09 agosto, 2015

CASTILHO, Julio de - MOCIDADE DE GIL VICENTE (o poeta) : quadros da vida portugueza nos seculos XV e XVI. Por... Lisboa, Typographia - Rua da Barroca, n.º 72, 2.º andar, 1896. In-8.º (21,5 cm) de 291, [1] p. ; B.
1.ª edição. 
Biografia romanceada de Gil Vicente.
Ilustrada com bonitas vinhetas tipográficas a assinalar o início e final da cada capítulo.
"Ao cavalleiro da resumida Lisboa do seculo XVI torrejava, com as suas muralhas abaluartadas, os seus corucheus de azulejo, o seu arreganho de antiga praça de guerra, e o seu aspecto senhoril, o Castello e Alcáçova dos nossos Reis.
Poucos sitios, na capital portugueza, encerram tantas e tão queridas memorias velhas, como este morro.. Lembranças de Phenicios, Romanos, Godos, Moiros e Portuguezes, enxameiam n'aquelle recinto apertado e pittoresco."
(Excerto do Cap. I, O Paço da Alcáçova de Lisboa)
Júlio de Castilho (1840-1919). “2º visconde de Castilho. Foi o mais velho dos filhos de António Feliciano de Castilho e de Ana Carlota Xavier Vidal. Do pai herdou o título de visconde, que deteve desde 24 de Abril de 1873. Tirou o curso superior de Letras, sendo vários os cargos que posteriormente desempenhou. Poderão destacar-se o de governador civil da Horta (1877 a 1878); o de cônsul-geral de Portugal em Zanzibar (1888); o de bibliotecário, na Biblioteca Nacional de Lisboa; o de professor de História e Literatura Portuguesa do príncipe D. Luís Filipe (desde 1906). Foi correspondente literário do "Diário Oficial" do Rio de Janeiro, sócio correspondente da Academia Real das Ciências, académico honorário da Academia Real de Belas Artes, sócio efectivo da Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, correspondente do Instituto de Coimbra, do Gabinete Português de Leitura em Pernambuco, do Instituto Vasco da Gama de Nova Goa, da Associação Literária Internacional de Paris, membro honorário do Grémio Literário Faialense e do Grémio Literário Artista da Horta. Foi poeta, tendo publicado o seu primeiro trabalho neste domínio num almanaque de 1854, dramaturgo, tradutor, memorialista e historiador. Produziu igualmente desenhos e pinturas. Conhecido pelo seu interesse pela olisipografia, de que é considerado o fundador, publicou "Lisboa Antiga", em 8 tomos (1879 e 1884 a 1890); "A Ribeira de Lisboa" (1893). Já num outro domínio, publicou "As memórias de Castilho" (1881); "Manuelinas" (1889); "Elogio histórico do arquitecto Joaquim Possidónio Narciso da Silva" (1897); "Amor de mãe: cenas da vida moderna de Lisboa" - 1900; "Os dois Plínios"(1906); "José Rodrigues: pintor português" (1909); "Fastos portugueses" (1918).”
(Fonte: digitarq.arquivos.pt)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis,  com defeitos; manchas de humidade emolduram as capas, as primeiras e derradeiras folhas do livro.
Invulgar.
10€

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