02 outubro, 2018

LOPES, António Maria - SONETOS REGIONAIS DE ÍLHAVO : notas de história local do século XVIII. Separata da Beira-Mar. Ílhavo, Tipografia Beira-Mar, 1927. In-8.º (22cm) de [2], 22 p. ; B.
1.ª edição independente.
Esta separata da «Beira-Mar» consta de cem exemplares numerados e rubricados pelo autor. Exemplar N.º 73.
Opúsculo duplamente valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"O soneto, o soneto que eu classifico soneto regional, também figura no património artístico que o passado nos legou, património bendito que a todos os ilhavenses incumbe venerar.
Por isso, numa humilde homenagem à minha Terra de Ílhavo, eu vou hoje exumar das fôlhas de um manuscrito de 1758, uns sonetos que se conservam inéditos, evocadores de factos que tiveram por scena as águas da nossa Ria, as areias da nossa Costa, as águas do nosso Mar."
(Excerto do preâmbulo)
"Na publicação dêstes sonetos não pretendo apreciar o valor literário de cada um, mas apenas relacionar a ideia que lhes serve de alicerce histórico com alguns factos da vida local de Ílhavo no século XVIII, que mais ou menos se prendem com o assunto a que os sonetos se referem.
O progresso ou a decadência de tôda a região que demora no âmbito da chamada Ria de Aveiro e Ria de Ílhavo dependeu sempre do bom ou do mau estado do seu Pôrto e Barra."
(Excerto do Cap. I)
António Maria Lopes (1877-1961). "Nasceu em Ílhavo, mas com apenas seis anos de idade foi para Lisboa onde ficou entregue aos cuidados do seu primo Filipe de Oliveira. Homem de grande cultura, para além de distinto professor, foi também publicista, poeta e investigador. Colaborou em jornais locais como o Brado, O Ilhavense, Beira-Mar, Terra dos Ílhavos, jornal de Ílhavo, o Nauta, os Sucessos e outros jornais nacionais como seja a Voz do Professor, a Academia, o Educador, a Folha da nação, Gazeta de Notícias, o Primeiro de Janeiro, etc. Amante de fotografia, usou este veículo para propaganda da sua terra natal, procurando dar destaque às suas belezas naturais. Sempre grande defensor da sua terra, dirigiu em 1928 alguns manifestos em que verberava as prestações da então Junta Autónoma da barra de Aveiro de querer anexar ao concelho de Aveiro as praias do farol e da Barra, pertencentes ao concelho de Ílhavo. Além de Oficial da Ordem de Instrução, era também sócio correspondente da Academia das Ciências de Portugal e do Instituto Etnológico da Beira. Faleceu em Lisboa no ano de 1961."
(Fonte: https://www.cm-ilhavo.pt/pages/2161)
Exemplar em bom estado de conservação. Capas algo sujas, manchadas por acção da luz.
Raro.
Com grande interesse regional.
30€

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