquivo.acad-ciencias.pt/authorities/20214)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
15€
Reservado

26 outubro, 2025

COSTA, Emilio -
ILUSÕES POLITICA.
I - Vida Portuguêsa. Portalegre, Edição do Autor - Tipografia Estacio & Casaca, 1913. In-8.º (19,5x12,5 cm) de 50, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Conjunto de crónicas que refletem o estado de espírito do autor face ao momento político e social que o país atravessava.
Obra rara e muito interessante, publicada em Portalegre.
Exemplar muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor "Ao seu velho e dilecto amigo João Albuquerque".
"Não pertencendo ao numero dos que julgam poder exercer uma acção dirigente sobre a sociedade a que pertencem, tenho por habito esperar que os dirigentes e os competentes digam ou façam aquilo que me parece ser necessario dizer os fazer; e só me resolvo a expôr o que penso, quando creio ser demasiada a demora dos actos ou das palavras necessarias.
É o que agóra sucede; e é por isso que se publica este opusculo, que vae provocar, entre os que o lerem, uma infima percentagem de opiniões, das que se manifestam, concordes com as ideias nele expostas, a par do classico encolher de hombros da legião dos que, absorvidos pela ardua tarefa, a que se entregam, de salvar a patria, não podem ocupar-se de fantasias, de puerilidades, de utopias loucas senão perigosas. [...]
O problema politico português continúa de pé com a republica como estava com a monarquia, que não foi capaz de o resolver e deixou o país arruinado, sem instrução nem educação, debatendo-se entre aspirações mal definidas de progresso e habitos de vida politica que contrariam a realisação d'essas aspirações."
(Excerto do Preambulo)
Índice:
Preambulo | Os politicos e o povo | A ilusão dos centralistas | A ilusão dos integristas.
Emílio Martins Costa (1877-1952). "Político e professor português, Emílio Martins Costa nasceu a 21 de fevereiro de 1877, em Portalegre, no Alto Alentejo. De uma família burguesa liberal, instalou-se em Lisboa, em 1896, para frequentar o Instituto Industrial e, em 1899, matriculou-se também no Curso Superior de Letras. Nesse período estudantil, que lhe permitiu adquirir não só preocupações sociais e intelectuais, como também experiências políticas, assinou o Manifesto Académico Republicano (1897), participou na fundação do Centro Académico Republicano e entrou para a Maçonaria Académica, passando depois para a Carbonária Portuguesa e pertencendo também à Loja Montanha onde alcançou o grau de mestre. Nessa altura, fundou ainda o jornal O Amigo do Povo (1901-1903), onde defendeu, sob o pseudónimo de Demétrio, as suas ideias anarquistas e libertárias. Não concluindo nenhum dos cursos, decidiu viajar pela Europa (França, Bélgica e Suíça), entre 1903 e 1909. Durante a sua estadia em França, foi secretário pessoal de Francisco Ferrer, participou na criação da Liga Internacional para a Educação Racional da Infância, abrindo posteriormente uma secção em Portugal, e colaborou com os jornais Les Temps Nouveaux e La Révolution. De regresso a Portugal, integrou o grupo de propaganda anarco-sindicalista Germinal e iniciou a sua carreira docente, ao lecionar no Liceu Mouzinho da Silveira, em Portalegre, entre 1911 e 1913. Seguiu-se o Liceu Passos Manuel, em Lisboa (1915-1919), o Colégio Estoril (1919-1921), a Escola Comercial Ferreira Borges, durante alguns anos, e ainda a Escola-Oficina n.º 1 e a Escola Académica. Escreveu sobre assuntos educativos em várias publicações, como O Primeiro de Janeiro, A Pátria, A Voz do Operário, A Manhã, Seara Nova, República, Educação Social, entre outras. Proferiu conferências sobre questões ligadas à política de ensino, aos programas e às metodologias. Publicou ainda algumas obras, tais como Sindicalismo Independente (1931), Aspetos Sociais da Orientação Profissional (1942) e Filosofia Caseira - Pedagogias, Educações, Políticas e outras Curiosidades (1947). As suas obras, que permitem conhecer melhor aquele tempo de viragem na História de Portugal, analisam o trabalho da Monarquia, as perspetivas do Partido Republicano e fazem um balanço dos primeiros anos da República. Emílio Costa, uma figura de relevo do movimento socialista e libertário português, faleceu a 17 de fevereiro de 1952, em Lisboa."
(Fonte: Infopédia)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas cansadas.
Raro.
45€

