MADAHIL, A. G. da Rocha - TOMBO DAS ÁGUAS DE ÍLHAVO. Organizado pelos donatários da Vila mediante provisão régia de 1772. [Por]... 1.º Conservador do Arquivo e Museu de Arte da Universidade de Coimbra. Figueira da Foz, Tipografia Popular, 1935. In-4.º (24,5x17 cm) de 18, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio monográfico para a história e geografia da cidade, na época vila, de Ílhavo. Estudo publicado em separata do Arquivo do Distrito de Aveiro.
"Para o estudo geográfico que venha a fazer-se do concelho de Ílhavo, estudo que até certo ponto conduzirá à compreensão dos destinos históricos da terra, e permitirá que se ensaie a filosofia da vida do município, remate e complemento da sua história, têm de ser tomados em consideração, como é intuitivo, os cursos de água locais. [...]
Não pode dizer-se que seja pouco rica de águas porque em quási todo o seu perímetro p sub-solo fornece à população, por intermédio de poços pouco profundos e que se abrem com facilidade, o caudal necessário para consumo e regas; fontes públicas abastecem, ainda, várias zonas da vila. Ílhavo é, contudo, pobre de cursos de água; três ribeiras atravessam o centro da povoação, algumas outras lhe correm a Norte e a Sul, mas tôdas de reduzido caudal. [...]
À volta dêsses cursos de água se desenvolveu e foi fixando, como quási sempre sucede, o pequeno núcleo de população que deu origem a uma parte da vila. [...]
Concedido o senhorio da terra a um donatário, compreende-se que os terrenos sôbre que incidiam os direitos senhoriais fôssem objecto de especial fiscalização; asim terá sido, portanto, que em 1772 D. José Joaquim Lôbo da Silveira requereu, na qualidade de administrador dos bens de sua espôsa, D. Joaquina Maria de Almada Castro e Noronha, 12.ª donatária de Ílhavo, provisão régia para continuar uma anterior tombação das águas das azenhas de todo o concelho, então interrompida, e fixar os foros e cabanarias por elas devidas."
(Excerto do Estudo)
António Gomes da Rocha Madahil (Ílhavo, 1893 - Lisboa, 1969). "Nasceu em Ílhavo,
a 10 de Dezembro de 1893. Frequentou a Universidade de Coimbra, matriculando-se primeiro
na Faculdade de Direito e mais tarde na Faculdade de Letras (secção de Filologia Românica).
Em 1920 foi nomeado 3º oficial da secretaria do liceu José Falcão em Coimbra. Em Janeiro de
1932 ocupou o lugar de 1º conservador no Arquivo e Museu de Arte da Universidade de
Coimbra. Fundou a revista Arquivo do Distrito de Aveiro em 1935 e, em 1937, o Museu
Municipal de Ílhavo, que também organizou. Foi delegado em Portugal do pacto Roerich para a
protecção de Monumentos e Museus em caso de guerra. Presidiu à direcção do Centro de
Estudos para Formação Social e foi vice-presidente da Direcção da Sociedade de Defesa e
Propaganda de Coimbra. Foi grande oficial, cavaleiro e comendador de várias Ordens.
Paleógrafo, procedeu à leitura de numerosos documentos, contribuindo para o avanço dos
estudos históricos. Colaborou em diversas revistas e jornais, tendo escrito dezenas de
trabalhos. Faleceu em Lisboa, a 27 de Junho de 1969."
(Fonte: Jorge, Teresa Revés - António da Rocha Madahil: catálogo, Torre do Tombo, 2014)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta vinco no canto inferior direito.
Muito invulgar.
15€

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