30 junho, 2016

SÁ, Luís Andrade de - A HISTÓRIA NA BAGAGEM. Crónicas dos Velhos Hotéis de Macau. Macau, Instituto Cultural de Macau, 1989. In-8.º (22cm) de 151, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curiosa colecção de episódios e narrativas sobre Macau, tendo os seus hoteis emblemáticos como pano de fundo.
Livro ilustrado a p.b. e a cores, em página inteira, na sua grande maioria impressas sobre papel couché.
"Quase anónimos na malha urbana da cidade, e arredados da sua vida social, os velhos hotéis de Macau pouco mais são hoje do que manchas arquitectónicas que resistem ao desenvolvimento. Recuperar a sua memória é contar-lhes as histórias e os episódios que, num ou noutro momento, os transformaram em catalizadores do interesse público.
Histórias que, muitas vezes, os ultrapassaram porque resultantes daquilo que em Macau foi dominante nos últimos cem anos - o frenesim. Os hotéis Bela Vista, Kuoc Chai, Central e o desaparecido Riviera foram locais excitantes, muitas vezes os próprios palcos da vertigem que era a cidade de Macau dos piratas, do ópio, do jogo e da guerra."
(apresentação)
"Há poucas cidades que tenham conservado tamanha identificação com um hotel como aquela que hoje regista Macau (não só a cidade como também o Território) relativamente ao Hotel Lisboa. Trata-se de uma aderência geralmente aceite, expressa nas universais referências a Macau como o enclave-casino.
Território de passagem e de confluência, logo um grande território, na terminologia de Lao Tsé, Macau tem a sua génese ligada ao efémero dos valores mercantis e à curiosa nomadização dos viajantes/comerciantes que aqui constituíram um legado de séculos que a História poderá abreviar.
Estamos, estivemos, de passagem, mesmo aqueles que, durante séculos, aqui enterraram e baptizaram os seus. Uma afirmação que regista a tragédia de ser esta uma falsa diáspora, no sentido que a palavra tem no universo judaico-cristão, mas que não deixa de reflectir um imenso e devorador êxodo.
Falar hoje nos hotéis que fizeram história e nas histórias que fizeram os hotéis corresponde essencialmente a um projecto de reavivar factos marcantes na vida do Território nos finais do século XIX e nos setenta anos de 1900 - a transmigração, as rupturas e a normalização, o fait divers e o registo, o ser e o parecer. Quer dizer, aquilo que foi e aquilo que aconteceu; e aquilo que pareceu ter sido e pareceu ter acontecido."
(excerto da introdução)
Índice:
- Introdução. - Fim de Século. - O Novo Século. - Os anos da mudança. - Os Refugiados. - A Guerra. - Os novos desafios.
Luís Andrade de Sá. Licenciado em Comunicação Social, pela Universidade Nova de Lisboa. Foi jornalista da TDM, Teledifusão de Macau, na década de 1990. Depois, em 2000, regressou a Portugal, onde trabalhou em vários órgãos de comunicação social, como a Agência Lusa. No ano passado, o jornalista voltou ao território para dirigir o semanário bilingue Plataforma. Em 2015 tornou-se no novo director da Macau Business.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
15€

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