25 outubro, 2025

GOMES, Manuel João -
15 HISTÓRIAS SUPERSTICIOSAS E 100 LUGARES-COMUNS SOBRENATURAIS.
Antologia organizada e apresentada por... Lisboa, Arcádia, 1976. In-8.º (20,5x13,5 cm) de 215, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra curiosa, publicada na apreciada Colecção Meia-Noite da editora Arcádia. O diabo e a morte na tradição chinesa, árabe, espanhola, portuguesa, bretã, irlandesa, russa, americana, belga germânica e sueca.
Ilustrada em página inteira com 5 desenhos "diabólicos".
"As histórias sobrenaturais da nossa tradição cultural ocidental-cristã, poderão ser estudadas enquanto «ficção» ou enquanto «verdadeira história».
Digamos de outra maneira: as ficções sobrenaturais da nossa tradição cultural têm o seu fundo de verdade... [...]
É importante estudar a primitiva função dos  mitos primitivos: é uma maneira de estudarmos a função do mito nas nossas sociedades, a função da «ficção» dentro da nossa cultura.
Este volume de narrativas sobrenaturais seleccionadas pretende fazer isso mesmo no campo específico do tema «Diabo» e certos aspectos do tema «morte».
(Excerto da Introdução - Átrio - Diabolicamente falando)
Índice:
Átrio - Diabolicamente falando: 1) Do Diabo; 2) Literatura e Diabo; 3) Feiticeiras(os) e Fadas; 4) Diabo e Tirania; 5) Das Almas Penadas; 6) Uma última nota. | I - Do Oriente: O Macaco Branco (China); O Pródigo e o Alquimista (China); A História de Zobeide (Arábia) II - II Do Diabo Cornudo: O Cavaleiro que Fez Pacto com o Diabo (Portugal); O Diabo Escudeiro (Portugal); Senhor Brown, o Moço (E. U. A.); Aventura Incompreensível... (França); O Sabbat de Moflaines (Sabóia); O Diabo Vestido de Padre (Bretanha). III - Dos Tiranos Vestidos à Diabo: O Violino do Sabbat (Bélgica); A Cruz do Diabo (Espanha); O Tirano Comorre (Bretanha); A Casa do Juiz (Irlanda). IV - Das Almas Penadas: A Visão de Carlos XI (Suécia); A Dama de Espadas (Rússia); A Dança dos Mortos (Alemanha). | Apêndice - 100 lugares-comuns sobrenaturais.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
20€

24 outubro, 2025

SANTA RITTA, José -
O PSITACISMO E O ENSINO.
Por... Sócio da Sociedade de Estudos Pedagógicos, Professor do Liceu Pedro Nunes. Lisboa, Composto e impresso da Casa Portuguêsa : Papelaria e Tipografia, [1913]. In-8.º (22x15 cm) de 23, [1] p. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante estudo pioneiro sobre o psitacismo publicado em separata da Revista de Educação - Geral e Técnica., tendo como tema principal o "decoranço", expediente utilizado por muitos alunos das escolas básicas e secundárias.
Definição de psitacismo: "Aprendizagem por repetição mecânica de palavras e frases, sem intervenção do raciocínio". (Infopédia)
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor a Joaquim Fontes (1892-1960, conhecido pedagogo, médico e professor catedrático.
"O psitacismo desenvolve-se tanto mais fácilmente quanto é certo que a imitação e o automatismo teem um papel importante na linguagem e se cada um de nós tem o seu vocabulário próprio, a mesma palavra evoca em cada um de nós imagens diferentes; isso ainda se agrava na criança, que tem uma mentalidade especial, vê as coisas por prismas diferentes do nosso e dá às palavras significações que nós não conhecemos, procedendo como se elas tivessem para a criança a significação precisa que nós lhes supomos. A criança repete muitas vezes a palavra sem lhe ligar sentido e nós, desde que ela a diga, satisfazemo-nos sem procurar verificar ao que a palavra corresponde. [...]
A vaidade das famílias exige dos seus filhos «boas notas», estasia-se perante a criança que papagueia lições e que, aos dez ou doze anos, deixa de brincar e correr para estudar e «fazer exercícios». A tendência do professor e da família é toda para a cultura livresca, fácil de transmitir e de adquirir e que, alêm disto, faz o pequeno estar quieto; para a aprendizagem do que vem no livro pode contar-se com a família, que ela faz o aluno estudar; para a cultura física e moral nada há a esperar dela. [...]
É uma lástima ver o estado em que os rapazes chegam aos liceus - e por que não dizê-lo? - o estado em que se conservam nos liceus. Só quem nunca interrogou um rapaz que vá fazer o seu exame de instrução primária ignora a forma porque êle sabe as coisas, jogando com palavras cuja significação desconhece."
(Excerto de Conseqùências no ensino)
Índice:
O Psitacismo [I-II] | Conseqùencias no ensino | Conseqùências sociais.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico e pedagógico.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
20€

