RAU, Virgínia - O PE. ANTÓNIO VIEIRA E A FRAGATA FORTUNA. Por... (Separata de Stvdia - Revista semestral - N.º 2 - Julho de 1958). Lisboa, Centro de Estudos Históricos Ultramarinos : Portugal, 1958. In-4.º (23,5x16,5 cm) de [12] p. (91-102 p.) [1] f. il. ; B.
1.ª edição independente.
Trabalho histórico. Curioso subsídio vieiriano sobre uma faceta pouco conhecida do notável religioso jesuíta.
Ilustrado extra-texto no final com fac-símile: "Contrato de fretamento da nau Fortuna".
"A vida do Pe. António Vieira tem sido estudada com carinho e em profundidade por investigadores do melhor quilate, mas a sua actividade como negociador de navios na Holanda tem parcialmente escapado à argúcia da pesquisa em fontes portuguesas. [...]
Desde bem novo o Pe. António Vieira demonstrou possuir uma funda intuição da importância do predomínio marítimo e da evolução da táctica naval. Conhecedor da arte de construir navios e apreciador sagaz dos méritos e qualidades relativas das fragatas holandesas, francesas, ou dunquerquesas, se os seus planos para a construção e compra «of a fine fleet of frigates» tivessem sido adoptados, «Portugal might well have recovered more of her colonies than Angola and Pernambuco» nesse tormentoso período subsequente à Restauração de 1640.
Adversário convicto das caravelas, escolas de fugir como ele lhes chamava, aconselhou sempre a compra de fragatas bem armadas, pois só com navios grandes e bem artilhados poderiam os portugueses dominar os inimigos no mar como o faziam em terra e preservar o seu império ultramarino."
(Excerto do Estudo)
Virgínia Roberts Rau (1907-1973). "Formou-se em
Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa, doutorando-se em 1947. Professora Catedrática na mesma
instituição durante vinte anos, fundou, em 1958, o Centro de História da
Universidade de Lisboa, então Centro de Estudos Históricos. Foi,
também, a primeira mulher a assumir a direcção da Faculdade de Letras
(1964-1969). A sua obra como historiadora, transversal cronológica e
geograficamente, é balizada por um lado pela formação medieval do reino e
por outro pelo seu processo moderno de atlantização, sem nunca perder
de vista uma escala de comparabilidade europeia. Uma concepção moderna
da oficina do historiador, baseada no trabalho colectivo, numa precoce
internacionalização assim como na articulação entre a investigação e o
ensino, garantem-lhe uma posição singular na historiografia portuguesa. "
(Fonte: http://www.centrodehistoria-flul.com/virginia-rau.html) Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
15€
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