15 março, 2019

RESCHAL, Antonin - O FRUCTO PROHIBIDO. Romance passional de costumes contemporaneos. Trad. de Bernardo de Alcobaça. Lisboa, João Romano Torres & C.ª - Editores, [191-]. In-8.º (19,5 cm) de 252, [4] p. ; [4] f. il. ; B.
1.ª edição.
Romance erótico, não datado (ca. 1915), ao gosto da época. O autor, Antonin Reschal, de seu nome verdadeiro, Charles Eugene Marius Antonin Arnaud (1874-1935), foi um escritor francês, assessor de imprensa e editor. Publicou romances eróticos, e uma série policial - "Miss Boston, a única detetive do sexo feminino". Bernardo de Alcobaça, habitué na tradução deste género de literatura, é o pseudónimo literário de Pedro Herculano de Morais Leal.
Livro ilustrado com 4 belíssimas e sugestivas estampas intercaladas no texto. A capa está assinada por "A Illustradora" - Gr..
"Eddy é a coisa mais encantadoramente loira e sorridente que pode imaginar-se n'este mundo. Azougada, expedita, as covinhas do rosto dão-lhe uma expressão constantemente risonha. O queixo é de um desenho quasi classico, mas o nariz impertinente desmente o modo de andar um pouco grave que Eddy pretende dar-se. Tem as narinas delicadas e voluptuosas. Palpitam, vibram. No todo, Eddy, é um maravilhoso instrumento de sensibilidade. Commove-se e commove com facilidade. A delicadeza rara de que é dotada, fál'a vibrar intensamente. É um pequenino animal lascivo, amoroso e cruel, que não ama, ou que ama pouco, e se deixa amar. Elegantissima, e, conseguintemente, perigosa. Para mais, é actriz. Pela mesma maneira como se representa qualquer peça pathetica, violenta ou enfadonha, assim a vida que leva. E, semelhante a tal vida, a voluptuosidade é n'ella tambem pathetica, violenta ou enfadonha. Maravilhoso instrumento de sensibilidade, maravilhoso instrumento de voluptuosidade, sabe escolher e fixar a hora do prazer amorôso, da febre luxuriosa."
(Excerto da Primeira Parte, Cap. I, Onde se diz como Eddy Vitrange...)
Indice: Primeira Parte: Um amante, uma amante e uma menina casadeira. I - Onde se diz como Eddy Vitrande (do Odéon) mettendo-se por engano no automovel d'uma collega, muda de amante. II - Como Sabés, proprietario d'um trinta cavallos, percorreu de noite muitos kilómetros a pé e em taximetro para volta a encontrar o auto e a amante que lhe pertenciam. III - Madame de Rosay-Arlaincourt dá jantar, jôgo e amôr. IV - Onde Sabés encontra, vendo jogar a roleta, uma velha amante e uma menina casadeira. V - Sabés muda de estado e Eddy de situação. VI - Em que o marido recorda o reportorio amoroso do amante. VI - Onde Sabés dsecobre, graças a um langoroso «Sole mio», uma maneira de amar na qual D. João nunca pensou. VII - Curto e resumido capitulo das tardias saudades por Eddy. Segunda Parte: Amante expulsa amante. I - Onde se prova que o vocabulo «re-amiganço» nem sempre é o que muita gente pensa. II - Sabés não tem sorte. III - Sabés, «empaturrado» não se sente verdadeiramente com a vocação honrosa de martyr. IV - O salão da princeza Hysteroff e cercanias. V - Onde o cão de guarda, por ter querido defender demasiado a ovelha, deixa que a lôba a devore. VI - Em que Sabés verifica a veracidade do rifão: quem com ferros mata com ferros morre. VII - Em que Sabés quer, simultaneamente, bater-se e divorciar-se, e, reflectindo melhor, não faz uma nem outra coisa acabando por zangar-se com Jimmy e entender-se com Civrey. Terceira Parte: Acabam por entender-se... I - Uma noite de Paris e de amôr perdida. II - Em que a  sorte das armas dá rasão a Sabés. III - Está feito o jôgo, não se recebem mais paradas. IV - Como a gente se encontra! V - Como Sabés, n'uma therma de aguas outomnal encontra uma amante no outomno. VI - Onde, simultaneamente com este romance, dois dos seus heroes têem um fim honesto.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas marginais.
Raro.
Sem registo na BNP.
Indisponível

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