23 outubro, 2025

D. FRANCISCO, Bispo Conde -
LISTA DE ALGUNS ARTISTAS PORTUGUEZES COLLIGIDA DE ESCRIPTOS E DOCUMENTOS.
Pelo Excellentissimo e Reverendissimo Senhor... no decurso de suas leituras em Ponte de Lima no anno de 1825, e em Lisboa no anno de 1839. Lisboa, Na Imprensa Nacional. 1839. In-8.º (21,5x15,5 cm) de [2], 59, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante compilação de apontamentos biográficos referentes a personalidades da vida literária e artística nacional por Francisco de São Luís Saraiva, mais tarde conhecido por Cardeal Saraiva.
"Tendo eu, no decurso de minhas leituras, achado memoria de Artistas Portuguezes pouco conhecidos, e de alguns estrangeiro, que trabalhárão em Portugal, fui apontando os seus nomes, e desses apontamentos tirei a presente Lista, que agora ponho em alguma ordem."
(Excerto de Advertencia)
Índice:
Advertencia | Architectos. | Arte de escrever, Desenho á penna. | Esculptores e Entalhadores: Em pedra, em madeira, em metaes, em cera, em barro, etc. | Gravadores. | Constructores de Navios. | Pintores, Desenhadores, Miniatores, Bordadores, etc. | Musicos. | Supplemento á Lista dos Artistas começada a publicar em o N.º 3 do Recreio em 1839 - Architectos; Arte de escrever, Desenho á penna; Esculptores etc.; Gravadores de Cunhos e Medalhas da Casa da Moeda de Lisboa; Musicos; Additamento ao ao Supplemento dos Esculptores.
D. Frei Francisco de São Luís Saraiva, "Cardeal Saraiva" (1766-1845). "Natural de Ponte de Lima, onde nasceu em 26 de Janeiro de 1766. Desempenhou o cargo de Ministro do Reino entre 24 de Setembro de 1834 e 16 de Fevereiro de 1835, integrando o primeiro governo constitucional, presidido pelo Duque de Palmela, nomeado por D. Maria II, D. Frei Francisco de São Luís Saraiva começou por ordenar a libertação dos presos sem culpa formada e conceder providências em favor dos estudantes das academias de Coimbra, Lisboa e Porto afectados pela sua dedicação à causa liberal. Não foi, todavia, neste cargo que mais se distinguiu na sua dimensão maior de político influente e respeitado, reconhecido como uma das figuras mais proeminentes da sociedade portuguesa da sua época. O seu prestígio resulta, sobretudo, da sua vincada personalidade, dos ideias que perfilhou e dos altos lugares a que ascendeu, com destaque para os de Reitor da Universidade de Coimbra, Bispo de Coimbra, Deputado em sucessivas legislaturas, Presidente da Câmara dos Deputados, Regente do Reino, Guarda-Mor da Torre do Tombo, Conselheiro de Estado e, finalmente, Patriarca de Lisboa, onde viria a morrer em 7 de Maio de 1845, com 79 anos de idade."
(Fonte: https://www.pontedelimacultural.pt/Blog.asp?t=paginas&pid=1464&mpid=1433) 
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. F. rosto apresenta mancha no pé.
Raro.
Com interesse histórico.
45€

