16 março, 2018

TARSO, Paulo de - CRIMES DA FRANCO-MAÇONARIA JUDÁICA. Guarda, Comp. e impressão Empresa Veritas, [1928]. In-8.º (17cm) de 170, [6] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Violento libelo anti-semita, acusa a maçonaria de "quadrilha de malfeitores", e de incluir nas suas fileiras judeus residentes em Portugal. O seu autor é António da Silva Pena Peralta, um maçon dissidente, que utilizava o pseudónimo literário "Paulo de Tarso". Conhecedor dos meandros da Maçonaria, discorre sobre a sua influência económica e financeira em Portugal (e no estrangeiro), bem como nos meios de comunicação social, e acusa-a de interferência nos assuntos de Estado, no regicídio, em 1908, e na implantação da República dois anos depois.
Livro ilustrado com o retrato do autor no início, e pequenas gravuras ao longo do texto.
"Não é nossa pretensão fazer literatura, nem temos, para tal, os necessários méritos. [...]
Sómente queremos mostrar ao público o mal que vae evadindo o Mundo, o Perigo Judáico, cuja força reside na Maçonaria, e levantamos, desta vez, só um pouco do véo do que é essa funestíssima Sociedade. Cremos que assim alguma coisa de útil prestamos ao nosso país. É quanto basta.
É claro que os judeus e franco-maçons hão de vir á carga, não com um livro em resposta, porque são cobardes, superiormente cobardões e não se mostram; mas, hão de surgir as ameaças, as cartas anónimas..."
(Excerto de Sinfonia de abertura)
"Desde o princípio da nossa nacionalidade, o maior mal, e o principal estôrvo ao nosso desenvolvimento material, intelectual e moral, tem sido a escorraçada raça judáica.
Mas, uma Nação que tem no seu princípio o milagre de Ourique, e que, pelos séculos fora, tem sido ajudada pela Providência Divina; uma Nação que tem por guia a Cruz de Cristo, por Padroeira a Virgem Mãe, e por Heroe Nacional o Beato Nun'Alvares Pereira; uma Pátria cheia de glória, que se lança arrojadamente nas conquistas e nos descobrimentos, guiada pela Fé, tendo nas velas das náus a Cruz, e os seus homens nas mãos o Rosário, é uma Nação que não cai moribunda nas garras aduncas dos tigres de Israel.
Raça amaldiçoada por Deus, tem ao mesmo tempo a maldição dos homens.
Por toda a parte em que êsses desgraçados passam, deixam sempre um rasto da sua maldade canina."
(Excerto de Preliminares)
"Temos sempre tido pelos jogos públicos de sport a mais manifesta contrariedade, e somos até bastante adverso. E cá temos as nossas razões. O jôgo internacionalisando-se, cria ligações especiais entre os povos, especialmente entendimentos políticos.
Ha presentemente um jôgo perigoso dos países europeus, jôgo que vai creando fanáticos, apaixonados, e que tende a desnacionalisar as nações.
Refiro-me ao «foot-ball.»
E julgam que me insurjo contra êste jôgo por ser anti-higiénico, por prejudicar a saúde, o calçado e os pulmões? Julgam que detésto êste jôgo por ser um enormíssimo factor de tuberculose, canelas partidas e morte no Hospital de São José com um pontapé?
Não, leitôres.
Eu detésto êste jôgo por ser cosmopolita, desnacionalisador. Detesto por ser um desorientador da opinião pública, para o qual se desviam as atenções do público, do público que lê as secções de sport, jornais de sport, ouve conferências de sport, e deixa de estudar, de ouvir bôa ópera, ouvir prêgar o pastôr, praticar os devêres de bom chéfe de família e de bom católico."
(Excerto de Os planos da Judiaria internacional...)
"Ha quasi dois mil anos que conspiram e sempre em vão. Não entendem que pésa sôbre êles a maldição de Deus? Esquecem que Jesus Cristo os condenou a errar pelo mundo, sem Pátria e sem Rei?[...]
É necessário fazer guerra sem tréguas aos judeus; nem repouso, nem quartel, nem pão, nem guarida.
Fechem-lhes as Lojas Maçónicas e fechem-lhes as suas Sinagogas. São centros de conspiração e de crime. E depois de tudo isto, expulsem-nos, ponham-nos nas fronteiras, sem dó nem piedade, sentimentos que não deve haver para essa gente.
A nossa tolerância, a nossa caridade, é que tem feito mal: - recebermos nas nossas cidades e nas nossas aldeias essa raça; e o que é mais ainda, recebe-los nas nossas casas, nos nossos clubs, nos nossos teatros, nas nossas associações, fazermos negócios com êles, apertarmos-lhes as mãos, em vez de lhes apertarmos as güelas.”
(Idem)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas oxidadas.
Raro.
Indisponível

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