03 junho, 2018

VALENTE, Álvaro - UM HINO A ALMADA. Poëma em onze cantos. Na Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense na tarde de 4 de Junho de 1944. [S.l.], [Academia de I. R. F. Almadense], 1945. In-8.º (22cm) de 88, [4] p. ; E.
1.ª edição.
Notável poema sobre Almada, dedicado às suas gentes, belezas e costumes.
Comemorando o 50.º aniversário da sua fundação, mandou a Academia de I. R. F. Almadense fazer, com o consentimento do autor, a publicação dêste poëma, onde se exaltam as virtudes antigas e modernas do bom povo de Almada.
Capa de brochura ilustrada com belíssimo desenho (de autor não identificado) com uma vista do castelo de Almada para o Tejo, com Lisboa em pano de fundo.

"Eu venho desferir a minha lira inflada
em glória dêste povo, em honra desta Almada!

Não vos tragou lauréis, nem dons de alta valia,
nem tão pouco esplendor de perenal magia.

É simples e modesto o meu canto e o meu poëma...
Assim como se o sol tirasse o diadema

e viesse rodopiar, em noites estreladas,
com êste povo ideal das suas desfolhadas,

nas suas romarias,
em ternas harmonias
dum sabor sem igual,
sòmente para honrar a luz de Portugal!"

(Excerto do Intróito)

Índice: Intróito. Canto I - A Natureza. Os Monumentos. Canto II - Costa do Sol. Canto III - O Trabalho. Canto IV - S. João da Ramalha. Popular. Canto V - Origem do nome de Almada. Canto VI - O cêrco de Almada. Canto VII - Um Auto e dois processos. Canto VIII - Restauração de Portugal. Canto IX - Lutas liberais. Canto X - Vultos ilustres. Canto XI - Almada actual. Arte e espírito.
Álvaro Zeferino de Campos Valente (1886-1965). "Farmacêutico de profissão, republicano de ideário político, Álvaro Valente distinguiu-se, também, como fluente orador. Foi uma notabilidade local e nacional de grande cariz social, cultural e político da década 30 do século XX, quando se entrosou com a causa dos bombeiros voluntários, primeiro na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo, de que foi comandante (a partir de Janeiro de 1931), depois, ampliando a sua intervenção no aparecimento da Liga dos Bombeiros Portugueses. É dele a autoria do lema “Vida Por Vida”, hoje o ex-líbris do ideário de todos os “soldados da paz”. Tinha um carinho especial por Almada, concelho ao qual estava vinculado, não só por ter proferido várias palestras, como também pelo facto de ser de sua autoria o poema do seu hino municipal, musicalizado pelo célebre maestro Leonel Duarte Ferreira e da obra poética “Um Hino a Almada”, valiosa raridade bibliográfica."
(Fonte: http://o-pharol.blogspot.pt/2009/12/alvaro-valente-o-homem-e-obra.html)
Bonita ecadernação inteira de pele assinada por João Luiz da Cruz, com cercadura e ferros gravados a ouro na pasta anterior, e dourados na lombada. Conserva a capa de brochura frontal.
Raro.
40€

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