22 outubro, 2025

FRANCO, A. Bento -
UM LIVRO DE "VISITAS E PASTORAIS" DA FREGUESIA DA ERICEIRA (1609-1752)
. Lisboa, [s.l. - Composto e impresso nas Oficinas Gráficas de Ramos Afonso & Moita, Lda - Lisboa], 1960. In-4.º (26x19 cm) de 26, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Interessante estudo para a história da Inquisição na vila da Ericeira, e os usos e costumes dos seus habitantes, publicado em separata do Boletim Cultural - Junta Distrital de Lisboa : N.ºs 53-54 - Janeiro/Dezembro 1960 - II Série.
Ilustrado no texto com fac-símiles de documentos, e tabelas com a Relação dos Curas e Párocos e a Relação dos Visitadores.
Exemplar valorizado pela dedicatória autógrafa do autor. (O nome do destinatário foi suprimido).
"Não se trata de uma raridade, que a muitos desperte interesse, porque livros de «Visita» todas as freguesias os possuem e bastantes estarão arquivados, ficando, é certo, os que hoje existem, pelos muitos que se terão perdido. A análise, ainda que rápida, de um livro deste género é de interesse principalmente para a história das localidades e para o conhecimento dos usos e costumes passados e por isso nos metemos a desbravá-lo. [...]
Ajuízadas, de uma maneira geral e rápida, as características deste livro de «Visitas e Pastorais» e o esquema a que obedecia a sua ordenação, vamos procurar dar nota de mais alguns capítulos e passagens, que de qualquer modo possam excitar a curiosidade. Algumas dessas passagens poderão ter interesse pela forma de dizer, outras porque denotam hábitos e costumes, muitos dos quais hoje nos chocam, outros ainda, porque nos podem permitir completar algum juízo das transformações por que passou, a pouco e pouco, a Igreja de S. Pedro, até ao estado actual e também uma ou outra característica referente à vila."
(Excerto do Estudo)
António Bento Franco (1890-1960). "Nasceu na Ericeira, concelho de Mafra, numa terça-feira, dia 11  de Fevereiro de 1890. Em 1916 termina o curso de Medicina e nesse mesmo ano foi chamado a prestar  provas em nome do país como militar. Em 1918, e a convite de Sidónio Pais, dirigiu os  serviços de saúde na Azambuja como comandante militar e administrador, exerceu medicina  numa clínica particular em Lisboa (em Belém). Só em 1921 sua atividade foi exercida no  Hospital da Misericórdia da vila que o viu nascer, a Ericeira. Acumulava também o cargo de  Diretor das Termas de Santa Marta. Socialmente, fundou o Museu da Misericórdia e fez parte da Junta de Turismo de que  foi presidente até 1953. Pertenceu à Comissão de Restauração do Pelourinho e ainda à  Fundação do Cruzeiro. António Bento Franco era um médico de província, um género de  “João Semana” e aos mais carenciados não cobrava a consulta e ainda lhes facultava os  medicamentos gratuitamente. Bento Franco exerceu a sua profissão nas seguintes  freguesias: Ericeira, Carvoeira, Santo Isidoro e Encarnação. Estudou a etnografia da região  da Ericeira, nesta área deixou diversos trabalhos redigidos. Nas horas de lazer dedicava-se à  pintura a óleo, pintava igualmente aguarelas e desenhava a tinta–da–china; por exemplo,  pintou temas tão diferentes como “A Última Ceia” e o retrato do seu amigo Jaime Lobo e  Silva. Musicalmente, tocou, ao piano, algumas obras clássicas de diversos compositores, na  escrita notabilizou-se como poeta. António Bento Franco tem uma rua com o seu topónimo, a dita rua situa-se na  Encosta da Franca. Bento franco destacou-se pela sua dedicação à comunidade. Além da rua  possui o seu nome numa Escola Básica no concelho de Mafra, o estabelecimento de ensino  foi inaugurado a 1 de Outubro de 1984, mas só em 1997 a escola obteve o nome do ericeirense António Bento Franco. O humanista faleceu no dia 30 de dezembro de 1960."
(Fonte: https://www.aeericeira.net/antonio-bento-franco-biografia/)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
15€

