15 julho, 2025

PIMENTA, Belisário -
A BATALHA DE MONTIJO.
Notas para comemorar o seu 3.º centenário. Coimbra, [s.n. - Tip. da Coimbra Editora, Limitada - Coimbra], 1945. In-4.º (23,5x16,5 cm) de [4], 38, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição independente.
Importante trabalho histórico sobre o primeiro grande confronto entre as potências ibéricas na sequência da Restauração da nacionalidade. Obra publicada em separata, originalmente impresso n'O Instituto, vol. 105.º.
"A Batalha de Montijo, travada em 26 de maio de 1644, em Montijo, município na província de Badajoz, Espanha, ocorre no contexto da 1.ª fase da Guerra da Restauração (1641 a 1646), que se caracteriza pela atividade ofensiva dos portugueses que, tanto no reino como no Brasil, infligiram as primeiras derrotas aos espanhóis (Montijo 1644) e holandeses (Monte das Tabocas 1645).
O mais interessante na batalha do Montijo, e o que a torna singular, é o fato de que ambas as partes em conflito proclamaram imediatamente a vitória. Os cronistas espanhóis consideram que resultou numa vitória para o seu lado, em contraponto, os cronistas portugueses assinalam a capacidade de resistência dos portugueses ao ataque coordenado da Infantaria, da Cavalaria e da Artilharia da força espanhola, o que podemos considerar já à época uma verdadeira manobra de armas combinadas, seguida por um contra-ataque das forças portuguesas que repeliu o exército espanhol do campo de batalha, causando-lhe elevadas baixas e resultando numa exultante vitória."
(Fonte: https://www.defesa.gov.pt/pt/defesa/organizacao/comissoes/cphm/rphm/edicoes/ano5/n82025/6/)
Ilustrado no texto com desenhos esquemáticos reproduzindo as posições e movimentos dos dois exércitos no campo de batalha.
"A batalha de Montijo, em 26 de Maio de 1644, foi o primeiro encontro sério que houve entre Portugueses e Espanhóis depois do acto revolucionário do dia 1.º de Dezembro.
Até então, tudo se passara em pequenos recontros, incursões a terras do inimigo, mais para captura de gados do que, pròpriamente, para combater ou ligeiros ataques a fortificações - sem planos muito definidos oficialmente, quer de um lado que do outro, apenas com a intenção de ganhar tempo que, a um dos adversários era favorável e ao outro dura conseqüência das circunstâncias. De cá, era preciso organizar e adestrar, sempre com a esperança do auxílio estrangeiro, a braços com a insuficiência de gente e de material e, até, de principais cabeças dirigentes segundo certos testemunhos contemporâneos nem sempre de todo justos... [...]
Um dos homens logo do comêço indicados e que tomaram posição editora, foi Matias de Albuquerque, sôlto das prisões pelos revolucionários do 1.º de Dezembro. Tinha sôbre os ombros, a fazer carga, a campanha de Pernambuco contra Holandeses - excelente pretexto para os inimigos o perseguirem como, mais tarde, o perseguiram.; parece, porém, que, logo de entrada os seus serviços foram solicitados, reconhecido como era por chefe competente, cheio de experiência, daquela experiência que vinha dos trabalhos e da vida quási sempre entregue ao serviço da Pátria."
(Excerto do Estudo)
Belisário Maria Bustorf da Silva Pinto Pimenta (Coimbra, 1879 - Lisboa, 1969). "Nasceu em Coimbra em 1879. Frequentou o colégio externato do Padre Simões dos Reis e depois transitou para o Liceu. Aos 14 anos começou a formar a sua biblioteca pessoal, que no final da sua vida ultrapassava mais de oito mil obras. Seguiu a carreira militar ingressando como cadete na escola Prática de Infantaria de Mafra. Em 1903 foi promovido a alferes e em 1910 passou a ser Comissário da Polícia em Coimbra. A sua vida militar decorreu ainda por Valença, Portalegre, Castelo Branco, Lagos, Porto, Penafiel, Abrantes e Leiria. Em 1913 publica o seu primeiro trabalho sobre Miranda do Corvo, tema que foi uma das suas predileções e cultivou até ao final da sua vida. Os seus escritos sobre o concelho encontram-se dispersos por jornais (Alma Nova, Diário de Coimbra) e monografias, podendo ser considerado como o autor que mais se debruçou sobre o concelho. Privou com figuras ilustres da cultura como sejam Eugénio de Castro, António Nobre, António José de Almeida, Vitorino Nemésio, António Nogueira Gonçalves ou Álvaro Viana de Lemos, entre muitos outros."
(Fonte: https://cm-mirandadocorvo.pt/pt/menu/347/belisario-pimenta.aspx)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação, Capa vincada.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
25€

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