01 junho, 2018

MACATRÃO, Armando Salles - EXPRESSÕES DA NAZARÉTH. [S.l.], Edição do Autor [Execução técnica: Tipografia Ocidental, Viseu], 1988. In-8.º (20,5cm) de 163, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio para o estudo linguístico e histórico sobre a linguagem popular da Nazaré, através das "expressões idiomáticas" empregues quotidianamente pelo povo desta antiga vila piscatória.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"O povo da Nazaré é um documento vivo. Fácil de consultar. Ao dispor de todos, em todos os dias do ano: uma capa negra, um olhar de soslaio; um modo diferente de sentar à porta ao cair da tarde; uma ruga que conta mil histórias, mil desgostos; aquele sabor amargo de se ter perdido alguém querido que já não é substituído - nem pode ser; alguém a quem o mar chamou a si como seu.
Documentos ao nosso alcance. Todos os dias.
Só que é preciso ter dedos delicados para virar essas páginas. Dedos carinhosos que não magoem nem demonstrem pressa e que saibam passar para o papel (para o eterno) todas as letras, frases, insultos, pragas, ralhos, etc., etc., que enriquecem este povo que é o povo da Nazaré."
(Excerto da apresentação, retirada da contracapa)
"Escrever sobre a Nazaré não é fácil e mais difícil se torna quando se quer tratar um tema específico como é aqui o caso da linguagem. Para tal é necessário, acima de tudo, ser nazareno, isto é, ter lá nascido e vivido, pois só assim se pode entender o seu modo de pensar, bem como o verdadeiro significado dos seus ditos, inchents, alborques, pragas, etc. Na Praia pensa-se duma maneira, no Sítio doutra, e na Pederneira diferente das outras duas."
(Excerto da dedicatória)
"Não foi sem motivos que me dediquei a fazer o levantamento das expressões da Nazaré, mas foi por acaso que tal ideia surgiu. Tudo começou no Verão de 19982 enquanto conversava com colegas na esplanada do Café Tá-Mar. Perante alguns termos e frases locais, porque é habitual entre nazarenos falar desse modo, surgiu-me a ideia de começar a anotar quantas são as expressões usadas na terra. Naquele mesmo dia tomei nota de quase trinta termos e expressões bem como das histórias a que se associam. No dia seguinte já tinha o dobro de material recolhido e, a partir daqui, comecei a verificar que tinha "descoberto" algo maravilhoso. "Afinal" - pensei - "isto é uma face, de um certo modo latente, da identidade Nazarena que será perdida se não for documentada". Foi então que decidi fazer um estudo meticuloso e aprofundado sobre a origem, significado, e emprego das expressões para publicação. Nesta altura também andava preocupado por observar tanta modificação, abandono, e destruição daquilo que mais identifica a terra como Nazaré, de modo que, esta face "nova", este promontório de expressões veio oportunamente impor-se, indestrutível no Tempo. Mais importante talvez, foi o facto de ter vindo reforçar a identidade Nazarena."
(Excerto da introdução)
Índice:
Dedicatória. Introdução. A Nazaré em geral. O Povo. Comparações. O mar. Faina do mar. Materiais da faina do mar. Barcos. Peixe. O tempo. Ralhos. Pragas. Insultos. Expressões interjeccionais. Expressões diversas - I. Expressões diversas - II. Vocábulos.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Com um pequeno corte na parte superior da capa.
Raro.
Com interesse histórico e regional.
Indisponível

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