21 outubro, 2025

MATTA, José Avelino da Silva e -
ANAIS DE MOURA
. Moura, Câmara Municipal de Moura : Biblioteca Municipal, 1991. In-8.º (21,5x16,5 cm) de [16], 185, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para a história de Moura, castiça vila alentejana. Trata-se da edição fac-similada do manuscrito de 1855, existente na Biblioteca Municipal de Moura.
Obra invulgar e muito interessante. Inclui apontamento biográfico do autor no início.
Ilustrada no texto com tabelas e quadros estatísticos, e em página inteira, com reprodução de planta de Moura datada de 1657.
"Os Anais de Moura, foram escritos pelo D. José Avelino da Silva e Mata em 1855 e até esta data, têm continuado esquecidos da quase totalidade dos habitantes do nosso concelho.
Como não houve qualquer publicação do trabalho que não deixou cair no esquecimento a história da Notável Vila de Moura, surgiu-me a ideia de, na Biblioteca Municipal, ser executado este trabalho, que até ao presente continuava em manuscrito, copiando-o tal como foi escrito na época.
Se me afoitei trazer este precioso trabalho a público, a razão só pode ser procurada na muita amizade que tenho à minha terra. Essa amizade e o reconhecimento de um repositório das mais importantes notícias sobre a Vila de Moura e suas freguesias até 1855, criou em mim, o propósito de dar a conhecer o que existe de pouco conhecido e é muito o que contém os Anais de Moura, os quais, mais de um século permaneceram no arquivo sem que ninguém aparecesse para lhe dar a conveniente publicidade."
(Excerto da Nota preliminar)
José Avelino da Silva e Mata (Elvas, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso 10.11.1795 - Elvas, São Pedro 11.12.1867). "Juiz Desembargador. Governador Civil de Portalegre, de 1846 a 1848. Aluno do Colégio Militar. Comendador da Ordem de Cristo. Juiz de Fora de Vila Velha de Rodão, Carta de 27.09.1826. Juiz de Fora de Campo Maior, Carta de 03.12.1835. Juiz de Fora de Moura, Carta de 30.11.1852. Foi Juiz em Estremoz e Alenquer. Vereador da Câmara de Elvas em 1837. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Elvas em 1838. Deputado às Cortes em 1839. Foi investigador de História de Moura e Elvas e escreveu os seus Anais."
(Fonte: https://pagfam.geneall.net/4233/pessoas.php?id=1092749)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e regional.
30€
Reservado

20 outubro, 2025

NOGUEIRA, Rodrigo de Sá -
ELEMENTOS PARA UM TRATADO DE FONÉTICA PORTUGUESA.
Por... Centro de Estudos Filológicos. Lisboa, Imprensa Nacional de Lisboa, 1938. In-4.º (25x16,5 cm) de XXXI, [1], 380 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Obra de fôlego. Trata-se de um importante contributo filológico para a fonética portuguesa.
Ilustrado no texto com desenhos esquemáticos.
"Há muito tempo formulei o propósito de escrever um tratado de fonética portuguesa, tam profunda, tam metódica e tam documentada quanto possível. [...]
Ao organizar a Bibliografia infra, tive na mente aqueles que se propuseram estudar a fonética portuguesa em todos os seus aspectos: no culto e no dialectal, no hodierno e no arcaico, no histórico e no comparativo, no especial e no geral, no teórico e no experimental.
Tive ainda na mente aqueles que, propondo-se estudar a fonética de outras línguas, indirectamente ministram subsídios para o melhor conhecimento da nossa."
(Excerto do Prólogo)
Rodrigo de Sá Nogueira (1892-1979). "Licenciado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi 1.º oficial da Academia das Ciências de Lisboa. Doutor de Capelo e Borla pela Universidade de Coimbra, foi autor de várias publicações sobre filologia: Contribuição para o estudo das onomatopeias (1948), Elementos para um tratado de fonética portuguesa (1989), Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem (1995), Guia Alfabética de Pontuação: acompanhada com os termos gramaticais conexos com a pontuação (1989), Estudos sobre as onomatopeias (1950), Dicionário Ronga-Português (1960), entre outras obras."
(Fonte: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/autores/rodrigo-de-sa-nogueira/169/pagina/1)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas algo envelhecidas e oxidadas. Interior correcto.
Muito invulgar.
20€

19 outubro, 2025

RELATÓRIO ANUAL DA PANAIR DO BRASIL S. A. - RIO DE JANEIRO BRASIL : 1950 -
Relatório da Directoria Relativo ao Exercício de 1950, a ser Apresentado à Assembléia Geral Ordinària, em 24 de Abril de 1951. [Rio de Janeiro], [Panair], 1951. In-8.º (22,5x16 cm) de 43, [1] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Relatório e Contas da Panair, icónica"companhia aérea [brasileira] que dominou o setor de aviação nacional entre as décadas de 1940 e 1960 e teve a licença de operar retirada pelo regime militar sem aviso prévio, sendo, em seguida, liquidada judicialmente. À época, a Panair era a mais importante companhia aérea do país, concessionária exclusiva das rotas para a Europa, África e Oriente Médio, além de operar em vários países da América do Sul e em todo o Brasil, executando um serviço único de integração em 43 localidades da Amazônia. No dia 10 de fevereiro de 1965, sem que antes fosse instaurado um processo administrativo regular, todas as suas concessões de linhas aéreas foram suspensas, por meio de um curto despacho assinado pelo Presidente da República, o marechal Castello Branco, e pelo ministro da Aeronáutica, brigadeiro Eduardo Gomes." (Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Dilemas/noticia/2015/02/caso-panair-completa-50-anos-ainda-sem-desfecho-judicial.html)
Obra de grande esmero e apuro gráfico, impressa em papel de superior qualidade, profusamente ilustrada com belíssimos desenhos  a duas cores e multi-cores, no texto e em página inteira, com layou e desenhos de W. Heitinger e A. Turack. Contém informações relevantes para a análise da situação económico-financeira da empresa, rotas, frota aeronáutica, etc.
Inclui CDV de Paulo Sampaio, Presidente-Gerente Geral da Companhia tendo manuscrito na frente "Com os cumprimentos de".
"A Panair do Brasil S.A. foi uma companhia aérea brasileira sediada no Rio de Janeiro, fundada em 22 de outubro de 1929, por Ralph Ambrose O'Neill, como NYRBA do Brasil. Foi uma das companhias aéreas pioneiras do Brasil. A NYRBA foi incorporada pela Pan Am em 1930, e teve seu nome mudado para Panair do Brasil, em referência ao código telegráfico da Pan American World Airways, "PANAIR", controladora da empresa. Foi a principal empresa aérea brasileira entre 1930 e 1950, e perdeu mercado - principalmente o doméstico - na década de 1950, com o crescimento da Varig e da Real." (Wikipédia)
"Cumprindo o que determinam a lei e os estatutos, o Conselho Administrativo, tem o prazer de submeter à sua apreciação o Relatório, Balanço Geral e Conta de Lucros e Perdas relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 1950.
Foi o ano de 1950 assinalado por importantes acontecimentos para a Companhia sendo-nos grato destacar e louvar a acção do Govêrno que, compreendendo a grave situação que vinha sendo atravessado pelas linhas internacionais, estendeu às quatro emprêsas brasileiras, que as operam, o amparo financeiro indispensável à sua continuidade. A Lei n.º 1.181, de 17 de agosto de 1950, constitui, certamente, um dos mais importantes marcos na história da Aviação Comercial Brasileira, uma vez que, não fôra a mesmo promulgada, impossível seria continuar a manter o tráfego regular, além fronteiras. Só se pode ter uma idéia do seu alcance quando se focaliza o fato de que, em menos de cinco anos, aeronaves da Panair, para só falar das nossas, atravessaram 1.736 vêzes o Oceano Atlântico, proporcionando um intercâmbio político-comercial de grande interêsse para o Brasil."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução | Capital e Acionistas | Tráfego Efetuado | Novos Horários e Linhas |  Aeronaves | Pessoal | Receita | Despesa | Situação Econômica-Financeira | Conclusão | Balanço | Conta de Lucros e Perdas | Parecer do Conselho Fiscal.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico.
35€

18 outubro, 2025

PANÃO, Edgard -
OS ANTEPASSADOS DO SALVADOR DA VILA.
Contributos para investigação e divulgação da Genealogia Popular - Burguesa. Coimbra, ["Mirante" - Cooperativa de Informação e Cultura, C. R. L. : Miranda do Corvo], 2002. In-4.º (24x17 cm) de 630, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Na capa: Reconstituição das Famílias da Freguesia do Salvador de Mirando do Corvo. Domiciliadas na Vila (no casco velho e primitivos aros) 1850-1950. Ensaio sobre a Genealogia dos vizinhos de uma comunidade antiga.
Obra de fôlego sobre a genealogia popular-burguesa de Miranda do Corvo.
Ilustrada no texto, ao longo do livro, com quadros, tabelas, gráficos, fotografias, mapas, desenhos e reprodução fac-símile de documentos vários.
"Sendo a Genealogia a ciência cujo objectivo é o conhecimento da origem e filiação de famílias, no caso deste trabalho sobre genealogia de famílias da comunidade mirandense, o seu estudo baseou-se nas pesquisas que efectuámos num conjunto grande de livros paroquiais e civis realizados no Arquivo da Universidade de Coimbra e na Conservatória do Registo Civil de Miranda do Corvo; pode dizer-se que se tratou de uma tarefa morosa, onerosa e, por vezes, penosa, mas que nos deu muita satisfação pessoal, na medida em que tínhamos a sensação de que estávamos a fazer um trabalho, embora modesto, dedicado aos nossos conterrâneos e destinado a satisfazer a sua curiosidade em relação aos antepassados próximos e longínquos.
Para iniciar este estudo, o primeiro passo foi preceder à reconstituição das famílias, no período decorrido entre 1850 a 1950, o que exigiu, naturalmente, a recolha de centenas de nomes de indivíduos que nasceram, foram batizados, casaram, ou não, tiveram filhos, ou não, morreram, ou ainda não, na vila de Miranda."
(Excerto de  I - Introdução: 1 - A Natureza e o Objectivo deste trabalho)
Edgard Panão (1925-2025). "Nasceu em Penela. Viveu em Miranda do Corvo. Foi professor liceal de Filosofia e História no Liceu José Estevão em Aveiro e no Liceu Nacional de Leiria, director e professor da Escola do Magistério Primário de Silva Porto (actual Kuito), Angola, responsável pelos Serviços de Educação em Dili, Timor, e director e professor da Escola do Magistério Primário de Aveiro.Foi ainda vereador e presidente da Câmara Municipal de Estarreja.
Desde 1993, altura em que se reformou, que se dedica à investigação de índole histórica e a publicar alguns trabalhos, dos quais se destacam “O Moleiro Inteligente” (2000), “A reconstituição das famílias da freguesia de Salvador da vila de Miranda do Corvo” (2002), “Covseiro de Myranda” (2006), “Cartas a Ana de Leonardo” (2007), "Os Trautos de Miranda" (2008), "Comentário - O outro lado da coisa" (2009), "Os convencidos da Vida" (2010), estes cinco últimos livros com a chancela das Edições MinervaCoimbra."
(Fonte: https://biblioteca.cm-estarreja.pt/Cultura-Local/Autores-Locais/ModuleID/577/ItemID/215/mctl/EventDetails) 
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e genealógico.
45€

17 outubro, 2025

CARVALHO, Avelino Cardoso Ferreira de -
SOBRE O EXERCICIO ILLEGAL DE MEDICINA EM VILLA NOVA DE FAMALICÃO. (A proposito de um caso de obstetricia). Dissertação Inaugural. Porto, [s.n. - Impressa em machina "Marinoni" na Typographia Minerva de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão - V. N. de Famalicão], 1906. In-8.º (22,5x16,5 cm) de 80, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Tese académica apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
A propósito de um caso de obstetrícia, o autor ataca a classe farmacêutica de Famalicão que acusa de charlatanice e prática ilegal da medicina, aproveitando o desconhecimento e crendice da população.
Trabalho insólito, raro e muito curioso.
"De todas as artes liberaes, a que mais tendencias manifesta para se tornar presa do charlatanismo, certamente é a medicina a que se mostra mais favorecida.
As tendencias verdadeiramente extraordinarias que na humanidade se manifestam para tudo o que é maravilhoso, phantastico e rodeado de mysterio, tornam-se inexplicaveis; a necessidade de phantasia é tendencia tão propria da natureza do homem, que se é forçado a convir que corresponde a uma das leis da nossa organisação, que é um dos attributos da nossa natureza e, por assim dizer, uma das condições da nossa existencia.
Os prejuizos que para a sciencia medica se manifestam numerosos e variados, exercem grande predominio entre todas as classes da sociedade, na média e burgueza, na rica e aristocratica, na popular e ignorante, se bem que se possa admittir que os camponezes, gente simples, cujo duro mister não deixa repoiso para trabalhos de intelligencia, sejam facilmente seduzidos por chimeras que, mesmo rodaeadas dum véu de religiosidade, não têm mais credito. [...]
Que differença existe entre o homem civilisado d'hoje, que consulta as mezas rolantes e comsigo traz amuletos e medalhas, para o preservar de doenças e de outro qualquer accidente, e os antigos que consultavam o vôo das aves e adoravam os fétiches?
As tendencias que manifestam ainda agora homens de espirito nivelado pela evolução dos mais solidos predominios da mentalidade moderna para as mesmas aberrações, que são de todas as épocas e de todas as latitudes, nada mais é que o resurgir da velha historia das obsessões, dos encantos, dos exorcismos e de toda a bagagem magica, que para sempre parecia sepultada nas ruinas da idade média.
É uma observação triste, um dos phenomenos dos mais inexplicaveis da historia da humanidade esta credulidade incuravel, esta facilidade de admittir, sem exame e sem contestação, tudo o que tenha alguma apparencia de sobrenatural, ao passo que a verdade não é acceita senão com a maior lentidão e a maior reserva."
(Excerto do Preâmbulo)
Exemplar em brochura, por abrir, bem conservado. Capas ligeiramente sujas.
Raro.
45€

16 outubro, 2025

ZOLA, Emile -
UMA LIÇÃO. (Trad. de Bernardo d'Alcobaça). Colecção «Amorosa» - II. Lisboa, Editor e proprietario - F. A. Miranda e Sousa. Comp. e imp. na Typ. Luzitana Editora, pertencente ao editor, 1909. In-8.º esguio (18x9 cm) de 65, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Curiosa novela de costumes pelo mestre do naturalismo francês - Émile Zola. Trata-se da história de um herdeiro da aristocracia provinciana que chega a Paris, e que rapidamente toma consciência dos flirts e da sensualidade latente nos relacionamentos dos "salões".
Tradução do "inevitável" Bernardo d'Alcobaça, pseudónimo literário de Pedro Herculano de Morais Leal, "tradutor de culto" do 1.º quartel do século XX, cujo trabalho incidiu, na sua maioria, em verter para português obras do género erótico e 'médico-erótico'.
"Ha oito dias que meu pae, o senhor de Vaugelade, consentiu que me ausentasse de Boquet, o bisonho castello onde nasci, na Baixa Normandia. O meu progenitor tem idéas realmente singulares sobre o tempo actual; está atrazado bom meio seculo. Resido finalmente em Paris., que mal conhecia, pois tão sómente estivéra duas vezes de passagem na capital. Felizmente, não sou quanto ao physico nenhuma peste, e assim é que Felix Budin, meu antigo condiscipulo no lyceu de Caen, entendeu dever dizer-me , quando voltámos a dar aqui de cara um com o outro, que eu era um bello rapagão e fazia andar á roda a cabeça de muita Parisiense."
(Excerto do Cap. I)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, com defeitos.
Raro.
25€

15 outubro, 2025

MESQUITA, Marcellino - O CÃO DO REGIMENTO : 1917
. Lisboa, J. Rodrigues & C.ª, Editores, 1917. In-8.º (19,5x12 cm) de 12, [4] p. ; B.

1.ª edição.
Conto poético relacionado com a Grande Guerra em que o "fiel amigo" é o (trágico) personagem principal.

"Um dia appareceu á porta do quartel,
Um pobre cão vadio,
Pêlo eriçado, magro olhar de quem tem fome:
Um miserando ar de andar pela cidade
Ha muito, ao vento, ao frio!
Festejava os soldados, dava ao rabo...
[...]
Valentão destemido, bom, fiel,
Tornara-se o Palhaço
O menino bonito do quartel.

N'isto rompeu a guerra. Eil-o ahi vai
Como um velho sargento
Bravo e alegre,
A acompanhar, ao campo de batalha,
O dono - o regimento.
Quantos serviços fez!... Ora uma noite,
Depois de fero ataque á baioneta,
Um estilhaço de bomba
Atirou o Cincoenta de roldão
Dentro d'uma valêta,
Onde a neve o cobriu.
A ronda da ambulancia
Passou e não o viu!
E d'esta sorte,
O pobre estava condenado á morte!
"

(Excerto do poema) 

Marcelino António da Silva Mesquita (1856-1919). Foi um escritor e jornalista português. "Frequentou por 4 anos o Seminário de Santarém, a Escola Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, tendo-se formado em Medicina em 1884. Notabilizou-se como poeta, jornalista, escritor, dramaturgo, político e deputado pelo Círculo Eleitoral do Cartaxo. Foi diretor da revista A Comédia Portuguesa (1888-1889), e diretor literário da Parodia: comedia portugueza (1903- 1907). Marcelino Mesquita colaborou ainda em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Ribaltas e gambiarras (1881), Jornal do domingo (1881-1883), Branco e Negro (1885-1891), Serões (1901-1911), e Revista do Conservatório Real de Lisboa (1902)."
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro
.
Com interesse para a bibliografia WW1.
25€